Até tu Brutus?
Deixou-se levar pelo lado negro da força?
O "problema social" de lá é na verdade uma ótima solução de mercado. As restrições é um privilégio para os locais. É curioso ver direitistas do Brasil ser contra a imigração, assim como os esquerdistas de lá, junto com nacionalistas, racistas, etc. em oposição aos capitalistas que tem acesso a mão de obra mais barata.
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u1649.jhtm
Imigração cresce 36 milhões no mundo em cinco anos
O maior aumento é registrado pela Espanha, junto com EUA e Alemanha
Sandro Pozzi
em Nova York
O debate migratório também está aquecido na Organização das Nações Unidas.As últimas estatísticas revelam que no mundo se movimentam cerca de 190,6 milhões de imigrantes, 35,8 milhões a mais que cinco anos atrás. Os países industrializados são os principais receptores, onde vivem 60% do total. Um em cada três imigrantes ganha a vida na Europa e um em cada cinco nos EUA.
Oitenta por cento dos países analisados no estudo estão adotando medidas para integrar essas pessoas. Mas EUA, Holanda, França, Itália e Dinamarca querem reduzir seu número de imigrantes.
O último relatório analisado pela Comissão de População e Desenvolvimento da ONU mostra uma nova realidade dos fluxos migratórios. O índice de crescimento está diminuindo, principalmente devido ao retorno de cerca de 20 milhões de refugiados de guerra a seus países de origem depois do fim dos conflitos. Mas o ritmo de chegada de imigrantes aos países ricos é mais forte, e eles absorveram 33 milhões dos 36 milhões de novos imigrantes.
A ONU calcula que três quartos se concentram em 28 países. Os EUA são o maior receptor. O relatório, o mais detalhado até hoje publicado, revela que a população imigrante cresceu na maior economia do mundo a um ritmo de 1 milhão de pessoas por ano desde 1990, totalizando 44,5 milhões. Seguem-se muito de perto a Rússia, com 12,1 milhões de imigrantes, e a Alemanha, com 10,1 milhões. Na Europa a população imigrante soma 64 milhões.
O relatório cita a Espanha como o país industrializado que, junto com os EUA e a Alemanha, registrou o maior aumento de imigrantes: 4 milhões entre 1990 e 2005. Sobre a imigração ilegal, o documento atreve-se a lançar alguns números a partir dos dados oficiais. Nos EUA, por exemplo, foram recenseados 8,5 milhões de imigrantes sem documentos em 2000, o que permite fazer uma estimativa de 12 milhões de imigrantes clandestinos. Acredita-se que na Europa haveria 8 milhões de pessoas sem documentos.
Há um debate intenso em Washington sobre as medidas que devem ser adotadas para combater a imigração irregular e facilitar as licenças de trabalho temporárias. A ONU reconhece que os EUA não precisam dos imigrantes tanto quanto a Europa, onde esses fluxos servem para compensar os baixos índices de natalidade. Mas a economia americana precisa deles para realizar trabalhos que seus cidadãos não querem fazer, como na Europa. "Se se mantiverem as tendências atuais, entre 2010 e 2030 a migração líquida representará todo o crescimento demográfico nas regiões mais desenvolvidas", explica o relatório.
A projeção da ONU para a Europa é drástica. A população teria diminuído desde 1995 se não fosse pela imigração. "E é provável que não possa compensar o maior número de falecimentos que de nascimentos nas próximas décadas", explica. O relatório diz que entre 2005 e 2050 a população européia diminuirá 75 milhões de pessoas, chegando a 653 milhões. "Sem os imigrantes, a redução seria da ordem de 119 milhões", acrescenta. A situação é menos notada na América do Norte. A ONU explica que a migração líquida representa 44% do crescimento demográfico. Prevê-se que aumente para 50% até 2020 e 78% em 2045. "A população aumentará em 107 milhões de pessoas entre
2005 e 2045. Sem a migração cresceria 22 milhões", conclui.
Nesse ponto a ONU indica que é cada vez maior o número de governos que estão adotando medidas para facilitar a entrada do tipo de imigrantes de que necessitam. Em 1996, 40% dos governos tinham como objetivo reduzir seu número. "Desde então essa proporção diminuiu para 22%", explica. No caso dos países desenvolvidos, passou de 60% para 12%. O relatório da ONU especifica que atualmente há 75 países com programas específicos para integrar os imigrantes. E só EUA, Dinamarca, Estônia, França, Itália e Holanda, no mundo desenvolvido, declaram-se dispostos a reduzir o número de imigrantes.
A deputada alemã Rita Sussmuth afirma que deve existir uma política migratória coerente em escala regional e internacional para poder "maximizar os benefícios e minimizar os aspectos negativos" dessa nova realidade. Os especialistas da ONU insistem que os efeitos econômicos da imigração para os países receptores são "geralmente positivos".
O impacto nos salários dos nativos é considerado de "pequena importância". E o relatório afirma que em médio prazo "a migração pode gerar emprego e produzir benefícios fiscais líquidos". "Estudos de populações que estão envelhecendo rapidamente indicam que os imigrantes podem contribuir consideravelmente para aliviar a carga fiscal que pesará sobre as gerações futuras", acrescenta. O relatório também explica que apesar das mudanças de tendência que se observam nos fluxos migratórios, "nenhum país pode se considerar uma ilha". "A imigração faz parte da globalização", salientou Hani Zlontink, diretora da Divisão de População da ONU, lembrando que a população imigrante nos países em desenvolvimento já alcança 75 milhões, na maioria concentrados nos países asiáticos.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).