As Farc ensinam suas técnicas a integrantes do MST e a quadrilhas de traficantes do Rio e de São Paulo
Correio Braziliense
Assunto: Política
Título: 1a Guerrilha treina sem-terra
Data: 30/10/2005
Crédito: Maria Clara Prates
As Farc ensinam suas técnicas a integrantes do MST e a quadrilhas de traficantes do Rio e de São Paulo
Maria Clara Prates
Do Estado de Minas
Enviada especial ao Paraguai
Relatórios de serviços de inteligência indicam que cursos foram dados numa fazenda na fronteira do Paraguai com o Brasil onde há criação de gado
Rede de empresas em Pindoty Porã é investigada
Salto del Guayrá — A presença do grupo guerrilheiro colombiano Forças Armadas Revoluncionárias da Colômbia (Farc) no Brasil não se restringe hoje apenas à montagem de bases estratégicas para o tráfico de drogas e armas na selva amazônica. As ações das Farc incluem o treinamento de criminosos e líderes de movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Os centros estão montados estrategicamente na fronteira do Brasil com o Paraguai. Relatórios sigilosos em poder de autoridades brasileiras e paraguaias registram a ocorrência de pelo menos três cursos sobre técnicas de guerrilha destinados a brasileiros, realizados este ano – em maio, julho e agosto – na região de Pindoty Porã, departamento de Canindeyú, no Paraguai, cidade na fronteira com o Mato Grosso do Sul e o Paraná.
Pelo menos um desses cursos, sobre técnicas de primeiro socorros e contra-informação, que aconteceu entre 22 e 24 de julho, teve como público alvo integrantes do MST dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Sob a batuta dos mesmos instrutores colombianos, o último treinamento, que aconteceu em 29 de agosto, foi destinado a integrantes de quadrilhas responsáveis pela segurança de pontos de distribuição de drogas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na instrução, foram repassadas aos alunos brasileiros informações sobre uso em guerrilha urbana.
A escolha da região de Pindoty Porã pelas Farc não é aleatória. O local vem sendo usado, há pelo menos dois anos, como ponto estratégico para o tráfico de maconha, cocaína e armas, que prospera com a conivência de autoridades paraguaias e sob o beneplácito da frágil legislação daquele país.
Difícil acesso
Os levantamentos do Serviço de Inteligência Externa da Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia revelam que um dos locais utilizados como centro de treinamento das Farc no Paraguai é a fazenda do brasileiro Dioclésio Festa, acusado de controlar o tráfico de cocaína no Sul do Brasil usando a rota de Salto del Guayrá. Sua propriedade está localizada no município de Itanarã e é equipada com pista de pouso para facilitar as ações.
O acesso é por precárias estradas vicinais de terra batida. Só quem conhece bem o local consegue chegar à fazenda. Uma grande reserva de mata de cerrado, protegida com recursos do Banco Mundial, torna ainda mais difícil o acesso e o patrulhamento eficiente da região. No local, está instalado um posto do Exército paraguaio semi-abandonado. Pistas de pouso clandestinas também cortam toda a área. No período de capacitação dos sem-terra, o tempo ruim, com chuvas e baixíssimas temperaturas, comprometeu os exercícios externos e todo o curso aconteceu nas salas de aula.
Os relatórios trocados entre Brasil e Paraguai garantem existir um grande interesse das Farc em brasileiros, que nos últimos anos têm sido parceiros da guerrilha em atividades ilícitas como o tráfico de drogas e de armas. Eles confirmam também que os cursos ministrados pelas Farc são destinados a entidades civis organizadas e citam nominalmente o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Nos documentos, existem fartas informações sobre os instrutores dos treinamentos, que se escondem sob o manto dos codinomes.
Um dos colombianos responsável pelo treinamento de brasileiros é descrito como um homem com pleno domínio da língua portuguesa, mas que não consegue esconder o seu forte sotaque castelhano. É especialista em guerrilha rural e ideologia política, mas ensina também a manejar explosivos e pistolas e é um expert em artes marciais. Segundo os relatos dos serviços de informação, o instrutor é uma pessoa muito conhecida na fronteira e transita com desenvoltura por toda a região. Os serviços de inteligência do Brasil e do Paraguai tentam agora descobrir sua verdadeira identidade e, a partir disso, chegar ao restante do grupo — que muda conforme a técnica a ser repassada e o público alvo.
A coordenação geral do MST informou, através de sua assessoria de imprensa, em São Paulo, que não tem conhecimento da participação de integrantes do movimento em treinamentos promovidos pelas Farc no Paraguai. Segundo a assessoria, não é a primeira vez que o movimento é alvo de acusações infundadas. A coordenação ressaltou que o MST mantém relações de intercâmbio apenas com organizações camponesas na América Latina.
OS ALUNOS
Estes são alguns dos brasileiros que segundo investigações participaram dos cursos no Paraguai
Nome usado no Brasil - Nome usado no curso
João José Saracuna
Franz Marimbondo
Severo Corticeira
Pereira Neguinho
Nunes Bem-te-vi
Alfeu Furão
Sebastião Pescador
Brasil Viajante
Ministério das Relações Exteriores (clipping): http://www.mre.gov.br/portugues/noticia ... Imprime=on
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