Testes em animais

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.

Você é a favor da realização de testes em animais?

Sim, em qualquer caso
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Sim, mas apenas para remédios
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Não
10
32%
 
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Ayyavazhi
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Ayyavazhi »

Cris escreveu:Nossa, agora entendi porque minhas irmãs que fazem nutrição, são vegatarianas e carne para elas, só de soja... pensando bem, Carmem... acho que vou acabar aderindo às folhas... e a proteína de soja. E aqui em São Paulo, hj eu comi salada com carpaccio, principalmente depois que eu li o que estava escrito aí em cima.


Aqui está um ótimo exemplo de alguém que desconhecia a cruel realidade e ficou chocada ao conhecer. Isso é para aqueles que, projetando sua própria insensibilidade nos outros, dizem que “todo mundo sabe!”.

Valeu, Cris.


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Poindexter
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Re.: Testes em animais

Mensagem por Poindexter »

Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.

A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.

Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage

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Ayyavazhi
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Ayyavazhi »

clara campos escreveu:Pergunta hipotética:

Se se vier a demosntrar cientificamente que as plantas possuem sistemas sensíveis, que posição tomariam os vegetarianos? Ou seja, qual o vosso critério para definir dor ou sofrimento psicológico perante a morte? O sistema nervoso central? desenvolvido a que ponto?


Clara, antes mesmo que algum experimento científico venha demonstrar que as plantas são seres sensíveis, eu já acredito nisso, por minha conta e risco. O fato é que a forma como estamos organicamente estruturados não permite que possamos abrir mão de outra vida para manter a nossa (salvo aqueles que encontraram o caminho para viver de luz). Assim, acorrentados a essa realidade, cumpre-nos minimizar o quanto possível o sofrimento que disseminamos em nossa passagem pelo planeta. Quanto mais organizado e evoluído for um ser, maior será sua percepção do sofrimento e consciência de que sua vida está ameaçada. Do mesmo modo como estabelecemos um valor maior para a vida humana, não podemos equiparar bois e formigas, ou coelhos e pés de alface. Seria injusto e, acima de tudo, incoerente.

Temos, no dia a dia, milhares, milhões de exemplos de como um animal pode ser inteligente, sensível e vulnerável à dor e à agonia que nós, humanos, lhe causamos. Deveria ser quase natural o processo de descoberta, nos humanos, do valor da vida desses seres, tão complexos em seus sentimentos e tão parecidos conosco em suas emoções. Infelizmente, não é.

Você já viu uma fêmea (de qualquer espécie) desesperada pela perda de um filho? Eu já. É uma cena comovente e, mesmo assim, sempre encontraremos muitos entre nós completamente incapazes de se importar com isso. Não é necessário ler nenhum livro ou buscar quaisquer fontes de informações, Clara. Basta dispensar alguns minutos de seu dia na observação da vida fascinante desses seres e constatar que eles não merecem menos que nós. Olhar nos olhos de um animal – que poderia provocar um ataque de riso em alguns dos colegas – é uma experiência que dirá mais a você do que qualquer pesquisa de laboratório ou leitura de grandes obras.

É por isso que eu os respeito. Não faço nada além de reconhecer um direito que sempre foi deles e que nós estamos usurpando há milênios.

clara campos escreveu:
Se o ponto fulcral é o direito à vida, que critérios determinam que a vida de um animal é mais importante que a de uma planta? A consciência?

Os mesmos critérios que determinam que a vida de um humano é mais importante que a vida de um animal.

Um abraço.


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Aranha
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Aranha »

Samael escreveu:
Washington escreveu:
Kramer escreveu:
Washington escreveu:Se o problema é o sofrimento dos animais, podem comer carne tranquilos. Os animais não sofrem nada ou muito pouco. Com certeza sofreriam mais se tivessem uma morte "natural" se livres na natureza.

Pelo que já observei nos processos de abate de aves, suínos e bovinos, o abate é rápido, preciso e efetivo. O animal não sofre nada ou quase nada.


Cara, você viu o que o Res postou?


Sim.

O que eu postei refere-se ao abate industrial que representa, no chute, uns 99% da carne que consumimos.

O que o Res postou refere-se ao consumo de alguns muito ricos.


Cara, eu como Vitela. Cara, eu não sou rico...




- Sou carnívoro assumido e incurável, mas não como vitela de jeito nenhum !!!!!

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Capitão América
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Re.: Testes em animais

Mensagem por Capitão América »

Esse texto é muito bom, o Hélio acertou no ponto. Sintetizou exatamente o que penso sobre o assunto. Discordo apenas do final, não creio que nossa sensibilização justifique qualquer ação em direção de estabelecer-se alguns "direitos das presas".

Natureza cruel

Dentre as muitas coisas que não entendo no mundo moderno, uma das que mais me espantam é o vigor dos movimentos em defesa dos animais. Não me entendam mal. Já se foram os tempos em que eu me divertia amarrando latas ao rabo de gatos ou realizando procedimentos operatórios em batráquios. Como a maioria das pessoas, enterneço-me com filhotinhos de cães e repudio o sofrimento desnecessário imposto a seres sencientes de todas as espécies. O problema é que a defesa incondicional dos direitos dos animais, como a proposta por vários desses grupos, não encontra respaldo filosófico, lógico ou biológico. Gostemos ou não, o ser humano está mais ou menos no topo da cadeia alimentar. Nossa sobrevivência, como indivíduos e como espécie, depende da destruição de outros viventes. Em quatro palavras, a natureza é cruel.

Escrevo essas linhas a propósito da reportagem publicada pela Folha na segunda-feira* a respeito de um novo vídeo que questiona o uso de animais em pesquisa. Exceto pelos patologicamente sádicos --que são sempre uma minoria em qualquer grupo social--, nenhum cientista aprecia sacrificar cobaias, mas existem inúmeras situações em que isso é crucial. Toda nova droga ou vacina que é desenvolvida precisa, a uma dada altura, ser experimentada "in vivo". Parece razoável que, antes de dá-la a humanos, a testemos com ratos. Há mesmo situações que justificam a vivissecção ou o sacrifício do animal. Um exemplo eloqüente é o de experimentos que visam a verificar o efeito da injeção de células-tronco sobre órgãos avariados. Aqui não há como escapar a imolar a cobaia para autopsiar o órgão e saber se houve ou não a regeneração pretendida.

Daí não se segue, é claro, que eu apóie toda e qualquer experimentação envolvendo animais. Os testes ainda empregados pela indústria de cosméticos parecem especialmente cruéis e desnecessários, podendo ser substituídos por provas "in vitro" com cultura de células. Ainda que a adoção da nova tecnologia encareça um pouco o produto, esse é um custo que pode ser repassado ao consumidor ou absorvido. Na pior das hipóteses, o gasto extra, ao lado de um selo atestando que a empresa tal não maltrata animais, pode ser considerado um investimento em marketing.

Um pouco mais complexo é o caso das faculdades de medicina. Cirurgiões não nascem prontos. É recomendável que, antes de abrir a barriga de um humano, o estudante esteja bem adestrado. Nos países ricos, simuladores em 3D e outras parafernálias tecnológicas já substituem a contento os cães e porcos ainda usados por aqui. Acho que é uma questão de tempo até que as vivissecções sejam definitivamente banidas de nossas escolas. Observe-se que a eventual proscrição, a qual aplaudo, não alterará muito a sorte dos bichos. Os porcos continuarão sendo abatidos nos matadouros _e sem anestesia_ para virar salsichas, e os cães seguirão sendo sacrificados pela carrocinha para o necessário controle de zoonoses. A natureza, como já disse, é cruel.

Feitas essas observações gerais, procuremos entender melhor os fundamentos filosóficos da questão. Aqueles que se opõem com veemência a todo tipo de experimentação estão basicamente afirmando que existe um impedimento moral absoluto a tudo o que implique sacrifício ou dano a outros seres vivos, que teriam um estatuto jurídico semelhante ao de homens no que diz respeito ao direito à vida. Além de má filosofia, essa é uma posição essencialmente suicida. Como nós humanos não desenvolvemos a capacidade de realizar a fotossíntese, precisamos "roubar" de outros a energia da qual dependemos para viver. Podemos eleger como "vitimas" ou bem vegetais, ou animais ou mesmo humanos, mas o fato é que nossa existência só é possível através da morte de outros seres vivos.

Alguém poderia argumentar que é perfeitamente possível viver apenas de frutas e outras partes de vegetais cujo consumo não implique a morte do espécime. Pode ser, mas apenas em pequena escala. Se os atuais seis bilhões de humanos aceitassem privar-se de todo tipo de carne e concordassem em alimentar-se exclusivamente de frutas e grãos, nós provavelmente teríamos de derrubar o que restou das florestas para cultivar pomares. Com as matas, iria também boa parte da biodiversidade remanescente. Não estamos mais falando do desaparecimento de indivíduos isolados, mas de todos os representantes de várias espécies.

A tese do impedimento absoluto é, portanto, uma asneira. O simples fato de que a morte de outros seres vivos é imprescindível à nossa existência já prova que temos o direito de dispor da vida de animais. E não parece haver muita diferença entre matar um boi para fartar-se num delicioso churrasco ou vivisseccionar um roedor para desenvolver uma vacina que poderá salvar a vida de milhões de criancinhas humanas. Se quisermos, o segundo sacrifício foi biologicamente mais "rentável" do que o primeiro.

Não podemos tentar fundar um Direito que inclua todos os seres vivos. Quem mais perto chegou de fazê-lo foi o bioeticista australiano Peter Singer. Para ele, seres vivos vão adquirindo "direitos" à medida que se mostram mais conscientes. Assim, um porco seria mais digno de nossa compaixão do que um mosquito; a solidariedade devida ao chimpanzé arrebataria aquela que prestamos a nossos amigos suínos. O efeito colateral dessa argumentação é que fetos humanos e mesmo doentes mentais teriam menos direitos --uma tese que poucos estão dispostos a comprar. Singer, entretanto, coerentemente, defende o aborto, a eugenia e até o infanticídio em determinados casos. Mais informações sobre o instigante pensamento do filósofo australiano podem ser lidas nas colunas "O troféu são Herodes e as amebas", "Só para confundir..." e "Salvem as baleias".

O fundamento da ética é o reconhecimento do outro como um semelhante e, portanto, titular dos mesmos direitos. E, por razões óbvias, não posso considerar-me igual a meu prato de comida, que é necessariamente um meio para mim.

Até concordo que devemos evitar os testes desnecessários e aliviar quanto pudermos o sofrimento de animais envolvidos em pesquisas --não porque eles sejam titulares de direitos, mas para preservar nossa própria sensibilidade, a qual, como bem constatou Singer, vem se expandindo ao longo da história para círculos cada vez mais amplos. Nesse contexto, alguma militância é bem-vinda. O dono da indústria de cosméticos não vai adotar uma tecnologia mais cara se não houver nenhuma pressão social para que o faça. Os defensores mais entusiasmados da causa animal, entretanto, vão muito além do aceitável, ameaçando até assassinar seres humanos que não pensem como eles. Para ser minimamente coerentes, deveriam dedicar a seus adversários a mesma proteção que pretendem estender a ratos e lesmas: o direito de não sofrer estresse físico e psíquico. Recusam-se, porém, terminantemente a fazê-lo, no que dão mais uma demonstração de quão cruel é a natureza.

Hélio Schwartsman, 40, é editorialista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.

E-mail: helio@folhasp.com.br

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pens ... u243.shtml
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"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

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Res Cogitans
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Mensagem por Res Cogitans »

Eu conheço a coluna do Hélio e já cheguei a me corresponder com ele por e-mail, li essa coluna hoje a tarde e achei bem fraca pro seu habitual. Talvez até mande uma refutação para ele por e-mail.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Cris
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Cris »



Que coisa mais indigesta...
Cris*
"Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.” Jean-Paul Sartre

Washington
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Washington »

Carmen escreveu:
Poindexter escreveu:Carmen... você está dizendo que o Washington está defendendo o abate por interesses financeiros, isto é, que as opiniões dele "estão à venda"?


Se eu disser que não pensei que o emprego dele pesou na forma como ele escreveu, estarei mentindo. Agora, da maneira que voce colocou, soa bem ofensivo e minha intenção não foi esta.

Talvez ele não esteja consciente do que os animais passam.



O fato de trabalhar em uma empresa que faz o abate industrial influi na minha opinião pelo fato que conheço o processo, que analisado friamente, proporciona aos animais uma vida boa, boa alimentação, bons cuidados, segurança, conforto, assistência médica e uma morte sem sofrimento. É o que ocorre. Serão mortos? Sim, mas qual ser vivo que não morre?

Todo ser vivo vai morrer um dia e será alimento de outros seres vivos. Os animais são bem tratados, bem cuidados e bem mortos. Outro fato é o que comparei: Há seres humanos que vivem mal, são maltratados, mal cuidados e tem uma morte extremamente dolorosa. Comparado a estes humanos os animais de abate tem uma vida melhor.

Uma coisa que acompanho de perto é a criação de matrizes para frango de corte, neste caso específico, os cuidados são muitos e o tratamento excelente. Observando os próprios funcionários que fazem o manejo, dá para perceber que as condições das aves é melhor que a deles.

Os funcionários tem um cuidado com as aves que muitos deles próprios nunca tiveram.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

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Res Cogitans
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Res Cogitans »

Washington escreveu:
Carmen escreveu:
Poindexter escreveu:Carmen... você está dizendo que o Washington está defendendo o abate por interesses financeiros, isto é, que as opiniões dele "estão à venda"?


Se eu disser que não pensei que o emprego dele pesou na forma como ele escreveu, estarei mentindo. Agora, da maneira que voce colocou, soa bem ofensivo e minha intenção não foi esta.

Talvez ele não esteja consciente do que os animais passam.



O fato de trabalhar em uma empresa que faz o abate industrial influi na minha opinião pelo fato que conheço o processo, que analisado friamente, proporciona aos animais uma vida boa, boa alimentação, bons cuidados, segurança, conforto, assistência médica e uma morte sem sofrimento. É o que ocorre. Serão mortos? Sim, mas qual ser vivo que não morre?

Todo ser vivo vai morrer um dia e será alimento de outros seres vivos. Os animais são bem tratados, bem cuidados e bem mortos. Outro fato é o que comparei: Há seres humanos que vivem mal, são maltratados, mal cuidados e tem uma morte extremamente dolorosa. Comparado a estes humanos os animais de abate tem uma vida melhor.

Uma coisa que acompanho de perto é a criação de matrizes para frango de corte, neste caso específico, os cuidados são muitos e o tratamento excelente. Observando os próprios funcionários que fazem o manejo, dá para perceber que as condições das aves é melhor que a deles.

Os funcionários tem um cuidado com as aves que muitos deles próprios nunca tiveram.


Ou você está mentindo ou a metodologia brasileira é totalmente diferente da norte-americana.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

Washington
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Re.: Testes em animais

Mensagem por Washington »

Não estou mentindo. Não tenho porque e também não falei nada absurdo. O que disse, inclusive, é perfeitamente lógico até para alguém que não conhece o processo. Maltratar os animais neste caso acarretaria perda financeira, o que atinge o ser humano no seu ponto mais sensível.

Há coisas curiosas nesse setor que somente depois acompanhar com detalhes pude perceber importância, como tratamento dispensado ao gado nelore que, em alguns casos, tem até massagista. E não são animais de exposição, são animais de abate mesmo.

Em termos de metodologia, somos os melhores do mundo, somos invejados por europeus e americanos que taxam duramente os nossos produtos, pois sem isso estariam fora do mercado.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

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Flavio Costa
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Flavio Costa »

The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Mensagem por Flavio Costa »

Samael escreveu:
Flavio Costa escreveu:
Res Cogitans escreveu:Bem, eu só conheço:
moral, imoral e amoral.

Bem, e qual seria a diferença real entre uma ação moral e uma ação amoral (moralmente neutra)?


É a primeira vez que estou ao lado do Res num debate abordando a questão sob um escopo diferente.

Aproveitando que você está deste lado, teria a resposta para a minha questão? :emoticon1:
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Flavio Costa »

Cris escreveu:Nossa, agora entendi porque minhas irmãs que fazem nutrição, são vegatarianas e carne para elas, só de soja... pensando bem, Carmem... acho que vou acabar aderindo às folhas... e a proteína de soja. E aqui em São Paulo, hj eu comi salada com carpaccio, principalmente depois que eu li o que estava escrito aí em cima.

Porque ler o processo de fabricação do fois gras faz alguém comer salada com carpaccio?
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Re.: Testes em animais

Mensagem por Flavio Costa »

Washington, você afirma que as aves são bem tratadas e tal... mas me parece que a debicagem não é algo tão "humano" assim. O bico tem terminações nervosas que são cortadas e cauterizadas. Mesmo assim, talvez você tenha razão em afirmar que o frango de corte não sofra tanto, mas a maioria dos animais usados no consumo humano talvez não tenham condições tão dignas (como as poedeiras, por exemplo) e não deixa de ser um tanto estranho, do ponto de vista moral, que seja justificável matar frangos mas não pessoas. É mesmo uma questão complexa.
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Cris
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Cris »

Flavio Costa escreveu:
Cris escreveu:Nossa, agora entendi porque minhas irmãs que fazem nutrição, são vegatarianas e carne para elas, só de soja... pensando bem, Carmem... acho que vou acabar aderindo às folhas... e a proteína de soja. E aqui em São Paulo, hj eu comi salada com carpaccio, principalmente depois que eu li o que estava escrito aí em cima.

Porque ler o processo de fabricação do fois gras faz alguém comer salada com carpaccio?


porque infelizmente, em função de uma dieta que já venho fazendo, preciso por causa de uma situação específica comer proteína animal nos próximos cinco meses, ordens da nutricionista, que cortou refrigerante diet/light. Mas colocou-me para comer bastante peixe, no caso aí ... apesar de eu não gostar, preferi comer o tal carpaccio de salmão. Ela disse que de vez em quando posso comer frango, por este conter muito hormônio, que é o que estamos exatamente querendo diminuir, minhas taxas estão desequilibradas, portanto, é preciso cuidar.
Mas hoje por exemplo, vou comer comida vegatariana, pra começar a me acostumar, já que a própria nutricionista me disse que é uma comida saudável e fará bem para o meu organismo em todos os sentidos.
E coloquei isso aí, porque realmente fiquei chocada, pensei em comer filé de frango... mas ao ver o pobre coitado do ganso, não consegui mesmo comer.
Cris*
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Mensagem por Res Cogitans »

Flavio Costa escreveu:
Samael escreveu:
Flavio Costa escreveu:
Res Cogitans escreveu:Bem, eu só conheço:
moral, imoral e amoral.

Bem, e qual seria a diferença real entre uma ação moral e uma ação amoral (moralmente neutra)?


É a primeira vez que estou ao lado do Res num debate abordando a questão sob um escopo diferente.

Aproveitando que você está deste lado, teria a resposta para a minha questão? :emoticon1:


Sobre amoralidade eu tenho respostas, só que vou elaborá-la um pouco. Aguardas?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Johnny
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Re.: Testes em animais

Mensagem por Johnny »

Queria sebaer o seguinte. Se um dia a ciência provar (calma, ainda é uma suposição) que as plantas possuem sentimentos e sentem dor, você deixaria de fazer mudas, saladas, etc?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Res Cogitans »

Johnny escreveu:Queria sebaer o seguinte. Se um dia a ciência provar (calma, ainda é uma suposição) que as plantas possuem sentimentos e sentem dor, você deixaria de fazer mudas, saladas, etc?


Não, neste caso cairíamos na inevitabilidade.
Editado pela última vez por Res Cogitans em 12 Mai 2006, 10:50, em um total de 1 vez.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Mensagem por Flavio Costa »

Res Cogitans escreveu:Sobre amoralidade eu tenho respostas, só que vou elaborá-la um pouco. Aguardas?

Claro. :emoticon1:
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Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
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Carmen
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Carmen »

Washington escreveu:
Carmen escreveu:
Poindexter escreveu:Carmen... você está dizendo que o Washington está defendendo o abate por interesses financeiros, isto é, que as opiniões dele "estão à venda"?


Se eu disser que não pensei que o emprego dele pesou na forma como ele escreveu, estarei mentindo. Agora, da maneira que voce colocou, soa bem ofensivo e minha intenção não foi esta.

Talvez ele não esteja consciente do que os animais passam.



O fato de trabalhar em uma empresa que faz o abate industrial influi na minha opinião pelo fato que conheço o processo, que analisado friamente, proporciona aos animais uma vida boa, boa alimentação, bons cuidados, segurança, conforto, assistência médica e uma morte sem sofrimento. É o que ocorre. Serão mortos? Sim, mas qual ser vivo que não morre?

Todo ser vivo vai morrer um dia e será alimento de outros seres vivos. Os animais são bem tratados, bem cuidados e bem mortos. Outro fato é o que comparei: Há seres humanos que vivem mal, são maltratados, mal cuidados e tem uma morte extremamente dolorosa. Comparado a estes humanos os animais de abate tem uma vida melhor.

Uma coisa que acompanho de perto é a criação de matrizes para frango de corte, neste caso específico, os cuidados são muitos e o tratamento excelente. Observando os próprios funcionários que fazem o manejo, dá para perceber que as condições das aves é melhor que a deles.

Os funcionários tem um cuidado com as aves que muitos deles próprios nunca tiveram.


Washington, embora voce não tenha se manifestado a respeito do tom de minha postagem, atitude que por si só já agradeço, gostaria de pedir que aceite minhas sinceras desculpas. Fui leviana e precipitada, emitindo um julgamento sem nem sequer conhecê-lo o suficiente para isso.

Qualquer assunto que envolva o modo como tratamos os animais desencadeia em mim reações emocionais que falam mais alto (e mais rápido) do que as racionais.

Quanto a esta sua mensagem, o que vejo é que ela reflete tão somente sua opinião sobre no que consiste maus ou bons tratos aos animais. Outra pessoa com o mesmo trabalho que o seu, poderia se pronunciar de forma oposta, o que não invalida seu direito de pensar da forma como relata.

Nunca trabalhei em empresa como a citada, mas visitei inúmeras idênticas, assim como abatedouros e a realidade é tão diferente da que voce expõe que é impossível levar a discussão adiante.

A impressão que tenho é que voce, pelo emprego que tem, tornou-se em certo grau, frio e insensível ao que assiste, fato comum entre vários profissionais que lidam diariamente com a dor e a morte, seja de humanos ou não. Criam defesas como as suas ou desistem, ou mais raramente, realmente não se incomodam.

Por favor, não entenda isso como juízo de valor, de moral ou de caráter, absolutamente.
É apenas minha opinião, sujeita a estar certa ou não, como a sua.

Abraços.

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Saudações Carmen!

Por quê tem que ser esta a meta?

Não necessariamente.

Na minha opinião, poderá chegar o dia em que métodos mais modenor e eficientes acabem por deixar inviável utilizar uma cobaia (animal).


Por que não, Encosto ? Não é natural querer evoluir ? Voce mesmo concorda que no futuro (breve, espero) haverá alternativas, além das que já existem.



Me refiro a uma evolução tecnológica que torne inviável o uso de cobais. Assim como hoje é inviável realizar transporte público com tração animal no centro de São Paulo.
Não me refiro a uma suposta "evolução moral".

Da forma que discitimos, parece que o diálogo é entre um kardecista e um ateu. Oskardecistas também acreditam serem dotados de conceitos morais superiores. E eles acreditam também que um dia seus irmãos menos evoluidos chegarão ao estágio em que se encontram.



Se fosse o meu gato, não deixaria. Assim como não deixaria matar uma vaca de estimação. Oque não me impede de forma alguma de saborear um bom bife.



Se isto não é hipocrisia, o que é ? Com todo o respeito.



Eu não sinto empatia pela espécie do gato. Poderia sentir empatia pelo animal que eu criei. E só.

Além disso, não creio ser uma atitude hipócrita cair no choro quando perdemos um parente ou amigo quando não ligamos a mínima para a morte de um chines lá no outro lado do mundo.

É mais ou menos assim que penso a respeito de animais.





A posição que a coloquei é bem diferente.

Eu não gosto de carne de gato (nunca comi, na verdade). Mas, sem sombra de dúvidas, posso afirmar que não deixaria de comer carne de gado só porque eu (hipoteticamente) sou dono de uma criação de gado digamos "ornamental".


Honestamente, não entendi nada...



Resumindo: Sentimos empatia por indivíduos e não por toda uma espécie de animais.

Eu disse que poderia ter uma criação de gado, como animais de estimação, e mesmo assim continuar comendo carne de gado.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Res Cogitans
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Mensagem por Res Cogitans »

Flavio Costa escreveu:
Res Cogitans escreveu:Sobre amoralidade eu tenho respostas, só que vou elaborá-la um pouco. Aguardas?

Claro. :emoticon1:


Existem duas interpretações para a amoralidade. Uma é que algumas coisas simplesmente não tem conteúdo moral, se eu saio de casa com o pé direito ou com o esquerdo, se escolho sair com uma camisa bege ao invés de laranja, são escolhas que não tem nenhum conteúdo moral, portanto são amorais.
A outra é que em certas situações, embora tenham conteúdo moral, a ação pode ser amoral se for por necessidade. Para uma ação ser imoral, deve haver outra ação moral que eu pudesse fazer nesta mesma situação, e vice-versa. Se numa determinada situação só há uma forma de agir, então agimos por necessidade. Se agimos por necessidade, essa ação não poderia ser classificada como moral nem imoral, seria Amoral.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

Carmen
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Mensagem por Carmen »

O ENCOSTO escreveu:Saudações Carmen!


Saudações Encosto !


O Encosto escreveu:Por quê tem que ser esta a meta?

Não necessariamente.

Na minha opinião, poderá chegar o dia em que métodos mais modenor e eficientes acabem por deixar inviável utilizar uma cobaia (animal).


Por que não, Encosto ? Não é natural querer evoluir ? Voce mesmo concorda que no futuro (breve, espero) haverá alternativas, além das que já existem.



Me refiro a uma evolução tecnológica que torne inviável o uso de cobais. Assim como hoje é inviável realizar transporte público com tração animal no centro de São Paulo.
Não me refiro a uma suposta "evolução moral".


Foi em relação a uma evolução tecnológica que me referi, não falei nada de moral.
Evoluir no sentido de podermos nos orgulhar de termos desenvolvido pelo mérito da ciência, métodos substitutivos, ao invés de continuar eternamente estagnados nas atrocidades.

O Encosto escreveu:Da forma que discitimos, parece que o diálogo é entre um kardecista e um ateu. Oskardecistas também acreditam serem dotados de conceitos morais superiores. E eles acreditam também que um dia seus irmãos menos evoluidos chegarão ao estágio em que se encontram.


A interpretação é sua, mas está equivocada. Onde escrevi coisas como estas acima ?
Por sinal, me dei conta de que mesmo essa aparente importância que a DE dá aos animais, comparando com outras religiões, é meramente devido ao potencial do "menos evoluído" se tornar "mais evoluído", portanto, antropocentrista como todas.
Encosto, voce sabe que no quesito "destruir religiões" penso exatamente como voce, então deixe estas comparações prá lá, tá ? :emoticon16:

O Encosto escreveu:Eu não sinto empatia pela espécie do gato. Poderia sentir empatia pelo animal que eu criei. E só.

Além disso, não creio ser uma atitude hipócrita cair no choro quando perdemos um parente ou amigo quando não ligamos a mínima para a morte de um chines lá no outro lado do mundo.

É mais ou menos assim que penso a respeito de animais.


Essa sua colocação, superficialmente, eu chamaria de egoísta, mas elaborando-a mais, para o que não tenho competência, daria um bom assunto quanto a moralidade. A princípio, se desejo ter direitos, tenho que admitir que o chinês tenha os mesmos...e, estendendo um pouco mais, que os animais sencientes também os tenham. Mas, como disse, é assunto prá filosofia.



O Encosto escreveu:A posição que a coloquei é bem diferente.

Eu não gosto de carne de gato (nunca comi, na verdade). Mas, sem sombra de dúvidas, posso afirmar que não deixaria de comer carne de gado só porque eu (hipoteticamente) sou dono de uma criação de gado digamos "ornamental".


Honestamente, não entendi nada...


O Encosto escreveu:Resumindo: Sentimos empatia por indivíduos e não por toda uma espécie de animais.

Eu disse que poderia ter uma criação de gado, como animais de estimação, e mesmo assim continuar comendo carne de gado.


É um contra-senso, como voce teria estima e poderia matá-los ?
Entendo que não ligue para o chinês do outro lado do planeta como liga para seus pais, assim como eu. A diferença é que os estimamos, enquanto do outro cara não sabemos nem o nome.

É a mesma contradição que tantos "protetores de animais" apresentam. Fazem um escândalo pela morte de cães e gatos, mas comem carne. Pela lógica, qual a verdadeira diferença entre os cães e o porquinho da bisteca ? Ou entre nós e as outras pessoas ?

Abraços !

Carmen
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Re: Re.: Testes em animais

Mensagem por Carmen »

clara campos escreveu:
Carmen escreveu:Sobre o impacto das áreas desmatadas para o plantio de soja, convém lembrar que, ao contrário do que foi dito, ela é usada quase toda na alimentação animal. É o consumo de carne que provoca essa destruição, porque a soja diretamente para uso humano é uma pequena fração.

Gracias pela correcção.
Podes-me indicar alguma fonte que eu possa consultar?
ps-a que tipo de animais se fornece soja?


Clara, sobre o impacto ambiental:

http://cartamaior.uol.com.br/templates/ ... itoria_id3

http://www.amazonia.org.br

http://www.vegetarianismo.com.br/artigos/amazonia.html
http://www.vegetarianismo.com.br/artigo ... rguer.html

Quanto às rações, a soja entra em todas. Desde as para peixes, passando por cavalos, leitões, coelhos, até aves.

http://www.admworld.com/lapo/ahn/vegetableprotein.asp

Abraços !

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Samael
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Mensagem por Samael »

Flavio Costa escreveu:
Samael escreveu:
Flavio Costa escreveu:
Res Cogitans escreveu:Bem, eu só conheço:
moral, imoral e amoral.

Bem, e qual seria a diferença real entre uma ação moral e uma ação amoral (moralmente neutra)?


É a primeira vez que estou ao lado do Res num debate abordando a questão sob um escopo diferente.

Aproveitando que você está deste lado, teria a resposta para a minha questão? :emoticon1:


Qual questão, Flavete? Não percebi, rapaz...

Trancado