Lideranças Religiosas
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Lideranças Religiosas
Postado originalmente em 12/6/2003 19:22:42
Revisado em 24/03/2006, às 12:35
Por Acauan
Os líderes religiosos do Brasil formam um grupo pra lá de pitoresco.
Quando me ocorreu escrever sobre este assunto, o primeiro nome que me lembro é o do rabino Henry Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista.
Às vezes tenho a impressão que o Sobel é o único judeu do país, ou pelo menos o único representante da comunidade judaica, para o que quer que seja:
- precisam de um rabino para um culto ecumênico, é Sobel quem vai;
- o governo convida religiosos para um evento, tá ele lá na primeira fila;
- a TV apresenta reportagem sobre costumes judaicos, Sobel explica tudinho;
- dicas sobre culinária judaica? Henry aparece de avental na mão.
Não sei se ainda passa, mas a Globo abria sua programação diária com um momento ecumênico, em que cada dia, um representante de cada religião – católica, evangélica, islâmica, afro, budista e judaica, apresentava uma mensagem rápida. O padre, o pastor, o sheik, o pai-de-santo e o monge eu não conhecia. Mas adivinhe quem apresentava o programa no dia reservado ao judaísmo?
O rabino também é um personagem folclórico. Mora no Brasil há mais de trinta e anos e fala com um sotaque igual ao do Marcelo Madureira (do Casseta & Planeta) quando caracterizado de George W. Busha. Conheci americanos que, com dois anos de residência, falavam um português quase perfeito. Pelo jeito H.S. incorporou a fala característica à identidade de seu personagem.
Ah, e que ninguém na comunidade judaica pense em mudar esta situação. Há alguns anos tentaram remove-lo da presidência do rabinato. O homem fez e aconteceu. Continua lá. Pelo visto, os outros rabinos, que nunca apareciam na mídia desde então se tornaram invisíveis de vez.
A biografia do Henry tem bons momentos.
Quando do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, pela repressão política do regime militar, Sobel se negou corajosamente a aceitar a versão oficial de que Vlado tivesse se suicidado e cuidou para que recebesse todas as honras do ritual fúnebre judaico, que tradicionalmente são negadas aos suicidas.
Mas passando aos outros líderes: tem os bispos católicos. Bispo da santa madre tem que se referir assim, no coletivo mesmo, pois sozinho não tem graça.
Reunião da C.N.B.B. (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com toda aquela velharada de vestidão preto e cheios de penduricalhos é uma cena e tanto. Aquela turma com um terninho e uma gravata fica bem menos ridícula.
Em São Paulo tem o Cláudio Humes.
Gosto dele. Quando os metalúrgicos do ABC tavam apanhando que nem gato no saco da polícia, durante as greves do início dos anos 80, Humes, então bispo de Santo André (diocese que incluía toda região) mandou que as portas das igrejas fossem abertas para os trabalhadores. Muito católico chiou – igreja não é pra isto, diziam. Eu achei legal.
Os espíritas tinham o Chico Xavier. Morreu ou desencarnou, sei lá. Não sei quem é cotado para sucessor. Torço prá nomearem o Gasparetto. Não que eu aprecie suas pinturas (não mesmo), mas os cultos ecumênicos passariam a ser muito mais divertidos com aquela bichona participando.
E tem o Islã... os muçulmanos moderados que me desculpem, mas sempre que vejo um sheik na televisão brasileira, explicando que sua comunidade é pacífica (o que, até hoje, tem se mostrado verdadeiro quanto aos muçulmanos do Brasil), fico com a impressão de que se a entrevistadora duvidar ele saca de uma cimitarra e decepa a cabeça dela.
Sheik que atua no Brasil e aparece na TV costuma ter cara de malvado – daqueles que assustam criancinhas. Tem o sheik Jihad, que tá sempre falando de paz. Não tenho motivos para duvidar dele pessoalmente, mas não consigo fugir ao estereótipo de que a qualquer momento ele vá tirar um kalashinikov de dentro daquele batinão e metralhar todo mundo.
Líderes evangélicos são um problema. Tem uma quantidade enorme deles. Aí você tira aqueles que tem cara de safado e não lembra de mais ninguém para citar.
A turma dos ritos afro já foi muito bem representada. Tinha a Mãe Menininha do Gantois que era uma simpatia.
Se tem algo que estes cultos esquisitos produziram de legal foi ela. Aí ela morreu... Hoje é um tal de babalaorixá disto, babalaorixá daquilo, falando pelos umbandista, candomblesistas e similares, todos cópias mais ou menos fiéis do Painho, personagem criado por Chico Anísio.
Budistas, bem, todo mundo gosta de monge budista, desde o Kuai Chang Kayne da série Kung Fu. No Brasil nunca vi um deles falar coisa com coisa. Sempre que entrevistam um daqueles caras de túnica cor de abóbora fico com a impressão de que ou sou muito burro ou monge budista é que é muito enrolado.
E prá não me acusarem de parcialidade, está surgindo uma nova liderança, relacionada à religião, que consegue ser tão estranha quanto todas as citadas acima: os líderes dos movimentos de ateus e céticos.
Qualquer dia eles promovem um culto ecumênico ateistíco, entre as diversas facções atéias e convidam o Henry Sobel prá participar.
Acho que ele topa.
Postado originalmente em 12/6/2003 19:22:42
Revisado em 24/03/2006, às 12:35
Por Acauan
Os líderes religiosos do Brasil formam um grupo pra lá de pitoresco.
Quando me ocorreu escrever sobre este assunto, o primeiro nome que me lembro é o do rabino Henry Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista.
Às vezes tenho a impressão que o Sobel é o único judeu do país, ou pelo menos o único representante da comunidade judaica, para o que quer que seja:
- precisam de um rabino para um culto ecumênico, é Sobel quem vai;
- o governo convida religiosos para um evento, tá ele lá na primeira fila;
- a TV apresenta reportagem sobre costumes judaicos, Sobel explica tudinho;
- dicas sobre culinária judaica? Henry aparece de avental na mão.
Não sei se ainda passa, mas a Globo abria sua programação diária com um momento ecumênico, em que cada dia, um representante de cada religião – católica, evangélica, islâmica, afro, budista e judaica, apresentava uma mensagem rápida. O padre, o pastor, o sheik, o pai-de-santo e o monge eu não conhecia. Mas adivinhe quem apresentava o programa no dia reservado ao judaísmo?
O rabino também é um personagem folclórico. Mora no Brasil há mais de trinta e anos e fala com um sotaque igual ao do Marcelo Madureira (do Casseta & Planeta) quando caracterizado de George W. Busha. Conheci americanos que, com dois anos de residência, falavam um português quase perfeito. Pelo jeito H.S. incorporou a fala característica à identidade de seu personagem.
Ah, e que ninguém na comunidade judaica pense em mudar esta situação. Há alguns anos tentaram remove-lo da presidência do rabinato. O homem fez e aconteceu. Continua lá. Pelo visto, os outros rabinos, que nunca apareciam na mídia desde então se tornaram invisíveis de vez.
A biografia do Henry tem bons momentos.
Quando do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, pela repressão política do regime militar, Sobel se negou corajosamente a aceitar a versão oficial de que Vlado tivesse se suicidado e cuidou para que recebesse todas as honras do ritual fúnebre judaico, que tradicionalmente são negadas aos suicidas.
Mas passando aos outros líderes: tem os bispos católicos. Bispo da santa madre tem que se referir assim, no coletivo mesmo, pois sozinho não tem graça.
Reunião da C.N.B.B. (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com toda aquela velharada de vestidão preto e cheios de penduricalhos é uma cena e tanto. Aquela turma com um terninho e uma gravata fica bem menos ridícula.
Em São Paulo tem o Cláudio Humes.
Gosto dele. Quando os metalúrgicos do ABC tavam apanhando que nem gato no saco da polícia, durante as greves do início dos anos 80, Humes, então bispo de Santo André (diocese que incluía toda região) mandou que as portas das igrejas fossem abertas para os trabalhadores. Muito católico chiou – igreja não é pra isto, diziam. Eu achei legal.
Os espíritas tinham o Chico Xavier. Morreu ou desencarnou, sei lá. Não sei quem é cotado para sucessor. Torço prá nomearem o Gasparetto. Não que eu aprecie suas pinturas (não mesmo), mas os cultos ecumênicos passariam a ser muito mais divertidos com aquela bichona participando.
E tem o Islã... os muçulmanos moderados que me desculpem, mas sempre que vejo um sheik na televisão brasileira, explicando que sua comunidade é pacífica (o que, até hoje, tem se mostrado verdadeiro quanto aos muçulmanos do Brasil), fico com a impressão de que se a entrevistadora duvidar ele saca de uma cimitarra e decepa a cabeça dela.
Sheik que atua no Brasil e aparece na TV costuma ter cara de malvado – daqueles que assustam criancinhas. Tem o sheik Jihad, que tá sempre falando de paz. Não tenho motivos para duvidar dele pessoalmente, mas não consigo fugir ao estereótipo de que a qualquer momento ele vá tirar um kalashinikov de dentro daquele batinão e metralhar todo mundo.
Líderes evangélicos são um problema. Tem uma quantidade enorme deles. Aí você tira aqueles que tem cara de safado e não lembra de mais ninguém para citar.
A turma dos ritos afro já foi muito bem representada. Tinha a Mãe Menininha do Gantois que era uma simpatia.
Se tem algo que estes cultos esquisitos produziram de legal foi ela. Aí ela morreu... Hoje é um tal de babalaorixá disto, babalaorixá daquilo, falando pelos umbandista, candomblesistas e similares, todos cópias mais ou menos fiéis do Painho, personagem criado por Chico Anísio.
Budistas, bem, todo mundo gosta de monge budista, desde o Kuai Chang Kayne da série Kung Fu. No Brasil nunca vi um deles falar coisa com coisa. Sempre que entrevistam um daqueles caras de túnica cor de abóbora fico com a impressão de que ou sou muito burro ou monge budista é que é muito enrolado.
E prá não me acusarem de parcialidade, está surgindo uma nova liderança, relacionada à religião, que consegue ser tão estranha quanto todas as citadas acima: os líderes dos movimentos de ateus e céticos.
Qualquer dia eles promovem um culto ecumênico ateistíco, entre as diversas facções atéias e convidam o Henry Sobel prá participar.
Acho que ele topa.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re.: Lideranças Religiosas
Líderes ateus são interessantes. Começarão a mostrar pra sociedade que a gente tá aí. Se vai ter culto ecumênico ateu, já não é problema meu. 

Re: Lideranças Religiosas
Perdoe-me a indagação: Você está enfastiado de escrever novos temas?
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re: Lideranças Religiosas
penna escreveu: Perdoe-me a indagação: Você está enfastiado de escrever novos temas?
Os crentes já lhe encheram o "saco"?
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Re.: Lideranças Religiosas
Penna, precisa mesmo citar o texto todo do Acauan só para fazer esses comentários pequeneninhos?
E precisa citar a sí mesmo? Porque não edita sua mensagem se quer acrescentar algo?
E precisa citar a sí mesmo? Porque não edita sua mensagem se quer acrescentar algo?
Re: Re.: Lideranças Religiosas
Alenônimo escreveu:Penna, precisa mesmo citar o texto todo do Acauan só para fazer esses comentários pequeneninhos?
E precisa citar a sí mesmo? Porque não edita sua mensagem se quer acrescentar algo?
Não sei como fazer

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
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Re.: Lideranças Religiosas
Tem um botão a mais em todos os seus posts chamado Editar. Pode usar para… er… editar suas mensagens.
Re.: Lideranças Religiosas
COmo sempre digo Acauan, cada um faz o que pode para aparecer. Ninguém escapa à regra. Nem eu! 

Existem dois tipos de humanos: Os manipuladores e os manipulados. Qual deles você é?
Re: Re.: Lideranças Religiosas
penna escreveu:Alenônimo escreveu:Penna, precisa mesmo citar o texto todo do Acauan só para fazer esses comentários pequeneninhos?
E precisa citar a sí mesmo? Porque não edita sua mensagem se quer acrescentar algo?
Não sei como fazer.
Para postar uma mensagem sem citar a anterior desnecessariamente, use o espaço de texto "resposta rápida" que aparece no pé da página, ou então use o botão "responder", também situado no pé da página, ao invés do botão "citar" situado na mensagem que será reproduzida em sua resposta.
Suas mensagens anteriores foram editadas e as reproduções de postagens anteriores desnecessárias foram suprimidas.
Utilize estas regras para evitar excesso de texto nas respostas, o que dificulta o acompanhamento.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
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Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
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Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Lideranças Religiosas
penna escreveu:penna escreveu: Perdoe-me a indagação: Você está enfastiado de escrever novos temas?
Os crentes já lhe encheram o "saco"?
Não estou enfastiado, tanto que na semana passada publique um inédito sobre o assunto, Ouvindo White Metal. Outros textos inéditos são colocados regularmente.
O objetivo do reload, hábito trazido do formato anterior do Fórum Religião é Veneno no Forumnow, é oferecer textos antigos à uma nova discussão, uma vez que eles são inéditos para muitos novos participantes.
Este texto, por exempo, é de 2003, o que implica que pode ser inédito mesmo para quem já participa do fórum há quase três anos.
E os crentes nunca me enchem o saco.
Eles são uma fonte inesgotável de observações. Algo como o que a savana africana é para o zoólogo.
Nós, Índios.
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Re: Lideranças Religiosas
Acauan escreveu:E os crentes nunca me enchem o saco.
Eles são uma fonte inesgotável de observações. Algo como o que a savana africana é para o zoólogo.
O RCA vai ter um ataque agora.
Re: Re.: Lideranças Religiosas
Clauss escreveu:COmo sempre digo Acauan, cada um faz o que pode para aparecer. Ninguém escapa à regra. Nem eu!
Isto remete a um desdobramento interessante.
Os religiosos (ou que se dizem tal) que mais se esforçam para aparecer são os pastores evangélicos televisivos como R. R. Soares, Edir Macedo e aquela perua da Igreja Renascer.
Juntos eles somam centenas de horas semanais de aparição no vídeo.
Mesmo assim, nenhum deles logrou ser reconhecido como liderança religiosa, nem mesmo no meio evangélico onde atuam, limitando sua influência aos próprios quintais dominados por suas respectivas denominações.
Num mundo repleto de celebridades instatâneas, as celebridades permanentes sabem que o excesso de exposição é tão perigoso quanto a falta dela.
Para os que querem aparecer sempre, aparecer de menos é ruim, mas aparecer demais é fatal para aquele objetivo.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
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Dá que ouçamos tua voz!
Re: Lideranças Religiosas
Kramer escreveu:Acauan escreveu:E os crentes nunca me enchem o saco.
Eles são uma fonte inesgotável de observações. Algo como o que a savana africana é para o zoólogo.
O RCA vai ter um ataque agora.
Do ponto de vista eminentemente científico é um elogio.
Nós, Índios.
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Re.: Lideranças Religiosas
Por falar em lideranças religiosas...
De vez em quando, quando estou em casa com um poquinho a mais de tempo, dou uma zapeada e, ao menos o que me parece, é que o líder evangélico com maior evidência (mas não com maior poder de liderança) é o RRRRRR Soares da igreja da graça. Afff... O "homi" tá em tudo quanto é canal. E, é impressão minha ou eles agora tem um canal exclusivo de TV?
Outro porre é ligar a TV sábado de manhã, cedo, antes de sair de casa. Faça essa (infeliz) experiencia um dia!
Em um canal tem "Terapia do amor" ou coisa que o valha (da Iurd), um programa local mantido pela arquidiocese (Icar), Silas Malafaia em outro, Bispo Gê em outro (ainda), Seicho-no-iê num outro canal... aff!
Pra não falar nos canais exclusivamente religiosos:
Redevida (católica), Canção Nova (Católica carismática), Século XXI (católica carismática), Rede Boa Nova (sei lá que igreja), o RIT (que parece ser da igreja da graça)... Pobre TV aberta!
De vez em quando, quando estou em casa com um poquinho a mais de tempo, dou uma zapeada e, ao menos o que me parece, é que o líder evangélico com maior evidência (mas não com maior poder de liderança) é o RRRRRR Soares da igreja da graça. Afff... O "homi" tá em tudo quanto é canal. E, é impressão minha ou eles agora tem um canal exclusivo de TV?

Outro porre é ligar a TV sábado de manhã, cedo, antes de sair de casa. Faça essa (infeliz) experiencia um dia!

Em um canal tem "Terapia do amor" ou coisa que o valha (da Iurd), um programa local mantido pela arquidiocese (Icar), Silas Malafaia em outro, Bispo Gê em outro (ainda), Seicho-no-iê num outro canal... aff!
Pra não falar nos canais exclusivamente religiosos:
Redevida (católica), Canção Nova (Católica carismática), Século XXI (católica carismática), Rede Boa Nova (sei lá que igreja), o RIT (que parece ser da igreja da graça)... Pobre TV aberta!

"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Lideranças Religiosas
R. R. Soares é hoje quem acumula o maior número de horas no ar na TV brasileira.
Ele aluga seus espaços nos canais que ocupa, devidamente custeado por suas ovelhas, que frequentemente aparecem no programa dando seus testemunhos de o quanto a tosquia monetária levada a cabo pelo Romildo encheu suas vidas de graças e bençãos.
Ele aluga seus espaços nos canais que ocupa, devidamente custeado por suas ovelhas, que frequentemente aparecem no programa dando seus testemunhos de o quanto a tosquia monetária levada a cabo pelo Romildo encheu suas vidas de graças e bençãos.
Nós, Índios.
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Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
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Há tempos que a TV aberta deixou de ser uma forma de entretenimento para propiciar horas de descaso à intelectualidade. Mais uma forma do poder sobre os pobres coitados invigilantes. Mesmo estudantes não escapam ao cerco cada vêz mais voraz. E assim, nosso humilde país vai sendo subjugado pela máfia do controle mental absoluto. O que fazer? Ditar o conteúdo da TV?
Existem dois tipos de humanos: Os manipuladores e os manipulados. Qual deles você é?
Clauss escreveu:Há tempos que a TV aberta deixou de ser uma forma de entretenimento para propiciar horas de descaso à intelectualidade. Mais uma forma do poder sobre os pobres coitados invigilantes. Mesmo estudantes não escapam ao cerco cada vêz mais voraz. E assim, nosso humilde país vai sendo subjugado pela máfia do controle mental absoluto. O que fazer? Ditar o conteúdo da TV?
Um exemplo atual é a mini-série JK que terminou ontem, exibida pela Rede Globo.
Não duvidem que a maioria dos espectadores daqueles capítulos passaram a ver aquele presidente como algo pouco menos ou pouco mais que um santo. Visão que dista longe léguas da verdade histórica.
O efeito não seria tão danoso se o público brasileiro tivesse o hábito de após exposto a uma obra que mistura História e ficção, checasse fontes confiáveis para discernir por si próprio qual era o que naquela narrativa.
Mas como o público brasileiro não faz nada disto, quando muito lê as opiniões em coluninhas de jornais e revistas sobre a série, que confirma ou desmente um detalhe aqui ou outro ali, o efeito de tais produções é de um autêntico revisionismo histórico, reconstruindo não os fatos ou sua cronologia, o que seria por demais grosseiro e facilmente identificável, dado ainda haver muitas pessoas vivas que presenciaram aqueles eventos.
A revisão histórica se dá pela reconstrução das personalidades, das individualidades, transformando Juscelino Kubitschek em um homem que nunca existiu, mas foi colocado como substituto do político real nas mentes dos incautos.
Dezenas destas reconstruções poderiam ser apontadas na mini-série, bastando identificar quem era "bom" e quem era "mau", ou o que era "bom" e o que era "mau".
Esta divisão que não é tão clara e óbvia no mundo real, salta aos olhos na redação do folhetim, cabendo aos autores e produtores o poder de decidir quem ou o que era bom ou mau conforme sua própria visão de mundo, enquanto quem assiste é impelido a crer que esta bondade ou maldade fossem atributos legítimos dos personagens e situações retratados.
Um exemplo aparentemente banal, mas ilustrativo, é que no último capítulo Juscelino pede à esposa que aceite o relacionamento dele com a amante e mantenha o casamento sem pedir o fim do caso extra-conjugal.
O absurdo do pedido é evidente, mas nada na cena dá a idéia de absurdo. Na tela vemos apenas um pobre homem apaixonado que implora pela compreensão da mulher intolerante.
Se nos detalhes paralelos vemos distorções tão grande da realidade cotidiana, o que dizer da História do período, retratada segundo os mesmos critérios, que passa a ser, desde hoje, a história oficial de JK nas mentes e corações da maioria dos brasileiros.
Nós, Índios.
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Re.: Lideranças Religiosas
E olha que JK teve, não uma mas, várias amantes... Coisa que a série não mostrou.
Ainda lembro de uma outra minissérie que criou uma falsa imagem histórica na mente de muitos incautos. Não lembro o nome agora, mas tratava da vinda da família real ao Brasil, ascenção de D. Pedro I ao poder e sua volta a Portugal.
Só faltaram canonizar D. Pedro na série, e o povo levou como se fosse tudo verdade...
Ainda lembro de uma outra minissérie que criou uma falsa imagem histórica na mente de muitos incautos. Não lembro o nome agora, mas tratava da vinda da família real ao Brasil, ascenção de D. Pedro I ao poder e sua volta a Portugal.
Só faltaram canonizar D. Pedro na série, e o povo levou como se fosse tudo verdade...

"Noite escura agora é manhã..."
Clauss escreveu:O que fazer? Ditar o conteúdo da TV?
Ditar os conteúdos jamais.
Toda vez que isto foi feito as coisas ficaram pior que antes, pelos simples fato de que esta piora é consequência direta de qualquer resposta realista e prática para a pergunta "quem ditará os conteúdos da TV"?
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
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Acauan escreveu:Clauss escreveu:O que fazer? Ditar o conteúdo da TV?
Ditar os conteúdos jamais.
Toda vez que isto foi feito as coisas ficaram pior que antes, pelos simples fato de que esta piora é consequência direta de qualquer resposta realista e prática para a pergunta "quem ditará os conteúdos da TV"?
Ou seja, estamos invariavelmente nas mãos dos doutrinadores de massa. Isso não terá solução. Pelo menos enqüanto afirmar-mos que o único e absoluto responsável seja o estado. Mas esquecemos que o estado é eleito pela massa. Se quisermos que o estado mude, devemos modificar o pensamento das massas e isso só poderia ser feito por forças extremas por parte da minoria social.
Existem dois tipos de humanos: Os manipuladores e os manipulados. Qual deles você é?
Clauss escreveu:Ou seja, estamos invariavelmente nas mãos dos doutrinadores de massa. Isso não terá solução. Pelo menos enqüanto afirmar-mos que o único e absoluto responsável seja o estado. Mas esquecemos que o estado é eleito pela massa. Se quisermos que o estado mude, devemos modificar o pensamento das massas e isso só poderia ser feito por forças extremas por parte da minoria social.
O problema é que o povo elege o governo, não o Estado, que só pode ser reformado dentro dos limites estritos estabelecidos na constituição, que é cheia de cláusulas tidas como pétreas pelo Supremo Tribunal Federal.
Assim, se for dado ao Estado o poder de determinar o conteúdo dos meios formadores de opinião, é líquido e certo que qualquer governo eleito se valerá destes meios para se perpetuar no poder.
O Partido dos Trabalhadores, para variar, fez sua tentativa ao tentar impor o Conselho Federal de Jornalismo, que submeteria toda a categoria ao controle ideológico estatal.
Mas o pensamento que deve ser mudado não é o da massa.
O que convencionamos chamar de "a massa" é uma abstração, um coletivo que por definição não pensa.
Só os indivíduos pensam.
Assim, a própria idéia de mudar o pensamento da massa para livrá-la da doutrinação é em si uma proposta doutrinadora, pois se baseia numa tentativa de controlar o individual a partir do coletivo, quando a verdadeira liberdade reside na ação oposta.
Nós, Índios.
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