Raça na Carteira de Identidade?

[clara campos]

é o caos!!!!!!!!!!!!!

[Hugo]

é o caos!!!!!!!!!!!!!

E o mais revoltante, Clara, é que a propaganda do PT alardeia o sistema de cotas como uma das grandes realizações do governo Lula. É triste, mas esse verme vai acabar vencendo.

[Poindexter]

é o caos!!!!!!!!!!!!!

Bem-vinda ao clube.

[clara campos]

A unica forma de discriminação positiva que conheço em portugal são as cotas para mulheres no parlamento. Por princípio sou contra elas, mas reconheço que nesta fase são necessárias para "educar" o povo, já que o acesso ao poder é muitas vezes negado às mulheres simplesmente por serem mulheres. Contudo, anseio pelo dia em que a discriminação positiva possa ser abolida de vez, e o mérito e competências do candidato seja valorizado em vez da existência, ou não, de um apêndice sexual.

[Flavio Costa]

A unica forma de discriminação positiva que conheço em portugal são as cotas para mulheres no parlamento. Por princípio sou contra elas, mas reconheço que nesta fase são necessárias para "educar" o povo, já que o acesso ao poder é muitas vezes negado às mulheres simplesmente por serem mulheres.

Ora, mas é justamente esse o argumento que defende as cotas para negros, já que eles são desfavorecidos simplesmente pela cor.

O bom nesse mundo é ser homem branco, todo o resto sai no prejuízo.

Só que dar vagas para negros é mais fácil que melhorar o sistema educacional, então...

[Najma]

Essa aberração está perigando ser aplicada na totalidade das universidades brasileiras, e não parece haver muita moblização contrária.

No mínimo e dentro da maioria, sempre tem alguém pensando em algum dia tirar proveito disso e por isso não se diz nada... principalmente os comprovadamente brasileiros, sem ascendência européia imediata, como é o meu caso e dos meus filhotes. Eles vão ter que se esforçar MESMO.

[user f.k.a. Cabeção]

A unica forma de discriminação positiva que conheço em portugal são as cotas para mulheres no parlamento. Por princípio sou contra elas, mas reconheço que nesta fase são necessárias para "educar" o povo, já que o acesso ao poder é muitas vezes negado às mulheres simplesmente por serem mulheres.

Ora, mas é justamente esse o argumento que defende as cotas para negros, já que eles são desfavorecidos simplesmente pela cor.

O bom nesse mundo é ser homem branco, todo o resto sai no prejuízo.

Em que tipo de situação o negro é "desfavorecido" por ser negro?

Do que você está falando? Vivemos numa espécie de regime "Jimmy Crown" ou num apartheid?

E não venha com essa de que "a sociedade descrimina", e toda essa baboseira muito repetida e pouco comprovada.

A ação afirmativa não contribui em nada com a diminuição da discriminação, tendo efeito muitas vezes contrário, pois cria tensões raciais num país que nunca as teve.

E se cotas para negros é racismo, cotas para pobres incide no populismo, e para estudantes de colégios públicos no corporativismo, e para integrantes do MST no comunismo terrorista prático, males que devem ser extirpados de qualquer Estado que queira se dizer de Direito e democrático.

[clara campos]

A unica forma de discriminação positiva que conheço em portugal são as cotas para mulheres no parlamento. Por princípio sou contra elas, mas reconheço que nesta fase são necessárias para "educar" o povo, já que o acesso ao poder é muitas vezes negado às mulheres simplesmente por serem mulheres.

Ora, mas é justamente esse o argumento que defende as cotas para negros, já que eles são desfavorecidos simplesmente pela cor.

O bom nesse mundo é ser homem branco, todo o resto sai no prejuízo.

Só que dar vagas para negros é mais fácil que melhorar o sistema educacional, então...

Não é a mesma situação Flávio (já te disse que tens o nome do meu irmão? ).

Repara que:
-as mulheres NÃO são uma minoria, nem nunca foram, pelo contrário.
-o acesso à universidade é automático (pela nota) (ou não), e quem corrige o exame não sabe a cor do examinado, logo como pode ser o corrector acusado de discriminação?

[Poindexter]

Ora, mas é justamente esse o argumento que defende as cotas para negros, já que eles são desfavorecidos simplesmente pela cor.

Discordo.

Para mim, a discriminação que ocorre no Brasil não é racial, mas sim social. Talvez um ou outro negro seja, logicamente... afinal, é lógico que sempre haverão uns ou outros racistas em qualquer país do mundo, mas repito: a discriminação que identifico no país é a social: negros vão pior que brancos porque, sendo mais pobres que eles, possuem menos acesso às escolas privadas.

A solução é o que você já disse, clara: MELHORAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA pré-universitária, mas não vendendo o voto por um chinelo e esperando cair do céu que os políticos façam isso...

O Vestibular ERA CEGO PARA A COR... SÓ ESTÁ DEIXANDO AGORA DE SER JUSTAMENTE POR CAUSA DESSA ESTÓRIA DE QUOTAS.

[Hugo]

Acho que era ironia do Flávio.

[clara campos]

Aí no Brasil o ensino privado é superior ao público?

[Hugo]

Aí no Brasil o ensino privado é superior ao público?

Só até o ensino médio. As faculdades públicas são superiores às privadas(se bem que nas primeiras tem greve quase toda hora).

[Poindexter]

Em que tipo de situação o negro é "desfavorecido" por ser negro?

Do que você está falando? Vivemos numa espécie de regime "Jimmy Crown" ou num apartheid?

E não venha com essa de que "a sociedade descrimina", e toda essa baboseira muito repetida e pouco comprovada.

A ação afirmativa não contribui em nada com a diminuição da discriminação, tendo efeito muitas vezes contrário, pois cria tensões raciais num país que nunca as teve.

E se cotas para negros é racismo, cotas para pobres incide no populismo, e para estudantes de colégios públicos no corporativismo, e para integrantes do MST no comunismo terrorista prático, males que devem ser extirpados de qualquer Estado que queira se dizer de Direito e democrático.

Where do I sign?

[Poindexter]

Aí no Brasil o ensino privado é superior ao público?

Só até o ensino médio. As faculdades públicas são superiores às privadas(se bem que nas primeiras tem greve quase toda hora).

Ela talvez não conheça o conceito de "Ensino Médio", Kramer...

Até a universidade, o sistema particular é melhor, sim, clara, e bem melhor.

Depois, o sistema público é bem melhor, porque no geral as universidades privadas só querem ganhar dinheiro recebendo mensalidades e distribuindo diplomas no final, clara, e não ensinar, porque isso acarretaria custos para elas (apelidamos isso de "esquema PP": "pagou-passou")...

... salvo casos de alguns cursos onde não dá para enrolar, como Medicina, pois não podem depois os formados saírem matando os pacientes, ou cursos que necessitem de aparelhagem cara que o Estado demora para pôr nas universidades públicas, e aí as privadas compram e dão os cursos.

Outro problema das universidades privadas, clara: os alunos são piores que os das públicas, porque, logicamente, quem consegue passar para as públicas nelas fica. Desta forma, o corpo discente das privadas é majoritariamente composta por pessoas recusadas pelas públicas.

[Viper]

A unica forma de discriminação positiva que conheço em portugal são as cotas para mulheres no parlamento. Por princípio sou contra elas, mas reconheço que nesta fase são necessárias para "educar" o povo, já que o acesso ao poder é muitas vezes negado às mulheres simplesmente por serem mulheres. Contudo, anseio pelo dia em que a discriminação positiva possa ser abolida de vez, e o mérito e competências do candidato seja valorizado em vez da existência, ou não, de um apêndice sexual.

Eu não sei como é o esquema eleitoral aí em Portugal, mas se as pessoas elegem diretamente os parlamentares através do voto (como ocorre aqui no Brasil), essas cotas para mulheres no Parlamento são uma grande palhaçada, assim como as cotas para negros adotadas por algumas universidades brasileiras. Oras, se o povo quiser representantes do sexo feminino no Parlamento, que vote nas mulheres que considerar dignas de sua confiança (o mesmo para os representantes do sexo masculino). Do mesmo modo, existem aqui no Brasil negros, brancos e pardos vivendo em situação precária, o que dificulta uma eventual competição com pessoas que possuem uma renda superior (note que há um caráter SOCIAL nesta desigualdade e não racial, até porque existem poucos brancos e negros na maior parte do Brasil - com possível exceção dos estados do sul, que possuem uma população branca mais significativa e da Bahia, uma estado do nordeste brasileiro que possui muitos negros - a maior parte da população é parda (misturada) e está distribuída em diferentes camadas sociais). Mas aí vem a questão: o que diabos um cara que possui uma situação social melhor tem haver com os problemas de outras pessoas?! Por qual razão ele deveria ser punido (sim, pois perder uma vaga em uma universidade pública por questões puramente raciais e/ou sociais é uma punição completamente irracional imposta pelo Estado)?! Os defensores das políticas de cotas (indivíduos dementes) jamais serão capazes de fornecer uma resposta satisfatória para isso. Infelizmente, contudo, esse câncer dessas cotas (raciais e/ou sociais) não recebeu qualquer combate significativo até o momento e, possívelmente, irá se ampliar com o tempo. Enfim, uma situação lamentável...

[user f.k.a. Cabeção]

Aí no Brasil o ensino privado é superior ao público?

Até o ensino médio, as únicas escolas públicas com alguma qualidade são as de orientação militar, as técnicas, os colégios-aplicação de universidades e algumas tradicionais, como o Colégio Pedro II. Embora a maioria delas esteja decadente e faltem recursos, ainda oferecem formação acima da média, e todas elas são acessíveis por meio de concurso ou de sorteio.

Já a maioria das escolas públicas, as municipais e estaduais, tem um ensino precário, com professores mal-remunerados e muitas vezes (embora nem sempre) com péssima formação, além de terem de lidar com problemas como tráfico de drogas dentro e fora dos muros, ameaças a professores e diretores, vandalismo, falta de recursos e etc.

No ensino superior, as universidades públicas em geral são mais concorridas, mas isso não significa necessariamente que sejam melhores. Muitos cursos só são oferecidos por elas, como os cursos de orientação mais científica ou acadêmica, pois não há tanto interesse neles pelas particulares. Há todo tipo de problema existente quando falamos de instituições estatais, como desvios e má gerência da verba volumosa que o Estado destina a essas instituições perdulárias, professores e funcionários constantemente em greves, e protegidos pelos imensos direitos trabalhistas dos funcionários públicos, falta de incentivos financeiros e de parcerias com empresas privadas, etc, etc.

Por mais que ainda concentrem a maior parte da produção científica do país, essas universidades são muito mais geradoras de atraso, pois consomem recursos públicos a grande velocidade, além de servirem de repositório de comunistas (alunos, professores e funcionários) mais preocupados em fumar maconha e reivindicar sei lá o quê do quê em aprender e ensinar.

Assim, as universidades particulares, apesar de se servirem em grande parte dos "alunos que não conseguiram passar para as públicas", mostram índices de crescimento muito maiores, além de oferecerem uma infraestrutura funcional, muita organização e eficiência. O nível dos professores é basicamente o mesmo, aliás, muitos dão aulas em instituições públicas e privadas, embora isso seja tecnicamente ilegal.

[Res Cogitans]

Eu quero cota para usuários de fóruns ateístas cujos nicks sejam em latim.

[Flavio Costa]

Não é a mesma situação Flávio (já te disse que tens o nome do meu irmão? ).

Estou sabendo agora.

-as mulheres NÃO são uma minoria, nem nunca foram, pelo contrário.

Aqui no Brasil os negros não são "minoria", são uma enorme parcela da população. Quem defende as cotas para negros, lembra que a proporção de negros (daqueles que assim se declaram) na universidade é muito menor que a proporção de negros (daqueles que assim se declaram) na população do país.

-o acesso à universidade é automático (pela nota) (ou não), e quem corrige o exame não sabe a cor do examinado, logo como pode ser o corrector acusado de discriminação?

Aqui eu tenho que responder o questionamento do Cabeção e do Poindexter. É claro que, no vestibular, a cor do candidato é indiferente. Eu de fato penso o seguinte:

1) O homem branco é o perfil ideal para o sucesso na maioria das sociedades ao redor do mundo.

2) A maior parte dos problemas que se atribui à falta de oportunidades dos negros, na verdade é a falta de oportunidade dos pobres, já que aqui a maioria negra é pobre. Tanto por isso que eu digo que o mínimo que o governo deveria fazer é substituir o sistema de cotas para negros por cotas para pobres, ainda que a solução correta seja a melhoria da educação acessível à população carente.

3) Uma das infelicidades do sistema de cotas para negros é que ele só tende a aumentar a discriminação, além de cair na infeliz necessidade de determinar quem realmente é negro. Tais problemas são menos sérios no sistema de cotas para pobres. É verdade que essa alternativa é populista, mas não é uma ação populista com o único fim de agradar a população carente e sim de fornecer condições de ascensão social a quem não tem, então ela é mais capaz de reduzir tensões sociais.

4) Existe o problema do racismo que realmente desfavorece os negros, mas vide 2). Um negro mais competente e qualificado que um branco provavelmente vai conseguir a vaga deste, mas se ambos tiverem perfil próximo e dependendo do recrutador e do tipo de emprego, o negro pode estar em desvantagem. Assim como gente feia tem desvantagem na maioria dos empregos que lidam com o público.

[clara campos]

Até a universidade, o sistema particular é melhor, sim, clara, e bem melhor.

puxa, k pena!por cá, salovo raras excepções o público é melhor, até porque os professores são melhor pagos que no privado...

Depois, o sistema público é bem melhor, porque no geral as universidades privadas só querem ganhar dinheiro recebendo mensalidades e distribuindo diplomas no final, clara, e não ensinar, porque isso acarretaria custos para elas (apelidamos isso de "esquema PP": "pagou-passou")...

tal como cá, salvo algumas excepções

... salvo casos de alguns cursos onde não dá para enrolar, como Medicina, pois não podem depois os formados saírem matando os pacientes, ou cursos que necessitem de aparelhagem cara que o Estado demora para pôr nas universidades públicas, e aí as privadas compram e dão os cursos.

cá as universidades privadas não podem ter cursos de medicina (nem ensino, se não estou em erro).

Outro problema das universidades privadas, clara: os alunos são piores que os das públicas, porque, logicamente, quem consegue passar para as públicas nelas fica. Desta forma, o corpo discente das privadas é majoritariamente composta por pessoas recusadas pelas públicas

o mesmo deste lado do atlântico

[clara campos]

Não é a mesma situação Flávio (já te disse que tens o nome do meu irmão? ).

Estou sabendo agora.

-as mulheres NÃO são uma minoria, nem nunca foram, pelo contrário.

Aqui no Brasil os negros não são "minoria", são uma enorme parcela da população. Quem defende as cotas para negros, lembra que a proporção de negros (daqueles que assim se declaram) na universidade é muito menor que a proporção de negros (daqueles que assim se declaram) na população do país.

-o acesso à universidade é automático (pela nota) (ou não), e quem corrige o exame não sabe a cor do examinado, logo como pode ser o corrector acusado de discriminação?

Aqui eu tenho que responder o questionamento do Cabeção e do Poindexter. É claro que, no vestibular, a cor do candidato é indiferente. Eu de fato penso o seguinte:

1) O homem branco é o perfil ideal para o sucesso na maioria das sociedades ao redor do mundo.

2) A maior parte dos problemas que se atribui à falta de oportunidades dos negros, na verdade é a falta de oportunidade dos pobres, já que aqui a maioria negra é pobre. Tanto por isso que eu digo que o mínimo que o governo deveria fazer é substituir o sistema de cotas para negros por cotas para pobres, ainda que a solução correta seja a melhoria da educação acessível à população carente.

3) Uma das infelicidades do sistema de cotas para negros é que ele só tende a aumentar a discriminação, além de cair na infeliz necessidade de determinar quem realmente é negro. Tais problemas são menos sérios no sistema de cotas para pobres. É verdade que essa alternativa é populista, mas não é uma ação populista com o único fim de agradar a população carente e sim de fornecer condições de ascensão social a quem não tem, então ela é mais capaz de reduzir tensões sociais.

4) Existe o problema do racismo que realmente desfavorece os negros, mas vide 2). Um negro mais competente e qualificado que um branco provavelmente vai conseguir a vaga deste, mas se ambos tiverem perfil próximo e dependendo do recrutador e do tipo de emprego, o negro pode estar em desvantagem. Assim como gente feia tem desvantagem na maioria dos empregos que lidam com o público.

concordo.

[user f.k.a. Cabeção]

1) O homem branco é o perfil ideal para o sucesso na maioria das sociedades ao redor do mundo.

Numa sociedade capitalista, o perfil das pessoas bem sucedidas invariavelmente mescla doses de empreendedorismo, senso de oportunidade, esforço, auto-confiança, talento e sorte.

Isso é independente da cor da pele.

Agora se existe uma espécie de "cultura branca" onde se cultivam tais valores, e uma "cultura negra" onde eles são vistos como desejo de sair da comunidade para morar do outro lado da linha do trem, isso é um problema que os próprios negros tem de resolver entre si, de mudar suas próprias perspectivas.

E não ficar mendigando cotas por causa disso ou daquilo. Pois a menos que se admita uma diferença de capacidades inerente entre negros e brancos, qualquer tipo de cota é completamente imoral.

2) A maior parte dos problemas que se atribui à falta de oportunidades dos negros, na verdade é a falta de oportunidade dos pobres, já que aqui a maioria negra é pobre. Tanto por isso que eu digo que o mínimo que o governo deveria fazer é substituir o sistema de cotas para negros por cotas para pobres, ainda que a solução correta seja a melhoria da educação acessível à população carente.

Nem uma coisa nem outra. Universidade não é caridade, a Universidade deve prestar seu serviço formando os melhores dentre aqueles que se adequarem as exigências.

Ainda mais no Brasil, onde o sistema de ensino superior público concentra basicamente toda a esfera acadêmica e tecnológica, restando as particulares apenas os nichos de tecnólogos, e de Direito e Medicina devido à elevada procura.

O que pode ser feito para viabilizar o ingresso de pessoas de menor renda nas universidades é a criação de horários flexíveis, para que as pessoas possam trabalhar e estudar simultaneamente, além é claro, de uma reestruturação da legislação trabalhista e uma reforma tributária que possibilite ao empregador oferecer estágios remunerados e empregos de meio-período, que são freqüentes nos países desenvolvidos mas por aqui são impraticáveis dados os encargos existentes.

Em muitas Universidades americanas os alunos sem renda para custear seus estudos fazem serviços auxiliares e administrativos na própria universidade, e até são remunerados para tal. Em outros casos existem os créditos educativos, onde o estudante contrai uma dívida que será paga à Universidade depois que ele estiver formado e empregado. Também existem as bolsas meritocráticas, para os alunos mais brilhantes, e também para os que se destacam na prática de esportes.

Ou seja, a "saída" não está em abrir as pernas e deixar qualquer desqualificado entrar por fazer parte de uma classe desfavorecida, mas facilitar o ingresso daqueles que, em razão de sua condição, financeira não podem cursar a Universidade, pois tem de trabalhar.

É claro que também devem ser feitos investimentos nos ensinos básicos, mas muitas pessoas apontam isso como fórmula milagrosa para o sucesso, o que não é verdade. Exemplos como o da Coréia do Sul, da Espanha e da Irlanda mostram que essa fórmula é boa, mas precisa vir acompanhada de uma abertura econômica e da adoção de princípios liberais, caso contrário será tão inócua para a geração de riquezas como o foi para Cuba.

3) Uma das infelicidades do sistema de cotas para negros é que ele só tende a aumentar a discriminação, além de cair na infeliz necessidade de determinar quem realmente é negro. Tais problemas são menos sérios no sistema de cotas para pobres. É verdade que essa alternativa é populista, mas não é uma ação populista com o único fim de agradar a população carente e sim de fornecer condições de ascensão social a quem não tem, então ela é mais capaz de reduzir tensões sociais.

Cotas raciais são propostas que sequer merecem ser discutidas dadas as proporções absurdas de suas contradições.

Se a maioria dos pobres é negra, e vice-versa, é de se esperar que com as facilidades estendidas somente para os pobres, a parcela negra majoritária seja a maior beneficiada, e assim, passe a ocupar mais vagas. E oferecendo reserva para negros simplesmente, a pequena minoria de negros ricos será muito favorecida pelo simples fato de gozarem de dois "privilégios": o de serem ricos e de pertencerem a um grupo hipoteticamente excluído.

Ou seja, mesmo no contexto em que a reserva de vagas para pobres é algo justo, o que jamais afirmaria ser, cotas raciais são uma grande estupidez.

Já as "cotas-pobreza", como eu disse, são muito mais um instrumento de uso político populista do que uma ferramenta de "inclusão social" (odeio esse termo), pois na medida que não forem criadas condições para que o pobre freqüente uma universidade, criar vagas para ele é apenas desperdiçar tempo e dinheiro.

E, por condições, não me refiro a "vales-alimentação-transporte-maconha-&-prostituta" custeados com o dinheiro dos pagadores de impostos, e sim por meios que permitam a esse pobre se sustentar sozinho (isto é, sem ajuda do governo), trabalhando, e ao mesmo tempo adquirindo formação acadêmica superior.

4) Existe o problema do racismo que realmente desfavorece os negros, mas vide 2). Um negro mais competente e qualificado que um branco provavelmente vai conseguir a vaga deste, mas se ambos tiverem perfil próximo e dependendo do recrutador e do tipo de emprego, o negro pode estar em desvantagem. Assim como gente feia tem desvantagem na maioria dos empregos que lidam com o público.

Quando é caracterizado o racismo como um fator que desfavorece um negro em determinada situação, o mesmo tem sempre à sua disposição o direito de processar quem quer que tenha cometido tal discriminação.

Um empregador tem o direito de usar qualquer critério para contratar seus funcionários. Muitos negros, como a ex-governadora do Rio, Benedita da Silva ( PT ), usam do critério racial para compor seu staff sem que por isso sejam chamados de racistas.

[clara campos]

Eu não sei como é o esquema eleitoral aí em Portugal, mas se as pessoas elegem diretamente os parlamentares através do voto (como ocorre aqui no Brasil), essas cotas para mulheres no Parlamento são uma grande palhaçada, assim como as cotas para negros adotadas por algumas universidades brasileiras.

As eleições para o parlamento não são directas. O pessoal vota num partido, e é o partido que estabelece a lista de deputados por ordem. Imagina que um partiudo faz uma lista hierarquizada de 100 nomes, e consegue eleger 40 deputados. São os 40 primeiros (k a maioria do pessoal não sabe quem são, ou só conhece os três-quatro primeiros) k ficam no parlamento. -ou seja, são os partidos, e não o povo, que escolhe os deputados, o povo só escolhe o nº de deputados por partido.

Oras, se o povo quiser representantes do sexo feminino no Parlamento, que vote nas mulheres que considerar dignas de sua confiança (o mesmo para os representantes do sexo masculino).

Explicado acima.

Do mesmo modo, existem aqui no Brasil negros, brancos e pardos vivendo em situação precária, o que dificulta uma eventual competição com pessoas que possuem uma renda superior (note que há um caráter SOCIAL nesta desigualdade e não racial, até porque existem poucos brancos e negros na maior parte do Brasil - com possível exceção dos estados do sul, que possuem uma população branca mais significativa e da Bahia, uma estado do nordeste brasileiro que possui muitos negros - a maior parte da população é parda (misturada) e está distribuída em diferentes camadas sociais). Mas aí vem a questão: o que diabos um cara que possui uma situação social melhor tem haver com os problemas de outras pessoas?! Por qual razão ele deveria ser punido (sim, pois perder uma vaga em uma universidade pública por questões puramente raciais e/ou sociais é uma punição completamente irracional imposta pelo Estado)?!

Já dei a minha opinião e, tal como me foi exposto aqui o assunto, não concordo com cotas raciais para entradas na universidade.

[clara campos]

Até o ensino médio, as únicas escolas públicas com alguma qualidade são as de orientação militar, as técnicas, os colégios-aplicação de universidades e algumas tradicionais, como o Colégio Pedro II. Embora a maioria delas esteja decadente e faltem recursos, ainda oferecem formação acima da média, e todas elas são acessíveis por meio de concurso ou de sorteio.

Já a maioria das escolas públicas, as municipais e estaduais, tem um ensino precário, com professores mal-remunerados e muitas vezes (embora nem sempre) com péssima formação, além de terem de lidar com problemas como tráfico de drogas dentro e fora dos muros, ameaças a professores e diretores, vandalismo, falta de recursos e etc.

No ensino superior, as universidades públicas em geral são mais concorridas, mas isso não significa necessariamente que sejam melhores. Muitos cursos só são oferecidos por elas, como os cursos de orientação mais científica ou acadêmica, pois não há tanto interesse neles pelas particulares. Há todo tipo de problema existente quando falamos de instituições estatais, como desvios e má gerência da verba volumosa que o Estado destina a essas instituições perdulárias, professores e funcionários constantemente em greves, e protegidos pelos imensos direitos trabalhistas dos funcionários públicos, falta de incentivos financeiros e de parcerias com empresas privadas, etc, etc.

Relativamente ao ensino pré-universitário:
Felizmente que em Portugal o ensino público (em todos os níveis) é geralmente superior ao privado. Existe por norma mais corrupção no privado (k não tem tantas contas a apresentar ao ministério), os professores do público são melhor pagos e escolhidos pela média (não que eu concorde com isto, que aliás vai mudar brevemente, mas sempre é melhor do que a metodologia factor X - cunha - do privado)
Nenhum professor vai para o privado se puder ir para o público,
embora também hajam mais greves nas públicas, os professores são geralmente mais dedicados porque têm mais regalias, mais liberdade, mais condições, mais poder decisivo, etc.

No ensino superior, as universidades públicas em geral são mais concorridas, mas isso não significa necessariamente que sejam melhores. Muitos cursos só são oferecidos por elas, como os cursos de orientação mais científica ou acadêmica, pois não há tanto interesse neles pelas particulares. Há todo tipo de problema existente quando falamos de instituições estatais, como desvios e má gerência da verba volumosa que o Estado destina a essas instituições perdulárias, professores e funcionários constantemente em greves, e protegidos pelos imensos direitos trabalhistas dos funcionários públicos, falta de incentivos financeiros e de parcerias com empresas privadas, etc, etc.

Por mais que ainda concentrem a maior parte da produção científica do país, essas universidades são muito mais geradoras de atraso, pois consomem recursos públicos a grande velocidade, além de servirem de repositório de comunistas (alunos, professores e funcionários) mais preocupados em fumar maconha e reivindicar sei lá o quê do quê em aprender e ensinar.

Assim, as universidades particulares, apesar de se servirem em grande parte dos "alunos que não conseguiram passar para as públicas", mostram índices de crescimento muito maiores, além de oferecerem uma infraestrutura funcional, muita organização e eficiência. O nível dos professores é basicamente o mesmo, aliás, muitos dão aulas em instituições públicas e privadas, embora isso seja tecnicamente ilegal.

AS universidade públicas também são por norma melhores que as privadas, principalmente nas áreas científicas. Continua a existir mais corrupção nas privadas e, quase só mkeninos ricos com médias baixas optam pelas privadas, que geralmente têm piores condições (nem sempre). Existem alguns cursos e univ. execpcionais, mas esta é a regra.

A grande maioria dos professores são de esquerda, mas não comunistas. Aliás, a associação comunista-esquerda que aparentemente se faz no brasil não é tão óbvia em portugal. A maioria das pessoas são de esquerda, ou centro esquerda, mas não comunistas (cerca de 90% d pop. é católica, embora a ICAR em Portugal estar associada a políticas sociais direitistas).

Devo realçar que, apesar de o nosso ensino público ser em geral bem melhor que o privado (que funciona de forma empresarial), o ensino português não é nada bom, e necessita de algumas grandes mudanças, a começar pela formação e selecção de professores, envolvimento dos pais na educação dos filhos, e tanto mais que teriamos de abrir outro tópico só para falar disso! (circula aí uma anedota engraçada... um diplomata português interpela o suiço e diz-lhe com ar de gozo: "porque raio têm um ministério do mar se não têm fronteiras marítimas?" e responde-lhe o suiço "ora essa! e para que querem vocês um ministério da educação??" - por isso já estás a ver...)
Contudo, sou uma pessoa de "fé", e creio que com muito trabalho, estudo e esforço, puderemos melhorar.

[Ayyavazhi]

é o caos!!!!!!!!!!!!!

E o mais revoltante, Clara, é que a propaganda do PT alardeia o sistema de cotas como uma das grandes realizações do governo Lula. É triste, mas esse verme vai acabar vencendo.

E o pior é que é verdade. O Brasil é um país tão repleto de imbecilidade, que uma sandice é comemorada como vitória.

[Flavio Costa]

Agora se existe uma espécie de "cultura branca" onde se cultivam tais valores, e uma "cultura negra" onde eles são vistos como desejo de sair da comunidade para morar do outro lado da linha do trem, isso é um problema que os próprios negros tem de resolver entre si, de mudar suas próprias perspectivas.

Concordo, embora dificilmente a massa pobre e negra vai conseguir sair dessa sozinha, assim como as mulheres só adquiriram equiparação em seus direitos sociais porque homens contribuiram com a causa.

O que pode ser feito para viabilizar o ingresso de pessoas de menor renda nas universidades é a criação de horários flexíveis, para que as pessoas possam trabalhar e estudar simultaneamente

Acho que não ia resolver, pois os empregos são mal-remunerados e as universidades muito caras até mesmo para um orçamento da classe média.

Também existem as bolsas meritocráticas, para os alunos mais brilhantes, e também para os que se destacam na prática de esportes.

Isso é bom, embora o governo não queira liberar verba nem para pagar professores e comprar papel higiênico, quanto mais financiar atletas.

É claro que também devem ser feitos investimentos nos ensinos básicos, mas muitas pessoas apontam isso como fórmula milagrosa para o sucesso, o que não é verdade. (...) caso contrário será tão inócua para a geração de riquezas como o foi para Cuba.

Cuba tem uma economia modesta e, principalmente, é uma ilhota caribenha comunista. Não teria como gerar riquezas, seja quais forem as condições.

Se a maioria dos pobres é negra, e vice-versa, é de se esperar que com as facilidades estendidas somente para os pobres, a parcela negra majoritária seja a maior beneficiada, e assim, passe a ocupar mais vagas.

É o que eu penso, se o governo tem duas opções igualmente fáceis de implemetar (aliás, a cota para pobres seria até menos complicada), deveria escolher a menos pior.

Já as "cotas-pobreza", como eu disse, são muito mais um instrumento de uso político populista do que uma ferramenta de "inclusão social" (odeio esse termo), pois na medida que não forem criadas condições para que o pobre freqüente uma universidade, criar vagas para ele é apenas desperdiçar tempo e dinheiro.

E, por condições, não me refiro a "vales-alimentação-transporte-maconha-&-prostituta" custeados com o dinheiro dos pagadores de impostos, e sim por meios que permitam a esse pobre se sustentar sozinho (isto é, sem ajuda do governo), trabalhando, e ao mesmo tempo adquirindo formação acadêmica superior.

Em geral o pobre não tem problema para se sustentar na universidade pública, tem problema para entrar. Então, condições financeiras a maioria tem. O que se costuma alegar é que o pobre não tem uma base educacional para ter bom rendimento acadêmico. Bem, a verdade é que a maioria do que se aprende no ensino médio não é necessário para todos os cursos. Então o governo poderia fazer um "processo seletivo dos pobres", antes de entrarem na universidade fariam cursos específicos das disciplinas que fossem importantes para o curso que escolheram (por exemplo, Matemática para curso de Física, Português para Letras e Inglês para Relações Internacionais) e os que fossem os melhores colocados nesse processo seriam admitidos na universidade. Mas é claro, isso já é mais difícil do que simplesmente dar as vagas.

Quando é caracterizado o racismo como um fator que desfavorece um negro em determinada situação, o mesmo tem sempre à sua disposição o direito de processar quem quer que tenha cometido tal discriminação.

Nem sempre é fácil caracterizar que houve racismo. Um negro que perde um emprego geralmente não tem como saber se outro foi escolhido só porque tinha "boa aparência".

Um empregador tem o direito de usar qualquer critério para contratar seus funcionários. Muitos negros, como a ex-governadora do Rio, Benedita da Silva ( PT ), usam do critério racial para compor seu staff sem que por isso sejam chamados de racistas.

Mas é racismo, só não é amplamente condenado porque favorece um grupo teoricamente desfavorecido.