Acauan escreveu:Nem um pouco. Por que estaria?
Primeiro você insiste em respostas afásicas, se furtando de retomar a proposição inicial de demonstrar como citações a Dawkins ou Randi contestam meu argumento de que o crente fanático é o mais extremado dos céticos.
Dawkins e Randi são ídolos do movimento cético. Dawkins
é um renomado zoólogo e um dos mais importantes divulgadores científicos da atualidade. É o maior defensor de Darwin, está sempre na mídia, influenciando com milhões de pessoas seu pensamento. Numa crítica de Adonai Santana, autor com vários artigos na Scientific American, encontra-se:
"Ele não esconde seus sentimentos em relação a religiões. Ele chega a afirmar
"É hora de sentirmos raiva". Esse é um dos poucos pontos realmente questionáveis do livro, pois pode distanciar o leitor de uma visão científica mais objetiva. É claro
que o cientista jamais deixa de ser um humano. Mas propaganda de raiva não me parece uma postura profissional quando vem de um divulgador científico. Dawkins combate aquilo que ele vê como um vírus na sociedade: a religião. Em parte, essa postura é coerente, pois Dawkins se considera um darwiniano apaixonado como cientista e acadêmico, mas um "antidarwiniano veemente quando se trata de política e do modo como deveríamos conduzir os assuntos humanos".
Ele consegue desvincular claramente a indiferença da natureza em seus processos evolutivos dos valores humanos ligados à moral, à ética e à educação. Mesmo assim, o caminho que ele trilha é perigoso no sentido de poder conduzir a um desgaste social desnecessário."
No meu entender, quando Dawkins afirma isso, ele se comporta tanto quanto os religiosos que queimaram as bruxas na Inquisição. E olha que ele foi eleito "O Humanista do Ano"...que humanista!
Acauan escreveu:- A comunidade evangélica possui líderes nomeados e publicamente reconhecidos que a representam e que endossam que tal repúdio faz parte de seus preceitos;
A comunidade cética também. Randi é sempre um dos mais citados, e Dawkins também. No Brasil, o Daniel Sottomaior está sempre na mídia, no programa da Gimenez. Já vi ele dizendo "fenômenos paranormais não existem!". Um próprio fórum com o título "Religião é veneno!" mostra um fanatismo.
Acauan escreveu:- Todas estas afirmações podem ser verificadas e confirmadas nas milhares de fontes evangélicas e católicas romanas em que o assunto é tratado.
O problema é que esses religiosos não estão à frente da Ciência. O CSICOP está, o CICAP está, Dawkins está, Randi está. O impacto nocivo que estes grupos causam à comunidade é muito maior que o que milhões de religiosos exercem. E isso porque o ceticismo deles é nocivo. Atrasa o progresso científico.
Acauan escreveu:- O grupo que Winton Wu chama de "pseudo-céticos" é uma classificação arbitrária dada por ele para um grupo que ele próprio estabeleceu quais são as características e quem dele faz parte. Ou seja, trata-se apenas da opinião de Wu, sem outra base que não suas próprias interpretações.
Caso não concorde, compare como demonstrei que o grupo "evangélicos" que usei como exemplo se define por si próprio, independente de minhas opiniões e apresente as evidências de que o mesmo se aplica à classificação de Wu;
problema é que um "evangélico" se define como "evangélico", mas um "pseudo-cético" erroneamente se define como "cético". Consequentemente, não existem dados do IBGE quanto a isso, até porque ninguém se admite pseudo-cético, tenta sempre passar um ar de racionalidade, quando não tem (vide Encosto e Apodman). Mas são tão extremistas quanto qualquer fanático religioso.
Acauan escreveu:- - Tomando por base o trecho citado por você na postagem anterior, após Wu definir um grupo arbitrariamente conforme seus próprios critérios, tira conclusões sobre este grupo a partir de suas próprias experiências pessoais com eles. Note que tais experiências dificilmente foram pautadas por critérios de pesquisa isenta, uma vez que Wu se refere ao "infame James Randi", deixando clara e explícita sua hostilidade emocional por ele e por quem compartilha de suas opiniões. Não temos aqui os requisitos mínimos de definição do universo, critérios de avaliação ou metodologia estatística que permita ver seus comentários como algo além de uma opinião pessoal, fortemente influenciada por fatores passionais;
Wu cita os motivos de porque Randi não é confiável, e prova. Vc pode discordar, mas isso está bem documentado.
Acauan escreveu:- O comentário do participante Luciano, transcrito do Orkut, é insuficiente para estabelecer um padrão de comportamento e crença para os sete mil membros da comunidade relatada. Quando muito representa uma opinião geral, considerando que o termo "opinião geral" estabelece padrões extremamente vagos para análise daquilo a qual se aplica.
No caso em questão, uma "opinião geral" favorável a James Randi não é base suficiente para estabelecer julgamentos definitivos sobre as crenças do universo colocado (sete mil pessoas), além das impressões e direcionamentos extremamente superficiais.
Finalmente, nada em sua base de dados permite concluir que ela se constitua de milhares de fonte e se aplique a milhões de pessoas, como afirmou anteriormente, uma vez que o maior universo citado foi de sete mil pessoas, a uniformidade deste universo não foi demonstrada e as fontes citadas se contam em uma mão, algumas delas depoimentos que representam apenas a opinião pessoal do depoente.
Assim, a conclusão final "E isso é geral, pelo mundo todo...satisfeito?" não foi demonstrada objetivamente e portanto é insatisfatória. [/color]
Vc pode ver uma boa análise das principais instituições céticas aqui:
http://paginas.terra.com.br/educacao/cr ... icismo.htmAcauan escreveu:Passamos de Dawkins para Demkina e eu continuo sem saber o que estes indivíduos e suas opiniões pessoais tem a ver comigo.
Com vc, nada. Com seu texto, muito! Vc disse que os religiosos são totalmente céticos às outras religiões , exceto para a deles. Mas os céticos se demonstram tão religiosos quanto, ao irem para a televisão e dizerem que "não há fenômenos paranormais", ou "é hora de sentirmos raiva", ou "ninguém passou no teste de randi, não há fenômenos paranormais portanto", ou "Como podem pessoas espertas acreditar em coisas que não existem?".
Isso é extremamente nocivo e já foi dito por vários líderes do movimento cético, estando bem documentado. Daniel Sottomaior e Ray Hyman na TV, Dawkins em livro, e Randi em quase tudo que é lugar!
Acauan escreveu:- E como disse antes, não há dificuldade em se encontrar espíritas "malignos" por aí, como não há dificuldade em se encontrar "malignos" em qualquer grupo, desde que se esteja empenhado em procurados e em usar tal procura para atacar o grupo do qual se é desafeto.
É assim que se monta a base de dados do preconceito e da intolerância.
Infelizmente é uma característica do movimento cético (ou pseudo-cético, melhor dizendo), só que não admitem. Preconceito e intolerância.
Acauan escreveu:[color=yellow]A priori qualquer hipótese falseável é potencialmente científica.
"Cientificidade da hipótese" quer dizer muito pouco ou não quer dizer absolutamente nada.
E não sou eu que peço definição de espírito e de suas propriedades em termos físicos, é o próprio método científico que pede isto.
Note que a biologia, um dos ramos fundamentais da ciência, não estuda "vida" simplesmente porque não sabe como defini-la.
Assim, a biologia estuda os "seres vivos" pois estes são passíveis de definição.
Se uma ciência consagrada em todos os sentidos assume humildemente esta limitação, não vejo porque os defensores do espiritismo não devam se submeter a este princípio.
Vc está enganado, já se tem uma definição bem precisa de "vida". "Vida" é tudo aquilo que está sujeito à evolução, no sentido neo-darwiniano do termo.
Agora, vc admite que a consciência existe? Se sim, importa qual a sua constituição?Afinal, vc já sabe que ela existe. A questão passa a ser saber se ela sobrevive à morte, constituindo o que chamaríamos de espíritos.E para isso estudam-se as alegação que sugiram que nossa consciencia sobreviva à morte.
Um abraço,
Vitor