Religião não é veneno... É doença!

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
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RoaCh Of DisCord
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Mensagem por RoaCh Of DisCord »

Fernando Silva escreveu: Eu não escolhi minha religião, ela me foi enfiada na cabeça antes que tivesse desenvolvido o senso crítico. Uma vez lá dentro, tornou-se quase imune aos ataques da lógica.


As religioes nao tem que estagnar. O Catolicismo de hoje já nao é o Catolicismo do tempo de Darwin, por exemplo. As religioes nao sao imunes ao que se passa no resto do mundo. Elas mudam é mais devagar.

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RoaCh Of DisCord
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Mensagem por RoaCh Of DisCord »

Carmen escreveu:
Fernando Silva escreveu:Eu não escolhi minha religião, ela me foi enfiada na cabeça antes que tivesse desenvolvido o senso crítico. Uma vez lá dentro, tornou-se quase imune aos ataques da lógica.

Acho que é assim com a maioria das pessoas.

O certo seria dotar as crianças das ferramentas da razão e mantê-las livres do contágio até que atingissem uma idade em que fossem capazes de analisar as milhares de opções disponíveis (inclusive religiões já mortas) e só então escolher. Ou rejeitar.

Mas as igrejas têm consciência disto e procuram iniciar a lavagem cerebral o mais cedo possível.


Salgueiro escreveu:Bem .... nós somos da mesma geração ..... e desde o momento em que ouvi pela primeira vez que devemos ter fé cega, acabou qualquer simpatia com a igreja católica. Tudo bem que não fui obrigada a frequentar depois de ter feito a primeira Comunhão, mas se tivesse sido, as orelhas continuariam moucas. Já nasci rebelde e contestadora

Até hoje meus filhos não tem religião e por mim não precisam ter, apesar de terem sido "evangelizados" a minha moda :emoticon4:

Bjs



Aproveitando esses dois posts, eles servem direitinho para o que eu quero dizer sobre religião ser doença. Nós tres somos da mesma geração, portanto as diferenças no que tivemos que engolir está apenas em nossas famílias, onde o "contágio" se dá primeiro e com mais intensidade (crianças sempre se miram nos pais...). O Fernando foi obrigado a ser católico, e olhe quanto tempo alguém com a capacidade de discernimento dele levou para se libertar (ou curar). Sonia e eu tivemos famílias tolerantes e a liberdade de optar.
E depois de experimentar essa liberdade, é difícil de alguém voltar atrás, tanto é que a Sonia cedeu a mesma aos filhos.

Sei que muitos vão torcer o nariz pela obviedade do meu exemplo, mas...é isso... :emoticon10:


Ei Carmen... alguém que diz que já nao muda de opiniao nao devia aproveitar Posts assim... :emoticon16:

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Carmen escreveu:
Salgueiro escreveu:A meu ver, o que falou mais alto foi o temperamento dele, a firme vontade de seguir seu próprio caminho. Isso torna uma pessoa refratária aquilo que não deseja, haja a pressão que houver

Bjs



É, não dá prá simplificar tudo. Entram outras variáveis na história. Por sorte era seu pai, homem, se fosse mulher acredito que não teria escapado de virar freira se fosse o desejo de seus avós. :emoticon4:


Bom, não sei se pressionaram ou não minha tia, só sei que ela trabalhou fora a vida toda e só veio a se casar depois dos sessenta anos :emoticon16:

Bjs


Carmen
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Mensagem por Carmen »

salgueiro escreveu:Bom, não sei se pressionaram ou não minha tia, só sei que ela trabalhou fora a vida toda e só veio a se casar depois dos sessenta anos :emoticon16:

Bjs



Família interessante a sua.... :emoticon12:

Carmen
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Mensagem por Carmen »

Carmen escreveu:Aproveitando esses dois posts, eles servem direitinho para o que eu quero dizer sobre religião ser doença. Nós tres somos da mesma geração, portanto as diferenças no que tivemos que engolir está apenas em nossas famílias, onde o "contágio" se dá primeiro e com mais intensidade (crianças sempre se miram nos pais...). O Fernando foi obrigado a ser católico, e olhe quanto tempo alguém com a capacidade de discernimento dele levou para se libertar (ou curar). Sonia e eu tivemos famílias tolerantes e a liberdade de optar.
E depois de experimentar essa liberdade, é difícil de alguém voltar atrás, tanto é que a Sonia cedeu a mesma aos filhos.

Sei que muitos vão torcer o nariz pela obviedade do meu exemplo, mas...é isso... :emoticon10:


impronunciável escreveu:Ei Carmen... alguém que diz que já nao muda de opiniao nao devia aproveitar Posts assim... :emoticon16:


Ué, ele não está em conformidade com minha opinião ????

Sua frase está muito misteriosa para minha humilde compreensão.

Carmen
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Re: Re.: Religião não é veneno... É doença!

Mensagem por Carmen »

RofD escreveu:É muito saudável desenformar a opinião que se tem. Especialmente se estiver errada... :emoticon1:


Carmen escreveu:Sem dúvida, e existem inúmeros assuntos sobre os quais vivo em dúvida, e vou morrer com muitas delas, mas quando me decido a respeito de algum, a ponto de afirmá-lo, não mudo mais. :emoticon14:


RofD escreveu:A minha avó também era assim... :emoticon16:



Mulher sábia a senhora sua avó !

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RoaCh Of DisCord
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Re.: Religião não é veneno... É doença!

Mensagem por RoaCh Of DisCord »

Era como os religiosos. Nunca mudava... :emoticon16:

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Carmen escreveu:
salgueiro escreveu:Bom, não sei se pressionaram ou não minha tia, só sei que ela trabalhou fora a vida toda e só veio a se casar depois dos sessenta anos :emoticon16:

Bjs



Família interessante a sua.... :emoticon12:


Dos dois lados da família, tem cada figurinha que vc nem imagina :emoticon7: .

Bjs


Carmen
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Re: Re.: Religião não é veneno... É doença!

Mensagem por Carmen »

RoaCh Of DisCord escreveu:
Carmen escreveu:
RoaCh Of DisCord escreveu: Consequência natural da evolução do neocórtice. Em especial dos Lobos Frontais. Nós temos a capacidade de previsão... que no fundo é imaginar o que vai acontecer mas ainda não aconteceu. Essa evolução desenvolveu em nós também a capacidade de Psicologos naturais. Basicamente cada um de nós tem uma teoria da mente. Sempre que comunicamos, postulamos que o outro tem uma mente como a minha. Nós não vemos essa mente. Ela é invisível. Da teoria da mente até imaginar o espírito do rio ou da montanha vai um pequeno passo. É natural. Depois, os seres humanos sempre viveram rodeados de coisas concebidas. No tempo dos caçadores recolectores haviam as lanças. O caçador, se encontrasse uma lança intuiria imediatamente que tinha sido feita por um caçador como ele. Não intuiria que a lança faz o caçador. Da mesma forma a natureza tem design (fruto da evolução por seleção natural, ou Deus, ou as duas coisas). Ao olhar para a presa o caçador poderia intuir que a presa teve também um criador. Mas como o design da presa é muito superior ao da lança... então o criador da presa é muito maior e mais poderoso que o caçador. O Caçador pode querer louvar o criador da presa. Afinal a presa alimenta o caçador. Puro senso comum. Não há nada de doentio nesta forma de pensar. Nada de dramas Freudianos.


O que voce descreveu acima é como provávelmente os antigos raciocinavam na sua ignorância dos eventos naturais. Mas não cabe mais hoje em dia. E me parece que está havendo nestas postagens uma confusão muito comum, por sinal, entre imaginar um criador (teísmo ou deísmo) com ter uma religião, que é o assunto aqui: religião ser doença. Embora eu não faça parte de nenhuma das alternativas, continuo considerando religiões como patologias, mas não o teísmo em si. Pelo menos os crentes num deus, mas que não são seguidores de nenhuma seita, os que conheço, me parecem saudáveis. Talvez até porque esse deus deles possa ser apenas outro nome para uma parte de seus próprios psiquismos. Acho que essa Freud explica (sem dramas).
naturalistas


Francis Collins é Evangélico e cientista e acredita totalmente nas explicaçoes naturalistas, o Pioneiro em Genética em Portugal, O professor Luis Archer, é padre Jesuita. O primeiro a pensar na hipotese do Big Bang (Lemaitre) também era padre Jesuita. Como eles há muitos. Eles acreditam na ciencia, e nao tem conflito nenhum com uma forma mais primitiva de pensar. Além de que nao está provado que o senso comum, que eu descrevi em relaçao a um criador, está errado. Por isso, nao se trata de ignorancia. O pensamento cabe hoje em dia... como se ve.


Miguell, quando me referi a ignorância, foi em relação aos antigos precisarem de uma explicação para o que ocorria ao seu redor. Eles não conheciam o que originava um trovão, então só podia vir de um deus.

Não sou tão alienada a ponto de pensar que cientistas e estudiosos de hoje não sejam religiosos em bom número.
Foram contaminados pela doença :emoticon16: , mas não consigo imaginar nenhum a se auto-flagelar como no vídeo do início. De qualquer forma, se o fato de serem religiosos os torna melhores em seu trabalho (o que duvido), ótimo. O mais provável é que interfira negativamente, como em áreas que lidam com células-tronco embrionárias. Acho difícil não permitirem que haja interferências de suas crenças.

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RoaCh Of DisCord
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Re.: Religião não é veneno... É doença!

Mensagem por RoaCh Of DisCord »

O tipo pode ser masoquista. Por masoquismo há quem se autoflagele. Olha... para nao ir mais lomge... o Dante já fez isso e mostrou as fotos aqui.

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

salgueiro escreveu:Vou discordar de vc, Carmen. Meu pai, se fosse vivo teria 88 anos, era filho de beata e foi obrigado a estudar em seminário. O "normal" teria sido se ordenar, e isso nunca aconteceu. A "lavagem cerebral" apesar de intensa nem chegou a fazer mossa. Nunca o vi nem ir a missa

No universo em que eu vivia, seria impensável eu dizer "não quero ir à missa". A idéia nunca me passou pela cabeça.
Por outro lado, meu ceticismo latente não deixou que eu me envolvesse emocionalmente com minha crença.
Religião para mim era um troço burocrático. Tem que ser feito, então vamos fazer.
A única emoção envolvida era o sentimento de ser um "grande pecador", mas daí eu me confessava e estava tudo resolvido. E eu começava a "pecar" de novo. Já com uma certa idade, eu percebi que aquilo era idiota: que valor tinha a confissão se eu já sabia que iria pecar de novo?
Daí, eu parei de me confessar (e, em consequência, de comungar), mas continuei indo à missa todos os domingos e rezando tudo o que tinha que rezar.

Outro detalhe é que eu nunca tive ímpetos proselitistas. Pelo contrário: eu sentia que não tinha argumentos fortes o bastante para converter alguém ou para defender minha crença, portanto evitava até falar sobre o assunto.
Eu era católico praticante, os outros eram não-praticantes ou parcialmente praticantes e ponto final.

Trancado