Nidal al-Mughrabi escreveu:Premiê do Hamas enfrenta pressão e luta para pagar salários
GAZA (Reuters) - Quando o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Ismail Haniyeh, movimenta-se por Gaza, ninguém percebe. Não há sirenes, nem comboios de carros utilitários esportivos.
São usados somente carros civis e guardas do grupo militante Hamas, ao contrário de líderes anteriores, que viajavam em comboios com dezenas de policiais.
Assessores dizem que o líder do Hamas, que viaja em uma Mercedes prateada de 1994, quer evitar uma "demonstração exagerada de força".
A imagem modesta combina com um homem que assumiu o governo há três semanas e enfrenta cada vez mais isolamento internacional e impaciência entre os palestinos devido ao atraso nos salários e nos cortes de ajuda estrangeira. (comentário: são gente como a gente)
"Ele acha que está seguro e que não precisa de uma demonstração armada", disse Ahmed Youssef, assessor político de Haniyeh.
Assessores dizem que o premiê está trabalhando 18 horas por dia para garantir verbas para pagar os salários de março de 140 mil funcionários do governo.
Outra dor de cabeça é a guerra de palavras com o presidente Mahmoud Abbas, na disputa pelos poderes do governo.
No centro da disputa está a recusa do Hamas em adotar a posição de Abbas de aceitar uma solução de dois Estados com Israel e abrir mão da luta armada. O Hamas dedica-se a destruir Israel. (comentário: nacionalismo é veneno)
"Ele está trabalhando dia e noite para sair desta crise", disse Youssef sobre o líder de 43 anos, visto como um moderado dentro do Hamas, mas que mostra pouca flexibilidade para reconhecer Israel.
AZEITE
Haniyeh considera que os palestinos estão preparados para fazer sacrifícios para manter o Hamas no poder, apesar dos cortes de ajuda e da crescente pressão. Ele disse em março: "Vamos comer azeite de oliva e ervas".
Ele declarou que nem ele nem os ministros vão receber salários antes que os servidores do governo recebam.
Haniyeh disse que as consequências de uma queda do atual governo seriam "graves" e sugeriu que o Hamas impediria a formação de um outro gabinete.
O Hamas não tinha experiência anterior de governo, apesar de administrar uma rede de grupos de caridade. (comentário: que meigo) Haniyeh administrou o escritório do xeque Ahmed Yassin, líder espiritual do Hamas morto por Israel em 2004.
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, chamou Haniyeh de "inimigo", mas disse que ele não é alvo porque não há evidências de envolvimento em "atos de terror".
Haniyeh rejeita o alto padrão que autoridades costumavam ter em outros governos palestinos.
Ele mora em uma casa modesta no campo de refugiados da Praia, em Gaza, com a mulher e alguns dos 12 filhos.
Em declarações aos palestinos em março, depois da posse do gabinete, ele disse que não busca o poder.
"É por Deus, não pela autoridade, e não pela fama", disse Haniyeh.
http://br.news.yahoo.com//060417/5/13qc6.html
Comentário geral: coitados, entram em maus bocados quando perdem o suporte financeiro daqueles que consideram como opositores. Lamentável não perceberem como estão sendo burros e incoerentes.