Imposturas intelectuais
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Imposturas intelectuais
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Re.: Imposturas intelectuais
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Sem tempo nem paciência para isso.
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- Res Cogitans
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Preciso ler este livro.
http://www.criticaliteraria.com/9726626536
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Na Primavera de 1996, uma revista americana muito respeitada -- a Social Text -- publicou um artigo com um estranho título: «Transgredir as fronteiras: rumo a uma hermenêutica transformativa da gravitação quântica». O autor, Alan Sokal, apoiava as suas divagações em citações de intelectuais célebres, franceses e americanos. Pouco depois, revelou que se tratava de uma paródia cujo objectivo era atacar, pela sátira, o uso inadequado de terminologia científica e as extrapolações abusivas das ciências exactas para as ciências humanas. De um modo mais geral, Sokal pretendia denunciar o relativismo pós-moderno, segundo o qual a objectividade é uma mera convenção social. A questão desencadeou um aceso debate nos meios intelectuais, tanto em França como no estrangeiro. Neste livro, os autores reúnem e comentam alguns textos que ilustram as mistificações físico-matemáticas de Lacan, Kristeva, Irigaray, Latour, Baudrillard, Deleuze, Guattari, Virilio...
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- Res Cogitans
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Já venho ouvindo falarem deste livro desde a época do ronca...inclusive tinha uma parte do livro na STR. Mas, ainda não tomei coragem de ler.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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http://www.cfh.ufsc.br/~takase/sokal.htm
BETTY MILAN
especial para a Folha
Na primavera de 1996, a comunidade acadêmica americana mal se deu conta de um artigo publicado na "Social Text", umas das revistas mais conceituadas dos EUA e conhecida pela particularidade de combinar posições de esquerda com influências da filosofia pós-moderna.
Assinado por Alan Sokal, professor de física na Universidade de Nova York, o texto levava o enigmático título de "Atravessando as Fronteiras - Em Direção a uma Hermenêutica Transformativa de Gravidade Quântica".
O artigo só veio a ganhar repercussão quando seu autor revelou, meses depois, em outra revista, que realizara na verdade um grande embuste.
No texto "Um Físico Faz Experiências com Estudos Culturais", para a revista "Lingua Franca" (de maio-junho de 1996), Sokal esclareceu que fizera propositadamente uma paródia, sem pé nem cabeça, de certa linguagem "pós-moderna" e "relativista", que recusa a possibilidade de se alcançar um conhecimento objetivo das coisas.
O que ele realizara fora uma colagem de dados científicos verdadeiros com citações de obras de filósofos pós-modernos franceses, como Guattari, Deleuze e Derrida, e americanos, como Sandra Harding, sobre física e matemática -e por ele consideradas duvidosas.
A revelação caiu como uma bomba nos meios universitários dos EUA.
Depois de chegar às páginas do "The New York Times", a polêmica rapidamente tomou corpo e extrapolou as fronteiras dos EUA.
Chegou inclusive ao Brasil, onde o economista Roberto Campos, em artigo na Folha de 22/9/96, elogiava Sokal por revelar "a submissão da idéia à ideologia" no pensamento das esquerdas.
O próprio Sokal retrucaria a Campos (Folha, 06/10/96), dizendo que suas críticas se dirigiam apenas a uma parcela da esquerda, e que se considerava ainda um pensador de esquerda.
Agora, com o lançamento no mês passado do livro "Imposturas Intelectuais", em parceria com o físico belga Jean Bricmont, Alan Sokal volta à carga.
Tachados de "censores" pelo semanário francês "Le Nouvel Observateur", Sokal e Bricmont tentam mostrar no livro como os conceitos de ciências exatas que aparecem em escritos de Jacques Lacan, Jean Baudrillard, Julia Kristeva, Deleuze e Guattari, entre outros, não tem rigor científico algum e chegam a ser absurdos.
Na França, o assunto suscitou um dos mais vivos debates dos últimos anos, além da indignação de boa parte da "intelligentsia" francesa.
Na entrevista abaixo, concedida com exclusividade à Folha no Hotel des Grands Hommes, em Paris, Sokal e Bricmont tecem suas considerações sobre as "imposturas" do celebrado pensamento pós-moderno francês.
Folha -Por que o sr. escreveu a paródia para a "Social Text"?
Alan Sokal - Ela se insere num contexto político. Eu me considero de esquerda porque me oponho à distribuição de renda atual. Constatei que certas tendências da esquerda acadêmica norte-americana adotaram o relativismo, ou seja, a idéia de que o conhecimento mais ou menos objetivo do mundo natural e social não pode existir, de que todo conhecimento é subjetivo. Até as ciências naturais não passariam de mitos. Opus-me a isso, pois acho que tais opiniões estão baseadas em erros e são politicamente suicidas. Nossa tarefa, se quisermos progredir, é elaborar uma análise da sociedade atual baseada no rigor, nos fatos, em uma análise convincente.
Folha - E por que o sr. recorreu à tática de escrever uma paródia e só depois revelar o que fizera?
Sokal - Constatei que nas universidades americanas os departamentos de literatura, ciências sociais e estudos femininos são fechados à crítica vinda do exterior e mesmo de dentro do país. A resposta é sempre a mesma. Ou bem ninguém responde. Por isso, tive a idéia de escrever uma paródia.
Folha - A Folha noticiou o fato, e o sr. foi até mesmo elogiado pelo economista Roberto Campos.
Sokal - A relação entre as posições intelectuais e as posições políticas é complexa. Fomos apoiados por pessoas de esquerda e direita por idéias que não são de ordem política. Como você deve saber, escrevi uma resposta a Roberto Campos dizendo que não ridicularizava a esquerda inteira, mas apenas uma parte, e que fora apoiado pela maior parte da esquerda americana, quase 80% das revistas.
Folha - A impostura é para o sr. "o abuso reiterado de conceitos provenientes das ciências físico-matemáticas", e o abuso se define por muitas características, entre as quais "falar abundantemente de teorias científicas sobre as quais o sujeito só tem uma vaga idéia". Faz supor que se tem um conhecimento que não se tem. Ao mesmo tempo o sr. escreveu: "Claro que nós não somos competentes para julgar o conjunto da obra dos autores" (Lacan, Kristeva...) e que "nós tentaremos explicar em que consistem os abusos cometidos no que diz respeito às ciências exatas e por que eles nos parecem sintomáticos de uma falta de rigor e de racionalidade no conjunto da obra". Em outras palavras, o sr. afirma que não é capaz de julgar o conjunto, porém julga. Não se trataria também de uma impostura?
Sokal - Uma impostura não. Talvez nós não tenhamos explicado bem o que queríamos dizer. Focalizamos o que os autores dizem quando entram em searas que nós conhecemos, como a matemática e a física. Observamos que eles aí cometeram abusos graves. Valeram-se de conceitos em contextos onde eles não têm pertinência alguma, deformaram termos científicos etc. Isso obviamente não prova nada a respeito do resto da obra.
Folha - Mas está escrito na "Introdução" que os abusos dos autores indicam falta de rigor e racionalidade no conjunto da obra...
Sokal - As imposturas não invalidam a obra toda, e nós somos explicitamente agnósticos sobre a parte que não diz respeito à física. Claro que você pode me perguntar qual é então a importância do nosso livro se o papel da matemática e da física é tão pequeno na obra dos autores criticados. O livro é importante porque mostra que há abusos graves numa parte da obra e permite questionar o resto. Não somos competentes para dirigir o questionamento, porém desejamos que outros o façam.
Folha - A sua análise me parece justa quando o sr. diz que os autores têm um estilo pesado e pomposo e que estão errados ao dizer que há nas obras deles uma preocupação literária e poética. Mas é injusta, na medida em que o sr. só cita os textos incompreensíveis dos autores e não leva em conta o que eles fizeram compreender.
Sokal - Nós escolhemos um tema que é o abuso de conceitos da matemática e física. Os autores abusaram da autoridade, se valeram do fato de serem professores.
Folha - O sr. diz que os intelectuais franceses criticados são frequentemente incompreensíveis porque o que eles escrevem não quer dizer absolutamente nada.
Sokal - Refiro-me a textos determinados. Não faço uma crítica global.
Folha - Voltemos à questão da incompreensibilidade dos autores... Jean Bricmont - As pessoas podem ser favoráveis à psicanálise, mas também reconhecerem que nos textos citados por nós há impostura, ou seja, naqueles em que Lacan usa a matemática. Não pretendemos julgar a psicanálise dele e nem a filosofia de Deleuze.
Sokal - Não estamos dizendo que tudo deva ser imediatamente compreensível: 95% dos trabalhos da física não o são. Nós nos limitamos aos textos que se referem aos domínios que conhecemos bem.
Folha - Em um artigo, Julia Kristeva disse que por intermédio dela o sr. estava criticando a França inteira. O que é um exagero, claro. Mas ela teve razão ao dizer que as ciências humanas e, em particular, a interpretação dos textos literários e a interpretação analítica não obedecem à lógica das ciências exatas. Como o sr. responde a isso?
Sokal - Claro que a lógica não é a mesma, mas nós criticamos o livro da Kristeva sobre a semiótica, no qual ela despeja coisas incompreensíveis sobre o leitor.
Bricmont - É importante dizer que não se trata de um debate entre o pensamento anglo-saxão e o francês. Existe na França um espírito francês racionalista, que apreciamos. Diderot, por exemplo, era um racionalista, ao contrário dos autores que criticamos.
Folha - O sr. tem razão ao falar do terrorismo do pensamento intelectual francês. Mas será que este terrorismo não é devido à submissão dos americanos do Norte e do Sul ao espírito sistemático de papagaíce no campo das idéias?
Sokal - Nós utilizamos a palavra terrorismo uma única vez a propósito da Kristeva, que cita um enunciado muito técnico da lógica matemática -um enunciado que nem os matemáticos entendem-, dizendo "sabe-se que", quando ninguém sabe. Trata-se de uma forma de intimidar o leitor.
Folha - Gostaria de saber se existe na América do Norte -como na do Sul- um espírito de imitação.
Bricmont - Na do Sul existe. Basta alguém espirrar em Paris para as pessoas ficarem gripadas em Buenos Aires.
Sokal - Em Nova York é a mesma coisa. Podemos dizer que as modas intelectuais parisienses se reproduzem nas universidades norte-americanas e talvez nas brasileiras com um atraso de dez anos.
Folha - Em resposta ao seu livro, escreveu-se no "Nouvel Observateur" que existe incompatibilidade entre uma cultura norte-americana baseada no fato e na informação e uma cultura francesa que se vale mais da interpretação e do estilo. O que o sr. acha disso?
Sokal - Afirmar que os franceses não levam em conta os fatos e a informação é confundir a alta cultura com a alta-costura, que só se interessa pelo estilo.
Bricmont - Trata-se de um trocadilho. Nós obviamente apreciamos a alta-costura.
Sokal - O pensamento, em qualquer domínio, implica a argumentação. Não pode ser apenas uma questão de estilo. Se for, é poesia.
Folha - Os senhores são mais realistas do que o rei, mais insistentes na separação radical dos gêneros do que os clássicos franceses.
Bricmont - É verdade que me irrito quando encontro um filósofo, como Lyotard, que diz que Deleuze é literatura, quando é filosofia. Tenho tendência a achar que essa história de dizer que não é uma coisa nem outra não é possível.
Folha -Seja como for, a contribuição dos pensadores de língua francesa para a história das idéias não é propriamente negligenciável. Gostaria que os senhores fizessem um balanço da contribuição dos norte-americanos.
Bricmont - Balanço é impossível, mas quero citar Chomsky, que é um racionalista e teria gostado do nosso livro.
Sokal - Quando o "Le Monde" disse que há um imperialismo norte-americano e que eu estou querendo impor a cultura da Disney na França, respondi que a América que nós apoiamos é a de Chomsky.
Folha -Quais são as condições necessárias para a instauração de um verdadeiro diálogo entre as ciências exatas e as humanas?
Bricmont - Há certos ensinamentos resultantes da leitura sistemática dos autores que criticamos. É preciso saber do que a gente está falando. Se alguém quer falar das ciências exatas, deve se informar seriamente. Tudo que é obscuro não é necessariamente profundo. É fundamental distinguir entre os discursos que são de difícil acesso por causa do assunto tratado e aqueles cuja banalidade fica escondida pela falta de clareza deliberada dos propósitos. A ciência não é um "texto". As ciências exatas não são um reservatório de metáforas prontas para serem utilizadas pelas ciências humanas, que têm seus próprios métodos e não precisam seguir as mudanças na física ou biologia. Não se deve usar o argumento de autoridade etc.
Folha - Vocês dizem que criticam as idéias obscuras porque elas reforçam o antiintelectualismo fácil existente na população. Acham que se trata de fazer uma ciência que seja clara e assim possa se tornar popular no próximo século?
Sokal - Popular no sentido da vulgarização?
Bricmont - A vulgarização pode ser bem feita...
Sokal - No livro, a cada vez que abordamos um domínio científico, procuramos nos referir a bons textos de vulgarização.
Folha - Qual é a relação entre a vulgarização e o mercado?
Sokal - Uma parte da literatura de vulgarização peca por excessos em virtude do mercado. Insiste, por exemplo, nas teorias mais especulativas, apresentando-as como decorrentes da ciência estabelecida. A vulgarização é difícil, é uma tradução de conceitos científicos. Em nosso livro nós explicamos a teoria da relatividade para um público que não é de cientistas.
Folha -Vocês terminam o seu livro dizendo: "Lembro-me que há muito existiu um país em que os pensadores e os filósofos se inspiravam nas ciências, pensavam e escreviam claramente, procurando compreender o mundo natural e social, esforçavam-se para difundir os seus conhecimentos entre os cidadãos e colocavam em questão as iniquidades da ordem social. Esta época era a do Iluminismo -das Luzes- e este país era a França". Gostaria de saber o que se pode esperar agora? Um novo iluminismo ou uma outra coisa?
Bricmont - O fim do livro foi para lembrar aos franceses que o nosso pensamento não é antifrancês. Tendo a pensar que o espírito do iluminismo deveria voltar, assim como a crítica aos abusos de poder que existem na sociedade. O que as pessoas de esquerda chamam de pensamento crítico é obscuro, relativamente obscurantista. Somos contra isso.
Sokal - Houve um progresso cognitivo inacreditável neste século, que levou a um progresso tecnológico, mas os progressos cognitivo e tecnológico não implicaram um progresso moral. É preciso estabelecer distinções claras. Dizer que Auschwitz é a consequência do iluminismo é ridículo.
Bricmont - Os fascistas utilizavam a tecnologia, mas eram contra o iluminismo.
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Re.: Imposturas intelectuais
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Res Cogitans escreveu:Já venho ouvindo falarem deste livro desde a época do ronca...inclusive tinha uma parte do livro na STR. Mas, ainda não tomei coragem de ler.
Deve ser demais! Olha o texto hoax dele:
http://www.physics.nyu.edu/faculty/soka ... efile.html
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Re.: Imposturas intelectuais
já li o texto dele aqui: http://www.str.com.br/Scientia/transgredindo.htm
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Re: Re.: Imposturas intelectuais
Res Cogitans escreveu:já li o texto dele aqui: http://www.str.com.br/Scientia/transgredindo.htm
Res, por gentileza, como você conseguiu acessar esse texto?
Quando entro na STR, clico em Scientia, não aparece nenhum texto, só aparece uma explicação sobre a área Scientia, figuras para download do acervo e um quadro pra enviar mensagens ao editor da área.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
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Re.: Imposturas intelectuais
Acho que você foi em "autores", e a partir de lá foi no autor desse texto e abriu o link.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
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Não, eu fui no google e procurei por Sokal e algumas palavras que eu sabia que tinha no texto traduzido. Nem esperava que o texto ainda estivesse disponível na STR.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
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Re.: Imposturas intelectuais
Engraçado é como atribuem à esquerda o filho pós-moderno quando a própria esquerda materialista cisma em pisar em cima...
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Dante, the Wicked escreveu:Preciso ler este livro.
http://www.criticaliteraria.com/9726626536Na Primavera de 1996, uma revista americana muito respeitada -- a Social Text -- publicou um artigo com um estranho título: «Transgredir as fronteiras: rumo a uma hermenêutica transformativa da gravitação quântica». O autor, Alan Sokal, apoiava as suas divagações em citações de intelectuais célebres, franceses e americanos. Pouco depois, revelou que se tratava de uma paródia cujo objectivo era atacar, pela sátira, o uso inadequado de terminologia científica e as extrapolações abusivas das ciências exactas para as ciências humanas. De um modo mais geral, Sokal pretendia denunciar o relativismo pós-moderno, segundo o qual a objectividade é uma mera convenção social. A questão desencadeou um aceso debate nos meios intelectuais, tanto em França como no estrangeiro. Neste livro, os autores reúnem e comentam alguns textos que ilustram as mistificações físico-matemáticas de Lacan, Kristeva, Irigaray, Latour, Baudrillard, Deleuze, Guattari, Virilio...
Eu tenho o livro... e ainda não li.
Re: Re.: Imposturas intelectuais
Samael escreveu:Engraçado é como atribuem à esquerda o filho pós-moderno quando a própria esquerda materialista cisma em pisar em cima...
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Eu ás vezes acho que o Pós modernismo é mais uma paródia que outra coisa. Tipos como Lacan, no fundo, fazem o mesmo que Sokal fez no seu texto hoax. Mas depois, aparecem seguidores (há sempre seguidores) e transformam a paródia numa coisa demasiado séria... como se fosse a verdade objetiva. O que é irónico... porque o pós-modernismo é a ideia de que não há verdade objetiva (os textos esquisitos que eles escrevem é para acentuar isso, e o alvo... é claro... é a ciência). Mas se a verdade objetiva não existe (ou não tem mais valor do que simples mitos), então a mensagem pós-moderna também não tem verdade objetiva nenhuma. O que faz o Pós-modernismo mergulhar no mar profundo da contradição. A filosofia pós-moderna não tem ponta por onde pegar...
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Re.: Imposturas intelectuais
Este texto foi mencionado no RV tempos atrás em relação ao "estilo argumentativo" do Pensador.
O Sokal estava de sacanagem. Pairam dúvidas quanto ao Pensador.
O Sokal estava de sacanagem. Pairam dúvidas quanto ao Pensador.
Re: Re.: Imposturas intelectuais
Titan escreveu:Samael escreveu:Engraçado é como atribuem à esquerda o filho pós-moderno quando a própria esquerda materialista cisma em pisar em cima...
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Eu ás vezes acho que o Pós modernismo é mais uma paródia que outra coisa. Tipos como Lacan, no fundo, fazem o mesmo que Sokal fez no seu texto hoax. Mas depois, aparecem seguidores (há sempre seguidores) e transformam a paródia numa coisa demasiado séria... como se fosse a verdade objetiva. O que é irónico... porque o pós-modernismo é a ideia de que não há verdade objetiva (os textos esquisitos que eles escrevem é para acentuar isso, e o alvo... é claro... é a ciência). Mas se a verdade objetiva não existe (ou não tem mais valor do que simples mitos), então a mensagem pós-moderna também não tem verdade objetiva nenhuma. O que faz o Pós-modernismo mergulhar no mar profundo da contradição. A filosofia pós-moderna não tem ponta por onde pegar...
O pós-modernismo parte do princípio que o próprio termo "verdade objetiva" é uma simples abstração linguística para representar algo ideologicamente construído.
Tudo é ideologia, para os tais.
E, não se surpreenda: eles são dificílimos de refutar. Foucault e Derrida, particularmente.
E sim, é contraditório porque discursa partindo do princípio que todo discurso é vago e relativo.
Re: Re.: Imposturas intelectuais
Fernando Silva escreveu:Este texto foi mencionado no RV tempos atrás em relação ao "estilo argumentativo" do Pensador.
O Sokal estava de sacanagem. Pairam dúvidas quanto ao Pensador.
O Carlus é verborrágico, mas de pós-modernista ou de relativista ele não tem nada. Acredita em critérios objetivos e verdades conceituais tangíveis.
Re: Re.: Imposturas intelectuais
Samael escreveu:Titan escreveu:Samael escreveu:Engraçado é como atribuem à esquerda o filho pós-moderno quando a própria esquerda materialista cisma em pisar em cima...
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Eu ás vezes acho que o Pós modernismo é mais uma paródia que outra coisa. Tipos como Lacan, no fundo, fazem o mesmo que Sokal fez no seu texto hoax. Mas depois, aparecem seguidores (há sempre seguidores) e transformam a paródia numa coisa demasiado séria... como se fosse a verdade objetiva. O que é irónico... porque o pós-modernismo é a ideia de que não há verdade objetiva (os textos esquisitos que eles escrevem é para acentuar isso, e o alvo... é claro... é a ciência). Mas se a verdade objetiva não existe (ou não tem mais valor do que simples mitos), então a mensagem pós-moderna também não tem verdade objetiva nenhuma. O que faz o Pós-modernismo mergulhar no mar profundo da contradição. A filosofia pós-moderna não tem ponta por onde pegar...
O pós-modernismo parte do princípio que o próprio termo "verdade objetiva" é uma simples abstração linguística para representar algo ideologicamente construído.
Tudo é ideologia, para os tais.
E, não se surpreenda: eles são dificílimos de refutar. Foucault e Derrida, particularmente.
E sim, é contraditório porque discursa partindo do princípio que todo discurso é vago e relativo.
Não é preciso refutar... porque o que eles escrevem também é ideologicamente construido... segundo a sua própria lógica.
Re: Re.: Imposturas intelectuais
Titan escreveu:Samael escreveu:Titan escreveu:Samael escreveu:Engraçado é como atribuem à esquerda o filho pós-moderno quando a própria esquerda materialista cisma em pisar em cima...
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Eu ás vezes acho que o Pós modernismo é mais uma paródia que outra coisa. Tipos como Lacan, no fundo, fazem o mesmo que Sokal fez no seu texto hoax. Mas depois, aparecem seguidores (há sempre seguidores) e transformam a paródia numa coisa demasiado séria... como se fosse a verdade objetiva. O que é irónico... porque o pós-modernismo é a ideia de que não há verdade objetiva (os textos esquisitos que eles escrevem é para acentuar isso, e o alvo... é claro... é a ciência). Mas se a verdade objetiva não existe (ou não tem mais valor do que simples mitos), então a mensagem pós-moderna também não tem verdade objetiva nenhuma. O que faz o Pós-modernismo mergulhar no mar profundo da contradição. A filosofia pós-moderna não tem ponta por onde pegar...
O pós-modernismo parte do princípio que o próprio termo "verdade objetiva" é uma simples abstração linguística para representar algo ideologicamente construído.
Tudo é ideologia, para os tais.
E, não se surpreenda: eles são dificílimos de refutar. Foucault e Derrida, particularmente.
E sim, é contraditório porque discursa partindo do princípio que todo discurso é vago e relativo.
Não é preciso refutar... porque o que eles escrevem também é ideologicamente construido... segundo a sua própria lógica.
Incrível, Miguel, mas você acabou de responder o mesmo que eu quando li Foucault pela primeira vez.
Mas a questão é que boa parte deles interpretam dados empíricos (o próprio Foucault é sociólogo). Daí, é necessário que você dê uma abordagem ideológica contrária para conseguir refutá-los.

- Res Cogitans
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Re: Re.: Imposturas intelectuais
Samael escreveu:Titan escreveu:Samael escreveu:Titan escreveu:Samael escreveu:Engraçado é como atribuem à esquerda o filho pós-moderno quando a própria esquerda materialista cisma em pisar em cima...
Ainda bem que Sokal deixou isso bem claro na resposta ao Roberto Campos.
Eu ás vezes acho que o Pós modernismo é mais uma paródia que outra coisa. Tipos como Lacan, no fundo, fazem o mesmo que Sokal fez no seu texto hoax. Mas depois, aparecem seguidores (há sempre seguidores) e transformam a paródia numa coisa demasiado séria... como se fosse a verdade objetiva. O que é irónico... porque o pós-modernismo é a ideia de que não há verdade objetiva (os textos esquisitos que eles escrevem é para acentuar isso, e o alvo... é claro... é a ciência). Mas se a verdade objetiva não existe (ou não tem mais valor do que simples mitos), então a mensagem pós-moderna também não tem verdade objetiva nenhuma. O que faz o Pós-modernismo mergulhar no mar profundo da contradição. A filosofia pós-moderna não tem ponta por onde pegar...
O pós-modernismo parte do princípio que o próprio termo "verdade objetiva" é uma simples abstração linguística para representar algo ideologicamente construído.
Tudo é ideologia, para os tais.
E, não se surpreenda: eles são dificílimos de refutar. Foucault e Derrida, particularmente.
E sim, é contraditório porque discursa partindo do princípio que todo discurso é vago e relativo.
Não é preciso refutar... porque o que eles escrevem também é ideologicamente construido... segundo a sua própria lógica.
Incrível, Miguel, mas você acabou de responder o mesmo que eu quando li Foucault pela primeira vez.
Mas a questão é que boa parte deles interpretam dados empíricos (o próprio Foucault é sociólogo). Daí, é necessário que você dê uma abordagem ideológica contrária para conseguir refutá-los.
Para quê? Primeiro é preciso que uma ideia seja refutável. Mas se eles partem do principio que tudo é socialmente construido... e que a realidade objetiva não existe... tudo o que se possa dizer será sempre visto como algo ideológicamente construido. A tese é irrefutável... logo é irrelevante.
Por isso basta usar o feitiço contra o feiticeiro e dizer que que o que eles escrevem também é ideológicamente construido.
Re.: Imposturas intelectuais
A base do Pós-modernismo é a paranónia. Não se pode refutar a paranónia. Mas podemos pedir ao Psiquiatra que a tente curar...
Re.: Imposturas intelectuais
Li esse livro há algumas semanas e achei ótimo. O capítulo sobre Luce Irigaray (a que disse que "e = mc**2 é uma equação sexuada") é um festival de erros de lógica e ciência.
EDIT: por parte da filósofa, vale ressaltar.
EDIT: por parte da filósofa, vale ressaltar.