Acauan escreveu:Abmael escreveu:Eis a Questão:
"É condenável moralmente um PAI/MÃE ADULTO ter um relacionamento Afetivo/Sexual com seu FILHO/FILHA ADULTO?"
Numa abordagem moral laica não relativista, digamos uma variação da idéia Aristotélica, segundo a qual existem axiomas morais do mesmo modo que existem axiomas geométricos, determinados preceitos morais podem ser aceitos como verdades válidas por autoevidência, a menos que alguma demonstração válida prove o contrário.
Verdades autoevidentes se demonstram em sua própria definição ou expressão, de onde temos que as definições, expressões e atributos do conceito pai e do conceito filho em si e per si excluem a alternativa daquele tipo de relacionamento entre eles.
O posicionamento aristotélico me parece mais correto. Analisando a história das civilazações, alguns comportamentos tidos como imorais não mais se tornam aceitáveis mesmo, com o passar do tempo. É como se "se descobrisse" que determinado ato é nocivo para a sociedade e para próprio indivíduo.
Por exemplo, quando se intuiu que o sacrifício de crianças em altares era brutal, contrário a natureza humana, as pessoas não mais o praticaram. Isto é, algo que era comum se torna cada vez mais raro.
Mesmo na sociedade Laica a Moral evolui, percebendo quais condutas são mais benignas tanto para a sociedade quanto para o indivíduo. Como exemplo temos que cada vez é menos tolerado o abuso das autoridades. A própria sociedade tenta protejer seus indivíduos de condutas impulsivas, haja visto a proibição de propagandas que incentivem o tabagismo.
Há, é claro, comporatamentos que, antes rechaçados, começaram a ser tolerados (ex:divórcio)
A relação incestuosa, ao meu ver, é totalmente condenável (e anti-natural),já que é mal vista tanto pelos mais primitivos quanto pelo mais civilizados.
"que de vestes e adornos têm sido queimados ou inumados com os mortos como se eles devessem deles se servir sob a terra" - Luciano