14/03/2006 - Imprensa escondeu condenação de toda diretoria do BC na gestão FHC
Leia abaixo texto publicado nesta terça-feira (14) no site da revista Fórum (http://www.revistaforum.com.br O caixa tucano foi condenado, você sabia?
por Fábio Jammal Mackoul
Enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fazia pose de estadista e chamava a ética do PT de corrupta na capa da revista IstoÉ, uma pequena nota no pé da quinta e última página da seção > " A Semana " passava facilmente despercebida até mesmo para os leitores mais atentos. Embaixo de três notas necrológicas, o pequeno texto informava:
" Condenados a 11 anos de prisão pela 12ª Vara Federal do Distrito Federal o ex-presidente do Banco do Brasil Paulo César Ximenes e seis ex-diretores dessa instituição. Eles foram acusados de gestão temerária devido a irregularidades em empréstimos feitos à construtora Encol entre
1994 e 1995. Na quarta-feira 1 " .
Assim como IstoÉ, a grande imprensa não deu muita bola para o caso. Veja, por exemplo, considerou a condenação de toda uma diretoria do maior banco público do país nada importante e não dedicou uma linha a respeito do assunto. Os sete condenados formavam a diretoria colegiada do Banco do Brasil entre 1995 e 1998, com Ximenes no comando da instituição. Período que coincide com o primeiro mandato de FHC. Eles foram condenados em primeira instância por nove atos que caracterizam crimes de gestão temerária e de desvio de crédito ao emprestar dinheiro para a construtora Encol, que faliu em seguida e prejudicou milhares de mutuários. Os acusados foram considerados responsáveis, entre outros crimes, por aceitar certificados de dívida emitidos ilegalmente pela construtora e por prorrogar sistematicamente operações vencidas e não pagas.
(...)
O homem-bomba
A condenação de toda a diretoria colegiada do Banco do Brasil no primeiro mandato de FHC é a menor das preocupações do PSDB. O mais atemorizante é que, entre os condenados, um personagem se destaca. Trata-se do já conhecido Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco.
O economista ganhou notoriedade durante as privatizações promovidas por Fernando Henrique, especialmente nos casos da Companhia Vale do Rio Doce e do sistema Telebrás, dois dos maiores negócios do mundo. Em 1998, no episódio conhecido como " Grampo do BNDES " , Ricardo Sérgio foi destaque ao ser flagrado confessando como agiam ao costurar negócios para o leilão das teles: " no limite da irresponsabilidade " .
Caixa das campanhas de José Serra (1990 a 1996) e de Fernando Henrique
(1994 e 1998), Ricardo Sérgio está envolvido em denúncias que vão desde pequenos problemas com a Receita Federal até a suposta cobrança de uma propina de R$ 15 milhões do empresário Benjamin Steinbruch, para favorecê-lo no leilão da Vale e prejudicar os fundos de pensão dos funcionários de estatais. O empresário teria dito, à época, que estava convencido de que Ricardo Sérgio falava em nome do PSDB e decidiu pagar a propina.
Abraços,
Imprensa escondeu condenação de toda diretoria do BC de FHC
- Aranha
- Mensagens: 6595
- Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
- Gênero: Masculino
- Localização: Nova York
- Contato:
Imprensa escondeu condenação de toda diretoria do BC de FHC
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
Ben Parker
-
- Mensagens: 562
- Registrado em: 03 Nov 2005, 07:43
Re: Imprensa escondeu condenação de toda diretoria do BC de
Abmael escreveu:14/03/2006 - Imprensa escondeu condenação de toda diretoria do BC na gestão FHC
[color=#ffff00]
Leia abaixo texto publicado nesta terça-feira (14) no site da revista Fórum (http://www.revistaforum.com.br O caixa tucano foi condenado, você sabia?
por Fábio Jammal Mackoul
O sistema financeiro brasileiro é uma piada.
É a principal fonte de privilégios que resulta na monstruosidade da distribuição de renda no Brasil.
O BC há muito não passa de agência que age de acordo com os interesses dos bancos e de grandes investidores. A situação de FHC para lulla piorou.
A estatização do Banco Central, já que está a serviço de particulares, deveria ser uma bandeira nacional.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche