O ABORTISMO IDEOLÓGICO

[Poindexter]

Entendo o que queres dizer, o anátema. É complexo, mesmo. Por isso mesmo disse ao Cabeção que iria reavaliar minha posição... mas veja só... o dano emocional à mente de uma mulher estuprada, principalmente se for "à seco" (plenamente consciente, etc...)... que horror!

[o anátema]

Se a eliminação de um blastócito é o assassinato de um humano, faria sentido que mulheres que sofrem aborto espontâneo durante a primeira semana de gestação se sentirem tão devastadas emocionalmente quanto aquelas que perdem o filho no sétimo mês?

Acontece que a parte emocional não decorre duma análise do que está lá, presentemente no útero. Os pais, querendo ou não ter um filho, podem ficar idealizando ele por um tempão, mesmo antes da concepção. E não precisa necessariamente ter qualquer "barriga" para que já fiquem todos felizes, até conversando feito bobos com a barriga. Desde o princípio vão se referindo, entre o casal e para os amigos, ao filho que tem; não ao blastocisto alojado no útero. É como um sonho pessoal despedaçado, não tem tanto a ver com sofrer por empatia por sofrimento de um filho "pós-natal" que morra.

[user f.k.a. Cabeção]

Talvez o estabelecimento de um prazo não seja tão má idéia.

Basta que consideremos humano aqueles que poderiam sobreviver fora do corpo da mãe, por terem seus órgãos completamente desenvolvidos, ou quase.

Como isso é difícil de se determinar precisamente, e talvez dependa muito de caso para caso, o estabelecimento de uma data arredondada para baixo, como 3 meses, fosse algo aceitável, pois nenhum embrião ou feto de até 3 meses tem condições de sobreviver.

É algo a se considerar. Três meses pode ser uma data arbitrária sim, mas tem arbitrariedade controlada, pois permite que a mãe tome conhecimento da gravidez e decida pelo aborto antes do feto se tornar um potencial bebê ainda dentro do útero.

E é importante distingüir essa proposta das absurdas divagações sobre o desenvolvivemento da consciência fetal, e outros absurdos não quantificáveis e redutíveis a conclusões estapafúrdias.

[o anátema]

parece que esse é o critério que na verdade permite o aborto em alguns estados dos EUA, a capacidade de sobrevivência fisiologicamente autônoma. MAs é um pouco além de três meses, beirando 6 ou 7, se me lembro. Talvez não seja, ou tenha mudado com o avanço da tecnologia de UTI de prematuros... parece que foi ao menos a funcionalidade dos pulmões; mas acabava coincidindo com esses critérios cerebrais.

Por outro lado, não gosto tanto desse critério. Ele tende a "encurtar" quanto mais se desenvolver tecnologia para prematuros. E quem sabe se não desenvolvem um útero artificial eventualmente. Não sou contra porque isso não permitiria a ninguém abortar, é bom explicar. Meu ponto é que, se for pensar bem, nem um bebê recém nascido e saudável não é totalmente independentemente da mãe; não seria por não ser autônomo, que poderia ser deixado para morrer.

Já a parte cerebral, acho que simplifica consideravlemente as coisas. Para todos efeitos, estágios anteriores ao desenvolvimento cerebral "são iguais" a um anencéfalo, no sentido de não ter cérebro.

PS, só pra deixar claro.: nunca defendi que algo tão vago como consciência devesse ser o critério

[O ENCOSTO]

[um monte de babaquice]

Certamente não é pelo monte de estrume que uma besta quadrada como você posta que decidi não abandonar o fórum.

Estrume ou não, está provado que um brasileiro hipócrita metido a argentininho, como você, não tem a menor capacidade intelectual de mostrar que o Brasil está certo, enquanto vários paises desenvolvidos estão no erro:

Alemanha


A interrupção da gravidez é regulada na Alemanha pelo Artigo 218 do Código Penal (Strafgesetzbuch). O aborto até ao terceiro mês de gravidez é permitido. É exigido apenas que a mulher tenha uma entrevista com um conselheiro especializado (Schwangerschaftskonfliktberatung) antes de tomar uma decisão definitiva.




Áustria


Já desde 1975 que na Áustria (um país católico e conservador) que o aborto é permitido nos três primeiros meses de gravidez. Uma posterior interrupção da gravidez é permitida em caso de perigo de vida ou de dano de saúde (indicação médica), ou no caso de a mulher não tiver atingido 14 anos no momento em que se tornou grávida, ou ainda no caso de se saber que a criança será deficiente.





França


O aborto foi legalizado na França em 1975. É legal até à décima semana de gravidez. É exigido o aconselhamento da mulher e uma semana de espera. Após a décima semana torna-se necessária a certificação de dois médicos de que a saúde da mulher se encontre em perigo ou que a criança possa vir a ser deficiente.





Suíça


Na Suíça, o aborto até à décima-segunda semana de gravidez deixou de ser criminalizado. O artigo 119 do Código Penal considera necessárias duas condições para a descriminalização do aborto: a mulher deve alegar encontrar-se numa situação de emergência e deve ser informada exaustivamente antes de se submeter à intervenção.


Reino Unido


O aborto é legal na Inglaterra, Escócia e País de Gales desde 1967. Nessa altura, a legislação britânica era uma das mais liberais da Europa. Hoje, a maioria dos países europeus adoptaram legislação semelhante.



Suécia

A primeira legislação aceitando o aborto na Suécia foi emitida em 1938. Previa que o aborto seria legal caso existissem razões médicas, humanitárias ou eugénicas. A legislação actual encontra-se em vigor já desde 1974 e afirma que a decisão até à décima-segunda semana de gravidez é inteiramente da responsabilidade da mulher, por qualquer que seja a razão.

Como disse antes, vá catar coquinho.

É o máximo que consegue. Não espero nada melhor e mais inteligente vindo de gente como você.

No mais, se você postar menos, fica mais rápido para mim encontrar as mensagens do Samael.

vai comer agora, Samael?