Ouvindo white metal
Ouvindo white metal
Ouvindo white metal
Por Acauan
Estou eu lá no meu sacrossanto chope das sextas-feiras.
Uma destas ironias do destino cismou de colocar uma igreja evangélica bem acima do local onde o dito ato sacrossanto semanal é realizado.
Mas como dizem que Deus sabe o que faz, não tem culto lá às sextas-feiras, me poupando dos hinos de louvor e a eles de terem a mim tão próximo, o que poderia levar o Espírito Santo a questionar se vale a pena baixar por ali.
Assim, viveríamos todos felizes em meu etílico silêncio contemplativo se não fosse um "teeeiiinnnn" soando logo acima da minha cabeça.
Não sou nenhum especialista no assunto, mas reconheço o som de um prato de bateria quando ouço um.
E me preparo para o pior.
Se em uma igreja de crentes, situada três metros acima do meu copo, alguém bateu um prato de bateria enquanto tomo meu chope, é que o pior ainda está por vir.
Não dá outra.
À primeira batida segue-se o esperado.
Caixa, chimbau, pratos, bumbo, surdo soam em meus indígenas ouvidos.
Vou passar a beber em outro lugar é meu primeiro pensamento.
Mas fico lá, ouvindo.
Afinal, estou bem embaixo de uma igreja evangélica.
O que poderia ficar pior?
A bateria segue.
Acompanho o ritmo.
Blues ou rock'n'roll.
Algum crente destas igrejas por aí toca blues?
Última chance...
Ninguém?
Então é o tal do white metal mesmo. Aquela versão esquisita do rock que algumas igrejas crentes tocam durante o que eles chamam de louvor.
Bem, é de graça, estou aqui mesmo, ouçamos.
A batida não é ruim.
Ritmada e correta, mas falta alguma coisa.
Ouço o tum, tum, tum típico.
Alguém afina o baixo.
Logo em seguida o baixo entra na batida do surdo da bateria.
Parece afinadinho e ritmado.
Mas falta alguma coisa.
Quase ao mesmo tempo entram guitarra e teclado.
Devem ter afinado antes.
Alguém errou no ajuste de volume, pois é difícil distinguir o teclado e a guitarra, abafados pela bateria e baixo.
Mas sigo ouvindo.
Para minha felicidade parece que o vocalista não veio e sou poupado de ouvir aquelas letrinhas bregas e piegas, que nunca fogem ao Jesus isto, Jesus aquilo e suas poucas variantes.
Após um tempo meu veredicto é que os caras não são ruins.
Os instrumentos estão bem afinados, a melodia está no compasso e o ritmo segue a batida correta.
Mas falta alguma coisa.
O que?
Entre um chope e outro ouço várias tentativas, repetidas várias vezes, como é o esperado em ensaios.
Reconheço que é preciso alguns anos de estudo para chegar ao domínio técnico que os caras demonstram no manuseio de seus instrumentos.
Mas...
Putz...., claro...
Rebeldia.
Não existe rock'n'roll de qualidade sem uma alta dose de rebeldia.
O finado Hendrix que o diga.
Só então entendi.
Não é que a guitarra estivesse abafada por uma má regulagem dos volumes.
O guitarrista não ousava, não improvisava.
Não havia os solos alucinados, ou uma imitação esforçada deles, que são imprescindíveis a uma banda de rock que quer ser reconhecida como tal.
O improviso no blues (ou no jazz) é um ato de sublimação artística, na qual cada instrumento, rompendo com a partitura a frente, busca seu próprio caminho e nisto encontra com os demais, que fazem o mesmo, a suprema harmonia, que termina por arrebatar o ouvinte para o estado emocional que é a razão de ser deste estilo.
No rock'n'roll o improviso é algo como "sai da frente galera, que eu me empolguei", que no fim acaba resultando no mesmo efeito.
Os músicos crentes que eu ouvia desconheciam o improviso e a rebeldia.
A sublimação do blues é encontrada no black spiritual, a transposição da rebeldia passional para a música religiosa.
A complementação dos opostos se dá no canto gregoriano católico, onde todas as paixões se submetem à aceita como suprema e manifestam-se assim em um canto monódico.
A conclusão é que os crentes tiraram a alma do rock em sua pretensão de torna-lo um canto de louvor ao Espírito.
Louvar o Espírito com uma música sem alma é, obviamente, contraditório.
Os chopes seguem.
O som silencia.
Após algum tempo aparecem na calçada os músicos crentes que tocavam com técnica e sem alma sobre minha cabeça.
Exemplares típicos daquela denominação evangélica cuja missão era trazer para Jesus as almas de classe média para cima.
As grifes dos tênis, bermudas, camisetas e acessórios dos semi-roqueiros confirmaram isto.
Exposto à luz, o reflexo do brinco de um deles chegou a me ofuscar.
Visualmente aqueles espécimes eram muito diferentes do estereótipo do crente de terno surrado com a bíblia embaixo do braço.
O irônico é que quando tocam parecem vestir, mesmo que espiritualmente, aquela vestimenta padrão que permite a qualquer um saber que deles nada virá de imprevisível,
Jamais um solo de guitarra atravessando os compassos.
Para quem não sabia, isto é o white metal.
Não sei por que tem crente que reclama quando aquilo é tocado nas igrejas deles.
Um é a cara do outro.
Por Acauan
Estou eu lá no meu sacrossanto chope das sextas-feiras.
Uma destas ironias do destino cismou de colocar uma igreja evangélica bem acima do local onde o dito ato sacrossanto semanal é realizado.
Mas como dizem que Deus sabe o que faz, não tem culto lá às sextas-feiras, me poupando dos hinos de louvor e a eles de terem a mim tão próximo, o que poderia levar o Espírito Santo a questionar se vale a pena baixar por ali.
Assim, viveríamos todos felizes em meu etílico silêncio contemplativo se não fosse um "teeeiiinnnn" soando logo acima da minha cabeça.
Não sou nenhum especialista no assunto, mas reconheço o som de um prato de bateria quando ouço um.
E me preparo para o pior.
Se em uma igreja de crentes, situada três metros acima do meu copo, alguém bateu um prato de bateria enquanto tomo meu chope, é que o pior ainda está por vir.
Não dá outra.
À primeira batida segue-se o esperado.
Caixa, chimbau, pratos, bumbo, surdo soam em meus indígenas ouvidos.
Vou passar a beber em outro lugar é meu primeiro pensamento.
Mas fico lá, ouvindo.
Afinal, estou bem embaixo de uma igreja evangélica.
O que poderia ficar pior?
A bateria segue.
Acompanho o ritmo.
Blues ou rock'n'roll.
Algum crente destas igrejas por aí toca blues?
Última chance...
Ninguém?
Então é o tal do white metal mesmo. Aquela versão esquisita do rock que algumas igrejas crentes tocam durante o que eles chamam de louvor.
Bem, é de graça, estou aqui mesmo, ouçamos.
A batida não é ruim.
Ritmada e correta, mas falta alguma coisa.
Ouço o tum, tum, tum típico.
Alguém afina o baixo.
Logo em seguida o baixo entra na batida do surdo da bateria.
Parece afinadinho e ritmado.
Mas falta alguma coisa.
Quase ao mesmo tempo entram guitarra e teclado.
Devem ter afinado antes.
Alguém errou no ajuste de volume, pois é difícil distinguir o teclado e a guitarra, abafados pela bateria e baixo.
Mas sigo ouvindo.
Para minha felicidade parece que o vocalista não veio e sou poupado de ouvir aquelas letrinhas bregas e piegas, que nunca fogem ao Jesus isto, Jesus aquilo e suas poucas variantes.
Após um tempo meu veredicto é que os caras não são ruins.
Os instrumentos estão bem afinados, a melodia está no compasso e o ritmo segue a batida correta.
Mas falta alguma coisa.
O que?
Entre um chope e outro ouço várias tentativas, repetidas várias vezes, como é o esperado em ensaios.
Reconheço que é preciso alguns anos de estudo para chegar ao domínio técnico que os caras demonstram no manuseio de seus instrumentos.
Mas...
Putz...., claro...
Rebeldia.
Não existe rock'n'roll de qualidade sem uma alta dose de rebeldia.
O finado Hendrix que o diga.
Só então entendi.
Não é que a guitarra estivesse abafada por uma má regulagem dos volumes.
O guitarrista não ousava, não improvisava.
Não havia os solos alucinados, ou uma imitação esforçada deles, que são imprescindíveis a uma banda de rock que quer ser reconhecida como tal.
O improviso no blues (ou no jazz) é um ato de sublimação artística, na qual cada instrumento, rompendo com a partitura a frente, busca seu próprio caminho e nisto encontra com os demais, que fazem o mesmo, a suprema harmonia, que termina por arrebatar o ouvinte para o estado emocional que é a razão de ser deste estilo.
No rock'n'roll o improviso é algo como "sai da frente galera, que eu me empolguei", que no fim acaba resultando no mesmo efeito.
Os músicos crentes que eu ouvia desconheciam o improviso e a rebeldia.
A sublimação do blues é encontrada no black spiritual, a transposição da rebeldia passional para a música religiosa.
A complementação dos opostos se dá no canto gregoriano católico, onde todas as paixões se submetem à aceita como suprema e manifestam-se assim em um canto monódico.
A conclusão é que os crentes tiraram a alma do rock em sua pretensão de torna-lo um canto de louvor ao Espírito.
Louvar o Espírito com uma música sem alma é, obviamente, contraditório.
Os chopes seguem.
O som silencia.
Após algum tempo aparecem na calçada os músicos crentes que tocavam com técnica e sem alma sobre minha cabeça.
Exemplares típicos daquela denominação evangélica cuja missão era trazer para Jesus as almas de classe média para cima.
As grifes dos tênis, bermudas, camisetas e acessórios dos semi-roqueiros confirmaram isto.
Exposto à luz, o reflexo do brinco de um deles chegou a me ofuscar.
Visualmente aqueles espécimes eram muito diferentes do estereótipo do crente de terno surrado com a bíblia embaixo do braço.
O irônico é que quando tocam parecem vestir, mesmo que espiritualmente, aquela vestimenta padrão que permite a qualquer um saber que deles nada virá de imprevisível,
Jamais um solo de guitarra atravessando os compassos.
Para quem não sabia, isto é o white metal.
Não sei por que tem crente que reclama quando aquilo é tocado nas igrejas deles.
Um é a cara do outro.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Re.: Ouvindo white metal
Bom, eu não gosto de nenhum tipo de metal. Acho que o som metal é como o PT, pois tem muitos adeptos, mas um alto índice de rejeiçao.
Uma vez, eu vi a reportagem de uma igreja na Cultura onde os congregados eram só esse pessoal punk ou hardcore. Não peguei o nome da igreja. Agora já pensou se um grupo tipo Ratos de Porão que é só rebeldia virasse evangélico?
Uma vez, eu vi a reportagem de uma igreja na Cultura onde os congregados eram só esse pessoal punk ou hardcore. Não peguei o nome da igreja. Agora já pensou se um grupo tipo Ratos de Porão que é só rebeldia virasse evangélico?
Evoluir sempre, tal é a lei (só o espiritismo não evolui).
- Mr. Crowley
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Re.: Ouvindo white metal
geralmente essas bandas de white metal são xaroposas mesmo...
não que eu tenha escutado mais de 5 bandas do gênero, maasss...
não que eu tenha escutado mais de 5 bandas do gênero, maasss...

- Aurelio Moraes
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Re.: Ouvindo white metal



Em tempo: Os católicos da RCC também têm suas bandas de white metal.
Re.: Ouvindo white metal



[Samael ON]Perfeito.[Samael OFF]
Acauan, você expressou justamente o que eu penso acerca deste tal white metal, filho bastardo que o autêntico heavy metal nunca vai reconhecer...

Eu sou apreciador de rock, blues e heavy metal em várias vertentes e sempre que tive a oportunidade de ouvir no som de terceiros este tal white metal, achei um porre (no mal sentido!).
Até já fiz comentários aqui no fórum sobre tal assunto, reclamando da falta de peso nas guitarras e da timidez vocal. Os caras tocam, mas como você falou, sem aquilo que identifica o estilos rock e heavy: rebeldia e atitude (musicais e etc).
Eu tenho um amigo que há anos é professor de guitarra. Entre seus alunos, há diversos evangélicos. Certa vez ele me disse que há dois tipos identificáveis entre tais alunos. Os primeiros, evangélicos mais tradicionais, detestam guitarras com timbre pesado (e tudo que se identifique com o rock) e querem somente aprender o básico para acompanhar os demais instrumentistas nos louvores da igreja. Outros, ele me disse, querem aprender e têm talento, mas são como estes guris aí que você citou, não possuem rebeldia ou a reprimem, por serem cabresteados por pais e pastores. Para eles o white metal é o "genérico" do rock pesado. Muitos deles têm contato com rock e heavy metal, mas não assumem que ouvem este estilo para não chocar seus "irmãos de fé". Quando ouvem estes estilos, o fazem escondidos. Reprimem o talento em prol da imagem perante a congregação. Tocam bonitinho, mas de modo "insosso". Bem do jeito que você descreveu.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
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- Aranha
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Re.: Ouvindo white metal
- Belo texto Acauan.
- Evangêlicos, enquanto grupo social, sofrem de um grave problema psicológico, algo como um transtorno bipolar, ao mesmo tempo que eles colocam tudo q é mundano no colo do demo, satanizando música, dança, TV, cinema, Walt Disney, Maçonaria, religiões afro, Harry Potter, etc., eles copiam tudo q o mundo-maléfico-que-jaz-no-maligno produz, copiam até o Heavy Metal (maior entre os maiores na lista dos ritmos satânicos ouvidos por adoradores do capeta), mas o pior q eu já vi foi o Rodeio Gospel q teve aqui perto de Brasília, não, minto, teve algo pior sim, a propaganda q ouvi numa rádio evangêlica: "Guará-Fé, o Guaraná de quem tem fé", isto é insuperável....
Abraços,

- Evangêlicos, enquanto grupo social, sofrem de um grave problema psicológico, algo como um transtorno bipolar, ao mesmo tempo que eles colocam tudo q é mundano no colo do demo, satanizando música, dança, TV, cinema, Walt Disney, Maçonaria, religiões afro, Harry Potter, etc., eles copiam tudo q o mundo-maléfico-que-jaz-no-maligno produz, copiam até o Heavy Metal (maior entre os maiores na lista dos ritmos satânicos ouvidos por adoradores do capeta), mas o pior q eu já vi foi o Rodeio Gospel q teve aqui perto de Brasília, não, minto, teve algo pior sim, a propaganda q ouvi numa rádio evangêlica: "Guará-Fé, o Guaraná de quem tem fé", isto é insuperável....

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
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- Flavio Costa
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Re: Re.: Ouvindo white metal
Abmael escreveu:- Evangêlicos, enquanto grupo social, sofrem de um grave problema psicológico, algo como um transtorno bipolar
Caro Abmael, transtorno bipolar é de ordem psiquiátrica, não psicológica, e não causa os efeitos citados em sua mensagem.
Grato pela atenção.

The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- Aranha
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Re: Re.: Ouvindo white metal
Flavio Costa escreveu:Abmael escreveu:- Evangêlicos, enquanto grupo social, sofrem de um grave problema psicológico, algo como um transtorno bipolar
Caro Abmael, transtorno bipolar é de ordem psiquiátrica, não psicológica, e não causa os efeitos citados em sua mensagem.
Grato pela atenção.
- Tú é chato héin!?!??!

"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
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- Aranha
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Re.: Ouvindo white metal
- Tudo bem, onde se lê "Transtorno Bipolar" leia-se "Dupla personalidade".... 

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Ben Parker
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Re: Re.: Ouvindo white metal
Élder Abmael escreveu:...ao mesmo tempo que eles colocam tudo q é mundano no colo do demo, satanizando música, dança, TV, cinema, Walt Disney, Maçonaria, religiões afro, Harry Potter, etc., eles copiam tudo q o mundo-maléfico-que-jaz-no-maligno produz, copiam até o Heavy Metal (maior entre os maiores na lista dos ritmos satânicos ouvidos por adoradores do capeta)
Existe uma história engraçada ocorrida no início dos anos 80 nos USA.
Nos estados tidos como mais conservadores, muitos cristãos fanáticos corriam às portas dos estádios e casas de shows onde alguma banda de heavy metal iria tocar para demonstrar todo o seu repúdio e insatisfação queimando discos das bandas em piras improvisadas nas calçadas (qualquer semelhança com os nazi é mera coincidência....

Porém, o odor forte e o negrume da fumaça dos discos de vinil queimados levou esses crentes a imaginarem que se inalassem tal fumo poderiam ser impregnados pelo maligno.
Começaram então a quebrar os discos com martelos nas manifestações posteriores, para evitar-se a inalação da "fumaça demoníaca".

... mas o pior q eu já vi foi o Rodeio Gospel q teve aqui perto de Brasília
Os touros não devem ter chifre e ao invés de N. Sra. Aparecida, o padroeiro é "o santo nome do Sr. Jesuis". Deve ser o máximo...
... teve algo pior sim, a propaganda q ouvi numa rádio evangêlica: "Guará-Fé, o Guaraná de quem tem fé", isto é insuperável....![]()
Depois de um dia inteiro de evangelização, semeando a "palavra", após um bom banho com o sabonete do descarrego, nada é melhor do que assistir ao Show da Fé do Missionário R.R. Soares comendo uma salada preparada com o puro azeite da Terra Santa e bebendo um copo bem gelado de Guara-Fé.
Só faltam os "nachos de Jesuis"...

Palavras de um visionário:
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Roberto Campos
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Roberto Campos
- Storydor
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- Registrado em: 05 Jan 2006, 08:09
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- Localização: Recife, Pernambuco
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Re.: Ouvindo white metal
Exemplo de Banda de White Metal : Oficina G3.
Bem, aqui na sala tenho um amigo que é baterista da igreja dele.. o bicho não parece gostar de som leve, até que toca bem! Nem todo crente é uma desgraça tão grande.....
mas é uma desgraça!
Bem, aqui na sala tenho um amigo que é baterista da igreja dele.. o bicho não parece gostar de som leve, até que toca bem! Nem todo crente é uma desgraça tão grande.....
mas é uma desgraça!
"E quem era inocente, hoje já virou bandido, só para comer um pedaço de pão fudido" Chico Science


rapha... escreveu:Bá, não sejam tão radicais!
Antestor é uma ótima banda de White Metal:
Uáiti métal é ruim por definição... mas...
... vou procurar conhecer isso aí e depois dou um veredito pessoal.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
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Roberto Campos
- user f.k.a. Cabeção
- Moderador
- Mensagens: 7977
- Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
- Contato:
após um bom banho com o sabonete do descarrego
Banho de descarrego lembra bastante "banhos de defesa", "bamhos de sal-gosso" (a intenção é a mesma), "banhos de purificação", etc.
Ou seja, tudo coisa de "macumbeiro"!
Curioso "cross over", não?
Banho de descarrego lembra bastante "banhos de defesa", "bamhos de sal-gosso" (a intenção é a mesma), "banhos de purificação", etc.
Ou seja, tudo coisa de "macumbeiro"!
Curioso "cross over", não?
Fayman
autor de:
OS GUARDIÕES DO TEMPO
RELÂMPAGOS DE SANGUE
ANJO - A FACE DO MAL
AMOR VAMPIRO
(Coletânea 7 autores)
autor de:
OS GUARDIÕES DO TEMPO
RELÂMPAGOS DE SANGUE
ANJO - A FACE DO MAL
AMOR VAMPIRO
(Coletânea 7 autores)
Fayman escreveu:após um bom banho com o sabonete do descarrego
Banho de descarrego lembra bastante "banhos de defesa", "bamhos de sal-gosso" (a intenção é a mesma), "banhos de purificação", etc.
Ou seja, tudo coisa de "macumbeiro"!
Curioso "cross over", não?
Exatamente!
Certos crentes querem passar para a posteriadade com os macumbeiros virados do avesso.

Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
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Roberto Campos
Re.: Ouvindo white metal
A melhor banda com temáticas cristãs que já ouvi é Phlebotomized. Soa como um Nocturnus mais bestial misturado com tendências psicodélicas de bandas como Wicked Innocence e Demilich.
- Aurelio Moraes
- Mensagens: 19637
- Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
- Localização: São José dos Campos, S.P
- Contato:
Re.: Ouvindo white metal
Ah não, o Manuel se converteu ao ouvir White Metal. :-/
Re.: Ouvindo white metal
O terceiro álbum do Mortification para falar a verdade também é muito acima da média.