O ABORTISMO IDEOLÓGICO

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o anátema
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por o anátema »

user f.k.a. Cabeção escreveu:[b][color=#0080ff]

Contudo, os abortistas parecem concordar que a vida humana só começa com a vida cerebral. Além da extrema dificuldade em se identificar o início da atividade mental, quanto mais da consciência propriamente dita, o que em si já tornaria esse tipo de postura impraticável, e a determinação de prazos, como 3 meses ou 4 totalmente arbitrários

É de certo modo arbitrário, mas considero uma arbitrariedade melhor do que a 8 ou 80. E tem que ser arbitrário em algum ponto.

É possível de se saber quando há ou não atividade cerebral; no mínimo, é impossível haver atividade cerebral antes da formação de um cérebro. Determinados tipos de atividade cerebral só são possíveis no mínimo depois da formação das respectivas partes. E pode-se saber disso, se conhece os estágios de desenvolvimento, não é meramente um chutão.


user f.k.a. Cabeção escreveu:[b][color=#0080ff]e a vida humana é algo acima da arbitrariedade e da discussão entre um cientista e outro, dizer que a vida humana só começa com a atividade cerebral, e termina com ela é apenas um dos diversos critérios possíveis e igualmente válidos para classificar um indivíduo. Não é inteiramente claro que esse critério é melhor, nem mais fácil de se aplicar, além de deixar implícito que seres humanos com deficiência mental são de algum modo menos humanos.
[/quote]
Não existem "deficientes mentais" com uma deficiência correspondente aos estágios em que se defende a legalização aborto. Só anencéfalos, e "mortos-cerebrais". Pessoas em coma, por exemplo, não se enquadram em qualquer um dos dois tipos, mesmo que façam menos do que a maior parte dos deficientes mentais.
Sem tempo nem paciência para isso.

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Azathoth
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Azathoth »

A arbitrariedade na delimitação de quando a prática do aborto deve ser considerada criminosa que você tanto critica certamente que possui suas falhas por causa das nuances de variação, mas não há escapatória. A lei deve funcionar como uma generalização sobre todos os seres humanos, ter sempre que se concentrar em aspectos particulares só causará mais desconcerto e tempo.

Entretanto, existem critérios que podemos aplicar baseando-se na média humana do desenvolvimento neurológico de inúmeras aptidões e extrapolar isso como 'ponto de corte'. Eu não tenho a menor dúvida que o critério deveria se orientar no desenvolvimento neurológico porque estão nas faculdades mentais o nosso legado mais particular. Escolher o quê exatamente como ponto de transição deve também levar em consideração a saúde da gestante.

Agora a sua crítica de que deficientes mentais seriam de alguma forma 'menos humanos' nesses critérios não procede porque a lei iria extrapolar uma data delimitadora para todos os que irão nascer além do fato de que nem todos os critérios utilizados para delimitar uma forma de vida humana iriam prejudicar deficientes mentais, como se fosse utilizado por exemplo a consciência. A exceção iria para aqueles que decididamente não irão desenvolver um aparato neurofisiológico como anencéfalos.
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user f.k.a. Cabeção
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


O argumento que sustenta que um feto com o mesmo grau neurológico que um girino ou um verme poliqueta deveria ter sua vida preservada teria de sustentar da mesma maneira a preservação da vida desses seres.

Se não o fazem, é porque existe uma essência humana a ser respeitada independente da atividade neural, o que invalidaria esse argumento.
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o anátema
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por o anátema »

acho que é justamente isso que a idéia não defende. Que humanos podem morrer mais ou menos como se fossem girinos quando tem cérebros parecidos ou menos desenvolvidos que os de girinos. Acho por exemplo, mais cruel matar um rato já nascido do que um zigoto humano.
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Estava me referindo ao seu coleguinha Gorbachev, que parece defender que uma mórula com um tubo neural é um ser humano, e uma sem o tubo não é.

Quanto a você, tudo bem, logo, experiências com macacos que implicam no sacrifício dos mesmos são tão nazistas quanto com bebês humanos, que possuem a mesma perspicácia.

Se o argumento neural nega a essência humana, ele resulta em implicações morais que trariam contridações latentes aos seus defensores, a menos que eles reorganizassem boa parte de suas crenças. Se aceitasse algum tipo de essência humana extra-neural, ele não seria um argumento válido.
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Poindexter
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Existem outras inconsistências, como a dos semi-abortistas. Esses são particularmente patéticos. São contra o aborto por incorrer em risco de vida para a mãe, ou por ser resultado de um estupro, ou por defeitos congênitos que tornariam a vida daquele feto curta ou muito ruim. Eles são ao mesmo tempo relativistas, pois consideram a vida da mãe precedente a do feto, mas não aceitam o aborto quando a mãe simplesmente não deseja a criança. São também a favor do aborto no caso de estupro, mas a vida humana existente ali é menos humana por ter sido originada num ato de violência? Acho extremamente difícil sustentar que um feto mereça ser morto e outro não por conta da natureza de seus pais. Me parece eugenia, que fica ainda mais qualificada no terceiro motivo, que é o de fetos defeituosos. Logo, matemos os deficientes já nascidos, a vida deles é pior que as nossas.


Estes que você considera "particularmente patéticos" são justamente os únicos que conseguem entender a máxima de que atitudes extraordinárias necessitam de motivos extraordinários. Fazendo analogia com o mundo do trabalho que necessita ser presencial, é como um patrão que permite que o funcionário se ausente em determinadas horas dependendo da justificativa que ele dá, porque é óbvio que certos problemas pessoais são de fato urgentes e insolúveis apenas na hora do almoço. Não faria sentido se demitir um funcionário que liga avisando que vai faltar naquele dia por ter quebrado a perna indo ao serviço, assim como também não faz sentido permitir que as pessoas possam se ausentar quando bem entenderem apenas notificando a ausência...

Isso é uma coisa muito complicada de ser definida cientificamente, e se chama... BOM SENSO.
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Poindexter
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

O ENCOSTO escreveu:É o máximo que consegue?


Para o nível do que você escreveu, é o máximo que irá conseguir.


O ENCOSTO escreveu:Se for para postar uma frase babaca como essa, é melhor continuar longe do forum.


É este o nível de oposição às minhas idéias?

Hahaha... faz-me rir! :emoticon22:

Isso as reforça ainda mais!


O ENCOSTO escreveu: Ao menos, você manterá a sua palavra e terá uma imagem menos hipócrita. Principalmente porque você criticou o Ateu tímido por ter feito exatamente oque você está fazendo: retornar ao forum depois de escrever uma cartinha emocionada de despedida. :emoticon16:


Eu nunca me despedi do fórum. Se você se interasse do que rola no fórum antes de fazer comentários, evitaria muitas das m*rdas que solta. Sugiro, no caso em questão, este tópico. Se não mudar de opinião mesmo assim, vá catar coquinho.
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O ENCOSTO
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por O ENCOSTO »

Poindexter escreveu:
O ENCOSTO escreveu:É o máximo que consegue?


Para o nível do que você escreveu, é o máximo que irá conseguir.



De você, com certeza. Não esperava nada melhor vindo de você.



O ENCOSTO escreveu:Se for para postar uma frase babaca como essa, é melhor continuar longe do forum.


É este o nível de oposição às minhas idéias?

Hahaha... faz-me rir! :emoticon22:

Isso as reforça ainda mais!



Ótimo. É sempre bom ter hipócritas no forum. Gostamos de humilhar idiotas. E eles estavam em falta até o seu retorno.


O ENCOSTO escreveu: Ao menos, você manterá a sua palavra e terá uma imagem menos hipócrita. Principalmente porque você criticou o Ateu tímido por ter feito exatamente oque você está fazendo: retornar ao forum depois de escrever uma cartinha emocionada de despedida. :emoticon16:


Eu nunca me despedi do fórum. Se você se interasse do que rola no fórum antes de fazer comentários, evitaria muitas das m*rdas que solta. Sugiro, no caso em questão, este tópico. Se não mudar de opinião mesmo assim, vá catar coquinho.


É hipócrita mesmo. E ainda mandou alguém, que eu nem lembro mais, postar a cartinha de despedida.
:emoticon16:

E assim caminha a mediocridade. Pobre Brasil.
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Azathoth
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Azathoth »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Estava me referindo ao seu coleguinha Gorbachev, que parece defender que uma mórula com um tubo neural é um ser humano, e uma sem o tubo não é.


O sistema neurológico humano diverge qualitativamente em relação aos outros animais em aspectos como expansão do neocórtex ou geração de ondas cerebrais com padrões tipicamente humanos. O que eu aleguei é que um organismo com DNA humano que não possui nenhuma parte do telencéfalo desenvolvida por não poder emergir consciência não julgo que deveria receber os mesmos direitos civis que um humano.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Quanto a você, tudo bem, logo, experiências com macacos que implicam no sacrifício dos mesmos são tão nazistas quanto com bebês humanos, que possuem a mesma perspicácia.


Eu não sou o anátema mas sou à favor do movimento que deseja extender os direitos civis humanos aos grandes macacos africanos, o The Great Ape Project.

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Samael
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Samael »

Poindexter escreveu:INDIVÍDUO = "aquele que não pode ser dividido".

ESPERMATOZÓIDE NO JAPÃO + ÓVULO NA EUROPA = "ser" DIVISÍVEL.

Logo, zigoto=indivíduo, e espermatozóide+óvulo não.


Indivíduo -"Aquele que não pode ser dividido."

Conjunto de células + razão e consciência = ser humano.

De qualquer forma, ficar brincando de etimologia não soluciona a questão, Poindexter.

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Poindexter
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

O ENCOSTO escreveu:
[um monte de babaquice]


Certamente não é pelo monte de estrume que uma besta quadrada como você posta que decidi não abandonar o fórum.

Como disse antes, vá catar coquinho.

No mais, se você postar menos, fica mais rápido para mim encontrar as mensagens do Samael.
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Poindexter escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Existem outras inconsistências, como a dos semi-abortistas. Esses são particularmente patéticos. São contra o aborto por incorrer em risco de vida para a mãe, ou por ser resultado de um estupro, ou por defeitos congênitos que tornariam a vida daquele feto curta ou muito ruim. Eles são ao mesmo tempo relativistas, pois consideram a vida da mãe precedente a do feto, mas não aceitam o aborto quando a mãe simplesmente não deseja a criança. São também a favor do aborto no caso de estupro, mas a vida humana existente ali é menos humana por ter sido originada num ato de violência? Acho extremamente difícil sustentar que um feto mereça ser morto e outro não por conta da natureza de seus pais. Me parece eugenia, que fica ainda mais qualificada no terceiro motivo, que é o de fetos defeituosos. Logo, matemos os deficientes já nascidos, a vida deles é pior que as nossas.


Estes que você considera "particularmente patéticos" são justamente os únicos que conseguem entender a máxima de que atitudes extraordinárias necessitam de motivos extraordinários. Fazendo analogia com o mundo do trabalho que necessita ser presencial, é como um patrão que permite que o funcionário se ausente em determinadas horas dependendo da justificativa que ele dá, porque é óbvio que certos problemas pessoais são de fato urgentes e insolúveis apenas na hora do almoço. Não faria sentido se demitir um funcionário que liga avisando que vai faltar naquele dia por ter quebrado a perna indo ao serviço, assim como também não faz sentido permitir que as pessoas possam se ausentar quando bem entenderem apenas notificando a ausência...

Isso é uma coisa muito complicada de ser definida cientificamente, e se chama... BOM SENSO.


Um pouco de cuidado é necessário quando se fala de bom-senso e vidas humanas.

Uma coisa é um patrão achar melhor seu funcionário resolver algumas pendências pessoais no horário de trabalho, por considerar melhor abrir uma excessão do que perdê-lo e arcar com prejuízos decorrentes da demissão e de novas contratações.

Outra completamente diferente é determinar o extermínio de uma vida humana baseando-se num suposto "bom-senso". Podemos até falar em bom-senso nesse sentido, quando um médico deve optar por salvar um paciente com boas chances de sobrevida e outro já desenganado ou quase. Podemos falar em "bom-senso" quando sacrificar um pelotão de homens leais implica em ganhar uma guerra que custaria a morte de mais e mais jovens soldados.

Agora se o feto é um ser humano com direitos, ele o deve ser sendo ou não resultado de um estupro, pois desse crime ele não é culpado. Não há bom-senso algum em defender a execução desse bebê e condenar todos os outros tipos de abortos.

O argumento de que seria um fardo para mãe criar essa criança indesejada pode ser utilizado independente dessa futura mãe ter concordado ou não em copular com o futuro pai da criança. Não há bom-senso que sustente uma contradição dessas.

Além do que o argumento do estupro pode abrir precendente para uma série de queixas falsas de ataques com a finalidade de se abortar gestações indesejadas.

Da mesma maneira, risco de vida para a mãe não deve justificar morte do feto, pois nesse caso estaríamos concordando que pode-se atribuir valores diferentes para diferentes vidas humanas, o que implicaria num relativismo que foi negado quando se argumentou contra o aborto em circunstâncias comuns. A menos, é claro, que se qualifique num daqueles dilemas onde o bebê tem menos chances de sobreviver do que a mãe, e deve-se escolher apenas um dos dois, condição na qual a opção pela mãe se justificaria.

E com relação a fetos com anomalias que tornariam suas vidas curtas demais ou muito sofridas, uma pequena variação desse argumento justificaria tanto a eutanásia involuntária quanto a eugenia.
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

O bom senso indica que uma pessoa enfrentar risco de morte é uma coisa, e ficar chateadinha porque não vai poder exibir seu bronzeadinho na praia no próximo verão, é outra completamente diferente. O bom senso indica que a violência mental de um estupro é uma coisa, e a violência mental de passar a ter um dia-a-dia mais corrido é outra completamente diferente.
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Poindexter escreveu:O bom senso indica que uma pessoa enfrentar risco de morte é uma coisa, e ficar chateadinha porque não vai poder exibir seu bronzeadinho na praia no próximo verão, é outra completamente diferente. O bom senso indica que a violência mental de um estupro é uma coisa, e a violência mental de passar a ter um dia-a-dia mais corrido é outra completamente diferente.


Um estupro não justificaria a execução nem do estuprador, quanto mais de um inocente.

A violência mental desse ato é algo que a vítima dera de sustentar, e o Estado terá de combater esse tipo de crime, seja evitando, seja prendendo e punindo severamente o criminoso.

O que não se pode é justificar o assassinato em função do desequilíbrio emocional. Para justificar o aborto nessas condições, deveríamos remover a condição de seres humanos dos fetos, e isso justificaria o aborto em todas as condições.
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Um estupro não justificaria a execução nem do estuprador, quanto mais de um inocente.


Como não????

Você é contra a pena de Morte em casos de estupro?

Pô, que pena!


user f.k.a. Cabeção escreveu:A violência mental desse ato é algo que a vítima dera de sustentar, e o Estado terá de combater esse tipo de crime, seja evitando, seja prendendo e punindo severamente o criminoso.


Sei não, Cabeção...certas violências são muito severas!


user f.k.a. Cabeção escreveu:O que não se pode é justificar o assassinato em função do desequilíbrio emocional. Para justificar o aborto nessas condições, deveríamos remover a condição de seres humanos dos fetos, e isso justificaria o aborto em todas as condições.


Uma coisa é vida do feto vs extremo desequilíbrio, e outra é vida do feto vs chateação por não poder ir à praia no próximo verão, Cabeção! Entende o que quero dizer?
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Poindexter escreveu:Como não????

Você é contra a pena de Morte em casos de estupro?

Pô, que pena!


Sou a favor da pena de morte apenas para homicídios qualificados.

Não que considere o estupro um crime banal, mas acho algo extremamente fácil de ser forjado ou mal interpretado, e a pena de morte aqui correria o risco de ser mal aplicada ou banalizada.


Poindexter escreveu:Sei não, Cabeção...certas violências são muito severas!


Nenhum tipo de violência em nenhum grau de severidade deve justificar a execução de inocentes, a não ser em casos extremos em que mais inocentes sejam poupados.

Poindexter escreveu:Uma coisa é vida do feto vs extremo desequilíbrio, e outra é vida do feto vs chateação por não poder ir à praia no próximo verão, Cabeção! Entende o que quero dizer?


Da mesma forma, se eu for humilhado constantemente no trabalho eu teria um motivo bem melhor para matar meu chefe do que se eu assassinasse alguém para roubar sua carteira. Nos dois casos temos um homicídio, independente de motivos.
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Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Da mesma forma, se eu for humilhado constantemente no trabalho eu teria um motivo bem melhor para matar meu chefe do que se eu assassinasse alguém para roubar sua carteira. Nos dois casos temos um homicídio, independente de motivos.


Só que se teu chefe chegasse ao ponto de, "Darwin me livre", te estuprar, eu seria defensor da morte dele independentemente de você querer ou não, e, se você fosse mulher e engravidasse, da morte do feto também se assim você quisesse. O bom senso envolve uma questão de gradação.
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Poindexter escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Da mesma forma, se eu for humilhado constantemente no trabalho eu teria um motivo bem melhor para matar meu chefe do que se eu assassinasse alguém para roubar sua carteira. Nos dois casos temos um homicídio, independente de motivos.


Só que se teu chefe chegasse ao ponto de te estuprar, eu seria defensor da morte dele. O bom senso envolve uma questão de gradação.


É, mas no caso do aborto, quem está sendo morto não é o criminoso, mas seu filho.

A não ser que se invente algo como crime pré-concepcional, ou potencial estuprador por hereditariedade, trata-se do assassinato de um inocente.
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Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:A não ser que se invente algo como crime pré-concepcional, ou potencial estuprador por hereditariedade, trata-se do assassinato de um inocente.


E o pelotão leal que, segundo você, pode ser sacrificado? Se chamaria como? Crime pré-combate?

Se a vitória na Guerra é um "bom motivo" para o sacrifício, por quê a tortura de milhares de mulheres de mulheres estupradas também não o é?
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Poindexter escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:A não ser que se invente algo como crime pré-concepcional, ou potencial estuprador por hereditariedade, trata-se do assassinato de um inocente.


E o pelotão leal que, segundo você, pode ser sacrificado? Se chamaria como? Crime pré-combate?

Se a vitória na Guerra é um "bom motivo" para o sacrifício, por quê a tortura de milhares de mulheres de mulheres estupradas também não o é?


Porque uma guerra se caracteriza pela morte de muitos soldados e civis inocentes, e aqueles soldados leais, quanto entraram nas Forças Armadas juraram dispor de suas vidas, se necessário, para servir à sua bandeira.

"Só" por isso.

Prontidão para morrer pelos seus e por algo em que se acredita é a matéria da qual são feitos os heróis.
Editado pela última vez por user f.k.a. Cabeção em 17 Mar 2006, 20:37, em um total de 2 vezes.
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

Vou considerar mais esta tua opinião com relação ao estupro, mas, no caso de risco de morte da mãe, ainda é 1 por 1.
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por o anátema »

Azathoth escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Quanto a você, tudo bem, logo, experiências com macacos que implicam no sacrifício dos mesmos são tão nazistas quanto com bebês humanos, que possuem a mesma perspicácia.


Eu não sou o anátema mas sou à favor do movimento que deseja extender os direitos civis humanos aos grandes macacos africanos, o The Great Ape Project.


Até vejo com bons olhos esse tipo de coisa, mas ao mesmo tempo, tenho que admitir que não sou totalmente pró-eletroencefalograma-com-padrões-que-sei-lá,-uns-macacos-até-possam-ter, mas também levo um pouco mais em consideração mais "humanidade" do fenótipo.

É meio complicado. Acho que não há outra saída a não ser fazer alguns testes com animais (acho), e em alguns casos, teriam que ser macacos. É preferível macacos à bebês. Se fizessem de alguma forma um macaco-bebê genetico ser exatamente igual a um bebê humano, fenotípicamente, acho que seria também contra, nesse caso em particular. Não devo escapar de ser meio homossapien[a!]zista mesmo, em algum ponto...

Por outro lado, não veria problema em fazer testes com humanos anencéfalos, ou qualquer outro animal anencéfalo. E sou indiferente quanto a fazerem testes com anencéfalos humanos e de outras espécies. Humanos até seriam preferíveis, pelo objetivo. Admito no entanto que a cena está longe de ser agradável, mas já acho assim com quase tudo que façam com vertebrados em laboratórios ou açougues...
Sem tempo nem paciência para isso.

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www.talkorigins.org
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Azathoth
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Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Azathoth »

Se a eliminação de um blastócito é o assassinato de um humano, faria sentido que mulheres que sofrem aborto espontâneo durante a primeira semana de gestação se sentirem tão devastadas emocionalmente quanto aquelas que perdem o filho no sétimo mês?

Não, me perdoem, mas julgo isso inadmissível. Assim como julgaria inadmissível uma pesquisadora de importância máter para a sociedade ter que se afastar de sua carreira por decorrência de um estupro ou mesmo uma falha no contraceptivo.
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Poindexter
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Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59

Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por Poindexter »

Azathoth escreveu:Se a eliminação de um blastócito é o assassinato de um humano, faria sentido que mulheres que sofrem aborto espontâneo durante a primeira semana de gestação se sentirem tão devastadas emocionalmente quanto aquelas que perdem o filho no sétimo mês?

Não, me perdoem, mas julgo isso inadmissível. Assim como julgaria inadmissível uma pesquisadora de importância máter para a sociedade ter que se afastar de sua carreira por decorrência de um estupro ou mesmo uma falha no contraceptivo.


Vá ver se muitas das que ficaram sabendo que haviam ficado grávidas não sofreram prá burro... talvez você fosse se surpreender.

Quanto à carreira... a carreira não tem culpa se a gestante topou o risco de abandoná-la.

No antigo programa "Roletrando", do Sílvio Santos, havia apenas duas casinhas chamadas "Perde Tudo"... o fato de a probabilidade de a bolinha cair ali ser pequena não isenta os competidores de perderem tudo quando ela ali cai. Problema deles.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

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¿Dónde está el Hexa?

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A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.

Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

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o anátema
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Re: Re.: O ABORTISMO IDEOLÓGICO

Mensagem por o anátema »

Poindexter escreveu:Uma coisa é vida do feto vs extremo desequilíbrio, e outra é vida do feto vs chateação por não poder ir à praia no próximo verão, Cabeção! Entende o que quero dizer?


Acho que isso não legalizaria o aborto nessa circunstância, mas serviria como atenuante, meio como um crime passional, acho, e é claro, médicos não poderiam assistir, e se o fizessem, seria mais ou menos o mesmo caso de matar alguém por sacrifício ritual/por posições filosóficas (não muito diferente de um crime de homicídio por motivos raciais), sem ter a amenização do lado "passional", eu suponho.


Além disso, tem picuinhas como por exemplo, uma mulher pode ser estuprada depois de dopada, ou algo meio "semi consensual" por efeito de ingestão (talvez necessariamente involuntária?) de alguma droga, talvez até desmaiada; o estupro em si não poderia ser alegado traumatizante, se por exemplo, ela nem se lembrasse de nada terrível, de ter sido forçada a qualquer coisa, mas simplesmente descobrisse estar grávida, e de alguma forma, pudesse saber que foi naquela situação que engravidou, involuntáriamente. Teria que haver um comitê para avaliar o grau de trauma que ela sofreu para ver se ela poderia abortar será? Ou seria algo mais generalizado? Ela poderia não estar em nada "desequilibrada" pelo estupro em si, do qual nem se lembra (não por trauma), mas então querer abortar realmente apenas por inconveniências que você considera que não justificariam.

Ao mesmo tempo, para uma menina super mimada de 14 anos, um bebê proveniente de uma relação consensual pode ser tão mentalmente instável, que acabaria sendo pior que algo que a maioria de nós consideraria realmente sério. Depressão e etc não tem necessariamente motivos reais, mas a pessoa nesse estado reage como se estivesse numa situação muito mais terrível do que é (ou pode reagir, nos casos em que a depressão não foi desengatada por algo "realmente" terrível, mas apenas subjetivamente terrível). Aí o problema seria tanto para ela quanto para o(s) bebê(s), e a família, e talvez até para mais gente, dependendo das conseqüências.


Acho que o mais coerente com a idéia de aborto=assassinato seria que bebês proveniente de estupros não fossem obrigatoriamente de responsabilidade legal da mãe, mas iria para a adoção. A mãe deveria receber tratamento psicológico, talvez até podendo optar por "segurar" o filho para a adoção (ou quem sabe, "requerer" ele de volta se considerada emocionalmente capaz? Não sei se tem dessas, não concordo tanto, mas acho que a legislação tem desses genecentrismos), para que ela mesma pudesse adotá-lo se em condições.


Porque, resumindo, considerando-se aborto como assassinato, permitir o aborto em casos de estupro por causa do distúrbio emocional é como legalizar assassinato do amigo ou conhecido do marido que chifrou uma mulher, por essa mulher, que teria ficado tremendamente abalada com isso. Não exatamente apenas legalizar, mas realizar publicamente a execução desse inocente desavisado, cuja única culpa foi ter um amigo corneador. Esse caso ainda seria até mais justo, já que teoricamente amigos podem aconselhar uns aos outros a serem fiéis às mulheres, mas um espermatozóide não pode aconselhar a estuprar.

Pode achar que a comparação estupro/traição é desequilibrada, mas acho que não; é meio relativo, tem mesmo gente que mata o parceiro(a) e até a si mesmo por isso.
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