Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

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Aurelio Moraes
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Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

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"Religiosos e cientistas deveriam deixar de lado as diferenças. Para ambos, a natureza é sagrada, pois dela depende a criação humana"

Autor de um celebrado estudo sobre a fartura de seres vivos no planeta, chamado Diversidade da Vida, o biólogo americano Edward Wilson foi um dos pioneiros a alertar sobre a extinção em massa de espécies causada pela atividade humana no século XX. Em sua mais recente empreitada – cujo resultado está no livro A Criação, a ser publicado em setembro nos Estados Unidos –, ele analisou as relações entre religião e ciência e propôs uma solução para o confronto ideológico nesse campo. "Religiosos e cientistas deveriam ter um objetivo comum: defender a natureza, porque dela depende a criação humana", diz Wilson. Fundador da sociobiologia, ciência que estuda as bases genéticas do comportamento social dos animais, inclusive o ser humano, ele ganhou duas vezes o Prêmio Pulitzer – por Formigas, inseto do qual é o maior especialista mundial, e Sobre a Natureza Humana, em que estuda o modo como a evolução se reflete na agressividade, na sexualidade e na ética humana. Aos 76 anos, aposentado mas em plena atividade como professor e escritor, Wilson concedeu a seguinte entrevista de seu escritório na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Veja – Mais de 80% da população dos Estados Unidos não acredita na teoria da evolução. Trata-se de um fenômeno tipicamente americano?
Wilson – Para 51% dos americanos, a espécie humana foi criada por uma força superior alguns milhares de anos atrás. Outros 34% acreditam que houve uma evolução guiada por Deus. Os 15% restantes dizem que os cientistas estão corretos. Esses números são extraordinários porque representam exatamente o oposto do que pensam os europeus. Na Europa, 40% da população dá razão à tese de que as espécies evoluíram pela seleção natural. Apenas uma minoria concorda com os criacionistas, que descartam a teoria da evolução.

Veja – O que explica o vigor do criacionismo, a ponto de estar em cogitação ensiná-lo nas escolas americanas, em oposição à teoria da evolução das espécies?
Wilson – Algumas organizações religiosas estão conseguindo introduzir no governo americano a tese do design inteligente. Isto é, que foi Deus quem guiou a evolução. Ajuda o fato de termos um presidente, George W. Bush, que acredita que Deus fala com ele quando toma certas decisões ou vai à guerra. Isso fortalece as crenças fundamentalistas mais radicais da população. Para completar, após os atentados de 11 de setembro, a população americana, sentindo-se vulnerável, agarrou-se à idéia de que o país precisa se voltar mais para a religião. Em meu próximo livro, A Criação, faço um apelo às pessoas religiosas. Peço que deixem de lado suas diferenças com as pessoas seculares e os cientistas materialistas, como eu, e se juntem a nós para salvar o planeta. A ciência e a religião são as duas forças mais poderosas do mundo. Para ambas, a natureza é sagrada.

Veja – O senhor sustenta existir uma relação direta entre a seleção natural e o sentimento religioso. Qual é?
Wilson – A religião está sempre dizendo às pessoas que sobrevivam, e esse é um princípio básico da seleção natural. A religião estimula a mente humana a transpor as dificuldades, a juntar-se a outros indivíduos e a se comportar de maneira altruísta em favor do grupo. O objetivo é a sobrevivência do grupo. Isso explica por que as religiões são tão tribalistas.

Veja – Qual é o erro da teoria do design inteligente, a idéia de que a complexidade dos organismos vivos é a melhor prova da existência de um projetista divino?
Wilson – O único argumento dos defensores do design inteligente é que a ciência não consegue explicar todos os detalhes da evolução e dos fenômenos naturais. Para eles, isso é o suficiente para justificar a crença numa força sobrenatural por trás do inexplicável. Obviamente, não se trata de um argumento científico. A motivação dos cientistas é justamente a de descobrir a verdade sobre o que ainda não se consegue explicar. Ao adotar a crença de que a evolução é uma invenção de Deus, a religião coloca em risco sua credibilidade e prestígio. Se os defensores do design inteligente tivessem evidências da existência de forças sobrenaturais nos processos físicos e biológicos, os cientistas seriam os primeiros a estudar esses fenômenos.

Veja – É possível aceitar a teoria da evolução e, ao mesmo tempo, ser religioso?
Wilson – Sim, claro. Eu próprio me considero um espiritualista. Acredito na grande força do espírito humano. Mas não creio em vida após a morte ou em uma alma separada do corpo e da mente. A criatividade, a estética, o sentimento de totalidade e o amor são essencialmente parte do funcionamento da mente. Sabemos que o cérebro se comporta de maneira diferente quando ocorrem mudanças químicas no organismo ou quando nos machucamos. Isso sugere que a essência humana depende de um sistema celular complexo. Não há incoerência alguma em acreditar que os sentimentos têm uma base física e, ao mesmo tempo, ter uma visão espiritual da mente humana.

Veja – O senhor não se sentiria reconfortado se soubesse que existe vida após a morte?
Wilson – Pense no que significaria passar o resto da eternidade no céu. Não fomos feitos para isso. A mente humana foi construída para durar por um tempo limitado. Ultrapassar esse limite seria obrigar o indivíduo a uma existência infernal. Uma pesquisa com a elite científica dos Estados Unidos mostrou que 85% dos pesquisadores não se importam se existe ou não vida após a morte. Eu não me importo.

Veja – O senhor afirmou certa vez que se considera um deísta provisório. O que quer dizer com isso?
Wilson – Primeiro é preciso definir teísmo e deísmo. O teísmo é a crença de que Deus intervém nos assuntos humanos. Deus seria capaz de fazer milagres e está diretamente ligado ao discurso humano. Já o deísta é aquele que aceita a possibilidade de existir uma força superior que estabeleceu as leis responsáveis pela criação do universo. O deísta, no entanto, não acredita que Deus esteja envolvido nos assuntos diários dos seres humanos. Enquanto não soubermos dar uma melhor explicação para o início do universo, considero-me um deísta provisório. A ciência está avançando rapidamente. Quem sabe em breve os físicos já possam explicar de onde viemos.

Veja – Muitos críticos dizem que a ciência é uma espécie de religião e que a teoria da evolução exige devoção. O senhor concorda?
Wilson – Não. Existe uma grande diferença. A religião exige fé, uma fé sem questionamentos. A ciência não tem nada parecido com isso. Baseia-se em um conjunto de conhecimentos acumulados e tem uma trajetória de agregar mais e mais informações que explicam o mundo. É um processo de busca, de exploração e descoberta. Totalmente diferente de religião.

Veja – O senhor vê progresso na evolução?
Wilson – Sim, porque em bilhões de anos a evolução tem produzido espécies cada vez mais complexas, um maior número de organismos e ecossistemas mais sofisticados. Se tomarmos exemplos isolados, no entanto, veremos que nem sempre a evolução significa progresso. Afinal, ela é fruto de mutações e mudanças genéticas aleatórias. Há casos de parasitas que perderam os olhos e de animais que perderam os pés. Se complexidade é progresso, então essas espécies regrediram.

Veja – O fato de o ser humano ter evoluído a ponto de controlar a natureza como nenhum outro animal nos dá o direito de fazer o que quisermos com as outras espécies?
Wilson – A espécie humana sem dúvida é a mais sagrada do planeta. Afinal, é a mais inteligente e a única civilizada. Nos estágios iniciais da nossa evolução, quando os seres humanos viviam da caça e em bandos, o objetivo era derrotar a natureza, porque isso era uma questão de sobrevivência. Hoje, derrotar a natureza significa destruir parte do que resta de vida na Terra. Temos de saber quando parar. Estamos arruinando a natureza só para abrir um pouco de espaço para mais seres humanos. Isso não é progresso, nem sob o aspecto moral, nem como opção para garantir o futuro da humanidade. Nós precisamos da natureza para garantir a produtividade na biosfera. A espécie humana foi bem-sucedida demais.

Veja – Um estudo da ONU estimou que em 2050 a população da Terra atingirá o pico de 9 bilhões de pessoas, para então estabilizar. Como podemos melhorar a situação econômica de tanta gente e, ao mesmo tempo, impedir a destruição da natureza?
Wilson – A maioria dos especialistas acredita que os recursos existentes na Terra suportariam essa superpopulação sem destruir a natureza. É preciso aumentar a produtividade da terra, e, para isso, temos de utilizar sementes geneticamente modificadas. A espécie humana depende de apenas vinte tipos de planta para se alimentar. Arroz, milho e trigo são as principais. Existem, no entanto, mais de 50.000 plantas cultiváveis. Muitas delas podem se tornar viáveis economicamente com a modificação genética. Se soubermos preservar o que restou da natureza e torná-la mais produtiva, conseguiremos alimentar os 9 bilhões de pessoas previstos para 2050.

Veja – Por que existe resistência tão grande aos alimentos geneticamente modificados?
Wilson – O primeiro medo é o de que existam riscos ambientais no uso de transgênicos. Há quem tema, por exemplo, que possam dar origem a superbactérias, resistentes a qualquer tipo de remédio. Essa é uma visão hollywoodiana. Não existem evidências de que isso possa ocorrer. Já há as superbactérias, mas elas são naturais. Em geral são espécies de outros países ou continentes trazidas sem querer em navios ou aviões. Em ambientes sem a competição de outras espécies, essas bactérias se espalham e acabam se tornando pestes sérias. O segundo temor é o de que os alimentos transgênicos possam ser prejudiciais à saúde humana. Até agora também não há evidências disso, apesar dos inúmeros estudos. Nos Estados Unidos, 40% dos alimentos consumidos pela população são geneticamente modificados. Há quem diga que isso não é natural. Bobagem. Na prática, temos feito isso há 10.000 anos. Desde que a agricultura foi inventada, criamos plantas e animais modificando sua genética e escolhendo as melhores espécies. Isso não é diferente de introduzir novos genes diretamente em uma espécie. Não é o gene que interessa, e sim se o produto criado com ele é bom.

Veja – Por que é tão urgente preservar a biodiversidade do planeta?
Wilson – Um cálculo feito em 1997 por biólogos e economistas mostrou que as espécies de todos os ecossistemas contribuíram com 30 trilhões de dólares em "serviços", como limpeza e retenção de água, regeneração de solo e limpeza da atmosfera. Esse valor era, naquele momento, próximo ao de toda a produção humana. Dependemos da biodiversidade mais do que imaginamos. Outro aspecto é que estamos começando a compreender como as espécies que surgiram 1 milhão de anos atrás foram extintas e substituídas por outras. Isso é importante para entendermos a origem da vida. Precisamos desse conhecimento. Os cientistas identificaram apenas 10% das espécies e organismos existentes no planeta. Conhecer os 90% restantes tem um valor inestimável.

Veja – Alguns cientistas dizem que a espécie humana está vivendo uma evolução acelerada. A tese é a de que a humanidade está começando a decidir sobre sua própria evolução. O senhor concorda?
Wilson – Sim, em meu livro dei a esse fenômeno o nome de evolução voluntária. Estamos próximos de atingir um estágio de desenvolvimento em que poderemos escolher o caminho da nossa evolução. Em breve poderemos eliminar totalmente doenças genéticas, como fibroses, simplesmente substituindo os genes defeituosos. Essa é uma forma de conduzir a evolução. A questão é se deveria ser permitido usar a engenharia genética para melhorar indivíduos humanos. Em alguns anos, os pais poderão escolher se o filho será um bom atleta ou um bom músico. Devemos permitir isso? Trata-se de uma questão ética que ainda não foi analisada em profundidade. Simplesmente porque ainda não estamos enfrentando os problemas relacionados a essas possibilidades tecnológicas. Em algum momento, a humanidade deverá decidir sobre isso, e aí teremos a evolução voluntária. Precisaremos ser muito cuidadosos ao mudar a natureza, pois é ela que nos faz humanos.

Veja – Qual o limite?
Wilson – Não sei, está fora do meu alcance. Precisamos de mais conhecimentos sobre genética, saber melhor o que somos, qual é a natureza humana e quais as conseqüências dessas mudanças na organização da nossa sociedade atual. É uma grande pergunta. Nós mal conseguimos entender a nós mesmos nas condições atuais. Tentar entender como seríamos se nos alterássemos geneticamente é um passo gigantesco.

Veja – Em sua opinião, é eticamente aceitável tentar encontrar uma explicação genética para o comportamento homossexual?
Wilson – Sim. Quanto mais soubermos, quanto mais verdades tivermos, mais teremos capacidade de resolver questões que mobilizam a sociedade. Já existem algumas evidências de que a homossexualidade acontece por um componente genético hereditário. Parte da variação da preferência sexual deve-se aos genes. Se soubermos o que está envolvido nisso, poderemos tomar decisões racionais e morais sobre o assunto. Se a ciência provar que a homossexualidade tem uma base genética e que o gene está bem distribuído pela população, os gays vão poder dizer: "A evolução natural nos fez assim, e, por isso, não há nada de errado no que fazemos e no tipo de vida que levamos". Esse é um ótimo argumento. Por outro lado, se descobrirmos que a homossexualidade não tem nenhuma origem genética, ganhará força a tese de que esse comportamento sexual tem como causa um trauma ocorrido na infância. Os defensores dessa tese terão argumentos para querer curar ou corrigir os homossexuais. Até descobrirmos a verdade sobre isso, essa discussão vai continuar indefinidamente. Por isso, quanto mais soubermos, mais livres seremos.


http://veja.abril.com.br/170506/entrevista.html

Gostei da entrevista...e vocês?

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rapha...
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por rapha... »

Não li a entrevista.

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Aurelio Moraes
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Re: Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciê

Mensagem por Aurelio Moraes »

rapha... escreveu:Não li a entrevista.


Agora você tá de birrinha com tudo o que sai na Veja, porque ela criticou o software livre, al? :emoticon11: :emoticon12:

Dante, the Wicked
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Dante, the Wicked »

Muito interessante.

Achei que ele poderia ter dado uma distinção mais forte entre ciência e religião: A ciência evolui. Revê suas posições. Está aberta a mudanças.
Visite minha página http://filomatia.net. Tratando de lógica, filosofia, matemática etc.

Visite o Wikilivros. Aprenda mais sobre Lógica.
Assista meu canal do youtube. Veja meu currículo lattes.

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Leonardo
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Leonardo »

Pois é! Tem pessoas realmente interessadas em estudar e descobrir a verdade (supondo que exista alguma) por traz dos fatos. Outros preferem ficar com birras pessoais e show de ego.
Para piorar, existem os radicais. Estes, em ciência, torcida de futebol, partido político, religião, dentre outros, só levam a desavenças, intolerâncias e “parcialismos”.
Abç
Leo

Perseus
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Perseus »

Ia dar uma merda tamanha tal "junção".

A ciencia para 'funcionar' tem seus métodos rigorosíssimos, não é para qualquer panaca ou pastor fazer/entender ciencia.

É fato que alguns ramos da ciencia tem um simples "porque sim" como resposta (caso dos 'Princípios'), mas na religião tudo gira em torno do mesmo "porque sim". Basta ver a entrevista dos "doutores" criacionistas.. todos sem exceção quando tentam dar uma justifivatica para o criacionismo sempre começam pela conclusão e pulam os fatos. Seria de causar surpresa geral caso houvesse exceção.

Este motivo por si só, serve para jogar na lata de lixo a tal "junçao" de ciencia com religão.
"Uau! O Brasil é grande"

Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".

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Aurelio Moraes
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Aurelio Moraes »

Acho que se juntasse cientistas com religiosos não tão dogmáticos como o Dalai Lama e o Henry Sobel, para os propósitos mencionados por este biólogo, talvez desse certo.

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Azathoth
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Re: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Azathoth »

E. O. Wilson escreveu:Se a ciência provar que a homossexualidade tem uma base genética e que o gene está bem distribuído pela população, os gays vão poder dizer: "A evolução natural nos fez assim, e, por isso, não há nada de errado no que fazemos e no tipo de vida que levamos". Esse é um ótimo argumento.


Não, é um argumento profundamente falacioso. A aceitação, tolerância e amor aos homossexuais na sociedade deve na minha opinião provir ultimamente da filosofia moral.

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Aurelio Moraes
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Aurelio Moraes »

"A evolução natural nos fez assim, e, por isso, não há nada de errado no que fazemos e no tipo de vida que levamos".


Isso seria uma falácia naturalista, que horror.

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Azathoth
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Azathoth »

Exato.
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Aurelio Moraes
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Aurelio Moraes »

Falácia naturalista:
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:-/

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clara campos
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por clara campos »

:emoticon266: :emoticon266: :emoticon266: :emoticon266: :emoticon266: :emoticon266:
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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W
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por W »

A propósito. Wilson é o maior Evolucionista Vivo. Muito maior que Dawkins.

E a falácia dele só é má se formos chatos. No caso... se ser Gay é genético... então o gay não tem culpa de ser como é... e não faz sentido o recriminar. Como o gay não é um mosntro, não precisamos generalizar este argumento, caso um dia se descubra que ser criminoso tem uma influência genética. Mas como temos tendencia para generalizar... para levar a lógica de algo até ao fim... podemos ficar confusos.

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Johnny
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Johnny »

Religião e Ciência são imcompatíveis. A ciência é uma unidade e a religião são facções. Seria o mesmo que pedir que criassem uma religião universal.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Johnny
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Re.: Biólogo americano propõe união entre religião e ciência

Mensagem por Johnny »

...ou várias ciências.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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W
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Mensagem por W »

Vou dizer meda...

ciencia e religião não são contrários ou incompativeis... mas uma dualidade... porque dizem respeito a coisas diferentes. A ciência fala de mecanismo, em como funcionam as coisas... como o ADP se converte em ATP pela captação de um Fosfato, por exemplo. A religião olha para o mundo espiritual, que é mais subjetivo que objetivo. Onde a ciência vê equilibrios e desiquilibros da quimica do cérebro, a pessoa experimenta sentimentos de todo o tipo. Onde a ciência vè mecanismo, as pessoas podem ver sentido.

Trancado