As pessoas não suportam a diferença
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As pessoas não suportam a diferença
Na última terça-feira, estive a trabalho na capital paulista. Fui gravar um videoclipe no melhor estilo pouca verba, muita vontade. A idéia era andar de madrugada pela Rua Augusta - que vai do luxo ao lixo - enquanto cantava uma canção que diz: "a gente se acostuma com tudo". Ou quase...
Eu usava uma maquiagem e um figurino que remetiam diretamente ao personagem Edward Mãos-de-tesoura. Vocês devem se lembrar dele. Uma versão moderna e mais sentimental do Frankenstein, acrescido do talento para cortar cabelos, plantas etc., em formatos bem originais. Fiquei irreconhecível. Até parece que cresci uns 20 centímetros com os cabelos muito arrepiados.
Comecei a caminhar lentamente, enquanto as cenas eram captadas. A cada minuto alguém passava de carro ou a pé e gritava alguma coisa como: "olha a loucona!", "bicha", "sai macumba!", "que ser é esse, meu pai?", sempre em tom de escárnio ou reprovação. Detalhe: quando percebiam que era uma gravação, trocavam um pouco a postura ofensiva por um "quem é?", "é da televisão?". Continuamos a andar, cruzamos a Avenida Paulista e uns fãs passantes me descobriram por trás daquela personagem. Um taxista até gentilmente foi me seguindo por alguns minutos batendo palmas e dizendo que gostava do meu trabalho, mas teve que se retirar, pois acabava interferindo nas imagens e eu nem pude olhar pra ele, pois fazia uma longa seqüência com os olhos fixos na câmera...
Enquanto ia cantando e descendo a rua em direção à parte mais barra-pesada do lugar, ficava pensando como é difícil ser diferente nesse mundo. Seja pela roupa, o corpo, algum tipo de comportamento menos usual e nem por isso errado. Ser diferente é atrair olhares e pensamentos que a gente sente como espinhos. Mas o pior eu ainda ia sentir de verdade naquela madrugada.
O diretor queria gravar umas cenas num clube noturno que costuma lotar todas as noites. Logo chegamos ao lugar, que fica exatamente na área mais recheada de saunas, casas de espetáculos eróticos e hotéis de alta rotatividade. Ou seja, supus que haveria umas tantas pessoas também diferentes e que ali eu não chamaria atenção. Errado. Os mesmos comentários surgiram como farpas. Eu também não era daquela turma.
Conseguimos autorização pra entrar com a câmera na boate. Já no corredor de acesso, pressentindo a hostilidade, disse que era melhor a gente ir embora que as pessoas estavam me olhando feio demais. Me davam empurrõezinhos e se viravam resmungando qualquer coisa. O som era altíssimo e a iluminação precária. Quando começamos a gravar umas cenas em que eu apenas ficava na pista enquanto todos dançavam. Alguém deliberadamente agarrou meus cabelos e me puxou com força. Estava escuro, lotado, e as pessoas pareciam todas iguais. Digo, vestiam-se do mesmo modo. Não consegui ter certeza de quem foi. Justamente nessa hora a câmera foi desligada para ser ajustada à quantidade de luz e ninguém da pequena equipe que estava lá comigo conseguiu ver o ataque. Imediatamente pedi pra irmos embora porque agressão física é o tipo de coisa que me faz perder a graça. Ou a gente parte pra cima, ou foge. Eu fugi e fiquei com muita vontade de chorar. Nem tanto pela dor, mas pela constatação de que ser diferente é correr perigo. Não ser de uma determinada turma nos torna automaticamente alvos de um bocado de gente bruta e disposta a nos coloca no devido lugar pelas palavras e pelos atos ignorantes.
Minha filha tem um livrinho, que é um dos mais vendidos mundo afora, que se chama Tudo bem ser diferente. Não, Nina. Ainda não está tudo bem e pelo jeito nunca vai estar.
Autora: Fernanda Takai
Fonte: Correio Braziliense - 24/3/2006
Na última terça-feira, estive a trabalho na capital paulista. Fui gravar um videoclipe no melhor estilo pouca verba, muita vontade. A idéia era andar de madrugada pela Rua Augusta - que vai do luxo ao lixo - enquanto cantava uma canção que diz: "a gente se acostuma com tudo". Ou quase...
Eu usava uma maquiagem e um figurino que remetiam diretamente ao personagem Edward Mãos-de-tesoura. Vocês devem se lembrar dele. Uma versão moderna e mais sentimental do Frankenstein, acrescido do talento para cortar cabelos, plantas etc., em formatos bem originais. Fiquei irreconhecível. Até parece que cresci uns 20 centímetros com os cabelos muito arrepiados.
Comecei a caminhar lentamente, enquanto as cenas eram captadas. A cada minuto alguém passava de carro ou a pé e gritava alguma coisa como: "olha a loucona!", "bicha", "sai macumba!", "que ser é esse, meu pai?", sempre em tom de escárnio ou reprovação. Detalhe: quando percebiam que era uma gravação, trocavam um pouco a postura ofensiva por um "quem é?", "é da televisão?". Continuamos a andar, cruzamos a Avenida Paulista e uns fãs passantes me descobriram por trás daquela personagem. Um taxista até gentilmente foi me seguindo por alguns minutos batendo palmas e dizendo que gostava do meu trabalho, mas teve que se retirar, pois acabava interferindo nas imagens e eu nem pude olhar pra ele, pois fazia uma longa seqüência com os olhos fixos na câmera...
Enquanto ia cantando e descendo a rua em direção à parte mais barra-pesada do lugar, ficava pensando como é difícil ser diferente nesse mundo. Seja pela roupa, o corpo, algum tipo de comportamento menos usual e nem por isso errado. Ser diferente é atrair olhares e pensamentos que a gente sente como espinhos. Mas o pior eu ainda ia sentir de verdade naquela madrugada.
O diretor queria gravar umas cenas num clube noturno que costuma lotar todas as noites. Logo chegamos ao lugar, que fica exatamente na área mais recheada de saunas, casas de espetáculos eróticos e hotéis de alta rotatividade. Ou seja, supus que haveria umas tantas pessoas também diferentes e que ali eu não chamaria atenção. Errado. Os mesmos comentários surgiram como farpas. Eu também não era daquela turma.
Conseguimos autorização pra entrar com a câmera na boate. Já no corredor de acesso, pressentindo a hostilidade, disse que era melhor a gente ir embora que as pessoas estavam me olhando feio demais. Me davam empurrõezinhos e se viravam resmungando qualquer coisa. O som era altíssimo e a iluminação precária. Quando começamos a gravar umas cenas em que eu apenas ficava na pista enquanto todos dançavam. Alguém deliberadamente agarrou meus cabelos e me puxou com força. Estava escuro, lotado, e as pessoas pareciam todas iguais. Digo, vestiam-se do mesmo modo. Não consegui ter certeza de quem foi. Justamente nessa hora a câmera foi desligada para ser ajustada à quantidade de luz e ninguém da pequena equipe que estava lá comigo conseguiu ver o ataque. Imediatamente pedi pra irmos embora porque agressão física é o tipo de coisa que me faz perder a graça. Ou a gente parte pra cima, ou foge. Eu fugi e fiquei com muita vontade de chorar. Nem tanto pela dor, mas pela constatação de que ser diferente é correr perigo. Não ser de uma determinada turma nos torna automaticamente alvos de um bocado de gente bruta e disposta a nos coloca no devido lugar pelas palavras e pelos atos ignorantes.
Minha filha tem um livrinho, que é um dos mais vendidos mundo afora, que se chama Tudo bem ser diferente. Não, Nina. Ainda não está tudo bem e pelo jeito nunca vai estar.
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Fonte: Correio Braziliense - 24/3/2006
Cris*
"Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.” Jean-Paul Sartre
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- Flavio Costa
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Re: As pessoas não suportam a diferença
Cris escreveu:Comecei a caminhar lentamente, enquanto as cenas eram captadas. A cada minuto alguém passava de carro ou a pé e gritava alguma coisa como: "olha a loucona!", "bicha", "sai macumba!", "que ser é esse, meu pai?", sempre em tom de escárnio ou reprovação. Detalhe: quando percebiam que era uma gravação, trocavam um pouco a postura ofensiva por um "quem é?", "é da televisão?".

The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
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- Luis Inácio, 20/10/2006
Re.: As pessoas não suportam a diferença
O rídiculo e o diferente são algo totalmente cultural. Ponha uma mulé crente feia daquelas de igreja de pobre com cabelão mal cuidado até a cintura e perna cabeluda ou um crente de camisa branca e bíblia embaixo do braço num show de heavy metal e todo mundo vai zoar com a cabeça deles.
Aliás, mesmo um executivo engravatado com terno Armani que seria considerado muito apresentável pela maioria das pessoas ficaria visado em meio a uma tribo urbana moderna.
Aliás, mesmo um executivo engravatado com terno Armani que seria considerado muito apresentável pela maioria das pessoas ficaria visado em meio a uma tribo urbana moderna.
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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Re.: As pessoas não suportam a diferença
Já fui numa danceteria, num show de heavy metal, depois de um casamento, todo engravatado. Não fui tratado diferente... e olhe que metade do lugar era pro show de heavy e a outra era pra galera rapper...
Definitivamente, Curitiba é um lugar estrônho.
Definitivamente, Curitiba é um lugar estrônho.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Re: As pessoas não suportam a diferença
Flavio Costa escreveu:Cris escreveu:Comecei a caminhar lentamente, enquanto as cenas eram captadas. A cada minuto alguém passava de carro ou a pé e gritava alguma coisa como: "olha a loucona!", "bicha", "sai macumba!", "que ser é esse, meu pai?", sempre em tom de escárnio ou reprovação. Detalhe: quando percebiam que era uma gravação, trocavam um pouco a postura ofensiva por um "quem é?", "é da televisão?".
Cris e Flaveco, não precisa ir tão longe para isso. Meu cabelo é criticado com certa constância. E eu já discuti e já cheguei a agredir (e ser agredido) por um playboy por causa disso.
Acontece. Nossa sociedade é conservadora DEMAIS e creio que os nossos pilares morais e estéticos chegam a ser ridiculamente limitados.
No fim das contas, é sempre muito mais divertido desafiar isso tudo. E assim nós vamos insistindo...

Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
aknatom escreveu:Já fui numa danceteria, num show de heavy metal, depois de um casamento, todo engravatado. Não fui tratado diferente... e olhe que metade do lugar era pro show de heavy e a outra era pra galera rapper...
Definitivamente, Curitiba é um lugar estrônho.
Eu amo essa cidade. É o local que conheci até hoje onde me sinto mais à vontade. Só não gosto da frieza do povo daí...acho que isso também vem de uma tradição familiar mais fechada...
- Flavio Costa
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Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Samael escreveu:Eu amo essa cidade. É o local que conheci até hoje onde me sinto mais à vontade. Só não gosto da frieza do povo daí...acho que isso também vem de uma tradição familiar mais fechada...
E como tal, as pessoas aprendem a se intrometer menos na vida alheia.
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- Luis Inácio, 20/10/2006
Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Flavio Costa escreveu:Samael escreveu:Eu amo essa cidade. É o local que conheci até hoje onde me sinto mais à vontade. Só não gosto da frieza do povo daí...acho que isso também vem de uma tradição familiar mais fechada...
E como tal, as pessoas aprendem a se intrometer menos na vida alheia.
Não sei.... em Curitiba com certeza isso não aconteceria co a Fernanda Takai.... não porque o povo seja mais tolerante mas porque co absoluta certeza, todos saberiam que estaria havendo uma gravação, uma peça de teatro, alguma coisa assim.
Mas padrões estéticos não são muito criticados aqui não... já o se meter na vida alheia, qqr lugar que tenha colônia Italiana sabe que se metem sim...

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- Luis Dantas
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Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Samael escreveu:aknatom escreveu:Já fui numa danceteria, num show de heavy metal, depois de um casamento, todo engravatado. Não fui tratado diferente... e olhe que metade do lugar era pro show de heavy e a outra era pra galera rapper...
Definitivamente, Curitiba é um lugar estrônho.
Eu amo essa cidade. É o local que conheci até hoje onde me sinto mais à vontade. Só não gosto da frieza do povo daí...acho que isso também vem de uma tradição familiar mais fechada...
Pode ser. Desconfio que tem mais a ver com tradição familiar mais sólida e estável, na qual as gerações mais novas tem uma noção confiável de qual é o seu papel junto aos demais.
É a insegurança quanto ao seu próprio lugar no mundo que leva a essa necessidade de questionar e humilhar os demais.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
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Re.: As pessoas não suportam a diferença
Eu diria que este padrão "Dark" é quase uniforme aqui na Av. Osvaldo Aranha, em Porto Alegre. 

Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Luis Dantas escreveu:Samael escreveu:aknatom escreveu:Já fui numa danceteria, num show de heavy metal, depois de um casamento, todo engravatado. Não fui tratado diferente... e olhe que metade do lugar era pro show de heavy e a outra era pra galera rapper...
Definitivamente, Curitiba é um lugar estrônho.
Eu amo essa cidade. É o local que conheci até hoje onde me sinto mais à vontade. Só não gosto da frieza do povo daí...acho que isso também vem de uma tradição familiar mais fechada...
Pode ser. Desconfio que tem mais a ver com tradição familiar mais sólida e estável, na qual as gerações mais novas tem uma noção confiável de qual é o seu papel junto aos demais.
É a insegurança quanto ao seu próprio lugar no mundo que leva a essa necessidade de questionar e humilhar os demais.
Porto Alegre é um lugar que conserva muito as suas tradições e isto não seria motivos para ser agredida por aqui...

Fico impressionado como a tradição e o "exótico" conseguem conviver quase lado a lado por aqui... Darks, punks, bicho grilo (hippies), metaleiros e gaudérios frequentam muitos ambientes em comum, sem nenhum choque.

- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Luis Dantas escreveu:Pode ser. Desconfio que tem mais a ver com tradição familiar mais sólida e estável, na qual as gerações mais novas tem uma noção confiável de qual é o seu papel junto aos demais.
É a insegurança quanto ao seu próprio lugar no mundo que leva a essa necessidade de questionar e humilhar os demais.
Viva a Família!
Eu ADORO Curitiba. Foi um dos melhores lugares nos quais já vivi. As pessoas ao mesmo tempo demonstravam o melhor da distância e o melhor da solidariedade. Parece contradição, mas não era!!! Tem temperaturas razoáveis! Não é ambiente propício à coisas como s*mba e Car*aval!
A ÚNICA coisa que eu realmente não gostava lá são os vigilantes noturnos que ficam apitando a madrugada inteira em tudo que é bairro.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
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- Poindexter
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Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Spitfire escreveu:Porto Alegre é um lugar que conserva muito as suas tradições e isto não seria motivos para ser agredida por aqui...![]()
Fico impressionado como a tradição e o "exótico" conseguem conviver quase lado a lado por aqui... Darks, punks, bicho grilo (hippies), metaleiros e gaudérios frequentam muitos ambientes em comum, sem nenhum choque.
Eu AMO Porto Alegre.
A Oswaldo Aranha, de fato, é um ponto bem alternativo em PoA.
É tão linda a vista da Praça da Redenção de manhã...

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Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Poindexter escreveu:Spitfire escreveu:Porto Alegre é um lugar que conserva muito as suas tradições e isto não seria motivos para ser agredida por aqui...![]()
Fico impressionado como a tradição e o "exótico" conseguem conviver quase lado a lado por aqui... Darks, punks, bicho grilo (hippies), metaleiros e gaudérios frequentam muitos ambientes em comum, sem nenhum choque.
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É tão linda a vista da Praça da Redenção de manhã...
[o usuário Mozart Hasse foi banido - user f.k.a. Cabeção]
Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Azathoth escreveu:Wolney, vê se cresce seu verme.
Quem é o sujeito?
Re.: As pessoas não suportam a diferença
Um niilista desocupado que não pega ninguém cujo único ímpeto na vida nos últimos 2 anos tem sido tentar destruir o movimento cético brasileiro.
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Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Spitfire escreveu:Eu diria que este padrão "Dark" é quase uniforme aqui na Av. Osvaldo Aranha, em Porto Alegre.
A osvaldo Aranha tá cheia de punk trouxa. Daqueles que deixam até mesmo os punks com vergonha.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
Poindexter escreveu:Spitfire escreveu:Porto Alegre é um lugar que conserva muito as suas tradições e isto não seria motivos para ser agredida por aqui...![]()
Fico impressionado como a tradição e o "exótico" conseguem conviver quase lado a lado por aqui... Darks, punks, bicho grilo (hippies), metaleiros e gaudérios frequentam muitos ambientes em comum, sem nenhum choque.
Eu AMO Porto Alegre.
A Oswaldo Aranha, de fato, é um ponto bem alternativo em PoA.
É tão linda a vista da Praça da Redenção de manhã...
A minha rua preferida em POA é a 24 de outubro. Nem parece que é Porto Alegre.
O centro é uma bosta tomado por ambulantes e pivetes. O Porto é um lixo. O Governador Olivio Dutra não aprovou um projeto da Dado Bier para abrir uma enorme cervejaria no antigo Porto.
O ENCOSTO
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
O ENCOSTO escreveu:Spitfire escreveu:Eu diria que este padrão "Dark" é quase uniforme aqui na Av. Osvaldo Aranha, em Porto Alegre.
A osvaldo Aranha tá cheia de punk trouxa. Daqueles que deixam até mesmo os punks com vergonha.
Isto é vero.

Wander Wildner é frequentador.

Re: Re.: As pessoas não suportam a diferença
O ENCOSTO escreveu:A minha rua preferida em POA é a 24 de outubro. Nem parece que é Porto Alegre.

O ENCOSTO escreveu:O centro é uma bosta tomado por ambulantes e pivetes.
Bate ate uma tristeza.

Existe um projeto de re-urbanização do centro da cidade.
O problema basicamente se deu pela desvalorização dos imóveis. Eu diria que é a vergonha de Porto Alegre.
O ENCOSTO escreveu:O Porto é um lixo. O Governador Olivio Dutra não aprovou um projeto da Dado Bier para abrir uma enorme cervejaria no antigo Porto.
Mas o porto ja esta sendo trabalhado. Recentemente recuperaram internamente os armazéns e a Bienal do Merco-Sul é realizado utilizando aquele espaço, falta melhorar a acessibilidade e destruir aquele maldito muro da vergonha.
Ah, a Feira do Livro também já esta utilizando aquele espaço. A idéia é fazer no porto algo semelhante ao que foi feito no porto de Belém do Pará (ja fui la e é algo muito bacana).
