As Elites e o Povão

[Cris]

AS ELITES E O POVÃO


É cansativo, é irritante, isso de falar em elites e povão, como se só o chamado povão fosse honesto e merecedor de confiança e tudo que se liga à "elite" significasse o pior quanto à moral, ao valor e à confiabilidade.

É mal-intencionado dizer que só a elite é saudável, educada, merecedora das boas coisas da vida e o povão é sujo, grosseiro e não vai melhorar nunca.

Precisamos ter, repito uma vez ainda, cuidado com as palavras, que podem ser perigosas armadilhas. Isso vale para nós, colunistas, para nossos críticos bem ou mal-intencionados, pra políticos, para governantes, para cada um de nós em particular.

E, afinal, o que é essa "elite"? Quem a constitui? Parece que existem várias.

Elite social - Nada mais triste que ler: "Fulana de Tal, socialite". Tem profissão? Tem família? Faz alguma coisa da vida? Não, ela é socialite. O marido, ou o filho, ou o companheiro dessa fina dama seria o quê? Um socialite, também? Singularmente ainda não vi o termo usado no masculino. Talvez porque na nosas utopia os homens sempre têm profissão e ganham o dinheiro, isto é, são úteis, enquanto as mulheres ornamentam seu lado público.

Elite intelectual - Dessa, já gostei mais. Porém, cuidado: o grau de intelectualidade não reside na quantidade de diplomas, alguns fajutos, adiquiridos no exterior em universidades com nomes pomposos. O intelectual de primeira é o que de verdade pensa, lê, estuda, escreve, pesquisa e atua. Cultiva a simplicidade e detesta a arrogância, companheira da inteligência limitada.

Elite financeira - Bem, pode ser impressionante, porém já cansei de ver gente endinheirada palitando os dentes à mesa ou tratando mal garçons ou empregados.

Elite artística - É coisa para pensar. Mas traz seus perigos, porque os de sucesso correm o risco fatal de ser mordidos pela mosca azul e botar aquela máscara de nariz empinado; os de menos sucesso estão sob ameaça de vender a alma ao diabo do ressentimento.

Elite política - Díficil de comentar, aqueles em que a gente ainda votaria não ocupam os dedos todos da minha mão direita. Pois essa seria uma seleção de homens íntegros, querendo o bem de todos: não só dos afortunados, nem só dos mais pobres.

Talvez elite verdadeira fosse a dos bens informados e instruídos, não importa em que grau, não importam dinheiro nem sofisticação. Um povo pouco informado acredita no primeiro demagogo que aparece, engole suas mentiras como pílulas salvadoras e, por cegueira ou por carência, segue o caminho de seu próprio infortúnio.

Seria melhor largar essa bobagem de elite versus povão e pensar em habitantes deste planeta e deste país. Todos merecendo melhor cuidado com a saúde, melhores escolas e universidades, melhores condições de vida, melhor salário, melhores estradas, lugares de lazer mais bem-cuidados, mais tranquilos e seguros, menos impostos, menos mentiras. Mais oportunidades, mais sinceridade, mais vida. Melhor uso das palavras. Mais respeito pela inteligência comum e pelo bom senso.

É demasiado fácil enganar o povo apontando o dedo para alguns que descobrem verdades ocultíssimas e acusar para não se acusado: "Olhaí, é coisa das elites."

Então, velhíssima fórmula tão pouco aplicada, comecemos pela educação. Mas não venha m com a empulhação quanto aos analfabetos a menos no país. Alfabetizado não é quem aprendeu a assinar o nome: é quem antes leu e compreendeu aquilo que vai assinar, pois, se optar errado, a exploração de sua ignorância vai sobre seus ombros por mais longo tempo de altos juros.

Mais cuidado com palavras, pois elas podem se transformar, de pedras preciosas, em testemunho de ignorância ou má vontade, ou ainda em traiçoeiros punhais.



Eu tenho lido alguns artigos que a Lya escreveu e já li um livro dela, Perdas e ganhos. Adoro a forma como ela coloca relacionamentos, sentimentos, palavras. Algo interessante que aprendi em um dos artigos que eu li, é que um povo sem educação, é um povo fadado ao engano constante dos mais fortes. Nossos políticos infelizmente não estão interessados em investir em educação, ou melhor distribuição de renda. Um povo que tem educação, que vai à escola é um povo que pensa e que lê. No meu entendimento se o projeto fome zero tivesse dado certo, além de projetos do governo de alfabetização, nosso povo conseqüentemente pensaria melhor, porque uma barriga vazia sentido a dor da fome, não vai ter condições de utilizar a massa cinzenta. Logo, não é interessante nem alimentar bem o povo e muito menos pagar salários dignos à professores que têm até disposição, mas que irá ficar satisfeito ganhando um salário um tanto quanto apertado para ser professor numa cidade do interior do país. O povo quanto mais dependente for de políticos melhor para o político. Eu, como professora valorizo muito a educação, e acho que ela é a principal maneira de se poder transformar não só a elite, como também o povão. Um amigo ,tem uma comunidade da qual eu acho muito interessante e admirável e a lya fala dele no texto. "Palavras são gaiolas". E é verdade, dependendo do que você fala, da maneira como você fala, você pode tanto dar esperança como pode destruir uma vida. Nos últimos dias, tenho aprendido algo sobre algumas coisas que eu mesma tenho. Como falar sem pensar, é um exercício longo, árduo e díficil e até conversei sobre isso na terapia hoje cedinho. Mayara, minha filha que tem quase treze anos, demora a falar algumas coisas e acho sempre admirável que quando ela aponta meus defeitos, é porque ela já tolerou bastante minha imperfeição de falar algumas coisas sem pensar e ela ficar (com toda razão) irritada comigo. Tenho observando ela ultimamente, e tenho adorado o fato dela estar apaixonada por ler, pesquisar, se inteirar e observar. Mas o que mais me impressiona é que a May nunca fala as coisas quando está com raiva. E é bem interessante, ela tem uma colega na escola que é pobre mesmo, e volta e meia vejo Mayara emprestando livros que eu mesma comprei para esta amiga. Um dia perguntei pra ela, sobre isso e ela disse, quero que a Jéssica possa ler as mesmas coisas que eu leio. A escola da minha filha, tem um clube de leitura e eu acho isso o máximo. E agora eles terão um grêmio estudantil para falar sobre política, melhoria da escola e também falar quando o professor não estiver ensinando as coisas de maneira satisfatória. Quem sabe, seja esse o princípio da mundança.

[Poindexter]

Oi, Cris!

Veja só... a culpa é do povo. Em primeiro lugar, porque os políticos SÃO parte do povo. Em segundo, porque o povo não pode ficar esperando cair do céu que os seus políticos dêem um jeito no problema da Educação. Ele tem que exigir, pressionar!

[Claudio Loredo]

Oi, Cris!

Veja só... a culpa é do povo. Em primeiro lugar, porque os políticos SÃO parte do povo. Em segundo, porque o povo não pode ficar esperando cair do céu que os seus políticos dêem um jeito no problema da Educação. Ele tem que exigir, pressionar!

Poindexter,

Diga-me: o que é que o povão pobre pode fazer para pressionar os políticos e exigir seus direitos?

[Fernando Silva]

Poindexter,

Diga-me: o que é que o povão pobre pode fazer para pressionar os políticos e exigir seus direitos?

Poderia começar votando direito, em vez de eleger o Garotinho "porque é cristão" ou o Severino Cavalcante (sei lá por que...) ou o Maluf.
Deveriam ouvir os que prometem menos, em vez de automaticamente descartá-los em favor dos que prometem o que não podem cumprir.

[Flavio Costa]

Poderia começar votando direito, em vez de eleger o Garotinho "porque é cristão" ou o Severino Cavalcante (sei lá por que...) ou o Maluf.
Deveriam ouvir os que prometem menos, em vez de automaticamente descartá-los em favor dos que prometem o que não podem cumprir.

É, mas pode também não resolver. Aqui no DF, dizem que o Roriz ganhou do Cristovam porque este último não prometeu um aumento impossível, como Roriz fez.

Aí o Cristovam virou ministro da educação e o Lula tirou ele do cargo porque não fazia nada... é o inverso do cliché: não rouba, nem faz.

[Wing Zero]

Quando um grupo se diz Elite... já está podre.

[Cris]

Oi, Cris!

Veja só... a culpa é do povo. Em primeiro lugar, porque os políticos SÃO parte do povo. Em segundo, porque o povo não pode ficar esperando cair do céu que os seus políticos dêem um jeito no problema da Educação. Ele tem que exigir, pressionar!

Guilherme, não acho que a culpa seja tão somente do povo. Somos "levados" em muitas situações a fechar os olhos para o que acontece à nossa volta. A questão toda é, que num país tão grande quanto o nosso, a distribuição de renda é bem desigual. As crianças no interior do nordeste por exemplo, são colocadas na lida desde cedo, para aumentar a renda familiar. Por causa da seca no nordeste, muitas famílias são obrigadas a migrar para cidades que nem sempre terão condições de absorver essas pessoas que vêm em busca de uma situação melhor do que o fato de não ter o que comer, porque em sua maioria são lavradores de "terras secas". Infelizmente Guilherme, nosso país além de não ter uma distribuição de renda adequada, está fadada ao fracasso educacional, porque ao invés destas crianças estarem na escola, estão trabalhando na lavoura, no corte da cana ou em carvoarias, descascando mandioca. Minha faxineira por exemplo, tinha que trabalhar na roça para poder ajudar no sustento da família, e só conseguiu estudar até a 4ª série. E desculpa Guilherme, mas eu já dei aula de alfabetização para adultos como voluntária, e eles não são tão ignorantes assim. O problema maior, é que eles vêem nas promessas políticas um alento para a esperança de que eles podem ter uma vida melhor. E eu acho que o problema maior é a ingenuidade de ainda ainda acreditar e ter fé, que as coisas podem mudar. Gente sofrida é conquistada por exemplo, com coisas como vale-leite, bolsa-escola, bolsa-disso-daquilo, cesta básica, como fez o seu Roriz aqui em Brasília. E tem muita gente boa que só fez até a 4ª série por exemplo, e que dá de dez a zero em muita gente que tem doutorado.

[Wing Zero]

Para mim a culpa é concreta e não geral. Dizer que todos são culpados ou ninguém é culpado é uma forma de fugir há responsabilidade. Por isso, quando se fala em culpa deveria ser definido o quê da culpa. E depois o responsável é aquele que assina. Aí está o culpado, para o bem ou para o mal.

[Claudio Loredo]

Poderia começar votando direito, em vez de eleger o Garotinho "porque é cristão" ou o Severino Cavalcante (sei lá por que...) ou o Maluf.
Deveriam ouvir os que prometem menos, em vez de automaticamente descartá-los em favor dos que prometem o que não podem cumprir.

E como é que a gente faz para descobrir qual é o politico honesto e qual o desonesto? qual o que irá trabalhar apenas para favorecer os mais ricos e qual o que irá trabalhar para todos? Como a gente descobre quem é o político incorruptível num sistema tão corrupto?

[clara campos]

Poderia começar votando direito, em vez de eleger o Garotinho "porque é cristão" ou o Severino Cavalcante (sei lá por que...) ou o Maluf.
Deveriam ouvir os que prometem menos, em vez de automaticamente descartá-los em favor dos que prometem o que não podem cumprir.

E como é que a gente faz para descobrir qual é o politico honesto e qual o desonesto? qual o que irá trabalhar apenas para favorecer os mais ricos e qual o que irá trabalhar para todos? Como a gente descobre quem é o político incorruptível num sistema tão corrupto?

Em Portugal costuma-se dizer que o povo tem memória curta... muitas vezes se as pessoas se mantivessem informadas, e tivessem capacidade de analisar a propagandas de forma crítica e racional (toda a gente sabe que não se deve acreditar em promessas de campanha eleitoral, mas na hora da verdade, todos caiem nelas), muitos erros eleitorais pdoeriam ser evitados.

História portuguesa assumidamente parcial:

Aqui à uns anitos um playboy chamado Santana Lopes (com muito sucesso, vá-se lá saber porquê, entre as meninas de alta sociedade, vulgo betinhas ou tias), foi eleito para presidente da câmara da Figueira da Foz, uma das praias mais conhecidas do centro.
Santana fez muitas coisas boas pela Figueira: uma marginal bordejada de palmeiras (portugueses adoram palmeiras e tudo o que seja exótico ou tropicalês), casinos, bares, discotecas, melhores acessos à praia, etc e tal.
No fim do seu mandato a câmara da Figueira estava praticamente falida, e endividada até aos alicerces.

Uns anitos depois o menino de ouro do PSD concorreu à câmara de Lisboa e ganhou (como sempre).
Entretanto, com as presidências à porta (faltavam mais de dois anos), surgiram boatos de que ele se iria candidatar, e ele nada desmentia. Foi mesmo ao Vaticano prometer ao JP2 que constrruiria uma catedral caso viesse a ser presidente...

Uns mesitos depois, o nosso muito amado primeiro ministro de então, Durão Barroso (modo ironia, para quem não perceber) foi convidado (após 10 convites recusados a outras personalidades), para presidir a Comissão Europeia e, não obstante estar a meio do mandato, ele aceitou e fez as malas para bruxelas, em pleno Europeu2004.
Antes de apanhar o avião, deixou claro ao seu partido que Santana Lopes o devia suceder (apesar de ambos nunca se terem entendido politica e pessoalmente, e de as grandes personalidades do partido não estarem de acordo).
Assim foi, Santana Lopes tornou-se o primeiro-ministro português no verão de 2004 (Julho) e durante cerca de 6 meses transformou a política portuguesa num verdadeiro circo à moda antiga, com palhaços, trapezistas, contorcionistas, ilusionistas, etc. Não havia uma semana sem escândalos, o verdadeiro caos.
Em Fevereiro, o nosso mui sensato ex-presidente (que no meu coração será sempre o presidente) Jorge Sampaio dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas. Portugal respirou de alívio.
O PS ganhou a maioria absoluta à-vontadinha e o santaninha voltou para casa de beiço feito.

Se bem conheço os portugueses, é bem possível que daqui a uns anitos este espantalho volte em força, como já aconteceu a outros.
Nas últimas autárquicas, quase todos os candidatos que estavam indiciados em processos por corrupção foram re-eleitos (meos um que me lembre), inclusivé a famigerada Fátima Felgueiras que realizou o sonho de todo o bandido português e fugiu literalmente para o Brasil.

O povo tem culpa sim, de não votar em consciência, de não se informar, de ter memória curta. Males da democracia.

[Cris]

Poderia começar votando direito, em vez de eleger o Garotinho "porque é cristão" ou o Severino Cavalcante (sei lá por que...) ou o Maluf.
Deveriam ouvir os que prometem menos, em vez de automaticamente descartá-los em favor dos que prometem o que não podem cumprir.

E como é que a gente faz para descobrir qual é o politico honesto e qual o desonesto? qual o que irá trabalhar apenas para favorecer os mais ricos e qual o que irá trabalhar para todos? Como a gente descobre quem é o político incorruptível num sistema tão corrupto?

Em Portugal costuma-se dizer que o povo tem memória curta... muitas vezes se as pessoas se mantivessem informadas, e tivessem capacidade de analisar a propagandas de forma crítica e racional (toda a gente sabe que não se deve acreditar em promessas de campanha eleitoral, mas na hora da verdade, todos caiem nelas), muitos erros eleitorais pdoeriam ser evitados.

História portuguesa assumidamente parcial:

Aqui à uns anitos um playboy chamado Santana Lopes (com muito sucesso, vá-se lá saber porquê, entre as meninas de alta sociedade, vulgo betinhas ou tias), foi eleito para presidente da câmara da Figueira da Foz, uma das praias mais conhecidas do centro.
Santana fez muitas coisas boas pela Figueira: uma marginal bordejada de palmeiras (portugueses adoram palmeiras e tudo o que seja exótico ou tropicalês), casinos, bares, discotecas, melhores acessos à praia, etc e tal.
No fim do seu mandato a câmara da Figueira estava praticamente falida, e endividada até aos alicerces.

Uns anitos depois o menino de ouro do PSD concorreu à câmara de Lisboa e ganhou (como sempre).
Entretanto, com as presidências à porta (faltavam mais de dois anos), surgiram boatos de que ele se iria candidatar, e ele nada desmentia. Foi mesmo ao Vaticano prometer ao JP2 que constrruiria uma catedral caso viesse a ser presidente...

Uns mesitos depois, o nosso muito amado primeiro ministro de então, Durão Barroso (modo ironia, para quem não perceber) foi convidado (após 10 convites recusados a outras personalidades), para presidir a Comissão Europeia e, não obstante estar a meio do mandato, ele aceitou e fez as malas para bruxelas, em pleno Europeu2004.
Antes de apanhar o avião, deixou claro ao seu partido que Santana Lopes o devia suceder (apesar de ambos nunca se terem entendido politica e pessoalmente, e de as grandes personalidades do partido não estarem de acordo).
Assim foi, Santana Lopes tornou-se o primeiro-ministro português no verão de 2004 (Julho) e durante cerca de 6 meses transformou a política portuguesa num verdadeiro circo à moda antiga, com palhaços, trapezistas, contorcionistas, ilusionistas, etc. Não havia uma semana sem escândalos, o verdadeiro caos.
Em Fevereiro, o nosso mui sensato ex-presidente (que no meu coração será sempre o presidente) Jorge Sampaio dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas. Portugal respirou de alívio.
O PS ganhou a maioria absoluta à-vontadinha e o santaninha voltou para casa de beiço feito.

Se bem conheço os portugueses, é bem possível que daqui a uns anitos este espantalho volte em força, como já aconteceu a outros.
Nas últimas autárquicas, quase todos os candidatos que estavam indiciados em processos por corrupção foram re-eleitos (meos um que me lembre), inclusivé a famigerada Fátima Felgueiras que realizou o sonho de todo o bandido português e fugiu literalmente para o Brasil.

O povo tem culpa sim, de não votar em consciência, de não se informar, de ter memória curta. Males da democracia.

Aqui no Brasil Clara, não é muito diferente não, haja visto aqui em Brasília, por exemplo, o Arruda tem 56% da intenção de votos. Só para provar que Brasileiros e Brasilienses têm memória curtíssima, lamentável!

[clara campos]

É Cris, parece que a amnésia é uma mal global, e não localizado...

[Poindexter]

O povo tem culpa sim, de não votar em consciência, de não se informar, de ter memória curta.

Exato.

[Rhyan]

No Brasil nunca houve uma direita liberal e competente, pois o povo nunca compreendeu a lógica capitalista.
O povo tem culpa sim, pois cai como um pato nas mitologias canhota.

[Samael]

Matem a Lya Luft.

[rapha...]

Cuspa no prato onde come, Samuel.

[Cris]

Matem a Lya Luft.

Uai Sam, porque? Só porque ela falou a verdade?