KARDECISMO - Raça adâmica

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o anátema
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por o anátema »

Botanico escreveu:Não é a mesma coisa, pois o Criacionismo não pode ser experimentado. Não me consta que qualquer cientista criacionista fez qualquer experimento que comprove seus pontos de vista.[/color]


Pior ainda.

Mostra que os cientistas, mesmo sem ter qualquer tipo de experimentação que comprovasse seu ponto de vista, estão dispostos a defender suas crenças mesmo que vão contra os "dogmas", e mesmo que só cause desprestígio (dentro do mainstream, mas conquistando fãs ardorosos dentre os adeptos da crença). Apenas o fato deles terem se disposto a defender, sejam experimentos ou argimentos, não os valida.

Mas mesmo assim, eles tem algo que poderia ser comparado a experimentos, não tão diretos como observar a criação especial de um novo "tipo", mas os criacionistas poderiam contar como experimentos relacionados ao criacionismo:
- experimentos refutando a geração espontânea
- nunca conseguiu-se criar vida
- o fato de moscas contaminadas por radiação terem sido apenas umas moscas "aleijadas", nenhum tipo novo de ser, nem mesmo uma nova espécie de mosca;
- até hoje as poucas especiações observadas se deram apenas dentro dos mesmos "tipos";

Assim, dizem que a ciência não pode descartar por completo a hipótese de criações especiais ou criação inteligente, pela constatação principal de que há características que não se sabe exatamente como poderiam ter evoluído.


E tem mais: só um cientista criacionista defende o Criacionismo. No caso dos estudos mediúnicos, diversos cientistas eram absolutamente contrários e queriam fazer experimentos exatamente para PROVAR QUE TUDO ERA FRAUDE. Mas em vez disso... endossaram que eram autênticos.

Como se explica isso? [/color]

Bem, para dar um exemplo, o Enézio-esqueci-o-sobrenome, disse ser "ateu de carteirinha", marxista inclusive, e só mais tarde se deu conta da insuficiência epistêmica do evolucionismo. O Behe pode-se até dizer em certo sentido que é evolucionista, por aceitar a ancestralidade comum universal, mas propõe ainda que as adaptações sejam inventadas por um inventor inteligente de adaptações.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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Botanico
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Botanico »

o anátema escreveu:
Botanico escreveu:Não é a mesma coisa, pois o Criacionismo não pode ser experimentado. Não me consta que qualquer cientista criacionista fez qualquer experimento que comprove seus pontos de vista.[/color]


Pior ainda.

Mostra que os cientistas, mesmo sem ter qualquer tipo de experimentação que comprovasse seu ponto de vista, estão dispostos a defender suas crenças mesmo que vão contra os "dogmas", e mesmo que só cause desprestígio (dentro do mainstream, mas conquistando fãs ardorosos dentre os adeptos da crença). Apenas o fato deles terem se disposto a defender, sejam experimentos ou argimentos, não os valida.

Mas mesmo assim, eles tem algo que poderia ser comparado a experimentos, não tão diretos como observar a criação especial de um novo "tipo", mas os criacionistas poderiam contar como experimentos relacionados ao criacionismo:
- experimentos refutando a geração espontânea
- nunca conseguiu-se criar vida
- o fato de moscas contaminadas por radiação terem sido apenas umas moscas "aleijadas", nenhum tipo novo de ser, nem mesmo uma nova espécie de mosca;
- até hoje as poucas especiações observadas se deram apenas dentro dos mesmos "tipos";

Assim, dizem que a ciência não pode descartar por completo a hipótese de criações especiais ou criação inteligente, pela constatação principal de que há características que não se sabe exatamente como poderiam ter evoluído.


E tem mais: só um cientista criacionista defende o Criacionismo. No caso dos estudos mediúnicos, diversos cientistas eram absolutamente contrários e queriam fazer experimentos exatamente para PROVAR QUE TUDO ERA FRAUDE. Mas em vez disso... endossaram que eram autênticos.

Como se explica isso? [/color]

Bem, para dar um exemplo, o Enézio-esqueci-o-sobrenome, disse ser "ateu de carteirinha", marxista inclusive, e só mais tarde se deu conta da insuficiência epistêmica do evolucionismo. O Behe pode-se até dizer em certo sentido que é evolucionista, por aceitar a ancestralidade comum universal, mas propõe ainda que as adaptações sejam inventadas por um inventor inteligente de adaptações.


Bem, como eu disse, no caso da mediunidade foram feitos experimentos COM RESULTADOS POSITIVOS. Nada comparado com o Criacionismo, com seus experimentos buscando resultados negativos...

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o anátema
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Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por o anátema »

Não estou questionando (nem concordando) que o espiritismo tenha experimentos a seu favor, que sejam apoiados por cientistas.

O ponto é que, não é apenas porque cientistas teriam todos que serem "BURROS E INCOMPETENTES E/OU ERAM CANALHAS", que só tem a perder ao apoiar uma opinião controversa, que essa controversia eh validada, e nem mesmo necessariamente invalida a generalizacao sobre competencia e-ou honestidade dos cientistas.

Ou seja, nao dah para defender o criacionismo soh porque os cientistas todos que defendem os criacionismos teriam todos, durante todo esse tempo que o criacionismo exsite, que ser ignorantes-incompetentes ou desonestos.

Quer um exemplo? Aqui me dizem que TODOS os cientistas que se meteram a estudar os fenômenos mediúnicos e os endossaram OU ERAM BURROS E INCOMPETENTES E/OU ERAM CANALHAS. Bem, eu não consigo imaginar como, nem porque mais de 200 cientistas ao longo de mais de 80 anos fossem acometidos de uma burrice seletiva, que só os atacava quando iam estudar médiuns e/ou fossem mentirosos e canalhas em favor de uma coisa que só lhes trazia desprestígio perante seus colegas e sem nenhum motivo plausível.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

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Botanico
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Botanico »

o anátema escreveu:Não estou questionando (nem concordando) que o espiritismo tenha experimentos a seu favor, que sejam apoiados por cientistas.

O ponto é que, não é apenas porque cientistas teriam todos que serem "BURROS E INCOMPETENTES E/OU ERAM CANALHAS", que só tem a perder ao apoiar uma opinião controversa, que essa controversia eh validada, e nem mesmo necessariamente invalida a generalizacao sobre competencia e-ou honestidade dos cientistas.

Ou seja, nao dah para defender o criacionismo soh porque os cientistas todos que defendem os criacionismos teriam todos, durante todo esse tempo que o criacionismo exsite, que ser ignorantes-incompetentes ou desonestos.


Desculpe-me, mas não estou entendendo NADA DO QUE VOCÊ QUER DIZER. Está uma falta de clareza absurda por aqui.

O eu que disse é que os céticos consideram que os cientistas que endossaram os fenômenos mediúnicos, só o fizeram porque eram um bando de incompetentes ou então eram canalhas que se associaram aos pilantras que se diziam médiuns. E o que tenho notado é que os céticos NÃO APRESENTAM NENHUM MOTIVO PLAUSÍVEL PARA TANTO.

Se o problema se resumisse a uma questão de fé, eu entenderia. Sim, TODOS OS CIENTISTAS ENVOLVIDOS COM ESSE ASSUNTO DE MEDIUNIDADE SERIAM ENTÃO CRENTES FERVOROSOS DA COISA. Mas acontece que a realidade foi bem diferente. Alguns cientistas até se tornaram espíritas, MAS FOI SÓ DEPOIS DE INVESTIGAREM BEM O ASSUNTO. E vários deles permaneceram anti-espíritas, querendo atribuir aos fenômenos outras causas, MAS NÃO ENCONTRARAM PROVAS DE QUE OS FENÔMENOS FOSSEM FRAUDULENTOS e quando encontravam fraudes, denunciavam-nas sem piedade.

Mas os céticos juntam todos eles no mesmo saco e os apresentam como burros ou canalhas.

E quanto aos criacionistas, bem ANTES DE SEREM CIENTISTAS, ESSES CARAS JÁ ERAM MEMBROS DE IGREJAS FUNDAMENTALISTAS. Quer dizer, já traziam em sua bagagem todo um cabedal de fé, que continuou intacto, mesmo depois de fazerem seus cursos e atuarem como profissionais de Ciência. Veja só o meu caso: eu me formei em Biologia, mas já era espírita antes e continuo ainda. Colegas meus eram católicos antes e continuam católicos hoje; e sei de uma colega que é botânica e também é ferrenha protestante. Como ela resolve o conflito criacionismo x evolucionismo em sua cabeça, não faço a menor idéia.

A porca torce o rabo é quando se tenta distorcer os fatos científicos para fazê-los encaixar a marretadas nos conceitos bíblicos. É o que fazem os cientistas criacionistas. Incapazes de produzir conhecimentos novos, eles simplesmente pegam os velhos chavões e os usam reinteiradas vezes, mesmo depois de já terem sido refutados dezenas de vezes. É assim que o Criacionismo funciona.

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

salgueiro escreveu:
Muita gente por aqui, não conhece mesmo a doutrina em sua totalidade e acaba falando mesmo besteiras facilmente detectáveis



Oque eu vejo é que muitas pessoas não escrevem aquilo que você gostaria que a DE fosse.

Besteira é contrariar oque está claramente escrito nos livros espiritas.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Fernando Silva
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Eu normalmente digo que "não se entende nada de DE" quando se misturam coisas que NÃO SÃO FORO DE DOUTRINA e querem que seja. Como esses textos de conteúdo politicamente incorreto e que são acusados de racismo. Já falei dúzias de vezes que são textos vinculados ao conhecimento CIENTÍFICO de uma época e povo específicos, que não tinham como ser desmentidos por falta de realidade objetiva. Mas hoje sabemos que as opiniões de Kardec a respeito estavam erradas.

Se uma parte do que Kardec disse estava errada, o resto também pode estar errado.
Nada do que ele disse pode ser tomado como verdade absoluta. Depende de cada um ter fé ou achar que viu confirmação através de experiências pessoais e intransferíveis.
E aceitar que, por serem intransferíveis, os outros tenham o direito de não aceitar.
Botanico escreveu:O mesmo já não acontece com vocês céticos, cuja fé TOTALMENTE CEGA exige que se veja crendice, fraude ou coincidência em tudo que contraria essa mesma fé. Certo?

Errado. Se a ciência fosse realmente assim, até hoje estaríamos na idade da pedra. O progresso foi feito à medida em que antigos conceitos e "certezas" eram derrubados pelas evidências em favor de conceitos novos.
Hoje, todos aceitam que os continentes se movem e se chocam, mas, quando a teoria surgiu, caíram de pau no cara que a lançou. Ninguém gosta de mudar seus conceitos, mas acabam aceitando as evidências e, principalmente, os resultados práticos.
Botanico escreveu:Eu tenho insistido de que acho muito estranho que mais de 200 cientistas, ao longo de mais de 80 anos e trabalhando de forma independente ou em grupos, tenham sido enganados e/ou compactuado com os enganadores em defesa de uma crendice sem nenhum motivo plausível. Os céticos têm uma fé cega que exige que creiam nisso e ELES CRÊEM. Já a minha fé raciocinada me diz que é uma coisa muito improvável, pois aqueles cientistas nada tinham a ganhar e sim tudo a perder. Concorda ou não?

Duzentos cientistas não representam a comunidade científica. Eles podem interpretar os supostos fenômenos que observaram do modo que quiserem. Pode ser evidência bastante para eles, mas, até que a coisa seja incontestável e reproduzível de acordo com o método científico, não será ciência.
Se 200 cientistas viram alguma coisa, muitos mais não obtiveram nenhuma evidência.
Talvez algum dia se descubra uma explicação para o que eles teriam visto, e então a ciência se expandirá para incluir esses fenômenos, como já fez tantas vezes, mas, enquanto eles forem atribuídos à ação de espíritos ou coisa assim, não serão assunto para cientistas.

Pode muito bem acontecer de um dia se descobrir que os fenômenos eram reais - e não tinham nada a ver com espíritos.
Só espero que nesse dia os espíritas não insistam em que "no meu caso, é ação dos espíritos", como já fizeram antes quando "fenômenos" foram reproduzidos e explicados.
Botanico escreveu:Nada disso. Você me mostrou que conhece o que da DE? Se vai refutar a DE, faça-o como um todo e não pinçando textos falhos aqui e ali e achar que com isso demoliu a doutrina.

O que eu posso refutar da DE? Tudo o que já li é um monte de textos do tipo "O espírito nos diz que isto ou aquilo". O máximo que eu posso fazer é questionar a lógica das afirmações ou exigir provas.
Botanico escreveu:Tudo o que vocês céticos fazem é só pegar esses mesmos textos e repostá-los dúzias de vezes. Será que não dá para virar esse disco não?

As pessoas tendem a postar as coisas que se destacam por sua idiotice, preconceito ou bizarria. O resto é uma massa de afirmações sem valor até que surjam provas. Que os espíritas admitem que não podem apresentar.

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Botanico
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Botanico »

Fernando Silva escreveu:
Botanico escreveu:Eu normalmente digo que "não se entende nada de DE" quando se misturam coisas que NÃO SÃO FORO DE DOUTRINA e querem que seja. Como esses textos de conteúdo politicamente incorreto e que são acusados de racismo. Já falei dúzias de vezes que são textos vinculados ao conhecimento CIENTÍFICO de uma época e povo específicos, que não tinham como ser desmentidos por falta de realidade objetiva. Mas hoje sabemos que as opiniões de Kardec a respeito estavam erradas.

Se uma parte do que Kardec disse estava errada, o resto também pode estar errado.
Sim, mas TAMBÉM PODE ESTAR CERTO. Afinal vemos muito disso em Ciência. Cientistas fazem trabalhos com os recursos que dispõem, e no futuro, com os avanços técnicos pode ficar demonstrado que estavam em parte errados ou totalmente errados. No que dependia de conhecimentos de sua época, Kardec pode ter se enganado e de fato se enganou. Nesse ponto ao menos o Espiritismo fica à frente de muita doutrina por aí, pois avança com os novos conhecimentos, em vez de ficar estacionado na mesmice só porque um iluminado as escreveu.

Nada do que ele disse pode ser tomado como verdade absoluta.
Existe alguma coisa neste mundo, fruto de obra humana ou supostamente divina, que possa ser tomada como verdade absoluta?

Depende de cada um ter fé ou achar que viu confirmação através de experiências pessoais e intransferíveis.
E aceitar que, por serem intransferíveis, os outros tenham o direito de não aceitar.
Esse é o problema da Ciência quando envolve investigação de ações HUMANAS. Não é como um produto químico, que vai sempre se comportar do mesmo jeito ao longo das Eras. Um ser humano não é igual a outro e o que um fez no passado, não dá para ser feito exatamente igual por outro. As experiências feitas pelos cientistas seguiram critérios científicos e havia muita gente envolvida e, em caso de fraude, uma enorme possibilidade da coisa vir a público (com tantos cúmplices, uma hora alguém dá com a língua nos dentes). As pessoas são livres para aceitarem esses experimentos ou recusá-los. Até aí não vai crítica, mas eu me acho no direito de exigir que a aceitação ou recusa merecem uma justificativa melhor do que gosto ou fé.

Botanico escreveu:O mesmo já não acontece com vocês céticos, cuja fé TOTALMENTE CEGA exige que se veja crendice, fraude ou coincidência em tudo que contraria essa mesma fé. Certo?


Errado. Se a ciência fosse realmente assim, até hoje estaríamos na idade da pedra. O progresso foi feito à medida em que antigos conceitos e "certezas" eram derrubados pelas evidências em favor de conceitos novos.
Não se está discutindo aqui nem conceitos, velhos ou novos, nem certezas antigas, mas UMA certeza moderna: de que todos aqueles cientistas eram burros ou canalhas quando estudavam mediunidade.

Hoje, todos aceitam que os continentes se movem e se chocam, mas, quando a teoria surgiu, caíram de pau no cara que a lançou. Ninguém gosta de mudar seus conceitos, mas acabam aceitando as evidências e, principalmente, os resultados práticos.
E daí?

Botanico escreveu:Eu tenho insistido de que acho muito estranho que mais de 200 cientistas, ao longo de mais de 80 anos e trabalhando de forma independente ou em grupos, tenham sido enganados e/ou compactuado com os enganadores em defesa de uma crendice sem nenhum motivo plausível. Os céticos têm uma fé cega que exige que creiam nisso e ELES CRÊEM. Já a minha fé raciocinada me diz que é uma coisa muito improvável, pois aqueles cientistas nada tinham a ganhar e sim tudo a perder. Concorda ou não?

Duzentos cientistas não representam a comunidade científica. Eles podem interpretar os supostos fenômenos que observaram do modo que quiserem.
Olha, meu caro, SOMENTE COISAS QUE DARIAM MUITO DINHEIRO E/OU FAMA podem apresentar tantos cientistas no pé delas para estudá-las. Na maioria dos casos, especialmente quando se trata de conhecimento puro, sem aplicação imediata, só uns poucos gatos pingados se dedicaram a estudar essas coisas individualmente. A aceitação, neste caso, depende de quanto está vinculada aos dogmas da Ciência. Se se enquadra neles, serão aceitas sem problemas. Quando não se enquadra (como o caso lá da deriva continental) é preciso um conjunto muito forte de evidências para fazer cair o dogma. Neste ponto, Ciência e Religião empatam.
Dizer que mais de 200 cientistas e milhares de experimentos NÃO SÃO REPRESENTATIVOS, para mim é dizer que nada em ciência é. O problema, como eu falei, é de DOGMA e não necessariamente de fatos. Depois que o interesse dos cientistas na coisa decaiu (afinal não havia retorno positivo da comunidade) e os médiuns sacaram que só levam a pior nestes casos, então hoje não há mais tanto interesse em provar nada. Até porque, MESMO QUE PROVEM ALGUMA COISA, sempre se alegará que é evidência anedota e não serve para nada.


Pode ser evidência bastante para eles, mas, até que a coisa seja incontestável e reproduzível de acordo com o método científico, não será ciência.
Se 200 cientistas viram alguma coisa, muitos mais não obtiveram nenhuma evidência.
Bem, os MUITOS MAIS, por uma infeliz descoincidência, NÃO ESTUDARAM OS MESMOS MÉDIUNS que aqueles que obtiveram a evidência. E por que? Porque era uma coisa ridícula, indigna de tão grandes sábios estudarem coisas que só podiam ser fraude, tolice e superstição. Para que iriam se dar ao trabalho de estudá-los, se só de ficar em suas cátedras acusando-os de safadeza já bastava para serem aplaudidos e aclamados pela comunidade científica?
Reprodutíveis as coisas podem até ser, mas os CAUSADORES SÃO HUMANOS e já sabem que serão execrados antes mesmo de começar. Se nada produzirem (afinal não têm o controle sobre isso), estará provado que são farsantes; se produzirem, NADA ESTARÁ PROVADO. Desse jeito...


Talvez algum dia se descubra uma explicação para o que eles teriam visto, e então a ciência se expandirá para incluir esses fenômenos, como já fez tantas vezes, mas, enquanto eles forem atribuídos à ação de espíritos ou coisa assim, não serão assunto para cientistas.
Exatamente por isso que os médiuns não têm mais interesse que os cientistas os estudem: se os espíritos têm de ficar de fora, pois a Cîência proibiu-os de ser a causa dos ditos fenômenos, então que os cientistas tentem conseguir esses fenômenos sem os espíritos. Então os espíritos, que são bem vindos nos centros, que fiquem lá e deixem os laboratórios para os cientistas. É por coisas assim que não estou mais brigando para que o Espiritismo seja considerado ciência.

Pode muito bem acontecer de um dia se descobrir que os fenômenos eram reais - e não tinham nada a ver com espíritos.
Só espero que nesse dia os espíritas não insistam em que "no meu caso, é ação dos espíritos", como já fizeram antes quando "fenômenos" foram reproduzidos e explicados.
Antes de mais nada, a comunidade cética JÁ DECIDIU QUE OS FENÔMENOS NÃO ERAM REAIS. Neste caso, já se elimina qualquer interesse em estudá-los, pois se não eram reais, não há porque se investir nisso. Mas se os fenômenos tiveram TUDO a ver com espíritos, certamente não será a Ciência que descobrirá isto. E finalmente, de que fenômenos reproduzidos e explicados está falando?

Botanico escreveu:Nada disso. Você me mostrou que conhece o que da DE? Se vai refutar a DE, faça-o como um todo e não pinçando textos falhos aqui e ali e achar que com isso demoliu a doutrina.

O que eu posso refutar da DE? Tudo o que já li é um monte de textos do tipo "O espírito nos diz que isto ou aquilo". O máximo que eu posso fazer é questionar a lógica das afirmações ou exigir provas.
Bem, então questione a lógica. As provas, bem, vai ter que se envolver MUITO com a coisa para obtê-las.

Botanico escreveu:Tudo o que vocês céticos fazem é só pegar esses mesmos textos e repostá-los dúzias de vezes. Será que não dá para virar esse disco não?

As pessoas tendem a postar as coisas que se destacam por sua idiotice, preconceito ou bizarria. O resto é uma massa de afirmações sem valor até que surjam provas. Que os espíritas admitem que não podem apresentar.
Bem, o que me incomoda é que raras vezes tenho recebido boas respostas que me levassem a pensar que estou errado.[/quote]

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Vá estudar!
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Mensagem por Vá estudar! »

PERGUNTAR NÃO OFENDE – 042

Se “quem cala consente”, quem fala sem pensar, sem pesquisar, sem estudar (como muitos espíritas, entre outros), não está também consentindo?

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

O ENCOSTO escreveu:
salgueiro escreveu:
Muita gente por aqui, não conhece mesmo a doutrina em sua totalidade e acaba falando mesmo besteiras facilmente detectáveis



Oque eu vejo é que muitas pessoas não escrevem aquilo que você gostaria que a DE fosse.

Besteira é contrariar oque está claramente escrito nos livros espiritas.


Besteira é não saber interagir com o conhecimento. Pensar e analisar faz bem

Bjs


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Fernando Silva
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:
Fernando Silva escreveu:Se uma parte do que Kardec disse estava errada, o resto também pode estar errado.

Sim, mas TAMBÉM PODE ESTAR CERTO. Afinal vemos muito disso em Ciência. Cientistas fazem trabalhos com os recursos que dispõem, e no futuro, com os avanços técnicos pode ficar demonstrado que estavam em parte errados ou totalmente errados. No que dependia de conhecimentos de sua época, Kardec pode ter se enganado e de fato se enganou. Nesse ponto ao menos o Espiritismo fica à frente de muita doutrina por aí, pois avança com os novos conhecimentos, em vez de ficar estacionado na mesmice só porque um iluminado as escreveu.

Kardec pode estar certo, mas aguardarei por provas antes de levá-lo a sério.
Não vou comparar o espiritismo com outras doutrinas, mesmo porque há muitas delas que se modificam aos poucos, com as "revelações" trazidas por novos "profetas", gurus ou coisa assim.
Botanico escreveu:Existe alguma coisa neste mundo, fruto de obra humana ou supostamente divina, que possa ser tomada como verdade absoluta?

Não. O que existe são coisas reproduzíveis, aparentemente explicáveis e suficientemente confiáveis para serem úteis.
Botanico escreveu:Não se está discutindo aqui nem conceitos, velhos ou novos, nem certezas antigas, mas UMA certeza moderna: de que todos aqueles cientistas eram burros ou canalhas quando estudavam mediunidade.

Todos eles assumiram que o que eles viam só podia ser explicado pela existência de espíritos. Direito deles.
Botanico escreveu:Eu tenho insistido de que acho muito estranho que mais de 200 cientistas, ao longo de mais de 80 anos e trabalhando de forma independente ou em grupos, tenham sido enganados e/ou compactuado com os enganadores em defesa de uma crendice sem nenhum motivo plausível. Os céticos têm uma fé cega que exige que creiam nisso e ELES CRÊEM. Já a minha fé raciocinada me diz que é uma coisa muito improvável, pois aqueles cientistas nada tinham a ganhar e sim tudo a perder. Concorda ou não?

Eles eram seres humanos, não máquinas. Sua formação científica não os tornou à prova de emoções ou de erros. E não estou dizendo que havia necessariamente charlatões envolvidos, e sim que todos ali acreditavam na explicação espiritual. E encontravam conforto nela. É esse conforto o que eles tinham a ganhar. Eles adotaram a crença em espíritos assim como outros cientistas adotam outras religiões. O que eles viram lhes pareceu convincente o bastante para que ignorassem as objeções de outros cientistas.
Talvez um dia um cientista consiga alguma coisa palpável, que possa ser apresentada a todos e seja convincente. Isto ainda não aconteceu. Ainda estamos na fase do "Eu acho que é verdade" x "Eu não vi nada".
Botanico escreveu:Olha, meu caro, SOMENTE COISAS QUE DARIAM MUITO DINHEIRO E/OU FAMA podem apresentar tantos cientistas no pé delas para estudá-las. Na maioria dos casos, especialmente quando se trata de conhecimento puro, sem aplicação imediata, só uns poucos gatos pingados se dedicaram a estudar essas coisas individualmente.

Dinheiro e fama não são as únicas motivações que movem as pessoas. Existe a curiosidade pessoal. Dê uma olhada no site do Pesquisa Psi e veja quanta gente estudando fenômenos paranormais, envolvidos em pesquisas repetitivas e tediosas para tentar encontrar alguma variação estatística que indique a probabilidade de algum fenômeno ser mais alta que o mero acaso.
Botanico escreveu:Até porque, MESMO QUE PROVEM ALGUMA COISA, sempre se alegará que é evidência anedota e não serve para nada.

Se for uma evidência anedota, realmente será apenas um indício a se investigar, não uma prova. É assim que funciona.
Botanico escreveu:Bem, os MUITOS MAIS, por uma infeliz descoincidência, NÃO ESTUDARAM OS MESMOS MÉDIUNS que aqueles que obtiveram a evidência. E por que? Porque era uma coisa ridícula, indigna de tão grandes sábios estudarem coisas que só podiam ser fraude, tolice e superstição.

Você há de convir que eles tinham razão em suspeitar de "fraude, tolice e superstição". Isto já foi constatado tantas vezes que é a primeira coisa que vem à cabeça de quem ouve alegações que contrariem os princípios aceitos.

Entretanto, note quantas "certezas" científicas já caíram por terra desde o tempo de Kardec: Einstein mostrou que Newton estava errado, a Mecânica Quântica mostrou que Einstein estava errado e assim por diante. Entretanto, em todo esse tempo, nada mudou em relação aos fenômenos paranormais ou atribuídos aos espíritos. Pelo contrário, cada vez mais os cientistas se afastaram da religião, empurrando Deus para algum lugar remoto e inatingível, fora do alcance e do interesse da ciência.
Botanico escreveu:Se nada produzirem (afinal não têm o controle sobre isso), estará provado que são farsantes; se produzirem, NADA ESTARÁ PROVADO. Desse jeito...

Cada geração de cientistas tem que lutar com a geração anterior, apegada a conceitos estabelecidos. Isto não é novidade.
Botanico escreveu:Exatamente por isso que os médiuns não têm mais interesse que os cientistas os estudem: se os espíritos têm de ficar de fora, pois a Cîência proibiu-os de ser a causa dos ditos fenômenos, então que os cientistas tentem conseguir esses fenômenos sem os espíritos. Então os espíritos, que são bem vindos nos centros, que fiquem lá e deixem os laboratórios para os cientistas. É por coisas assim que não estou mais brigando para que o Espiritismo seja considerado ciência.

Uma coisa que não pode ser estudada pelo método científico não é ciência. Talvez os espíritas considerem que os espíritos são fenômenos científicos e não apenas espirituais, mas a ciência ainda não viu motivos para pensar como eles.
Botanico escreveu:Antes de mais nada, a comunidade cética JÁ DECIDIU QUE OS FENÔMENOS NÃO ERAM REAIS. Neste caso, já se elimina qualquer interesse em estudá-los, pois se não eram reais, não há porque se investir nisso. Mas se os fenômenos tiveram TUDO a ver com espíritos, certamente não será a Ciência que descobrirá isto. E finalmente, de que fenômenos reproduzidos e explicados está falando?

A ciência decidiu ou concluiu? E será que preciso lembrar das gerações de mágicos e "chatos" que se dedicaram, desde Houdini e até antes dele, a desmascarar charlatões?
Por exemplo: quando criança, meus professores de religião me mostraram como fazer uma luva de parafina, o que jogou por terra as "luvas feitas por ectoplasmas", misteriosamente encontradas atrás de cortinas (em vez de se formarem diante de todos). Recentemente, durante sessões de fisioterapia, pude constatar na prática como era fácil: com uma camada grossa o suficiente, bastava mexer os dedos um pouco e a luva saía inteira.

Por que eu deveria acreditar nas tais luvas apresentadas como provas? Por que eu deveria levar a sério fotos de ectoplasmas que parecem gente em baixo de lençóis (com um abajour para gerar um brilho, e o fio aparecendo com interruptor e tudo)?

Sim, pode ser que haja ectoplasmas de verdade aparecendo para as pessoas e fazendo luvas de parafina, mas por que eu levaria a sério tais relatos?

Todas as religiões prometem milagres ou apelam para explicações espirituais. O espiritismo é apenas mais uma delas.

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

salgueiro escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
salgueiro escreveu:
Muita gente por aqui, não conhece mesmo a doutrina em sua totalidade e acaba falando mesmo besteiras facilmente detectáveis



Oque eu vejo é que muitas pessoas não escrevem aquilo que você gostaria que a DE fosse.

Besteira é contrariar oque está claramente escrito nos livros espiritas.


Besteira é não saber interagir com o conhecimento. Pensar e analisar faz bem

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

O ENCOSTO escreveu:
salgueiro escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
salgueiro escreveu:
Muita gente por aqui, não conhece mesmo a doutrina em sua totalidade e acaba falando mesmo besteiras facilmente detectáveis



Oque eu vejo é que muitas pessoas não escrevem aquilo que você gostaria que a DE fosse.

Besteira é contrariar oque está claramente escrito nos livros espiritas.


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Botanico
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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Botanico »

Botanico escreveu:Existe alguma coisa neste mundo, fruto de obra humana ou supostamente divina, que possa ser tomada como verdade absoluta?

Fernando Silva escreveu:Não. O que existe são coisas reproduzíveis, aparentemente explicáveis e suficientemente confiáveis para serem úteis.

Bem, quando mais de 200 cientistas fizeram milhares de experimentos REPRODUZINDO o que outros faziam e chegavam a resultados parecidos, a minha conclusão é que o que faltou aos fenômenos mediúnicos foi concordarem com os dogmas científicos. Como isso não aconteceu, então foram rejeitados. Certo?

Botanico escreveu:Não se está discutindo aqui nem conceitos, velhos ou novos, nem certezas antigas, mas UMA certeza moderna: de que todos aqueles cientistas eram burros ou canalhas quando estudavam mediunidade.

Fernando Silva escreveu:Todos eles assumiram que o que eles viam só podia ser explicado pela existência de espíritos. Direito deles.

E depois quando eu digo que vocês nada sabem de Espiritismo, acham que estamos sendo pedantes... Já falei mais acima ou em outro lugar, que UMA MINORIA dos cientistas que investigaram a coisa SÓ SE TORNOU ESPÍRITA DEPOIS DE MUITO INVESTIGAR A COISA. Ou seja, não foram crentes fervorosos que entraram para provar que eram espíritos, mas entraram justamente para provar que tudo era farsa. Mas caíram do cavalo. A maioria dos outros ficou em cima do muro, tentando encontrar explicações, mas ao máximo tentavam descartar os espíritos. E finalmente havia os ferrenhamente anti-espíritas, como Rene Sudre. Mas TODOS ELES tinham em comum uma coisa: cercaram-se de garantias dentro do possível, tentando ao máximo DESCARTAR a hipótese de fraude. Entretanto, vem aqui os céticos dizer que eles eram burros demais e suas garantias de nada valiam. Os médiuns eram sempre muito espertos e conseguiam enganá-los COM A MAIOR FACILIDADE. Tão fácil, mas pena que os céticos não conseguem me dizer como os médiuns os enganavam (fazem cavalo de batalha em um ou outro caso explicável, mas não conseguem refutar o conjunto da coisa). Daí então a saída é alegar que os cientistas eram canalhas e estariam metidos na fraude também. É esse raciocínio simplista que eu não aceito.

Botanico escreveu:Eu tenho insistido de que acho muito estranho que mais de 200 cientistas, ao longo de mais de 80 anos e trabalhando de forma independente ou em grupos, tenham sido enganados e/ou compactuado com os enganadores em defesa de uma crendice sem nenhum motivo plausível. Os céticos têm uma fé cega que exige que creiam nisso e ELES CRÊEM. Já a minha fé raciocinada me diz que é uma coisa muito improvável, pois aqueles cientistas nada tinham a ganhar e sim tudo a perder. Concorda ou não?

Fernando Silva escreveu:Eles eram seres humanos, não máquinas. Sua formação científica não os tornou à prova de emoções ou de erros. E não estou dizendo que havia necessariamente charlatões envolvidos, e sim que todos ali acreditavam na explicação espiritual. E encontravam conforto nela. É esse conforto o que eles tinham a ganhar. Eles adotaram a crença em espíritos assim como outros cientistas adotam outras religiões. O que eles viram lhes pareceu convincente o bastante para que ignorassem as objeções de outros cientistas.
Talvez um dia um cientista consiga alguma coisa palpável, que possa ser apresentada a todos e seja convincente. Isto ainda não aconteceu. Ainda estamos na fase do "Eu acho que é verdade" x "Eu não vi nada".

Já lhe disse que OS CIENTISTAS ERAM CÉTICOS e só se convenceram de que havia algo de espiritual na coisa depois de MUITO TRABALHO. No geral, tentavam encontrar outras explicações que descartavam os espíritos. Não foi por motivo de fé que fizeram os ditos estudos. Acaso os investigadores psíquicos hoje buscam explicação espiritual para os fenômenos paranormais? Nos tempos idos e passados era a mesma coisa.

E já disse também que considero inadmissível a hipótese de que TODOS teriam sido enganados pelos médiuns, pois se foi assim que aconteceu, é mais assombroso que todas as assombrações juntas. É récorde para figurar no Guiness, com nenhuma chance de vir a ser batido no futuro.

Conseguir alguma coisa de palpável? Bem podem ser conseguidas fotos, filmes, vídeos, etc e tal, mas SEMPRE VAI SE ALEGAR QUE PODEM SER FORJADOS E PORTANTO NADA PROVAM. Então babau!


Botanico escreveu:Olha, meu caro, SOMENTE COISAS QUE DARIAM MUITO DINHEIRO E/OU FAMA podem apresentar tantos cientistas no pé delas para estudá-las. Na maioria dos casos, especialmente quando se trata de conhecimento puro, sem aplicação imediata, só uns poucos gatos pingados se dedicaram a estudar essas coisas individualmente.

Fernando Silva escreveu:Dinheiro e fama não são as únicas motivações que movem as pessoas. Existe a curiosidade pessoal. Dê uma olhada no site do Pesquisa Psi e veja quanta gente estudando fenômenos paranormais, envolvidos em pesquisas repetitivas e tediosas para tentar encontrar alguma variação estatística que indique a probabilidade de algum fenômeno ser mais alta que o mero acaso.

Pobres idealistas. O que falta a eles é encontrarem uma forma de apresentar esses resultados que agradem a todos, pois senão vão ser evidência anedota...

Botanico escreveu:Até porque, MESMO QUE PROVEM ALGUMA COISA, sempre se alegará que é evidência anedota e não serve para nada.

Fernando Silva escreveu:Se for uma evidência anedota, realmente será apenas um indício a se investigar, não uma prova. É assim que funciona.

Exato, mas as ÚNICAS provas possíveis de serem obtidas são testemunhos, vídeos, fotos, filmes, registros diversos por mídias especiais, MAS QUE SEMPRE SERÃO POSTOS EM DÚVIDA POIS SE ALEGARÁ QUE PODEM SER FORJADOS E PORTANTO NÃO PROVAM NADA. Entendeu qual é o gargalo?

Botanico escreveu:Bem, os MUITOS MAIS, por uma infeliz descoincidência, NÃO ESTUDARAM OS MESMOS MÉDIUNS que aqueles que obtiveram a evidência. E por que? Porque era uma coisa ridícula, indigna de tão grandes sábios estudarem coisas que só podiam ser fraude, tolice e superstição.

Fernando Silva escreveu:Você há de convir que eles tinham razão em suspeitar de "fraude, tolice e superstição". Isto já foi constatado tantas vezes que é a primeira coisa que vem à cabeça de quem ouve alegações que contrariem os princípios aceitos.

É, mas aconteceu que não quiseram provar a fraude. E quem quis provar quebrou a cara. Robert Hare ficou angustiado e compungido ao ver tantas figuras ilustres que conhecia aderindo-se ao Espiritualismo. Então, por um dever de bom cidadão, ele arregaçou as mangas e decidiu que ia mostrar a todos a fraude e mistificação que aquilo tudo era. E passou a fazer experimentos com médiuns e... quebrou a cara. Descobriu que não era nada do que ele pensava ser. Compilou suas experiências num memorial e apresentou-o à Universidade de Harvard. O resultado: foi jogado no lixo e a Universidade expressou seu pesar por ver uma figura tão ilustre como Hare (ele era um cientista muito conceituado) aderir àquela gigantesca mistificação.
É assim que a coisa sempre funcionou, meu caro. Agora me diga por que Hare, que meteu a mão na massa, estava errado e os papas das Universidades americanas, que NUNCA viram um médium à sua frente estariam necessariamente certos?


Fernando Silva escreveu:Entretanto, note quantas "certezas" científicas já caíram por terra desde o tempo de Kardec: Einstein mostrou que Newton estava errado, a Mecânica Quântica mostrou que Einstein estava errado e assim por diante. Entretanto, em todo esse tempo, nada mudou em relação aos fenômenos paranormais ou atribuídos aos espíritos. Pelo contrário, cada vez mais os cientistas se afastaram da religião, empurrando Deus para algum lugar remoto e inatingível, fora do alcance e do interesse da ciência.

Mas é lógico! Se depois de tantos anos de estudos e experimentos tudo o que os que não estavam metidos na coisa tinham a dizer era que tudo era fraude e safadeza, então chega uma hora que se diz:
_ Cansei! Não brinco mais!

Então o certo é fazer como fazemos no Brasil: ficam os espíritos lá nos centros, cuidando do que interessa de pessoa a pessoa e ficam lá os cientistas de vez em quando dando uma de investigadores psíquicos e batendo papo com os sacos de cimento, pois só entendem de processos bem concretos. Certo?


Botanico escreveu:Se nada produzirem (afinal não têm o controle sobre isso), estará provado que são farsantes; se produzirem, NADA ESTARÁ PROVADO. Desse jeito...

Fernando Silva escreveu:Cada geração de cientistas tem que lutar com a geração anterior, apegada a conceitos estabelecidos. Isto não é novidade.

Botanico escreveu:Exatamente por isso que os médiuns não têm mais interesse que os cientistas os estudem: se os espíritos têm de ficar de fora, pois a Cîência proibiu-os de ser a causa dos ditos fenômenos, então que os cientistas tentem conseguir esses fenômenos sem os espíritos. Então os espíritos, que são bem vindos nos centros, que fiquem lá e deixem os laboratórios para os cientistas. É por coisas assim que não estou mais brigando para que o Espiritismo seja considerado ciência.

Fernando Silva escreveu:Uma coisa que não pode ser estudada pelo método científico não é ciência. Talvez os espíritas considerem que os espíritos são fenômenos científicos e não apenas espirituais, mas a ciência ainda não viu motivos para pensar como eles.

Voltamos ao problema do DOGMA em Ciência. A questão dos espíritos começou QUANDO ELES PRÓPRIOS SE IDENTIFICARAM COMO A FONTE DOS FENÔMENOS. Bem, se vou testar a hipótese de serem espíritos, o negócio é fazer experimentos nessa linha. Se é um espírito o que resultados devem ser esperados dos experimentos? Se esses fenômenos tiverem outra causa possível, qual seria? Que testes se deveriam fazer para verificar essas outras causas possíveis? Bem, o problema é que aqueles 200 cientistas que lhe falei JÁ FIZERAM ISSO, mas o resultado já conhecemos...

Botanico escreveu:Antes de mais nada, a comunidade cética JÁ DECIDIU QUE OS FENÔMENOS NÃO ERAM REAIS. Neste caso, já se elimina qualquer interesse em estudá-los, pois se não eram reais, não há porque se investir nisso. Mas se os fenômenos tiveram TUDO a ver com espíritos, certamente não será a Ciência que descobrirá isto. E finalmente, de que fenômenos reproduzidos e explicados está falando?

Fernando Silva escreveu:A ciência decidiu ou concluiu? E será que preciso lembrar das gerações de mágicos e "chatos" que se dedicaram, desde Houdini e até antes dele, a desmascarar charlatões?

DECIDIU, pois é a comunidade científica que se pronuncia sobre isso. Se a maioria NEM FEZ EXPERIMENTOS e considerou imbecis os que fizeram, então NÃO PODEM TER CONCLUÍDO, pois não pesquisaram a respeito. Assim, fica claro que a Ciência DECIDIU.

Ah! Sim, Houdini & Cia Bela. Bem, meu caro, quando lá no Instituto de Metapsíquica, 34 cientistas verificaram diversos fenômenos produzidos por Guzik e assinaram um relatório dando aval a eles, o ilusionista Dickson veio a público dizer que os sábios tinham sido risivelmente empulhados, pois ele, Dickson, podia fazer muito mais e melhor. Geley então fez um desafio de 10.000 francos ao mágico para ele produzir os mesmos fenômenos observados sob o mesmo controle ao qual o médium foi submetido. O mágico deu pra trás. O desafio foi estendido a Houdini, que na mesma época oferecia 10.000 dólares para quem lhe mostrasse um fenômeno autêntico. Também deu em nada. O jesuíta Carlos Maria de Herédia também fazia toda sorte de truques para mostrar a falsidade do Espiritismo, mas também não aceitou. E tem mais: vários farsantes foram DESMASCARADOS POR ESPÍRITAS E METAPSIQUISTAS. Sacou?


Fernando Silva escreveu:Por exemplo: quando criança, meus professores de religião me mostraram como fazer uma luva de parafina, o que jogou por terra as "luvas feitas por ectoplasmas", misteriosamente encontradas atrás de cortinas (em vez de se formarem diante de todos). Recentemente, durante sessões de fisioterapia, pude constatar na prática como era fácil: com uma camada grossa o suficiente, bastava mexer os dedos um pouco e a luva saía inteira.

Por que eu deveria acreditar nas tais luvas apresentadas como provas? Por que eu deveria levar a sério fotos de ectoplasmas que parecem gente em baixo de lençóis (com um abajour para gerar um brilho, e o fio aparecendo com interruptor e tudo)?

Sim, pode ser que haja ectoplasmas de verdade aparecendo para as pessoas e fazendo luvas de parafina, mas por que eu levaria a sério tais relatos?

Todas as religiões prometem milagres ou apelam para explicações espirituais. O espiritismo é apenas mais uma delas.

Ô beleza! Então o Massino Polidoro vem com essa fantástica revelação de que as luvas de parafina podem ser feitas e removidas sem quebrar. E com isso "jogou-se por terra as luvas produzidas por ectoplasma". Quanta fé a sua e quanto desconhecimento da realidade. Antes de mais nada, nunca soube de que o tipo de parafina usado tivesse sido o mesmo (uma parafina de baixo ponto de fusão é muito mole). E acha que os cientistas não testaram essa hipótese? Testaram sim e verificaram situações, como por exemplo, que o molde feito por eles era bem mais grosso do que o feito por ectoplasma. Além disso, as mãos, pés e rostos profuzidos NÃO COMBINAVAM com os corpos de nenhum dos presentes. Podia ser que o médium houvesse contrabandeado o molde já pronto, mas para prevenir isso, era acrescentado à parafina substâncias químicas que o médium desconhecia. Não tinha como incluí-las num molde contrabandeado. Também seria possível que usasse luvas cheias de ar ou água, mas acontece que isso ficava tão evidente que a coisa não batia. Talvez tivesse sido feita uma mão ou pé de sal ou açúcar, que se dissolveria na água, liberando a luva de parafina. Mas isso seria facilmente descoberto pesando-se a água depois da sessão. Em também tem a temperatura da parafina em fusão. Em alguns casos era tão alta que chegava a borbulhar. Quer por a sua mãozinha nela?
Bem, quanto a levar a sério os relatos, seria bom que os estudasse bem, verificasse a idoneidade dos envolvidos, etc e tal. Mas não adianta: é tudo evidência anedota. Se o espírito parece uma pessoa coberta por lençol, deve ser rejeitado pois parece alguém coberto por lençol; se mostra a cara, não serve porque mostrou a cara; se parede um papel amarrotado, deve ser rejeitado porque parece um papel amarrotado; se parece um espírito, deve ser rejeitado porque parece espírito. E assim vamos ao infinito.

Uma correção: no Espiritismo NÃO EXISTEM MILAGRES. E apelamos para explicações espirituais sim, e continuaremos a fazê-lo até que alguém venha com provas e explicações melhores.

É isso.

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Mensagem por Botanico »

Pensar não mudará oque está claramente escrito nos livros espiritas.

Exato! Pensar não mudará também o que cientistas escreveram em trabalhos antigos sobre a superioridade e inferioridade racial; trabalhos que hoje são considerados ultrapassados e politicamente incorretos. Ah! Mas tudo bem, os cientistas estão autorizados a falar besteiras! A gente os compreende e os perdoa, não importa quanta desgraça tenham produzido por conta disso.

Já o Kardec, coitado, ganhou um foro de infabilidade conferido pela comunidade cética. E quer essa comunidade que nós os espíritas aceitemos, para sermos ridicularizados à vontade pela dita comunidade cética. Não adianta dizermos que esses escritos não tem mais valor algum e nem tiveram conseqüência alguma.

Anotem aí: o Kardec falar coisas politicamente incorretas é pecado; já os cientistas falarem as mesmas coisas é verdadeira Ciência...

Não adianta. A gente sempre perde...

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Mensagem por O ENCOSTO »

Botanico escreveu:Pensar não mudará oque está claramente escrito nos livros espiritas.

Exato! Pensar não mudará também o que cientistas escreveram em trabalhos antigos sobre a superioridade e inferioridade racial; trabalhos que hoje são considerados ultrapassados e politicamente incorretos. Ah! Mas tudo bem, os cientistas estão autorizados a falar besteiras! A gente os compreende e os perdoa, não importa quanta desgraça tenham produzido por conta disso.

Já o Kardec, coitado, ganhou um foro de infabilidade conferido pela comunidade cética. E quer essa comunidade que nós os espíritas aceitemos, para sermos ridicularizados à vontade pela dita comunidade cética. Não adianta dizermos que esses escritos não tem mais valor algum e nem tiveram conseqüência alguma.

Anotem aí: o Kardec falar coisas politicamente incorretas é pecado; já os cientistas falarem as mesmas coisas é verdadeira Ciência...

Não adianta. A gente sempre perde...



Sites espiritas continuam divulgando conteuso racista. Espiritas ainda são racistas com base nos escritos de kardec.

A diferença é que nós, céticos, não ficamos calados quando vemos gente racista falando que em 1780 o cientista Fulano de Tal provou que negros são inferiores.

Já, quanto aos espiritóides, tem mais é que serem motivo de piada durante toda a eternidade mesmo. Não vi espiritóide algum criticando a postura dos seus irmãos em kardec. Pelo contrário: Criticam a tal ciencia racista de 1800 e não seus irmãos.
Editado pela última vez por O ENCOSTO em 12 Mar 2006, 17:02, em um total de 1 vez.
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Mensagem por O ENCOSTO »

salgueiro escreveu:
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Os livros de kardec são racistas.

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Mensagem por videomaker »

Os livros de kardec são racistas.

:emoticon1:[/quote]


Por Jorge Luiz Hessen .


O racismo([2]) é um tema pouco abordado nas hostes doutrinárias. A bibliografia é escassa. Os escritores e estudiosos espíritas brasileiros ainda não se debruçaram com maior profundidade sobre o assunto. Para alguns, as poucas análises sobre a questão do segregacionismo e da escravidão do negro, no Espiritismo deixam transparecer as influências da teoria arianista ([3]), da visão positivista e idealista da história, desconsiderando os fatos nos seus relativismos e contradições.

Para a investigação kardequiana, a respeito do negro, torna necessário ser considerado o contexto histórico em que foi discutida a temática. Incidiria em erro, sob o ponto de vista histórico, considerar Allan Kardec contaminado de preconceitos ou de índole racista. Essa palavra detém uma carga semântica muito forte, inadequada para definir os ideais do mestre lionês. Não há nenhum indício de que ele tenha discriminado algum indivíduo ou grupo de origem negra ou quaisquer indivíduos, sejam no movimento espírita ou fora dele. A jornalista Dora Incontri, com mestrado e doutorado em Educação, pela USP, em seu livro Para entender Kardec, nos trás um fato interessante que muito bem nos dará uma idéia de quem era o senhor Rivail. Vejamos: “É bom lembrar que, na Sociedade de Estudos Espíritas de Paris, havia um Camille Flammarion, astrônomo, e um calceteiro (operário braçal que fazia as calçadas de Paris, de quem Kardec noticia a morte) e ambos eram membros da Sociedade”.([4])

Os contraditores de Kardec se valem de textos insertos na Revista Espírita e principalmente em Obras Póstumas, 1ª parte, capítulo da "Teoria da Beleza". A rigor não consideramos essa teoria um ponto doutrinário e muito menos consta das Obras Básicas. Trata-se de uma pesquisa de Kardec que não chegou a publicá-la. Veio a público após o seu desencarne, quando algumas anotações deixadas foram reunidas no livro citado, donde se infere que aquele pensamento ainda não estava perfeitamente consolidado. Por justeza de razões importa lembrar que Kardec não compilou o Espiritismo em seu próprio nome. Ele atribuía a Doutrina como sendo dos Espíritos. Destarte, urge se faça distinção entre o que revelaram os Benfeitores Espirituais sob o princípio do consenso universal dos Espíritos e o que escreveu e pensava particularmente Kardec, inclusive na Revista Espírita.

No bojo da literatura basilar da Terceira Revelação, o Codificador ressalta que, “na reencarnação desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. . Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade.”([5]) Ante os ditames da pluralidade das existências, ainda segundo Kardec “enfraquecem-se os preconceitos de raça, os povos entram a considerar-se membros de uma grande família.”([6])Como se observa, idéias essas que descaracterizam radicalmente um Kardec preconceituoso. (grifei)

Entretanto, apesar da atitude (para alguns preconceituosas) atribuída a Kardec em relação ao negro, fruto do contexto em que viveu (repetimos) sobre discriminação e preconceito a determinada etnia, sua obra sai indene de todas as críticas no sentido ético. Até porque para abordagem do tema é imprescindível contextualizá-lo de acordo com teorias de superioridade racial muito em voga na época. A frenologia, por exemplo, advogava uma relação entre a inteligência e a força dos instintos em um indivíduo com suas proporções cranianas. Uma espécie de “desdobramento” pseudocientífico da fisiognomonia. Num artigo na Revista Espírita de abril de 1862, “Frenologia espiritualista e espírita - Perfectibilidade da raça negra”, Kardec faz uma espécie de releitura dessa “ciência” com um enfoque espiritualista, demonstrando que o “atraso” dos negros não se deveria a causas biológicas, mas por seus espíritos encarnados ainda serem relativamente jovens. ([7])

Indagamos: existem povos mais adiantados que outros? É possível desconhecer a discrepância entre silvícolas e citadinos? Se não é a diferença da evolução espiritual, o que os torna desiguais, então? É evidente que podemos adequar as terminologias para culturas “complexas ou simples” no lugar de “avançado ou atrasados”, o que na essência não altera a situação de ambos. Sabemos também [isso é incontestável] que a antropologia e a sociologia surgem eurocêntricas. E a antropologia foi uma espécie de sociologia criada para estudar os povos primitivos.([8]) Contudo, a Doutrina Espírita tem mais amplitude do que toda essa questão. Para nós “não há muitas espécies de homens, há tão somente cujos espíritos estão mais ou menos atrasado, porém, todos suscetíveis de progredir pela reencarnação. Não é este princípio mais conforme à justiça de Deus?”([9])·

No livro Renúncia, monumental obra da literatura mediúnica, identificamos trecho que nos chamou a atenção para reflexão sobre o assunto. Robbie, filho de escravos e irmão adotivo de Alcione, ao desencarnar disse-lhe “desde que mandei os gendarmes ([10]) libertar o cocheiro, por entender que me cabia a culpa (...) sinto que não tenho mais a pele negra, que tenho a mão e a perna curadas (...) veja Alcione (...) e esta lhe explica: São estas as provas redentoras, meu querido Robbie! Deus te restitui a saúde da alma, por te considerar novamente digno.” ([11])(grifei) Dá para imaginar o Espírito Alcíone racista...?

E por que teriam os negros sofridos tanto com a escravidão? Segundo Humberto de Campos os escravos seriam “os antigos batalhadores das cruzadas, senhores feudais da Idade Média, padres e inquisidores, espíritos rebeldes e revoltados, perdidos nos caminhos cheios da treva das suas consciências polutas”.([12])

A concepção de que o homem possa encarnar na condição de branco, negro, mulato ou índio, estabelece uma ruptura com o preconceito e a discriminação raciais. Não esqueçamos, porém, que na Grã-Bretanha, ainda hoje, muitos adeptos do Neo-espiritualismo rejeitam a tese da reencarnação, por não admitirem a possibilidade de terem tido encarnações em posições inferiores quanto à raça e à condição social. Com essa visão, um Espírito, reencarnado num corpo de origem negra, estará sujeito à discriminação e isso lhe será uma condição, uma contingência evolutiva a ser superada. Para uns pode ser uma expiação, para outros uma missão.

Com os princípios espíritas se “apaga naturalmente toda a distinção estabelecida entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor”. ([13]) Como se observa, uma doutrina libertária , como o Espiritismo, não compactua, sob quaisquer pretextos, com nenhuma ideologia que vise a discriminação étnica entre os grupos sociais.

A verdade é que nos grandes debates de cunho sociológico, antropológico, filosófico, psicológico etc, o Espiritismo provocará a maior revolução histórica no pensamento humano, conforme está inscrito nas questões 798 e 799 de O Livro dos Espíritos, sobretudo, quando ocupar o lugar que lhe é devido na cultura e conhecimento humanos, pois seus preceitos morais advertirão aos homens a urgente solidariedade que os há de unir como irmãos, apontando, por sua vez, que o progresso intelecto-moral na vida de todos os Espíritos é lei universal, tomando, por modelo, Jesus, que ante os olhos do homem, é o maior arquétipo da perfeição que um Espírito pode alcançar.[14]


Agora podem esperniar , a vontade !
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Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por Aurelio Moraes »

De novo esta merda? Já abriu um tópico com isso.

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Re: Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por videomaker »

Mr.Hammond escreveu:De novo esta merda? Já abriu um tópico com isso.


Sera que ele viu .
Fica frio , heimm , comigo não nenemm.
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Mensagem por O ENCOSTO »

videomaker escreveu:

Agora podem esperniar , a vontade !


Video. você leu e entendeu o texto que você mesmo postou?

A propósito, vejam que interessante:

Os contraditores de Kardec se valem de textos insertos na Revista Espírita e principalmente em Obras Póstumas, 1ª parte, capítulo da "Teoria da Beleza". A rigor não consideramos essa teoria um ponto doutrinário e muito menos consta das Obras Básicas.

Postei aqui parte do livro dos espiritos, a genese, etc.

Pronto. Refutei o texto.
O ENCOSTO


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Mensagem por videomaker »

O ENCOSTO escreveu:
videomaker escreveu:

Agora podem esperniar , a vontade !


Video. você leu e entendeu o texto que você mesmo postou?

A propósito, vejam que interessante:

Os contraditores de Kardec se valem de textos insertos na Revista Espírita e principalmente em Obras Póstumas, 1ª parte, capítulo da "Teoria da Beleza". A rigor não consideramos essa teoria um ponto doutrinário e muito menos consta das Obras Básicas.

Postei aqui parte do livro dos espiritos, a genese, etc.

Pronto. Refutei o texto.



Quantas explicações o botanico tera que fazer , vc não refutou coisa alguma !
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Mensagem por Botanico »

O ENCOSTO escreveu:
Botanico escreveu:Pensar não mudará oque está claramente escrito nos livros espiritas.

Exato! Pensar não mudará também o que cientistas escreveram em trabalhos antigos sobre a superioridade e inferioridade racial; trabalhos que hoje são considerados ultrapassados e politicamente incorretos. Ah! Mas tudo bem, os cientistas estão autorizados a falar besteiras! A gente os compreende e os perdoa, não importa quanta desgraça tenham produzido por conta disso.

Já o Kardec, coitado, ganhou um foro de infabilidade conferido pela comunidade cética. E quer essa comunidade que nós os espíritas aceitemos, para sermos ridicularizados à vontade pela dita comunidade cética. Não adianta dizermos que esses escritos não tem mais valor algum e nem tiveram conseqüência alguma.

Anotem aí: o Kardec falar coisas politicamente incorretas é pecado; já os cientistas falarem as mesmas coisas é verdadeira Ciência...

Não adianta. A gente sempre perde...



Sites espiritas continuam divulgando conteuso racista. Espiritas ainda são racistas com base nos escritos de kardec.

A diferença é que nós, céticos, não ficamos calados quando vemos gente racista falando que em 1780 o cientista Fulano de Tal provou que negros são inferiores.

Já, quanto aos espiritóides, tem mais é que serem motivo de piada durante toda a eternidade mesmo. Não vi espiritóide algum criticando a postura dos seus irmãos em kardec. Pelo contrário: Criticam a tal ciencia racista de 1800 e não seus irmãos.


Seu Encostado, que algum site diga besteiras porque o dono não gostou da cara do Jesus judeu e preferia o Jesus nórdico e fica melifuamente achando que beleza física se traduz em beleza espiritual NÃO É PROVA QUE OS ESPÍRITAS (TODOS ELES) SEJAM RACISTAS e concordem com o dito cujo.

Se algum espírita vier me falar dos textos de Kardec aqui apontados ou qualquer outro que não concorde, eu meto língua e desqualifico os dito-cujos. Se o babaca espírita chiar:
_ Mas você discorda de Kardec?
Lógico que discordo! Faço que nem ele fez, que quebrava o pau com os espíritos quando não concordava com o que diziam. Acaso agora ele virou algum santo iluminado. Se sim, então estamos consolidando aquilo que já vi ser chamado de espiritólicos. Mas estes não são espíritas, apenas pensam que são.

É isso.
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APODman
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Re.: KARDECISMO - Raça adâmica

Mensagem por APODman »

Logo sabemos quando é o Botânico escrevendo pela prolixidade absurda e pelo arco-iris que se torna uma pagina do tópico.

Quando ele "desencarnar" só aceitarei suas mensagens psicografadas como autênticas se elas estiverem escritas com uma caneta Bic 4 cores. :emoticon16:

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APODman
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Mensagem por APODman »

Toda a questão das "raças adâmicas" não seriam um problema tão grande ( apenas um problema de época ) se não fossem ensinadas nas escolas de educação mediunica.

Todos os pontos sectaristas e racistas de Kardec, toda carga eurocentrista é ensinada sem nenhuma observação corretiva colocando-a dentro do contexto de seu tempo.

E estas idéias sectaristas e racistas são reforçadas pelo ensino, ou divulgação, do absurdo livro o "Exilados de Capela" de Edgard Armond.

Mas Armond não elaborou seu infame livro "do nada", ele teve como base o livro "A Caminho da Luz" "de" Emmanuel.


Neste livro Emmanuel explica que os espíritos exilados de um planeta da estrela Capela ( durante a "transição planetária" naquele mundo ) foram expurgados a Terra. Apesar de não possuirem os mesmos atributos morais e intelectuais "superiores" dos habitantes "pós-transição" do planeta de Capela eles eram superiores aos espíritos encarnados na Terra naquela época.

Estes espíritos primitivos "nativos" da Terra constituiam as raças negra e amarelas.

A raça branca surgiu APENAS com a chegada destes espíritos capelinos.

Apesar de que alguns reencarnaram entre individuos de outras raças "nativas e inferiores" para auxilia-los em seu progresso a grande maioria veio a constituir a raça branca o que justificaria sua "superioridade" comparativamente a outras raças.



Ele começa falando sobre o surgimento da "raça humana" de antropóides primitivos (observem que ele faz uma sutil referência ao "o que é elegante e belo é evoluido"):




A GRANDE TRANSIÇÃO


Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas.

Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos
de Jesus, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro.

Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.

Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.

Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos
antepassados das raças humanas.

Como poderia operar-se semelhante transição? Perguntará o vosso critério científico.

Muito naturalmente.

Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos
pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso.



fonte: Emmanuel, "A Caminho da Luz", 22ª ed., 1938, p.31



Em seguida ele deixa claro que os chineses e negros são os descendentes diretos destes primatas melhorados, mas a raça branca surgiu ( como ele não especifica e eu tenho medo de pensar no que ele falria se resolvesse especificar :emoticon16: ) DEPOIS sendo constituida majoritariamente de espíritos capelinos superiores aos que aqui existiam:


ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS

Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram,proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas, descendentes dos "primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres.

Um grande acontecimento se verificara no planeta. É que, com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas.

Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde travessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.

Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos.

Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com muitas
exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.

QUATRO GRANDES POVOS

As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências.

As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.

Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira de suas vidas
passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indoeuropéia nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.

As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.

É de grande interesse o estudo de sua movimentação no curso da História. Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos e virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e idiossincrasias peculiares a cada qual.



Fonte: Emmanuel, "A Caminho da Luz", 22ª ed., 1938, p. 36, 37 e 38.


Assim a raça branca, adâmica, ariana, é o "top" da evolução criada exclusivamente para abrigar os espíritos superiores expurgados de Capela.


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Botanico
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Mensagem por Botanico »

APODman escreveu:Toda a questão das "raças adâmicas" não seriam um problema tão grande ( apenas um problema de época ) se não fossem ensinadas nas escolas de educação mediunica.

Todos os pontos sectaristas e racistas de Kardec, toda carga eurocentrista é ensinada sem nenhuma observação corretiva colocando-a dentro do contexto de seu tempo.

E estas idéias sectaristas e racistas são reforçadas pelo ensino, ou divulgação, do absurdo livro o "Exilados de Capela" de Edgard Armond.

Mas Armond não elaborou seu infame livro "do nada", ele teve como base o livro "A Caminho da Luz" "de" Emmanuel.
Tem toda a razão. Lembra-me que em um centro que freqüentei falaram algo assim, mas não sabia a fonte. Eu já tinha lido o livro de Armond (que lixo!) e vi referências esparças nos igualmente lixo livros de Ramatis. Nunca li nenhum livro e Emmanuel e pelo visto não perdi grande coisa.

Neste livro Emmanuel explica que os espíritos exilados de um planeta da estrela Capela ( durante a "transição planetária" naquele mundo ) foram expurgados a Terra. Apesar de não possuirem os mesmos atributos morais e intelectuais "superiores" dos habitantes "pós-transição" do planeta de Capela eles eram superiores aos espíritos encarnados na Terra naquela época.

Estes espíritos primitivos "nativos" da Terra constituiam as raças negra e amarelas.

A raça branca surgiu APENAS com a chegada destes espíritos capelinos.

Apesar de que alguns reencarnaram entre individuos de outras raças "nativas e inferiores" para auxilia-los em seu progresso a grande maioria veio a constituir a raça branca o que justificaria sua "superioridade" comparativamente a outras raças.
Bem, a bem da verdade, não vejo tanta superioridade assim num bando de degredados. Até compreendo que você não tenha transcrito o texto original, pois Emmanuel é prolixo e verborrágico (típico cartão de visita de um espírito pseudo-sábio). De qualquer forma, esta é a OPINIÃO de UM ESPÍRITO, que não dá lá muitas mostras de ser dos sabidos.


Ele começa falando sobre o surgimento da "raça humana" de antropóides primitivos (observem que ele faz uma sutil referência ao "o que é elegante e belo é evoluido"):




A GRANDE TRANSIÇÃO


Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas.

Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado (que besteira! tal idéia foi porque a descrição foi feita em cima de um velho deformado por artrite... Esse Emmanuel!), e outras descobertas interessantes da paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos
de Jesus, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro.
(não entendi nada)
Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.
(Continuo não entendendo nada. E ainda falam que Chico era Kardec reencarnado! Kardec quebrava o pau e exigia explicações e tirava dúvidas. O Chico parece que só sabia dizer muuu! Ou será que entendeu tudo? Se entendeu devia ter escrito melhor...)

Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.

Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos
antepassados das raças humanas.

Como poderia operar-se semelhante transição? Perguntará o vosso critério científico.

Muito naturalmente.

Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos
pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso.
(Suponho que estejam falando de defeitos morais, mas como se corrigem defeitos físicos ou genéticos? Haja besteira!)


fonte: Emmanuel, "A Caminho da Luz", 22ª ed., 1938, p.31



Em seguida ele deixa claro que os chineses e negros são os descendentes diretos destes primatas melhorados, mas a raça branca surgiu ( como ele não especifica e eu tenho medo de pensar no que ele falria se resolvesse especificar :emoticon16: ) DEPOIS sendo constituida majoritariamente de espíritos capelinos superiores aos que aqui existiam:
(que pena! Fosse eu exigiria uma BOA explicação)

ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS

Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram,proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas, descendentes dos "primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres.
(quanta vacuidade...)

Um grande acontecimento se verificara no planeta. É que, com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas.

Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde travessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.
(onde ficava essa Atlândida e que assinalados vestígios são esses?)

Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos.
(Falha histórica: o Cristo só apareceu há 2000 anos e Emmanuel parece falar e um período mais antigo...)

Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com muitas
exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.
(Suponho que se todos tivessem se acertado, não haveria mais brancos na Terra...)

QUATRO GRANDES POVOS

As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências.
(essa linguagem melosa é muito enjoativa...)

As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.

Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira de suas vidas
passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indoeuropéia nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.

As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.

É de grande interesse o estudo de sua movimentação no curso da História. Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos e virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e idiossincrasias peculiares a cada qual.
TALVEZ... Talvez exista alguma lógica, pois de fato foram grupos caucasóides que formaram grandes civilizações há 3500 anos, mas os chineses também não ficaram muito atrás. Aliás foi só no Renacentismo que o Ocidente superou o Oriente em matéria de conhecimento.


Fonte: Emmanuel, "A Caminho da Luz", 22ª ed., 1938, p. 36, 37 e 38.


Assim a raça branca, adâmica, ariana, é o "top" da evolução criada exclusivamente para abrigar os espíritos superiores expurgados de Capela.
Pensamento lamentável e não sei se é possível se achar alguma evidência histórica disso. Será que o Emmanuel se esqueceu dos núbios, a civilização dos faraós negros? Seriam eles capelinos desgarrados que não acharam vagas no meio dos brancos?

Mas uma coisa eu posso dizer: se foi por coisa assim que deixou de ser espírita, não posso culpá-lo.


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Trancado