Pergunta sobre aborto para os espiritóides babões

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Botanico escreveu:Certo, mas essa condição não o torna automaticamente um espírito superior, nem sábio. A FEB tem como seu protetor o Anjo Ismael... no entanto era uma federação rustenguista, uma autêntica aberração doutrinária. Será o S. Luís um espírito superior ao Anjo Ismael? O será que o qualificativo de protetor disso ou daquilo denota apenas uma função assumida por um espírito, sem garantir nada a respeito de seus qualificativos intelectuais ou morais?


Botânico, o próprio Livro dos Espíritos diz que São Luís é um Espírito Superior, e pior, em Prolegêmenos, página 50, diz:

"PROLEGÔMENOS
Este livro é o repositório de seus ensinos. Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar."

E no final de Prolegômenos, cita quem são os espíritos superiores:

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.

Pronto, Botânico. Aceita a derrota! Ou os espíritos superiores são racistas, ou nunca houve um espírito superior auxiliando na codificação. Só não em venha com mais nenhum ad hoc!

Um abraço,
Vitor

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Vitor Moura escreveu:
Botanico escreveu:Certo, mas essa condição não o torna automaticamente um espírito superior, nem sábio. A FEB tem como seu protetor o Anjo Ismael... no entanto era uma federação rustenguista, uma autêntica aberração doutrinária. Será o S. Luís um espírito superior ao Anjo Ismael? O será que o qualificativo de protetor disso ou daquilo denota apenas uma função assumida por um espírito, sem garantir nada a respeito de seus qualificativos intelectuais ou morais?


Botânico, o próprio Livro dos Espíritos diz que São Luís é um Espírito Superior, e pior, em Prolegêmenos, página 50, diz:

"PROLEGÔMENOS
Este livro é o repositório de seus ensinos. Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar."

E no final de Prolegômenos, cita quem são os espíritos superiores:

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.

Pronto, Botânico. Aceita a derrota! Ou os espíritos superiores são racistas, ou nunca houve um espírito superior auxiliando na codificação. Só não em venha com mais nenhum ad hoc!

Um abraço,
Vitor


Então vou ficar com a alternativa de que supostamente não haveria espírito SUPERIOR ditando diretamente o trabalho de codificação. Até porque jamais reconheceria, nas figuras indicadas, espíritos na categoria de superiores de acordo com a escala espírita.

Não se tira o mérito da Codificação, mas coloca as coisas nos devidos lugares. Tudo bem, o soldado recebeu a ordem diretamente do sargento e não do marechal, mas ordens são ordens...

Lá no site Criticando o Kardec, é mostrado como era a primeira edição do Livro dos Espíritos e as ALTERAÇÕES feitas para a segunda edição. É evidente, por isso, que o Livro dos Espíritos NÃO NASCEU PRONTO E ACABADO, como se suporia se fosse obra de espíritos superiores.

Considero que essa declaração em Proleseiláoque é excessivamente entusiástica e foi além da conta. Ditado por espíritos ou não, o Livro dos Espíritos é um trabalho HUMANO e não há obra humana que não exija reparos.

É isso.

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Botanico escreveu:
Vitor Moura escreveu:
Botanico escreveu:Certo, mas essa condição não o torna automaticamente um espírito superior, nem sábio. A FEB tem como seu protetor o Anjo Ismael... no entanto era uma federação rustenguista, uma autêntica aberração doutrinária. Será o S. Luís um espírito superior ao Anjo Ismael? O será que o qualificativo de protetor disso ou daquilo denota apenas uma função assumida por um espírito, sem garantir nada a respeito de seus qualificativos intelectuais ou morais?


Botânico, o próprio Livro dos Espíritos diz que São Luís é um Espírito Superior, e pior, em Prolegêmenos, página 50, diz:

"PROLEGÔMENOS
Este livro é o repositório de seus ensinos. Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar."

E no final de Prolegômenos, cita quem são os espíritos superiores:

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.

Pronto, Botânico. Aceita a derrota! Ou os espíritos superiores são racistas, ou nunca houve um espírito superior auxiliando na codificação. Só não em venha com mais nenhum ad hoc!

Um abraço,
Vitor


Então vou ficar com a alternativa de que supostamente não haveria espírito SUPERIOR ditando diretamente o trabalho de codificação. Até porque jamais reconheceria, nas figuras indicadas, espíritos na categoria de superiores de acordo com a escala espírita.

Não se tira o mérito da Codificação, mas coloca as coisas nos devidos lugares. Tudo bem, o soldado recebeu a ordem diretamente do sargento e não do marechal, mas ordens são ordens...

Lá no site Criticando o Kardec, é mostrado como era a primeira edição do Livro dos Espíritos e as ALTERAÇÕES feitas para a segunda edição. É evidente, por isso, que o Livro dos Espíritos NÃO NASCEU PRONTO E ACABADO, como se suporia se fosse obra de espíritos superiores.

Considero que essa declaração em Proleseiláoque é excessivamente entusiástica e foi além da conta. Ditado por espíritos ou não, o Livro dos Espíritos é um trabalho HUMANO e não há obra humana que não exija reparos.

É isso.


Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Vitor Moura
Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor


Xi! Será que o Turatti se apossou do Vitor?

Bem, NÃO É MAIS RACIONAL porque os defensores dessa hipótese ainda não provaram que o inconsciente tem o poder de saber o Mundo e Fundo, conforme as teses quevedianas.

Kardec verificou e espíritos que se manifestavam diante de parentes ou estes eram contatados depois, revelavam coisas que o médium não tinha como saber. Apelar para o inconsciente resolve o problema de como a informação sai, mas não explica como ela entra no dito inconsciente.

Portanto, pode ir apelando para outra explicação melhor.

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Res Cogitans
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Re.: Pergunta sobre aborto para os espiritóides babões

Mensagem por Res Cogitans »

Botânico escreveu:suponho que céticos JAMAIS PODERIAM SER SOCIÓLOGOS OU HISTORIADORES


Vindo de alguém adepto de uma religião que coloca as similitudes de costumes de habitantes de um mesmo povo como "afinidade espirititual", reduzindo grotescamente as sociedades a conjuntos de espíritos afins.... Realmente deve soar como insulto.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Botanico escreveu:
Vitor Moura
Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor


Xi! Será que o Turatti se apossou do Vitor?

Bem, NÃO É MAIS RACIONAL porque os defensores dessa hipótese ainda não provaram que o inconsciente tem o poder de saber o Mundo e Fundo, conforme as teses quevedianas.

Kardec verificou e espíritos que se manifestavam diante de parentes ou estes eram contatados depois, revelavam coisas que o médium não tinha como saber. Apelar para o inconsciente resolve o problema de como a informação sai, mas não explica como ela entra no dito inconsciente.

Portanto, pode ir apelando para outra explicação melhor.


Estou me referindo somente ao material que consta no Livro dos Espíritos. A meu ver, nada tem ali que viria de um espírito superior, logo, nada ali é confiável. Os espíritas ficam baseando-se nas respostas ali contidas como se fosse uma verdade absoluta! Acho muito mais provável que fosse apenas o inconsciente dos médiuns se manifestando.

Não há qiualquer evidência que o material ali contido venha realmente de espíritos superiores, ou bondosos etc.

Um abraço,
Vitor

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Vitor Moura escreveu:
Botanico escreveu:
Vitor Moura
Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor


Xi! Será que o Turatti se apossou do Vitor?

Bem, NÃO É MAIS RACIONAL porque os defensores dessa hipótese ainda não provaram que o inconsciente tem o poder de saber o Mundo e Fundo, conforme as teses quevedianas.

Kardec verificou e espíritos que se manifestavam diante de parentes ou estes eram contatados depois, revelavam coisas que o médium não tinha como saber. Apelar para o inconsciente resolve o problema de como a informação sai, mas não explica como ela entra no dito inconsciente.

Portanto, pode ir apelando para outra explicação melhor.


Vitor Moura escreveu:Estou me referindo somente ao material que consta no Livro dos Espíritos.

Isso me lembra a burrice seletiva, na qual a fé cética leva os céticos a acusar todos os cientistas psíquicos de serem vítimas. Certo, o Crookes era um sábio físico e químico, mas quando ia estudar médiuns ficava estranhamente burro, crédulo, panaca ou era acometido de uma macabra safadeza... Parece-me um bocado forçado achar que os médiuns atuavam corretamente em outros casos, mas só na hora de redigir o LE, falavam por si mesmos.

Vitor Moura escreveu:A meu ver, nada tem ali que viria de um espírito superior, logo, nada ali é confiável.

Que não tivesse vindo de espíritos superiores eu concordo plenamente, mas não é isso que o torna não confiável. Certos pontos podem se mostrar duvidosos diante de descobertas posteriores, mas isso não justifica rejeitar todo o resto. Os cristãos insistem que a Bíblia foi escrita pelo próprio Deus, mas frequentemente nos deparamos com coisas cientifica e/ou moralmente absurdas. Para mim isso prova que Deus NUNCA escreveu a dita-cuja, mas não significa que ela seja de todo inútil.

Vitor Moura escreveu:Os espíritas ficam baseando-se nas respostas ali contidas como se fosse uma verdade absoluta!

Lamentável! Verdade absoluta, está lá no Evangelho Segundo o Espiritismo, é propriedade exclusiva de Deus e dos espíritos superiores. O LE é a REFERÊNCIA básica do que é Espiritismo. Conceitos que divergem dele, exceto por razões técnicas, dão origem a outros conceitos que não seriam espíritas no caso.

Temos por exemplo o Rustenguismo, que foi adotado pelos febeanos, pois eles eram ex-católicos carolas e queriam ver o Espiritismo ensinando dogmas católicos de forma disfarçada. E conseguiram em parte.


Vitor Moura escreveu:Acho muito mais provável que fosse apenas o inconsciente dos médiuns se manifestando.

Não há qiualquer evidência que o material ali contido venha realmente de espíritos superiores, ou bondosos etc.

Um abraço,
Vitor

Ah! Você acha? Bem, o LE foi MAJORITARIAMENTE composto pelas jovens Baldin (Caroline e Julie, que na época eram pré-adolescentes), e também pela Srta Japhet, adolescente. Quando tinha dúvidas, Kardec recorria a outros médiuns, para discutir os pontos polêmicos, ou com os quais não concordava.

Agora então vejamos essa tese de inconsciente. De onde o inconsciente daquelas jovens tirou as respostas? Elas foram educadas em escolas católicas, em ambiente católico, independente das famílias serem supostamente céticas (no sentido de que não eram católicas crédulas).
Se fosse mesmo o inconsciente, eu esperaria ver só santos católicos falando, e ENSINANDO COISAS CATÓLICAS (como aconteceu com Roustaing) e sancionando o ensino da Igreja _ quando os desmentisse, aí era o Belzebu quem assinava a mensagem.

Sacou qual é o problema? Para se contornar essa dificuldade, os defensores do inconsciente alegam que esse dito inconsciente tem a capacidade de sair do corpo do fulano e ir captando e coletando informações pelo Mundo e o Fundo e no final compor todo um apanhado filosófico como está lá no LE (e de quebra pode saber línguas vivas e mortas, alfabetiza temporariamente os anarfas, etc e tal). Bem, o Turatti, apesar de alegar que seus argumentos são MUITO SUPERIORES, nunca me provou nada disso.

Uma afirmação que já vi de apologistas cristãos é que Kardec havia estudado vários livros de ocultismo e filosofia indu antes de fazer o LE. Como sempre, os cristãos não me apresentaram prova alguma disso. A única coisa que se tem de verdadeiro é que o Sr Baldin entregou a Kardec uma série de cadernos com perguntas e respostas que tinham sido obtidas nos cinco anos anteriores à publicação do LE. Pode ver, portanto, que parte do LE é anterior ao próprio Kardec.

Essa tese do inconsciente ainda está por ser provada.

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Botanico
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Re: Re.: Pergunta sobre aborto para os espiritóides babões

Mensagem por Botanico »

Res Cogitans escreveu:
Botânico escreveu:suponho que céticos JAMAIS PODERIAM SER SOCIÓLOGOS OU HISTORIADORES


Vindo de alguém adepto de uma religião que coloca as similitudes de costumes de habitantes de um mesmo povo como "afinidade espirititual", reduzindo grotescamente as sociedades a conjuntos de espíritos afins.... Realmente deve soar como insulto.


Por que? Não vemos as mesmas coisas por aqui em situações restritas? Um show de rock pauleira vai reunir um bando de fãs que adoram esse tipo de música. Um show de música classe iria reunir um público BEM DISTINTO daquele. Uns gostam de futebol e outros gostam de tenis.

Agora o que é que haveria de errado espíritos preferirem reencarnar em determinados povos pois estes reúnem gostos, costumes, etc e tal com os quais se afinam?

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videomaker
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Mensagem por videomaker »

Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor[/quote]

Então estamos fritos , o principal livro da codificação seria uma
farsa incosciente !
Fico com o pensamento de que equivocos acontecem !
Como a achar que só o que te atrai são os fenomenos e nada mais , estaria eu errado !

um abraço.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Botanico escreveu:Kardec verificou e espíritos que se manifestavam diante de parentes ou estes eram contatados depois, revelavam coisas que o médium não tinha como saber. Apelar para o inconsciente resolve o problema de como a informação sai, mas não explica como ela entra no dito inconsciente.

Portanto, pode ir apelando para outra explicação melhor.[/color]


Acho muito complicado vc dizer 'revelavam coisas que o médium não tinha como saber'. Kardec nunca publicou o resultado de suas pesquisas de forma satisfatória, e eu acho que era bastante ingênuo em diversos pontos. Veja este caso:

http://www.espirito.org.br/portal/codif ... s-mae.html

Veja o tipo de prova oferecida para se provar a identidade do espírito da filha: logo no início da sessão,a mãe diz o nome da filha :

'a mãe. Em nome de Deus Todo-Poderoso, Espírito de Julie X, minha filha querida'

Depois a mãe pede uma prova de que o espírito é mesmo o da filha:

'É mesmo tu, minha criança, quem me responde? Como posso saber que és tu?'

Aí veja o tipo de prova oferecida:

'julie. Lili.'

(Era um pequeno nome familiar dado à jovem, em sua infância; não era conhecido nem pelo médium nem por mim, já que, desde vários anos, não a chamava senão pelo seu nome de Julie. A esse sinal, a identidade era evidente; a mãe, não podendo dominar sua emoção, explode em soluços).'

Me diga: não é um tanto óbvio que uma mãe chame a filha de Lili? Não é um diminutivo muito comum? Assim como James vira Jim, Elizabeth de Liz etc. Vc acharia essa prova convincente? Eu não. Mas Kardec achou. Acho muita ingenuidade. Depois, é dada uma prova bem mais convincente,a da escrita, que se diz idêntica à da filha. Mas infelizmente Kardec não mostra a carta, não nos mostra as duas letras juntas. Perdemos um ótimo material para pesquisa, tendo-se que fiar unicamente na palavra da mãe (que estava abalada emocionalmente), já que duvido que ela tivesse levado uma carta da filha para mostrar a Kardec.Talvez a letra fosse apenas levemente semelhante e a mãe julgasse identica, devido ao seu estado.O fato é que não passou pela análise de um grafoscopista, só pela da mãe.Isso de longe é uma prova satisfatória

Bom, depois, mais problemas. Veja outro tipo fraquíssimo de prova oferecida. A filha fala:

'Desconfie do senhor F, ele não é franco.'

'(Esse senhor, só conhecido de minha mãe, e assim nomeado espontaneamente, era uma nova prova da identidade do Espírito que se manifestava.)'

Veja que só é dado UM nome! Se eu disser para vc: "Desconfie do Fernando.", logicamente que vc conhece algum Fernando,e vai pensar tratar-se dele. Mas Kardec julgou uma prova convincente. Eu não consideraria. Perceba, que quando se pede mais detalhes, estes NÃO SÃO oferecidos:
'Que pode, pois, fazer contra mim o senhor F?

julie. Não posso dizer-te; isso me é proibido. Não posso mais que advertir-te para dele desconfiar.'

Ora diabos, porque a filha não pode avisar exatamente as intenções? Porque é proibido? Quem tá impedindo ela de falar? Isso pra mim é uma desculpa do médium.

Ou seja, minha pergunta é: vc tem algum exemplo que seja convincente de coisas que o médium não podia saber que Kardec tenha publicado?A meu ver Kardec era muito ingênuo


Continuando:

Botanico escreveu:
Vitor Moura escreveu:Estou me referindo somente ao material que consta no Livro dos Espíritos.

Isso me lembra a burrice seletiva, na qual a fé cética leva os céticos a acusar todos os cientistas psíquicos de serem vítimas. Certo, o Crookes era um sábio físico e químico, mas quando ia estudar médiuns ficava estranhamente burro, crédulo, panaca ou era acometido de uma macabra safadeza... Parece-me um bocado forçado achar que os médiuns atuavam corretamente em outros casos, mas só na hora de redigir o LE, falavam por si mesmos.


Pois então, me diga que outros casos são esses...

Botanico escreveu:
Vitor Moura escreveu:A meu ver, nada tem ali que viria de um espírito superior, logo, nada ali é confiável.

Que não tivesse vindo de espíritos superiores eu concordo plenamente, mas não é isso que o torna não confiável. Certos pontos podem se mostrar duvidosos diante de descobertas posteriores, mas isso não justifica rejeitar todo o resto. Os cristãos insistem que a Bíblia foi escrita pelo próprio Deus, mas frequentemente nos deparamos com coisas cientifica e/ou moralmente absurdas. Para mim isso prova que Deus NUNCA escreveu a dita-cuja, mas não significa que ela seja de todo inútil.


O que vc vê de útil na Bíblia?Só se for pra fazer dormir...

Botanico escreveu:
Vitor Moura escreveu:Os espíritas ficam baseando-se nas respostas ali contidas como se fosse uma verdade absoluta!

Lamentável! Verdade absoluta, está lá no Evangelho Segundo o Espiritismo, é propriedade exclusiva de Deus e dos espíritos superiores. O LE é a REFERÊNCIA básica do que é Espiritismo. Conceitos que divergem dele, exceto por razões técnicas, dão origem a outros conceitos que não seriam espíritas no caso.

Temos por exemplo o Rustenguismo, que foi adotado pelos febeanos, pois eles eram ex-católicos carolas e queriam ver o Espiritismo ensinando dogmas católicos de forma disfarçada. E conseguiram em parte.


Vitor Moura escreveu:Acho muito mais provável que fosse apenas o inconsciente dos médiuns se manifestando.

Não há qualquer evidência que o material ali contido venha realmente de espíritos superiores, ou bondosos etc.

Um abraço,
Vitor

Ah! Você acha? Bem, o LE foi MAJORITARIAMENTE composto pelas jovens Baldin (Caroline e Julie, que na época eram pré-adolescentes), e também pela Srta Japhet, adolescente. Quando tinha dúvidas, Kardec recorria a outros médiuns, para discutir os pontos polêmicos, ou com os quais não concordava.

Agora então vejamos essa tese de inconsciente. De onde o inconsciente daquelas jovens tirou as respostas? Elas foram educadas em escolas católicas, em ambiente católico, independente das famílias serem supostamente céticas (no sentido de que não eram católicas crédulas).
Se fosse mesmo o inconsciente, eu esperaria ver só santos católicos falando, e ENSINANDO COISAS CATÓLICAS (como aconteceu com Roustaing) e sancionando o ensino da Igreja _ quando os desmentisse, aí era o Belzebu quem assinava a mensagem.


Mas encontramos ensinamentos católicos no LE!

'Como criou Deus o Universo?
Para me servir de uma expressão corrente, direi: pela sua Vontade. Nada caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da Gênese – 'Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita'.”

Se tivessem se contentado com essa resposta, não haveria a Teoria do Big-Bang. Tudo bem que isto era muito além do século XIX, mas não seria melhor os espíritos afirmarem isto do que citar a Bíblia?'

Botanico escreveu:Sacou qual é o problema? Para se contornar essa dificuldade, os defensores do inconsciente alegam que esse dito inconsciente tem a capacidade de sair do corpo do fulano e ir captando e coletando informações pelo Mundo e o Fundo e no final compor todo um apanhado filosófico como está lá no LE (e de quebra pode saber línguas vivas e mortas, alfabetiza temporariamente os anarfas, etc e tal).


Por favor, me cite estes casos que Kardec teria estudado.Eu não achei.


Botanico escreveu:Bem, o Turatti, apesar de alegar que seus argumentos são MUITO SUPERIORES, nunca me provou nada disso.

Uma afirmação que já vi de apologistas cristãos é que Kardec havia estudado vários livros de ocultismo e filosofia indu antes de fazer o LE. Como sempre, os cristãos não me apresentaram prova alguma disso. A única coisa que se tem de verdadeiro é que o Sr Baldin entregou a Kardec uma série de cadernos com perguntas e respostas que tinham sido obtidas nos cinco anos anteriores à publicação do LE. Pode ver, portanto, que parte do LE é anterior ao próprio Kardec.

Essa tese do inconsciente ainda está por ser provada.[/color]


Eu acho que não falta não. Como dito, não há nada ali que possua qualquer prova convincente que tenha sido publicada de forma satisfatória.
Um abraço,
Vitor

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Mensagem por Vitor Moura »

videomaker escreveu:Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor


Então estamos fritos , o principal livro da codificação seria uma farsa incosciente ![/quote]

[color=#ff0000]É o que eu penso.


videomaker escreveu: Fico com o pensamento de que equivocos acontecem !


Eu também, especialmente confundir a atuação de um espírito no lugar da do inconsciente.

videomaker escreveu: Como a achar que só o que te atrai são os fenomenos e nada mais , estaria eu errado !
um abraço.[/color]


Não, não está.

Um abraço,
Vitor

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Mensagem por videomaker »

Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:Não é mais racional vc pensar que o Livro dos Espíritos ou as respostas dadas sejam fruto do inconsciente dos médiuns (personalidades secundárias, etc)? Porque vc acha que seriam espíritos? Kardec não controlou a chance de ser devido ao inconsciente! Esse conceito ainda não existia!

Um abraço,
Vitor


Então estamos fritos , o principal livro da codificação seria uma farsa incosciente !


[color=#ff0000]É o que eu penso.

videomaker escreveu: Fico com o pensamento de que equivocos acontecem !


Eu também, especialmente confundir a atuação de um espírito no lugar da do inconsciente.

videomaker escreveu: Como a achar que só o que te atrai são os fenomenos e nada mais , estaria eu errado !
um abraço.[/color]


Não, não está.

Um abraço,
Vitor[/quote]


Agora ficou claro ! , vc não é ESPIRITA !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Mensagem por Vitor Moura »

videomaker escreveu:
Agora ficou claro ! , vc não é ESPIRITA !


No sentido de abaixar a cabeça e aceitar tudo o que os espíritos dizem não sou mesmo.

Um abraço,
Vitor
Editado pela última vez por Vitor Moura em 22 Mar 2006, 10:48, em um total de 1 vez.

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Mensagem por videomaker »

Eu também, especialmente confundir a atuação de um espírito no lugar da do inconsciente.

É mesmo Vitor , e como vc faz para separar os dois!
E porque o livro dos espiritos é Animismo .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Mensagem por Vitor Moura »

videomaker escreveu:Eu também, especialmente confundir a atuação de um espírito no lugar da do inconsciente.

É mesmo Vitor , e como vc faz para separar os dois!
E porque o livro dos espiritos é Animismo .


Um exame da letra do suposto espírito comparada com a letra da pessoa quando viva ajuda muito. Há outros meios ainda.

Um abraço,
Vitor

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Mensagem por videomaker »

Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:
Agora ficou claro ! , vc não é ESPIRITA !


No sentido de abaixar a cabeça e aceitar tudo o que os espíritos dizem não sou mesmo.

Um abraço,
Vitor



Não Vitor , vc não é ESPIRITA de jeito nenhum !
Colocar a condição da principal obra espirita como fruto do inconsciente já diz tudo .
Crer que existe um mundo alem do corpo não lhe torna espirita.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:Eu também, especialmente confundir a atuação de um espírito no lugar da do inconsciente.

É mesmo Vitor , e como vc faz para separar os dois!
E porque o livro dos espiritos é Animismo .


Um exame da letra do suposto espírito comparada com a letra da pessoa quando viva ajuda muito. Há outros meios ainda.

Um abraço,
Vitor



Então o fenomeno de psicografia aliado ao trabalho grafotecnico é o unico confiavel .inter
.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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videomaker escreveu:
Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:
Agora ficou claro ! , vc não é ESPIRITA !


No sentido de abaixar a cabeça e aceitar tudo o que os espíritos dizem não sou mesmo.

Um abraço,
Vitor



Não Vitor , vc não é ESPIRITA de jeito nenhum !
Colocar a condição da principal obra espirita como fruto do inconsciente já diz tudo .
Crer que existe um mundo alem do corpo não lhe torna espirita.


Se vc quer pensar assim, tudo bem. Penso que vc está bastante certo no que diz.

Um abraço,
Vitor

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

videomaker escreveu:
Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:Eu também, especialmente confundir a atuação de um espírito no lugar da do inconsciente.

É mesmo Vitor , e como vc faz para separar os dois!
E porque o livro dos espiritos é Animismo .


Um exame da letra do suposto espírito comparada com a letra da pessoa quando viva ajuda muito. Há outros meios ainda.

Um abraço,
Vitor



Então o fenomeno de psicografia aliado ao trabalho grafotecnico é o unico confiavel .inter
.


Eu diria que é um dos mais confiáveis.

Um abraço,
Vitor

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videomaker
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Mensagem por videomaker »

Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:
Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:
Agora ficou claro ! , vc não é ESPIRITA !


No sentido de abaixar a cabeça e aceitar tudo o que os espíritos dizem não sou mesmo.

Um abraço,
Vitor



Não Vitor , vc não é ESPIRITA de jeito nenhum !
Colocar a condição da principal obra espirita como fruto do inconsciente já diz tudo .
Crer que existe um mundo alem do corpo não lhe torna espirita.


Se vc quer pensar assim, tudo bem. Penso que vc está bastante certo no que diz.

Um abraço,
Vitor


Então seja sempre honesto , e diga , NÃO SOU ESPIRITA .
Deixar nas entre linhas , é feio .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

videomaker escreveu:
Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:
Vitor Moura escreveu:
videomaker escreveu:
Agora ficou claro ! , vc não é ESPIRITA !


No sentido de abaixar a cabeça e aceitar tudo o que os espíritos dizem não sou mesmo.

Um abraço,
Vitor



Não Vitor , vc não é ESPIRITA de jeito nenhum !
Colocar a condição da principal obra espirita como fruto do inconsciente já diz tudo .
Crer que existe um mundo alem do corpo não lhe torna espirita.


Se vc quer pensar assim, tudo bem. Penso que vc está bastante certo no que diz.

Um abraço,
Vitor


Então seja sempre honesto , e diga , NÃO SOU ESPIRITA .
Deixar nas entre linhas , é feio .


Sabia que exitem espíritas que não acreditam na reencarnação? Não, não são espiritualitas, são espíritas mesmo. Entenda que a linha é um tanto tênue.

Eu simplesmente só me interesso pela parte cientítica da doutrina, só isso. A filosófica e religiosa jogo no lixo.

Um abraço,
Vitor

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videomaker
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Mensagem por videomaker »

Sabia que exitem espíritas que não acreditam na reencarnação? Não, não são espiritualitas, são espíritas mesmo. Entenda que a linha é um tanto tênue.

Eu simplesmente só me interesso pela parte cientítica da doutrina, só isso. A filosófica e religiosa jogo no lixo.

Um abraço,
Vitor[/quote]


Não são espiritas ! assim como os umbandistas que abriram a federeção ESPIRITA de Umbanda , tambem não são !
Se esta fora da codificação não é espiritismo , logo não é espirita !
Se querem achar que são , paciencia !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

videomaker escreveu:
Sabia que exitem espíritas que não acreditam na reencarnação? Não, não são espiritualitas, são espíritas mesmo. Entenda que a linha é um tanto tênue.

Eu simplesmente só me interesso pela parte cientítica da doutrina, só isso. A filosófica e religiosa jogo no lixo.

Um abraço,
Vitor



Não são espiritas ! assim como os umbandistas que abriram a federeção ESPIRITA de Umbanda , tambem não são !
Se esta fora da codificação não é espiritismo , logo não é espirita !
Se querem achar que são , paciencia !


Isso é o que vc pensa, mas eu posso provar o meu ponto.

Deve-se notar que Andrew Jackson Davis considerou o reencarnacionismo kardecista “uma magnífica casa construída sobre areia” (ou seja, uma doutrina teoricamente bela, mas sem fundamentos sólidos); que Home, numa carta, sarcasticamente observou que “... tinha tido o prazer de encontrar no mínimo doze Marias Antonietas, seis ou sete Marias rainhas da Escócia, incontáveis Luíses e outros reis, e cerca de vinte Alexandres, mas nunca um simples John Smith”; e que o mesmo Home, por ocasião da morte de Kardec, pretensamente psicografou-lhe uma mensagem na qual este peremptoriamente abjurava sua doutrina reencarnacionista (deve-se acrescentar que Kardec ignorou a carreira mediúnica de Home a partir do instante em que este se declarou contra a reencarnação, e que Home, em seu livro Lights and Shadows of Spiritualism, 1877, pág. 224, coloca-se frontalmente contra a doutrina de Kardec, alegando, basicamente: 1º) que Kardec não era médium, não tendo, portanto, nenhuma experiência pessoal efetiva acerca desse tipo de assunto; 2º) que Kardec não havia se servido bem dos médiuns com os quais havia trabalhado; e 3º) que nada do que Kardec havia deixado escrito em “O Livro dos Espíritos” tinha valor do ponto-de-vista especificamente espírita, expressando não o pensamento dos espíritos, mas apenas o pensamento consciente ou subconsciente do próprio Kardec). A maior oposição à doutrina de Kardec por parte da escola anglo-saxã centrou-se contudo em Howitt, que a classificou de “lamentável” e “repelente”, acrescentando que, se tal teoria fosse verdadeira, existiriam forçosamente milhões de espíritos que, ao morrerem, teriam procurado em vão, no outro mundo, por seus parentes, filhos e amigos (situação não presente nas comunicações obtidas pelos médiuns britânicos e norte-americanos). Um dos espíritos-guias (“controles”) de Stainton Moses, chamado Imperator, havia, por outro lado, ensinado que a reencarnação podia ocorrer em certos casos excepcionais, como uma segunda chance a almas que se haviam por demais aviltado moralmente, tendo, por assim dizer, praticamente perdido a sua personalidade, ou para espíritos superiores em missão especial na Terra. Conan Doyle, por sua vez, ponderou que, sendo algo concernente ao seu próprio futuro, a reencarnação, para um espírito, poderia ser-lhe tão desconhecida e misteriosa como o é para nós (ou seja, que os espíritos poderiam, mesmo quando “desencarnados”, não se lembrar de encarnações anteriores). A situação nunca chegou a se harmonizar; a divisão entre as duas escolas tornou-se bastante explícita por ocasião do Congresso Espírita Internacional de Liège (1923); a última das conclusões adotadas pela Seção de Filosofia do Quinto Congresso Internacional Espírita de Barcelona, de 1934, referente à reencarnação, assim rezava: “Previsto existirem diferenças, de momento irredutíveis, entre os que consideram a Reencarnação como processo necessário para a Evolução e os que crêem poder a Evolução efetuar-se sem esse processo, foi aprovada transacionalmente e como prova de tolerância a conclusão seguinte: os espíritas de todo o mundo, reunidos em Congresso, afirmam unanimemente a sobrevivência da personalidade humana depois da morte corporal, considerando-a cientificamente provada como um fato. Os espíritas latinos e hindus, representados neste Congresso pelos delegados da Bélgica, Brasil, Cuba, Espanha, França, Índia, México, Portugal, Porto Rico, Argentina, Colômbia, Suíça e Venezuela, afirmam a Reencarnação como lei de vida progressiva, segundo a frase de Allan Kardec: ‘Nascer, morrer, renascer e progredir sempre’; e aceitam-na como uma verdade de fato. Os espíritas não latinos, representados no Congresso pelos delegados da Inglaterra, Irlanda, Holanda e África do Sul, consideram não ter demonstração suficiente para estabelecer a doutrina da Reencarnação formulada por Kardec. Cada escola, portanto, fica em liberdade para proclamar as suas convicções a respeito da Reencarnação”. A situação permanecia virtualmente inalterada por ocasião do Congresso Espiritista Internacional de Londres (1960), tendo o delegado brasileiro, Hélcio Pires, no relatório publicado no “Mundo Espírita” de 30 de novembro de 1960, declarado: “A Reencarnação é ainda o ponto principal e o único obstáculo a um entendimento geral entre os espíritas de todo o mundo”. As declarações acima citadas, de 1934 e de 1960, são, aliás, uma prova cabal, dada pelos próprios espíritas, de que se pode ser espírita e não se ser reencarnacionista. Seria, contudo, errôneo pensar que a oposição ao reencarnacionismo kardecista centrou-se apenas no meio espírita da Grã-Bretanha e Estados Unidos; mesmo na França, o reencarnacionismo, para não falar a própria reencarnação, jamais foi consensual entre os espíritas (embora os não-reencarnacionistas estivessem, desde a época de Kardec, em minoria), e, de fato, os primeiros estudos detalhados de fenômenos por assim dizer “mediúnicos” efetuados naquele país, ainda dentro da tradição do “magnetismo animal” e do “sonambulismo artificial”, tendiam a corroborar o não-reencarnacionismo e, mesmo, o anti-reencarnacionismo – quanto a isso, bastam os seguintes exemplos: 1º) inicialmente, os estudos e trabalhos pioneiros de Jules Denis, barão du Potet de Sennevoy (1796-1881), que passou a se interessar por assuntos ligados ao “magnetismo animal” em 1815, iniciou seriamente suas investigações em 1821 e as publicou regularmente a partir de 1827 no Le Propagateur du Magnétisme Animal e, desde 1845 até 1861, no Journal du Magnétisme et du Psychisme Experimental (esse último periódico ainda publicado em 1934); 2º) também os três volumes sucessivos dos Arcanes de la vie future dévoilés, mais conhecidos como “Telégrafo Celeste”, publicados a partir de 1847 por Alphonse Cahagnet (1809-1885); 3º) ainda, as investigações de Piérart (morto em 1878), inicialmente secretário do barão du Potet e redator-chefe do Journal du Magnétisme, e que, de 1858 a 1870, com sua Révue Spiritualiste, opôs-se à Révue Spirite da escola de Kardec; 4º) enfim, mais recentemente, nos estudos de René Sudre, parapsicólogo, que inclusive, num artigo na Psychic Research de maio de 1930 comentou o reencarnacionismo nos seguintes termos: “Ainda que possa admitir a fé na sobrevivência [da alma] sob o ponto de vista religioso, dentro do mesmo espírito rejeito como absurda a doutrina da reencarnação, e compreendo o fato de o mundo anglo-saxão, no geral, se recusar a aceitar tal ensinamento”. Ver a respeito dos tópicos tratados nesta nota Nandor Fodor, Encyclopaedia of Psychic Science, s.v. Spiritualism e Reincarnation, e Fernando M. Palmès, SJ, Metapsíquica e Espiritismo, 2ª edição, Editora Vozes, Petrópolis, 1961.

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Tranca
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Re.: Pergunta sobre aborto para os espiritóides babões

Mensagem por Tranca »

Eu sou ateu-espírita e não acredito na vida após a morte e muito menos nessa bobagem de reencarnação.

Mesmo assim, sou espírita.

Quem irá me empedir?
:emoticon12:
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

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Re: Re.: Pergunta sobre aborto para os espiritóides babões

Mensagem por Johnny »

Tranca-Ruas escreveu:Eu sou ateu-espírita e não acredito na vida após a morte e muito menos nessa bobagem de reencarnação.

Mesmo assim, sou espírita.

Quem irá me empedir?
:emoticon12:

?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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