O ENCOSTO escreveu:Me dê mais detalhes, por favor, além dos que estão no site ceticismo aberto.
O site deixa claro que o fenomeno ocorria no escurinho, como geralmente ocorre estes fenomenos espiritas.
As irmãs fizeram sessões ao lado de grandes homens, convencendo-os da comunicabilidade dos Espíritos. Dessas sessões participaram o romancista Fenimore Cooper; Bryant, notável poeta, Bancroft, historiador; o célebre general Lymann; o governador e ex-senador Tallmadge; Horace Greeley, posteriormente candidato à presidência dos Estados Unidos. Elas fizeram, ainda, demonstrações públicas da mediunidade em todos os Estados do oeste americano, o que ocasionou a fundação de centenas de centros espíritas, lá conhecidos como “templos espiritualistas”.
Foi em Nova Iorque que Katerine Fox travou conhecimento com o banqueiro Livermore. A médium tinha, então, vinte e cinco anos de idade. Sua mediunidade, como a de suas irmãs, estava no apogeu e apresentava impressionantes fenômenos ectoplásmicos. Livermore procurou-a pelo fato de que sua esposa, Estelle, durante a agonia prometera que se existisse vida após a morte voltaria a vê-lo. Era uma promessa vaga, pois, Livermore como Estelle eram materialistas. De qualquer forma, Livermore foi procurar Katerine Fox, a conselho, aliás, do Dr. John F. Gray, médico da falecida Estelle.
No espaço de quase seis anos fez Katerine Fox trezentas e oitenta e oito sessões para Charles F. Livermore! Ele teve, de 23 de janeiro de 1861 a 2 de abril de 1866, as mais notáveis provas de identidade de sua esposa – materializações parciais e totais de seu Espírito, além da escrita direta (sem contato) com a letra de Estelle quando viva e em papéis anteriormente rubricados; mensagens em francês e alemão corretos, línguas desconhecidas pela médium . Sessões em sua própria casa, só estando presentes na sala ele e Katerine. Porta e janela lacradas pelo próprio banqueiro.
Impossível dar uma idéia completa do que foram essas 388 sessões. Mas, citemos uma, pondo em relevo esse detalhe importante – nem sempre Katerine Fox caía em transe inconsciente e, pois, testemunhava, também, os acontecimentos ao lado do banqueiro.
A princípio, Estelle materializou, lentamente, a cabeça, depois o corpo inteiro. Mas ouçamos o próprio Livermore:
“ Após estar absolutamente seguro no que se referia a portas e janelas, assentamo-nos e esperamos cerca de meia hora. Minha fé ia-se enfraquecendo, quando fomos sobressaltados ouvindo tremenda pancada na pesada mesa central, de acajaú, que, então, levantou-se e caiu. A porta foi violentamente abalada; as janelas abriram-se e fecharam-se; e todos os móveis da sala pareceram mover-se. As perguntas eram respondidas por fortes pancadas nas portas, nos vidros das janelas e no teto, por toda a parte.”
“Uma substância luminosa lembrando a gaze (ectoplasma) levantou-se do solo por detrás de nós, moveu-se pela sala e parou à nossa frente. A gaze luminosa tinha a aparência de pano que se prendia ao pescoço. Tocou-me, afastou-se e aproximou-se de novo. Reconheci um corpo oblongo, côncavo do lado voltado para nós, sendo nessa cavidade a luz muito brilhante. Encarei-a, fixamente, mas não tinha as feições de uma pessoa. Ela recuou e de novo se aproximou; pude, então, distinguir um olho. Pela terceira vez ela moveu-se para longe, acompanhada por uns sons mediúnicos, e quando veio para junto de mim sua luz era mais viva, a gaze tinha mudado de forma, parecendo segura por mão de mulher, que com ela escondia a parte inferior do rosto, deixando descoberta a parte superior. Era a própria Estelle; eram seus olhos, suas feições, sua expressão...”
E Livermore acrescenta:
“A figura reapareceu muitas vezes, tornando-se o seu reconhecimento cada vez mais perfeito. Depois sua cabeça apoiou-se na minha, caindo-lhe os cabelos sobre minha face.”
Em uma das atas frisou o banqueiro:
“Segurei nesses cabelos que pelo tacto me pareceram idênticos aos humanos; mas, depois de algum tempo, eles se dissolveram, nada me deixando na mão”. Nessas sessões com Livermore aparecia, também, o Espírito Benjamim Franklin, a fim de ajudar Estelle a materializar-se.
LEAH FOI MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS
Todos os psiquistas que escreveram sobre as Fox pouco ou nenhuma importância dão à mediunidade de Leah. Ora, a verdade é que a irmã mais velha foi uma poderosíssima médium de efeitos físicos, e não mera coadjuvante nas sessões em que se apresentava ao lado de suas irmãs. Robert Dale Owen, diplomata americano (ex-embaixador dos Estados Unidos, em Nápoles) fez em 1860 uma série de experiências com ela. Leah já era esposa do Dr. Daniel Underwill, magnata de seguros, em Wall Street. Uma dessas experiências foi realizada na praia de Long Island Sound, quando a médium, a pedido de Owen provocou batidas no interior de um enorme rochedo.
Conta Dale Owen em seu livro “Região em Litígio Entre Este Mundo e o Outro” (pág. 288, edição da FEB):
“...e eu, buscando a parte mais baixa do rochedo, apliquei o ouvido contra o solo e, dentro de poucos segundos, os golpes foram ouvidos, como vindos do interior da própria substância da rocha, abaixo do meu ouvido. Busquei verificar o fato pelo tacto, e colocando a mão no solo, a uma distância de poucos pés do lugar em que se achava a Sra. Underwill, ouvi os ruídos e ao mesmo tempo senti, a cada golpe, uma ligeira mas bem distinta vibração, ou estremecimento do rochedo.”
Leah, como suas irmãs mais novas, durante a fenomenologia ficava totalmente consciente, mesmo nas sessões de materialização. Era, a um só tempo, médium e observadora.
Leia-se este relato do próprio Dale Owen:
“Depois de algum tempo, vi a figura (ectoplásmica) passar por detrás da Sra. Underwill e conservar-se, por alguns minutos, junto de seu marido; em seguida, veio colocar-se à minha esquerda. Pude ver o contorno da cabeça e da face, mas, ainda como anteriormente, ela estava coberta com um véu que lhe não deixava perceber as feições. Contudo, vi alguma coisa, não observada antes, semelhantes a tranças de cabelos negros, caídos de um e outro lado da face, e o contorno mal definido de um braço que por mais de uma vez se moveu para lançar para trás a trança que caía para a frente, parecendo com isso chamar minha atenção.”
E prossegue o diplomata, sempre minucioso:
“Depois, a figura colocou-se atrás de mim. Eu estava inclinado sobre a mesa para evitar que o Sr. Underwill ficasse em posição forçada para alcançar minhas mãos. Senti beijarem-me os ombros, depois meus dois ombros foram simultaneamente tocados, e, afinal, por cima das costas da cadeira, puxaram-me docentemente para trás, comprimindo-me de encontro a uma forma que me pareceu material. Quase ao mesmo tempo beijaram-me a mão. O Sr. Underwill disse, então: ‘Ah! Vós o estais puxando para trás’. E a Sra. Underwill, um pouco incomodada, acrescentou: ‘Todos são tocados, menos eu. Não quereis saber de mim?’ Apenas tinha pronunciado essas palavras, quando assustada, deu um grito, pois que, inesperadamente, tinham-na beijado na testa. Cessaram, então, as manifestações . Não mais se percebeu na sala nenhum objeto luminoso, nenhum toque, nenhum ruído ou som de qualquer espécie.”
O PARECER DE WILLIAM CROOKES
Voltemos a Katerine Fox. Em novembro de 1871 seguiu ela em missão espiritual para a Inglaterra às expensas do banqueiro Livermore. Recomendando-a a Benjamim Coleman, frisou o banqueiro que não fizessem com ela sessões no escuro, pois a médium irritava-se com a “suspeita dos céticos, dos simples curiosos”.
...A mediunidade de Katerine – convém frisar, foi experimentada durante quase dez anos consecutivos na Inglaterra, principalmente, em Londres; e por grandes homens, destacando-se o engenheiro Cronwell varley, inventor do cabo submarino, e William Crookes, um dos mais notáveis químicos e físicos da época, descobridor dos raios catódicos.
O sábio Crookes, que pesquisou ao mesmo tempo Katerine e Daniel D. Home (outro médium notável) afirmou que o ruído provocado pela médium canadense se faziam ouvir “como um triplo choque, algumas vezes com bastante força para serem ouvidos através de vários aposentos”.
O cientista se deteve no exame desses ruídos:
“...ouvi esses ruídos saírem do soalho, das paredes etc., quando a médum tinha as mãos e os pés ligados; quando estava de pé sobre uma cadeira; quando se achava em uma balança suspensa do teto etc”.
Materializações parciais, inclusive, observou o químico:
“Uma luminosa mão desceu do alto da sala e, depois de oscilar perto de mim durante alguns segundos, tomou o lápis de minha mão e escreveu rapidamente numa folha de papel, largou o lápis e ergueu-se sobre as nossas cabeças, dissolvendo-se gradativamente na escuridão.”
Temos, aqui, além da materialização parcial, a escrita direta.
Um ano após estar na Inglaterra casou-se Katerine com o famoso advogado londrino H. D. Jencken, secretário-geral honorário da Associação para a Reforma e Codificação do Direito Internacional, espírita confesso; nove anos depois, porém, ficou viúva com dois filhos.
O TRISTE EPÍLOGO DAS FOX
Chegamos, agora, ao ponto cruciante deste caso singular que arrebatou o mundo – a confissão e retratação das Fox. Antes, lembremo-nos de uma mensagem dada através de batidas e dirigida á própria Margareth Fox, três anos antes de viajar para Londres, a fim de viver com Katerine:
“Quando as trevas descerem sobre você, pense no Aldo mais luminoso.”
Essa mensagem profética iria cumprir-se agora, quinze anos depois.
Ora, foi em 1876 que Margareth seguiu para Londres. Era, desde 1857, viúva do médico Elisha Kent Kane, que se tornara célebre como explorador do oceano Ártico. Ambas as irmãs, então, ngenuamente procuraram no vinho um estimulante para o excesso de trabalho – e o vinho faria descer as trevas a que a mensagem se referia...
Leah, a irmã mais velha, e que sempre vira nos fenômenos o aspecto religioso, recriminou-as, violentamente, ameaçando separar Katerine dos filhos...E, ao que parece, denunciou-a, pois a Sociedade Para a Prevenção de Crueldade às Crianças por alguns meses tomou a si os dois meninos de Katerine, Purdy e Henry, ambos ingleses.
O pavio curto estava aceso Margareth ficou do lado de Katerine. Mas, a bomba só explodiria em 1888, em Nova Iorque. Anotemos este detalhe precioso: Margareth foi a primeira a regressar aos Estados Unidos e, sozinha, desligada de Leah, apresentou-se em várias cidades e na Academia de Música de Nova Iorque em sessões memoráveis. O pavio, porém, agora chegava ao fim e as irmãs não se entendiam. Margareth, envenenada, visando Leah, converteu-se à Igreja católica Romana e deu uma entrevista ao diário “New York Herald” (dia 24 de setembro de 1888) agredindo a moral impoluta da irmã e ameaçando apresentar-se em um auditório, a fim de arrasar com a mediunidade, o que, realmente, fez no palco da própria Academia de Música de Nova Iorque para a satisfação do esperto Cardeal Manning....Uma outra entrevista de Margareth e que não é citada nem mesmo por Conan Doyle, e com o mesmo sentido e cuja fotocópia possuímos, trazendo a assinatura da médium, foi divulgada pelo jornal “The World” de 21 de outubro, ocupando quase duas páginas...
Katerine, por sua vez, vingou-se de Leah, e pelas colunas do “New York Herald” de 10 de outubro, após afirmar “com sentida sinceridade que acabou para sempre com seu vício de outrora” (o vinho) prometia, também, vir a público com sua irmã para uma “confissão”...Mas não teve coragem de subir no palco; ficou na obscuridade de um camarote, assistindo ao triste papel de Margareth....
REAÇÃO DOS ESPÍRITOS
O impacto dessas três entrevistas foi tremendo em todo o país, principalmente, no coração de Leah.As trevas haviam descido. Cumprira-se a profecia. Mas as luzes do Alto voltaram um ano depois e Margareth (fato notável) recebeu a advertência de seu Espírito Guia (através de batidas, como as de Hydesville, que ela quarenta anos depois dissera ser “estalos de pés”!) que se retratasse perante o povo...E Margareth Fox, corajosamente, no dia 20 de novembro de 1889 fez uma declaração pela imprensa.
“- Havia alguma verdade nas acusações que a senhora fez contra o Espiritismo?” – perguntou o repórter.
-“Aquelas acusações eram falsas em todas as minúcias. Não hesito em dize-lo...Não. Minha crença no Espiritismo não sofreu mudanças. Quando fiz aquelas declarações não era responsável por minhas palavras. Sua autenticidade é um fato incontroverso.Nem todos os Hermanns vivos (mágicos de palco) serão capazes de reproduzir as maravilhas que se produzem através de alguns médiuns. Pela habilidade manual e por meio de espertezas podem escrever em papéis e lousas, mas, mesmo assim, não resistem a uma investigação séria. A produção de materialização está acima de seu calibre mental e desafio a quem quer que seja a produzir batidas nas condições em que as produzo.”
- “Que dia sua irmã Katerine de sua presente atitude?”
- “Está de pleno acordo. Katerine não concordou com minha atitude no passado.”
-“Pretende fazer sessões?” – perguntou o repórter.
-“Não. Pretendo dedicar-me a trabalhos de propaganda na tribuna pública, pois, assim, terei melhor oportunidade de refutar as calúnias lançadas por mim contra o Espiritismo.”
E foi o que fez Margareth por longos anos.
Margareth Fox, já idosa e sem recursos, viveu os últimos anos de sua vida com uma amiga reconhecida, Emily B. Ruggles, na State Street, 492, no Brooklin. Morreu na quarta-feira de 8 de março de 1983, vítima de uma síncope cardíaca, às oito horas da manhã, quando contava quase sessenta anos de idade. Três dias depois o corpo seguiu para o cemitério de Greenwood, onde colhemos estas últimas informações. E aqui topamos com um caso misterioso...O corpo de Margareth ficou na cripta nº 8.8840, seção 89. No dia 13 de dezembro, porém, - nove meses depois, foi ele removido pelo agente funerário M. Henry e Filho – mas os deocumentos do cemitério não ns contam “por ordem de quem” nem “para onde”... E acresce que os agentes funerários M. Henry e Filho de há muito já morreram. Onde está o corpo de Margareth Fox?
O caso, realmente, intriga, já que os demais cemitérios de Nova Iorque foram por nós vasculhados.
O ENCOSTO escreveu:Eu vi duas confissões e não uma. Qual é a verdadeira?
Os fatos apontam que você está doido para acreditar que tudo era verdade e que elas resolveram mentir por algum motivo que tudo era mentira.
E de quê adianta pencas de supostos experiementos realizados no escurinho?
O trecho anterior responde a todas as suas perguntas.
O ENCOSTO escreveu:Se vc é incapaz de jogar fora sua tv, deveria mostrar mais respeito pelo inventor dela, assim como pode perfeitamente demonstrar respeito pelo Ferdinand Porshe.
Um abraço,
Vitor
Devo respeitá-los por quê?
Respeito a TV e o Porsche. Eles funcionam! Seus inventores não deixam de serem boboca e nazista, respectivamente, só por causa disso.
Nazista não é um desrespeito, não é um palavrão. Boboca é. E alguém que ajudou a Humanidade através de seus inventos (foi o inventor do radiômetro, e seus estudos sobre descargas elétricas em gases rarefeitos, levaram ao estudo dos "raios catódicos" e "raios canais" o que permitiu a descoberta do elétron, o estudo da estrutura atômica, e levando à descoberta dos raios X), descobriu o elemento químico tálio, e seu peso atômico), que recebeu inúmeros prêmios, diveras honrarias, merecia um tratamento mais respeitoso. Pouquíssimos 'bobocas' fizeram o que ele fez. Já outros 'bobocas' se limitam a criticá-lo e se acham mais espertos por isso
Triste.