Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinhei ... 200602.htm
Lula escolhe padrão japonês para TV digital
KENNEDY ALENCAR
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o Brasil adotará o padrão de TV digital japonês (ISDB), segundo apurou a Folha. O próprio Lula deve anunciar a decisão depois de amanhã.
Após uma dura batalha de bastidores entre os defensores dos padrões japonês, americano (ATSC) e europeu (DVB), o presidente optou pelo primeiro por avaliar que essa proposta trará mais vantagens ao Brasil e às grandes empresas de comunicação do país -entre as quais as Organizações Globo.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) já negociam um pacote de investimentos em troca da decisão. Houve uma reunião ontem na Casa Civil com autoridades e empresários japoneses.
O governo já obteve do Japão o compromisso de que cerca de US$ 2 bilhões serão investidos para a fabricação de semicondutores (componente usado na fabricação de transístores e microprocessadores, por exemplo) e TVs de plasma. A decisão pelo padrão japonês foi tomada na semana passada por Lula, que orientou seus ministros a negociar com o Japão as contrapartidas para que o anúncio produza ganho político no ano eleitoral.
Além do compromisso de investimentos e da transferência de tecnologia, Lula disse a auxiliares que pesou na decisão o padrão japonês permitir maior tempo de adaptação à era digital dos atuais aparelhos de sinal analógico.
Ou seja, enquanto os americanos e os europeus previam uma fase de transição mais rápida, os japoneses se dispuseram a tornar esse período mais longo num país pobre em que a TV está instalada em mais de 90% dos domicílios.
Uma fase de transição mais longa resultará em menor custo ao consumidor, que terá mais tempo para continuar com seu televisor atual sem precisar comprar um decodificador do sinal digital ou um aparelho novo já com o equipamento.
O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Parte do PT chegou a fazer pressão a favor do padrão europeu, espécie de segundo colocado nos critérios do governo. Apesar desse lobby e do interesse das operadoras de telefonia no padrão europeu, que permitiria sua entrada na área de conteúdo, o governo não conseguiu dos europeus as contrapartidas oferecidas pelos japoneses. Nas discussões internas, Hélio Costa, ex-repórter da Globo, argumentou que o padrão japonês tinha também maior qualidade técnica e que, do ponto de vista tecnológico, seria superior ao americano e ao europeu.
O padrão de TV digital americano foi o último colocado na avaliação do governo. Os EUA e as empresas americanas se recusaram a fazer transferência de tecnologia e a instalar fábricas no país. Hoje, as empresas que produzem TV no Brasil são praticamente montadoras. A maioria dos componentes de alta tecnologia é importada. No acordo com os japoneses, parcela desses componentes seria fabricada no Brasil.
Lula escolhe padrão japonês para TV digital
KENNEDY ALENCAR
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o Brasil adotará o padrão de TV digital japonês (ISDB), segundo apurou a Folha. O próprio Lula deve anunciar a decisão depois de amanhã.
Após uma dura batalha de bastidores entre os defensores dos padrões japonês, americano (ATSC) e europeu (DVB), o presidente optou pelo primeiro por avaliar que essa proposta trará mais vantagens ao Brasil e às grandes empresas de comunicação do país -entre as quais as Organizações Globo.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) já negociam um pacote de investimentos em troca da decisão. Houve uma reunião ontem na Casa Civil com autoridades e empresários japoneses.
O governo já obteve do Japão o compromisso de que cerca de US$ 2 bilhões serão investidos para a fabricação de semicondutores (componente usado na fabricação de transístores e microprocessadores, por exemplo) e TVs de plasma. A decisão pelo padrão japonês foi tomada na semana passada por Lula, que orientou seus ministros a negociar com o Japão as contrapartidas para que o anúncio produza ganho político no ano eleitoral.
Além do compromisso de investimentos e da transferência de tecnologia, Lula disse a auxiliares que pesou na decisão o padrão japonês permitir maior tempo de adaptação à era digital dos atuais aparelhos de sinal analógico.
Ou seja, enquanto os americanos e os europeus previam uma fase de transição mais rápida, os japoneses se dispuseram a tornar esse período mais longo num país pobre em que a TV está instalada em mais de 90% dos domicílios.
Uma fase de transição mais longa resultará em menor custo ao consumidor, que terá mais tempo para continuar com seu televisor atual sem precisar comprar um decodificador do sinal digital ou um aparelho novo já com o equipamento.
O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Parte do PT chegou a fazer pressão a favor do padrão europeu, espécie de segundo colocado nos critérios do governo. Apesar desse lobby e do interesse das operadoras de telefonia no padrão europeu, que permitiria sua entrada na área de conteúdo, o governo não conseguiu dos europeus as contrapartidas oferecidas pelos japoneses. Nas discussões internas, Hélio Costa, ex-repórter da Globo, argumentou que o padrão japonês tinha também maior qualidade técnica e que, do ponto de vista tecnológico, seria superior ao americano e ao europeu.
O padrão de TV digital americano foi o último colocado na avaliação do governo. Os EUA e as empresas americanas se recusaram a fazer transferência de tecnologia e a instalar fábricas no país. Hoje, as empresas que produzem TV no Brasil são praticamente montadoras. A maioria dos componentes de alta tecnologia é importada. No acordo com os japoneses, parcela desses componentes seria fabricada no Brasil.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Ótima escolha.
Re: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
penna escreveu:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0803200602.htm
Lula escolhe padrão japonês para TV digital
KENNEDY ALENCAR
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o Brasil adotará o padrão de TV digital japonês (ISDB), segundo apurou a Folha. O próprio Lula deve anunciar a decisão depois de amanhã.
Após uma dura batalha de bastidores entre os defensores dos padrões japonês, americano (ATSC) e europeu (DVB), o presidente optou pelo primeiro por avaliar que essa proposta trará mais vantagens ao Brasil e às grandes empresas de comunicação do país -entre as quais as Organizações Globo.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) já negociam um pacote de investimentos em troca da decisão. Houve uma reunião ontem na Casa Civil com autoridades e empresários japoneses.
O governo já obteve do Japão o compromisso de que cerca de US$ 2 bilhões serão investidos para a fabricação de semicondutores (componente usado na fabricação de transístores e microprocessadores, por exemplo) e TVs de plasma. A decisão pelo padrão japonês foi tomada na semana passada por Lula, que orientou seus ministros a negociar com o Japão as contrapartidas para que o anúncio produza ganho político no ano eleitoral.
Além do compromisso de investimentos e da transferência de tecnologia, Lula disse a auxiliares que pesou na decisão o padrão japonês permitir maior tempo de adaptação à era digital dos atuais aparelhos de sinal analógico.
Ou seja, enquanto os americanos e os europeus previam uma fase de transição mais rápida, os japoneses se dispuseram a tornar esse período mais longo num país pobre em que a TV está instalada em mais de 90% dos domicílios.
Uma fase de transição mais longa resultará em menor custo ao consumidor, que terá mais tempo para continuar com seu televisor atual sem precisar comprar um decodificador do sinal digital ou um aparelho novo já com o equipamento.
Bom ponto, um prazo maior vai facilitar a transição.
penna escreveu:O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Não consegui entender esse trecho, como um padrão de transmissão digital pode interferir no controle do conteúdo transmitido?
penna escreveu:Parte do PT chegou a fazer pressão a favor do padrão europeu, espécie de segundo colocado nos critérios do governo. Apesar desse lobby e do interesse das operadoras de telefonia no padrão europeu, que permitiria sua entrada na área de conteúdo, o governo não conseguiu dos europeus as contrapartidas oferecidas pelos japoneses. Nas discussões internas, Hélio Costa, ex-repórter da Globo, argumentou que o padrão japonês tinha também maior qualidade técnica e que, do ponto de vista tecnológico, seria superior ao americano e ao europeu.
O padrão de TV digital americano foi o último colocado na avaliação do governo. Os EUA e as empresas americanas se recusaram a fazer transferência de tecnologia e a instalar fábricas no país. Hoje, as empresas que produzem TV no Brasil são praticamente montadoras. A maioria dos componentes de alta tecnologia é importada. No acordo com os japoneses, parcela desses componentes seria fabricada no Brasil.
Ótimo, espero que seja verdade.
"Um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta"
Ausente do Fórum até dia 05/04
Ausente do Fórum até dia 05/04
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
O padrão de TV digital americano foi o último colocado na avaliação do governo.

[OdeC]Eu sabia! Eu avisei![/OdeC]

"Noite escura agora é manhã..."
- Aranha
- Mensagens: 6595
- Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
- Gênero: Masculino
- Localização: Nova York
- Contato:
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
- Uma coisa eu sabia, o padrão americano é o pior de todos....
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
Ben Parker
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Sem dúvidas, uma noticia importante para o Brasil.
Vamos poder ver a prova da banheira em vários angulos.
PS: E o padrão venezuelano ou cubano?
Vamos poder ver a prova da banheira em vários angulos.
PS: E o padrão venezuelano ou cubano?
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Antigos foristas iriam encher o saco, falando que o americano é melhor.
Re: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Andarilho escreveu:penna escreveu:penna escreveu:O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Não consegui entender esse trecho, como um padrão de transmissão digital pode interferir no controle do conteúdo transmitido?
É que o que está em jogo não é apenas a tecnologia e os royalties.
Tecnicamente, um programa criado para um padrão de TV Digital pode ser transmitido este padrão para qualquer parte do mundo instantaneamente, enquanto que para se fazer a conversão entre dois padrões diferentes, a coisa complica.
Isso cria no mundo, ao invés de canais locais e programações locais, 3 canais e programações mundiais (europa, eua e japão) e todos os países que estão debaixo de um mesmo sistema tem seus programas compartilhados de forma quase instantânea.
Adotando o padrão americano, deixa de ser "índice de ibope" apenas o quanto o programa é assistido no Brasil, e passa a ser também referência o quanto um programa é assistido no resto do mundo que utiliza padrão eua.
Como a televisão japonesa não é uma forte produtora de conteúdo, o Brasil acaba ficando com a liderança na produção de conteúdo dentro do sistema.
Resumindo, existe um valor pago em royalties pela utilização da tecnologia, e um valor pago por programa que vai ser convertido de outro sistema para este próprio. Utilizando o sistema americano, é o equivalente a criar uma ALCA do entretenimento, onde a segunda taxa deixa de existir para programas americanos. Criamos um "mercado comum brasil-japão" ao invés de uma ALCA.
Editado pela última vez por aknatom em 08 Mar 2006, 11:34, em um total de 1 vez.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

O ENCOSTO escreveu:Sem dúvidas, uma noticia importante para o Brasil.
Vamos poder ver a prova da banheira em vários angulos.
PS: E o padrão venezuelano ou cubano?





Já existe Televisão em cuba? Para, digamos, 90% dos cubanos?
"Um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta"
Ausente do Fórum até dia 05/04
Ausente do Fórum até dia 05/04
Re: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
aknatom escreveu:Andarilho escreveu:penna escreveu:penna escreveu:O presidente também levou em conta o lobby das grandes emissoras de TV do Brasil a favor do padrão japonês. Não seria inteligente do ponto de vista político, avalia Lula, contrariar essas empresas no ano em que disputará a reeleição. Mais: as grandes TVs do Brasil dizem que o padrão japonês permitirá maior controle nacional sobre o conteúdo transmitido. Como o Brasil é um país com uma indústria de entretenimento televisivo de ponta, o governo avalia que é uma decisão estratégica defender os interesses das companhias nacionais.
Não consegui entender esse trecho, como um padrão de transmissão digital pode interferir no controle do conteúdo transmitido?
É que o que está em jogo não é apenas a tecnologia e os royalties.
Tecnicamente, um programa criado para um padrão de TV Digital pode ser transmitido este padrão para qualquer parte do mundo instantaneamente, enquanto que para se fazer a conversão entre dois padrões diferentes, a coisa complica.
Isso cria no mundo, ao invés de canais locais e programações locais, 3 canais e programações mundiais (europa, eua e japão) e todos os países que estão debaixo de um mesmo sistema tem seus programas compartilhados de forma quase instantânea.
Adotando o padrão americano, deixa de ser "índice de ibope" apenas o quanto o programa é assistido no Brasil, e passa a ser também referência o quanto um programa é assistido no resto do mundo que utiliza padrão eua.
Como a televisão japonesa não é uma forte produtora de conteúdo, o Brasil acaba ficando com a liderança na produção de conteúdo dentro do sistema.
Resumindo, existe um valor pago em royalties pela utilização da tecnologia, e um valor pago por programa que vai ser convertido de outro sistema para este próprio. Utilizando o sistema americano, é o equivalente a criar uma ALCA do entretenimento, onde a segunda taxa deixa de existir para programas americanos. Criamos um "mercado comum brasil-japão" ao invés de uma ALCA.

Muito obrigado.
"Um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta"
Ausente do Fórum até dia 05/04
Ausente do Fórum até dia 05/04
- Alenônimo
- Mensagens: 961
- Registrado em: 19 Out 2005, 02:00
- Gênero: Masculino
- Localização: Birigüi - SP
- Contato:
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Uma das discussões sobre o assunto é que, se escolhessem um padrão que não o japonês, seria necessário ter que usar sistemas de telefonia para transmitir certos conteúdos. Coisa que o padrão japonês não necessita. As redes de televisões estavam quase em pé de guerra com as de telecomunicações pois queriam que o sistema fosse o japonês (e não dependeriam das telecomunicações). As de telecomunicações queriam os outros sitemas para poder ganhar em cima.
- Fernando Silva
- Administrador
- Mensagens: 20080
- Registrado em: 25 Out 2005, 11:21
- Gênero: Masculino
- Localização: Rio de Janeiro, RJ
- Contato:
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Fernando Silva escreveu:Andarilho escreveu:Já existe Televisão em cuba? Para, digamos, 90% dos cubanos?
Sim, e assistem às novelas brasileiras.
No Governo de Olivio Dutra, a TVE-RS comprou um pacote de programas cubanos...
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
Transmissão inaugural pode ocorrer em 7 de setembro, mas programas em alta definição devem demorar mais
Mudança na TV de casa ainda leva tempo
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
A curto prazo, a TV digital vai mudar pouca coisa na vida do telespectador. A tão falada "revolução" só ocorrerá com o aumento da produção de conteúdo de alta definição, com o desenvolvimento de aplicações de interatividade e com a venda de aparelhos que faça a convergência de mídias (ou seja, que reúna televisão, internet e telefonia) a preços acessíveis.
Se o governo anunciar agora a opção pelo padrão de modulação japonês, as redes prometem inaugurar as transmissões digitais em 7 de setembro. A Globo articula um jogo da seleção brasileira. Pouco antes, na Copa do Mundo, já deverão ocorrer transmissões experimentais, mas com recepção em pontos específicos -não na sua casa.
Para receber sinal digital já em setembro, o telespectador precisará gastar no mínimo R$ 200. Essa é a estimativa otimista do preço mais barato das caixas decodificadoras (set-top boxes). Qualquer televisor comprado nesta década poderá ser transformado em digital com uma caixa dessas. Uma TV de tela plana já terá um ganho surpreendente. A principal diferença será no formato de tela. Vigorará o formato 16:9, na mesma proporção das telas de cinema.
No mercado de fabricantes de eletroeletrônicos, no entanto, há uma dúvida crucial: pode faltar tempo para a indústria produzir set-top boxes em escala suficiente para vendê-las, já em setembro, a preços competitivos. Os fabricantes afirmam que precisam de pelo menos um ano, após a decisão do sistema de TV digital, para começarem a produzir televisores e set-top boxes em escala.
O principal argumento das redes na defesa do padrão japonês é que elas oferecerão imagens de alta definição (HDTV), muito superiores às dos DVDs. Mas não se anime. Em 7 de setembro, as redes já transmitirão em sinal digital, mas pouquíssima coisa será em alta definição. A Globo ainda não produz novelas em HDTV. Só seriados como "A Diarista".
Além disso, são poucos os modelos de TV já disponíveis e realmente prontos para receber em HDTV -e custam a partir de R$ 15 mil. Alguns modelos de plasma e LCD estão sendo vendidos como "ready to HDTV", mas não são. Antes de comprar, verifique qual a resolução das imagens. Só são realmente HDTV os que oferecem definição de 1.080 linhas.
Um sistema de TV digital é composto por quatro elementos: o padrão de modulação, o padrão de codificação, o "middleware" (o sistema operacional, algo como um Windows da TV digital) e a linha de retorno (como se dará a volta da interatividade). Há dúvidas se o governo federal definirá já o middleware, em que se rodarão softwares de interatividade.
A tendência é o governo optar por um middleware nacional, desenvolvido por universidades brasileiras. Como essas tecnologias ainda não foram testadas, há um certo medo rondando as redes de TV. Teme-se, por exemplo, que o middleware nacional seja suscetível a ataques de hackers.
Além disso, a TV digital será implantada gradualmente em todo o país. Primeiro, as redes instalarão novos transmissores em São Paulo, depois no Rio e nas principais capitais. Deverá levar mais de dez anos para cobrir todo o país.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinhei ... 200604.htm
Escolha pode custar mais para consumidor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A escolha do governo brasileiro pelo padrão japonês (ISDB) de TV digital poderá significar um custo maior para os telespectadores. De acordo com relatório encomendado pelo próprio governo ao CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), os conversores (aparelhos que serão usados para que aparelhos analógicos recebam sinais digitais) terão preço de venda maior em caso de escolha do padrão japonês.
Baseado em um custo médio de R$ 400 para o conversor, o CPqD estimou que a transição para a TV digital custará aproximadamente R$ 14 bilhões aos consumidores, em um prazo de 15 anos.
Os conversores feitos para funcionar com o modelo japonês de TV digital custariam, segundo o CPqD, entre R$ 276 e R$ 761, de acordo com a complexidade (com ou sem interatividade, com ou sem canal de retorno, por exemplo). Os conversores mais baratos seriam os fabricados em caso de escolha do padrão europeu (DVB): entre R$ 233 e R$ 662. Favorável ao modelo japonês, o ministro Hélio Costa (Comunicações) criticou o relatório, contestou os números e não o divulgou, conforme havia prometido.
De acordo com o estudo, influencia no preço o fator escala: o padrão europeu é usado em 57 países, e o japonês, só no Japão. Segundo o CPqD, a escolha do governo deveria levar em conta "as perspectivas de mercado, para gerar maior fator de escala de produção, o que influencia diretamente no investimento necessário no setor produtivo e no preço final ao consumidor".
Ainda de acordo com o relatório, o fator preço do conversor é fundamental: "quanto menor o preço, melhores os resultados em termos de adesão da população, de níveis de produção e de balança comercial".
Do ponto de vista técnico, a escolha do padrão japonês se encaixa nos critérios que o governo havia estipulado: possibilidade de transmissão em alta definição, mobilidade (conteúdo pode ser transmitido para uma televisão instalada em um ônibus em movimento, por exemplo) e portabilidade (imagem pode ser captada por aparelhos menores, como celulares). Nos estudos técnicos, de acordo com o governo, o padrão japonês é o que se mostrou mais robusto considerando essas características.
Modelo de negócio
A escolha do governo põe fim a uma batalha de bastidores que envolveu ministros de Estado de países estrangeiros, multinacionais fabricantes de equipamentos, operadoras de telecomunicações e redes de TV. Outra etapa da guerra, no entanto, irá continuar quando o governo for regulamentar o chamado "modelo de negócios": nessa fase, poderá ser definido quem poderá participar da nova televisão e se haverá ou não mais competição no setor. O Congresso Nacional, que inicialmente pensou em participar da escolha do padrão, já voltou suas atenções para o "modelo de negócios".
(HUMBERTO MEDINA)

Mudança na TV de casa ainda leva tempo

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
A curto prazo, a TV digital vai mudar pouca coisa na vida do telespectador. A tão falada "revolução" só ocorrerá com o aumento da produção de conteúdo de alta definição, com o desenvolvimento de aplicações de interatividade e com a venda de aparelhos que faça a convergência de mídias (ou seja, que reúna televisão, internet e telefonia) a preços acessíveis.
Se o governo anunciar agora a opção pelo padrão de modulação japonês, as redes prometem inaugurar as transmissões digitais em 7 de setembro. A Globo articula um jogo da seleção brasileira. Pouco antes, na Copa do Mundo, já deverão ocorrer transmissões experimentais, mas com recepção em pontos específicos -não na sua casa.
Para receber sinal digital já em setembro, o telespectador precisará gastar no mínimo R$ 200. Essa é a estimativa otimista do preço mais barato das caixas decodificadoras (set-top boxes). Qualquer televisor comprado nesta década poderá ser transformado em digital com uma caixa dessas. Uma TV de tela plana já terá um ganho surpreendente. A principal diferença será no formato de tela. Vigorará o formato 16:9, na mesma proporção das telas de cinema.
No mercado de fabricantes de eletroeletrônicos, no entanto, há uma dúvida crucial: pode faltar tempo para a indústria produzir set-top boxes em escala suficiente para vendê-las, já em setembro, a preços competitivos. Os fabricantes afirmam que precisam de pelo menos um ano, após a decisão do sistema de TV digital, para começarem a produzir televisores e set-top boxes em escala.
O principal argumento das redes na defesa do padrão japonês é que elas oferecerão imagens de alta definição (HDTV), muito superiores às dos DVDs. Mas não se anime. Em 7 de setembro, as redes já transmitirão em sinal digital, mas pouquíssima coisa será em alta definição. A Globo ainda não produz novelas em HDTV. Só seriados como "A Diarista".
Além disso, são poucos os modelos de TV já disponíveis e realmente prontos para receber em HDTV -e custam a partir de R$ 15 mil. Alguns modelos de plasma e LCD estão sendo vendidos como "ready to HDTV", mas não são. Antes de comprar, verifique qual a resolução das imagens. Só são realmente HDTV os que oferecem definição de 1.080 linhas.
Um sistema de TV digital é composto por quatro elementos: o padrão de modulação, o padrão de codificação, o "middleware" (o sistema operacional, algo como um Windows da TV digital) e a linha de retorno (como se dará a volta da interatividade). Há dúvidas se o governo federal definirá já o middleware, em que se rodarão softwares de interatividade.
A tendência é o governo optar por um middleware nacional, desenvolvido por universidades brasileiras. Como essas tecnologias ainda não foram testadas, há um certo medo rondando as redes de TV. Teme-se, por exemplo, que o middleware nacional seja suscetível a ataques de hackers.
Além disso, a TV digital será implantada gradualmente em todo o país. Primeiro, as redes instalarão novos transmissores em São Paulo, depois no Rio e nas principais capitais. Deverá levar mais de dez anos para cobrir todo o país.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinhei ... 200604.htm
Escolha pode custar mais para consumidor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A escolha do governo brasileiro pelo padrão japonês (ISDB) de TV digital poderá significar um custo maior para os telespectadores. De acordo com relatório encomendado pelo próprio governo ao CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), os conversores (aparelhos que serão usados para que aparelhos analógicos recebam sinais digitais) terão preço de venda maior em caso de escolha do padrão japonês.
Baseado em um custo médio de R$ 400 para o conversor, o CPqD estimou que a transição para a TV digital custará aproximadamente R$ 14 bilhões aos consumidores, em um prazo de 15 anos.
Os conversores feitos para funcionar com o modelo japonês de TV digital custariam, segundo o CPqD, entre R$ 276 e R$ 761, de acordo com a complexidade (com ou sem interatividade, com ou sem canal de retorno, por exemplo). Os conversores mais baratos seriam os fabricados em caso de escolha do padrão europeu (DVB): entre R$ 233 e R$ 662. Favorável ao modelo japonês, o ministro Hélio Costa (Comunicações) criticou o relatório, contestou os números e não o divulgou, conforme havia prometido.
De acordo com o estudo, influencia no preço o fator escala: o padrão europeu é usado em 57 países, e o japonês, só no Japão. Segundo o CPqD, a escolha do governo deveria levar em conta "as perspectivas de mercado, para gerar maior fator de escala de produção, o que influencia diretamente no investimento necessário no setor produtivo e no preço final ao consumidor".
Ainda de acordo com o relatório, o fator preço do conversor é fundamental: "quanto menor o preço, melhores os resultados em termos de adesão da população, de níveis de produção e de balança comercial".
Do ponto de vista técnico, a escolha do padrão japonês se encaixa nos critérios que o governo havia estipulado: possibilidade de transmissão em alta definição, mobilidade (conteúdo pode ser transmitido para uma televisão instalada em um ônibus em movimento, por exemplo) e portabilidade (imagem pode ser captada por aparelhos menores, como celulares). Nos estudos técnicos, de acordo com o governo, o padrão japonês é o que se mostrou mais robusto considerando essas características.
Modelo de negócio
A escolha do governo põe fim a uma batalha de bastidores que envolveu ministros de Estado de países estrangeiros, multinacionais fabricantes de equipamentos, operadoras de telecomunicações e redes de TV. Outra etapa da guerra, no entanto, irá continuar quando o governo for regulamentar o chamado "modelo de negócios": nessa fase, poderá ser definido quem poderá participar da nova televisão e se haverá ou não mais competição no setor. O Congresso Nacional, que inicialmente pensou em participar da escolha do padrão, já voltou suas atenções para o "modelo de negócios".
(HUMBERTO MEDINA)

- Simão_Bacamarte
- Mensagens: 280
- Registrado em: 22 Dez 2005, 15:41
- Localização: Rio Branco - Acre
- Contato:
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
DarkWings, é que os japoneses tem um tratado de cooperação com os venusianos...



Olá povo do ReV
Acompanho as discussões aqui por uns dois anos e finalmente vcs tocaram em um assunto que eu posso opinar.
Eu trabalhei durante um ano na USP, no laboratório responsável por definir o sistema de recepção, quale caixinha que todo mundo que não quiser desembolsar uns R$5.000,00 numa tv já preparada para recepção digital vai ter que adquirir.
O projeto da tv digital brasileira é puramente político. O ministro Hélio Costa já era favorável ao padrão japonês desde o começo do projeto e nunca escondeu isso.
Dá pra imaginar chegar a conclusão que um padrão é melhor que outro em 8 meses??? Pois assim que foi feito. Tem coisa que nem foi testada, mas está no relatório do CPqD.
O padrão japonês tem muitas vantagens técnicas, mas o europeu é mais competitivo porque é mais difundido. Mas mesmo assim escolheram um virtualmente mais caro. Não é tão simples criar conteúdo para padrões diferentes, pois cada padrão tem certas particularidades na camada de transporte de dados que dificultam este trabalho. O padrão inclui muitas definições, como codificação do sinal de vídeo (MPEG2, MPEG4, H264), tipo de modulação, sistema operacional utilizado no receptor, middleware, canal de retorno ( a forma como vc vai interagir com a tv, via telefone, via internet, via GPRS) etc.
O problema que vem pela frente é o middleware. Para que a tv tenha interatividade os receptores são sistemas poderosos com relação ao processamento e precisam de um sistema operacional (pelo menos nesse ponto os fabricantes concordam em usar Linux, mas a Microsoft já está contratando universidades para portar o winCe para TV) e uma camada intermediária, capaz de sobrepor as imagens, desenhar figuras geométricas, receber comandos de controle-remoto relativos a interatividade, etc. Esse middleware representa uma parte considerável do custo final e ainda não está definido. As universidades que participaram do consórcio da Tv digital desenvolveram middleware próprio, mas é muito inferior aos comerciais e me parece que as operadoras de TV estão pressionando para que seja utilizado o middleware europeu.
Em tempo, muito provavelmente a Globo fez lobby para o padrão jap porque há anos eles já estão se preparando.
O Lula quer ver a copa em alta definição (1080 linhas), mas vai ficar só na vontade, porque pode até ser possível a instalação de pontos de transmissão digital até a copa, mas seriam imagens em standard definition (a tv que vc tem em casa).
Enfim, mais um projeto pra ganhar votos.
Já trabalho há 10 anos com projetos deste tipo e, sem dúvida, este foi o mais mal-gerenciado e o que mais começou errado.
Acompanho as discussões aqui por uns dois anos e finalmente vcs tocaram em um assunto que eu posso opinar.

Eu trabalhei durante um ano na USP, no laboratório responsável por definir o sistema de recepção, quale caixinha que todo mundo que não quiser desembolsar uns R$5.000,00 numa tv já preparada para recepção digital vai ter que adquirir.
O projeto da tv digital brasileira é puramente político. O ministro Hélio Costa já era favorável ao padrão japonês desde o começo do projeto e nunca escondeu isso.
Dá pra imaginar chegar a conclusão que um padrão é melhor que outro em 8 meses??? Pois assim que foi feito. Tem coisa que nem foi testada, mas está no relatório do CPqD.
O padrão japonês tem muitas vantagens técnicas, mas o europeu é mais competitivo porque é mais difundido. Mas mesmo assim escolheram um virtualmente mais caro. Não é tão simples criar conteúdo para padrões diferentes, pois cada padrão tem certas particularidades na camada de transporte de dados que dificultam este trabalho. O padrão inclui muitas definições, como codificação do sinal de vídeo (MPEG2, MPEG4, H264), tipo de modulação, sistema operacional utilizado no receptor, middleware, canal de retorno ( a forma como vc vai interagir com a tv, via telefone, via internet, via GPRS) etc.
O problema que vem pela frente é o middleware. Para que a tv tenha interatividade os receptores são sistemas poderosos com relação ao processamento e precisam de um sistema operacional (pelo menos nesse ponto os fabricantes concordam em usar Linux, mas a Microsoft já está contratando universidades para portar o winCe para TV) e uma camada intermediária, capaz de sobrepor as imagens, desenhar figuras geométricas, receber comandos de controle-remoto relativos a interatividade, etc. Esse middleware representa uma parte considerável do custo final e ainda não está definido. As universidades que participaram do consórcio da Tv digital desenvolveram middleware próprio, mas é muito inferior aos comerciais e me parece que as operadoras de TV estão pressionando para que seja utilizado o middleware europeu.
Em tempo, muito provavelmente a Globo fez lobby para o padrão jap porque há anos eles já estão se preparando.
O Lula quer ver a copa em alta definição (1080 linhas), mas vai ficar só na vontade, porque pode até ser possível a instalação de pontos de transmissão digital até a copa, mas seriam imagens em standard definition (a tv que vc tem em casa).
Enfim, mais um projeto pra ganhar votos.
Já trabalho há 10 anos com projetos deste tipo e, sem dúvida, este foi o mais mal-gerenciado e o que mais começou errado.
- Ricardo Braida
- Mensagens: 247
- Registrado em: 02 Dez 2005, 00:15
- Localização: Santa Maria - RS
- Contato:
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Estou iniciando um curso de telecomunicações em poucos dias, a área está crescendo em todos os sentidos, agora com a implantação do sistema de tv-digital o pessoal vai ter bastante área pra atuar.
Ouvi falar que a TIM já está investindo em transmissão de tv-digital móvel, alguém sabe confirmar isso?
Ouvi falar que a TIM já está investindo em transmissão de tv-digital móvel, alguém sabe confirmar isso?

Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Pergunta ao CAP. Li a respeito da TV digital Com pode uma coisa que reduz a quantidade de definição em mais de 50% ter uma qualidade de imagem melhor?
Existem dois tipos de humanos: Os manipuladores e os manipulados. Qual deles você é?
Re: Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Johnny escreveu:Pergunta ao CAP. Li a respeito da TV digital Com pode uma coisa que reduz a quantidade de definição em mais de 50% ter uma qualidade de imagem melhor?
Johnny:
É possível transmitir em diversos tipos de de definições, desde que se use canais apropriados para isso.
Por exemplo, se o governo mantiver o espectro atual, cada operadora de tv terá 6MHz de banda. Em 6MHz é possível transmitir 2 canais alta definição (HDTV) simultâneamente, ou 1 canal HDTV e dois standard(o televisor da sua casa) ou ainda 4 canais standard.
A diferença é que a definição dos televisores comuns tem 525 linhas e os televisores HDTV têm 1080 (pode ser entrelaçado ou não).
O que chamam de "qualidade melhor" é com relação à recepção do sinal. No sistema digital não existem fantasmas ou imagens sobrepostas, porque a recepção digital elimina a chamada propagação multipercurso, além de não existirem chuviscos ou imagens sem sintonia, porque o sistema só funciona com um nível mínimo de sinal.
Espero ter esclarecido.
Re: Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Cap escreveu:Johnny escreveu:Pergunta ao CAP. Li a respeito da TV digital Com pode uma coisa que reduz a quantidade de definição em mais de 50% ter uma qualidade de imagem melhor?
Johnny:
É possível transmitir em diversos tipos de de definições, desde que se use canais apropriados para isso.
Por exemplo, se o governo mantiver o espectro atual, cada operadora de tv terá 6MHz de banda. Em 6MHz é possível transmitir 2 canais alta definição (HDTV) simultâneamente, ou 1 canal HDTV e dois standard(o televisor da sua casa) ou ainda 4 canais standard.
A diferença é que a definição dos televisores comuns tem 525 linhas e os televisores HDTV têm 1080 (pode ser entrelaçado ou não).
O que chamam de "qualidade melhor" é com relação à recepção do sinal. No sistema digital não existem fantasmas ou imagens sobrepostas, porque a recepção digital elimina a chamada propagação multipercurso, além de não existirem chuviscos ou imagens sem sintonia, porque o sistema só funciona com um nível mínimo de sinal.
Espero ter esclarecido.
Eu li na folha , e o texto estava muito "cru", que o digital ou pega 100% ou não pega, e o texto da folha foi muito superficial, para dizer o mínimo, e que o sistema japones levaria vantagem nesse aspecto, poderia esclarecer isso?
E seja bem vindo !!
"Um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta"
Ausente do Fórum até dia 05/04
Ausente do Fórum até dia 05/04
Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Esclareceu sim Clap, muito bem por sinal. Grato!
Existem dois tipos de humanos: Os manipuladores e os manipulados. Qual deles você é?
Re: Re.: Lula escolhe padrão Japonês para TV digital.
Andarilho escreveu:Cap escreveu:Johnny escreveu:Pergunta ao CAP. Li a respeito da TV digital Com pode uma coisa que reduz a quantidade de definição em mais de 50% ter uma qualidade de imagem melhor?
Johnny:
É possível transmitir em diversos tipos de de definições, desde que se use canais apropriados para isso.
Por exemplo, se o governo mantiver o espectro atual, cada operadora de tv terá 6MHz de banda. Em 6MHz é possível transmitir 2 canais alta definição (HDTV) simultâneamente, ou 1 canal HDTV e dois standard(o televisor da sua casa) ou ainda 4 canais standard.
A diferença é que a definição dos televisores comuns tem 525 linhas e os televisores HDTV têm 1080 (pode ser entrelaçado ou não).
O que chamam de "qualidade melhor" é com relação à recepção do sinal. No sistema digital não existem fantasmas ou imagens sobrepostas, porque a recepção digital elimina a chamada propagação multipercurso, além de não existirem chuviscos ou imagens sem sintonia, porque o sistema só funciona com um nível mínimo de sinal.
Espero ter esclarecido.
Eu li na folha , e o texto estava muito "cru", que o digital ou pega 100% ou não pega, e o texto da folha foi muito superficial, para dizer o mínimo, e que o sistema japones levaria vantagem nesse aspecto, poderia esclarecer isso?
E seja bem vindo !!
Andarilho:
Imagine o seguinte: no sistema analógico vc tem aplificadores e filtros analógicos na entrada da tv. Para excitar estes circuitos vc precisa de um nível mínimo, mas este nivel mínimo não necessariamente apresenta uma imagem de boa qualidade. Ele consegue excitar os circuitos da tv, mas "meia-boca", sem o que chamamos de "máxima excursão do sinal". O sinal meia-boca vai aparecer com chuviscos (causados por descargas atmosféricas e/ou interferência eletromágnética), fantasmas (multipercurso do sinal), ausência de cor (sinal com baixa intensidade), entre outros.
No padrão digital, para que vc consiga recuperar um frame do MPEG, é preciso que o sinal tenha tbém uma certa intensidade, mas com a diferença que se o sinal estiver abaixo do sinal mínimo, o decoder de vídeo simplesmente não consegue recuperar. Fazendo uma analogia, imagine a porta serial de um micro (ô coisa véia

O comportamento é o mesmo da TV por assinatura digital. Quando vc está assistindo algo e por algum motivo o sinal congela na tela e depois parece que pula para um frame mais à frente, pode ser que o receptor tenha perdido o sinal e não conseguiu decodificar o frame naquele instante, mas quando a intensidade do sinal voltou ao normal ele recebeu o frame pouco mais à frente.
Acho que escreví demais, desculpe.
Espero ter esclarecido.