Bandidos "inocentes" são vítimas da sociedade ...
- Fernando Silva
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Bandidos "inocentes" são vítimas da sociedade ...
"O Globo" 29/05/2006
MORTOS E VIVOS
Não se pode, de nenhuma maneira, minimizar o que aconteceu em São Paulo, com a criminalidade tomando conta do estado e agindo como se uma espécie de Estado fosse. Normalmente, esse tipo de acontecimento é, logo depois, considerado um mero episódio ao sair dos olhares da mídia e os mais favorecidos socialmente se voltam para medidas complementares no que diz respeito à sua segurança privada. Um dos pontos sobre o qual a maioria dos filósofos modernos está de acordo consiste em que a função primeira do Estado reside em assegurar a paz pública. Autores tão distintos como Hobbes, Humboldt e Hegel consideram que a segurança dos cidadãos é a condição mesma de existência do Estado e das liberdades que podem, assim, se desenvolver.
Por vários anos, se impôs nas universidades uma ideologia dita social que desculpava os atos criminosos, como se fossem expressões de um "banditismo social", nascido das agruras de uma sociedade profundamente desigual. A ausência de medidas estatais daí resultantes terminou por gerar uma impunidade que, hoje, faz pagar o seu preço.
Esta ideologia tem dois eixos estruturantes: o da causa social do crime e o da dita doutrina dos direitos humanos: 1) o discurso de certos políticos e intelectuais se apóia numa pretensa pobreza enquanto razão de ser da criminalidade. Isto termina por servir de justificativa para que nada seja feito, pois se a causa é social, não há nada a fazer, visto que deveríamos esperar supostamente que todos os problemas sociais fossem resolvidos para que, num golpe de mágica, a criminalidade desaparecesse. Ora, há inúmeros países pobres que não apresentam os assustadores índices da criminalidade brasileira, além de países ricos também apresentarem os mesmos fenômenos. Urge que a criminalidade seja combatida em seu terreno próprio, com repressão e inteligência; 2) a doutrina dos direitos humanos foi ideologizada por determinados políticos e intelectuais, que se apoderaram, inclusive, de boa parte dos formadores de opinião. Direitos humanos vieram a significar proteção a presos ou a infratores como o MST, que agem contra ou ao arrepio da lei. Na verdade, os direitos humanos foram apropriados para proteger ações contra o estado de direito. Os próprios policiais foram tidos por uma espécie de criminosos que deveriam ser objeto de julgamento. Inverteu-se a situação, de tal maneira que os policiais passaram a ser controlados e monitorados, enquanto os criminosos foram deixados em sua "liberdade".
Uma das doutrinas mais prejudiciais, que orienta a elaboração de leis, a ação dos juízes e a própria ideologia dos direitos humanos, é a de que todo apenado é ressocializável, reeducável, como se a natureza humana fosse intrinsecamente boa. Trata-se de uma visão equivocada da natureza humana, pois o ser humano pode perfeitamente fazer uma escolha radical pelo mal. A história humana está repleta de ações políticas e individuais dessa natureza, Hitler e Stalin sendo apenas exemplos mais recentes e aterradores. Ora, como se poderia empreender um trabalho de "reeducação" de indivíduos que têm no assassinato sistemático a sua forma própria de ser?
No Brasil, confunde-se o exercício da autoridade, necessário para qualquer sociedade organizada e livre, com o autoritarismo, que é uma forma descontrolada de exercício da autoridade. Como resquício do regime militar, há uma tendência nacional de condenação da autoridade, que termina por propiciar o surgimento e a conservação da impunidade. O resultado de tal política, como mostrado por qualquer teoria penal e estatal séria, consiste em que o crime tende a se ampliar, pois os menores delitos e, logo, os maiores passam a ser tolerados. Enquanto permanecermos nessa equação, qualquer medida será paliativa, pois os seus pressupostos teóricos são falsos. Acrescente-se, ainda, a forma que certas mídias dão conta da reação policial ou de suas ações normais em períodos de crise larvar: a "violência" dos policiais contra a "violência" dos criminosos. Ora, a violência dos criminosos é fundamentalmente diferente da dos policiais, pois esta última deveria ser nomeada propriamente de uso legal da força, visando a conter a violência que se volta contra a sociedade em seu conjunto.
DENIS LERRER ROSENFIELD é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
MORTOS E VIVOS
Não se pode, de nenhuma maneira, minimizar o que aconteceu em São Paulo, com a criminalidade tomando conta do estado e agindo como se uma espécie de Estado fosse. Normalmente, esse tipo de acontecimento é, logo depois, considerado um mero episódio ao sair dos olhares da mídia e os mais favorecidos socialmente se voltam para medidas complementares no que diz respeito à sua segurança privada. Um dos pontos sobre o qual a maioria dos filósofos modernos está de acordo consiste em que a função primeira do Estado reside em assegurar a paz pública. Autores tão distintos como Hobbes, Humboldt e Hegel consideram que a segurança dos cidadãos é a condição mesma de existência do Estado e das liberdades que podem, assim, se desenvolver.
Por vários anos, se impôs nas universidades uma ideologia dita social que desculpava os atos criminosos, como se fossem expressões de um "banditismo social", nascido das agruras de uma sociedade profundamente desigual. A ausência de medidas estatais daí resultantes terminou por gerar uma impunidade que, hoje, faz pagar o seu preço.
Esta ideologia tem dois eixos estruturantes: o da causa social do crime e o da dita doutrina dos direitos humanos: 1) o discurso de certos políticos e intelectuais se apóia numa pretensa pobreza enquanto razão de ser da criminalidade. Isto termina por servir de justificativa para que nada seja feito, pois se a causa é social, não há nada a fazer, visto que deveríamos esperar supostamente que todos os problemas sociais fossem resolvidos para que, num golpe de mágica, a criminalidade desaparecesse. Ora, há inúmeros países pobres que não apresentam os assustadores índices da criminalidade brasileira, além de países ricos também apresentarem os mesmos fenômenos. Urge que a criminalidade seja combatida em seu terreno próprio, com repressão e inteligência; 2) a doutrina dos direitos humanos foi ideologizada por determinados políticos e intelectuais, que se apoderaram, inclusive, de boa parte dos formadores de opinião. Direitos humanos vieram a significar proteção a presos ou a infratores como o MST, que agem contra ou ao arrepio da lei. Na verdade, os direitos humanos foram apropriados para proteger ações contra o estado de direito. Os próprios policiais foram tidos por uma espécie de criminosos que deveriam ser objeto de julgamento. Inverteu-se a situação, de tal maneira que os policiais passaram a ser controlados e monitorados, enquanto os criminosos foram deixados em sua "liberdade".
Uma das doutrinas mais prejudiciais, que orienta a elaboração de leis, a ação dos juízes e a própria ideologia dos direitos humanos, é a de que todo apenado é ressocializável, reeducável, como se a natureza humana fosse intrinsecamente boa. Trata-se de uma visão equivocada da natureza humana, pois o ser humano pode perfeitamente fazer uma escolha radical pelo mal. A história humana está repleta de ações políticas e individuais dessa natureza, Hitler e Stalin sendo apenas exemplos mais recentes e aterradores. Ora, como se poderia empreender um trabalho de "reeducação" de indivíduos que têm no assassinato sistemático a sua forma própria de ser?
No Brasil, confunde-se o exercício da autoridade, necessário para qualquer sociedade organizada e livre, com o autoritarismo, que é uma forma descontrolada de exercício da autoridade. Como resquício do regime militar, há uma tendência nacional de condenação da autoridade, que termina por propiciar o surgimento e a conservação da impunidade. O resultado de tal política, como mostrado por qualquer teoria penal e estatal séria, consiste em que o crime tende a se ampliar, pois os menores delitos e, logo, os maiores passam a ser tolerados. Enquanto permanecermos nessa equação, qualquer medida será paliativa, pois os seus pressupostos teóricos são falsos. Acrescente-se, ainda, a forma que certas mídias dão conta da reação policial ou de suas ações normais em períodos de crise larvar: a "violência" dos policiais contra a "violência" dos criminosos. Ora, a violência dos criminosos é fundamentalmente diferente da dos policiais, pois esta última deveria ser nomeada propriamente de uso legal da força, visando a conter a violência que se volta contra a sociedade em seu conjunto.
DENIS LERRER ROSENFIELD é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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Excelente texto.
Não se fala mais nos policiais mortos pelo bandidos nos ataques terroristas de São Paulo, mas vemos toda hora na imprensa grupos cobrando e criticando a Polícia de SP pelos bandidos mortos.
Pergunta ao Aurélio: Há aulas de doutrinação esquerdista na faculdade de jornalismo?
Não se fala mais nos policiais mortos pelo bandidos nos ataques terroristas de São Paulo, mas vemos toda hora na imprensa grupos cobrando e criticando a Polícia de SP pelos bandidos mortos.
Pergunta ao Aurélio: Há aulas de doutrinação esquerdista na faculdade de jornalismo?
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da sociedade
O câncer de pulmão começa com uma célula inocente que sofre mutação devido à (entre outros casos) fumaça de cigarro. Então o correto seria fazer carinho no câncer invés de extirpá-lo?
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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- Poindexter
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Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da sociedade
É impressionante se notar a que ponto chegou a inversão de valores causada pela persistente aplicação estratégia gramscista no Brasil.
De início, procurava (e ainda procura) utilizar o Pós-Modernismo para destruir nosso senso de moralidade, através do constante ataque às instituições e conceitos que nos preservam do Comun*smo, como Família, Ordem e Propriedade. Uma das formas de essa estratégia aparecer consiste em chamar o Cidadão de Bem de "cidadão "de bem"", os criminosos de ""criminosos"", e daí por diante. Dizendo que "tudo é relativo", ninguém mais possui referencial nenhum, a menos de supostos "iluminados"... quem seriam estes? A inteligentzia comun*sta?
No entanto, agora a coisa já se chega ao ponto de se esquecer do Pós-Modernismo e realizar a metade que faltava desta inversão total: pôr o Cidadão de Bem como um criminoso e o criminoso como Cidadão de Bem!
O sujeito matou e estuprou? Então ele é "mera vítima da Sociedade hipócrita, machista, repressora... e do maldito sistema capitalista, que "estressou" ele... BOM SUJEITO!!!"
O sujeito é cumpridor dos seus deveres? Bom cidadão em todos os sentidos? Então ele é "criminoso". "Criminoso" por supostamente impor, não apenas ao assassino estuprador do exemplo, mas também à vários outros delinquentes e também à quaisquer minorias com poder de Mídia, como negros, homossexuais, indígenas, etc, das quais ele não faça parte, preconceito, discriminação... vidas de sofrimentos discriminatórios!!!
Assim, finalmente "o certo se torna errado e o errado se torna o certo". O marxismo-leninismo continua guerreando contra a Civilização Ocidental, de forma mais sutil. Paracem estar vencendo batalhas...
De início, procurava (e ainda procura) utilizar o Pós-Modernismo para destruir nosso senso de moralidade, através do constante ataque às instituições e conceitos que nos preservam do Comun*smo, como Família, Ordem e Propriedade. Uma das formas de essa estratégia aparecer consiste em chamar o Cidadão de Bem de "cidadão "de bem"", os criminosos de ""criminosos"", e daí por diante. Dizendo que "tudo é relativo", ninguém mais possui referencial nenhum, a menos de supostos "iluminados"... quem seriam estes? A inteligentzia comun*sta?
No entanto, agora a coisa já se chega ao ponto de se esquecer do Pós-Modernismo e realizar a metade que faltava desta inversão total: pôr o Cidadão de Bem como um criminoso e o criminoso como Cidadão de Bem!
O sujeito matou e estuprou? Então ele é "mera vítima da Sociedade hipócrita, machista, repressora... e do maldito sistema capitalista, que "estressou" ele... BOM SUJEITO!!!"
O sujeito é cumpridor dos seus deveres? Bom cidadão em todos os sentidos? Então ele é "criminoso". "Criminoso" por supostamente impor, não apenas ao assassino estuprador do exemplo, mas também à vários outros delinquentes e também à quaisquer minorias com poder de Mídia, como negros, homossexuais, indígenas, etc, das quais ele não faça parte, preconceito, discriminação... vidas de sofrimentos discriminatórios!!!
Assim, finalmente "o certo se torna errado e o errado se torna o certo". O marxismo-leninismo continua guerreando contra a Civilização Ocidental, de forma mais sutil. Paracem estar vencendo batalhas...
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
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- Aurelio Moraes
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Washington escreveu:
Pergunta ao Aurélio: Há aulas de doutrinação esquerdista na faculdade de jornalismo?
Não. Aliás, parece que se criou um mito entre a direita de que em faculdade de jornalismo existe "doutrinação esquerdista". Sério mesmo, isso não existe. Na minha sala existem direitistas, centristas (meu caso) e pelo o que eu andei constatando, poucos esquerdistas. Se depois os caras resolvem dar vivas à Heloísa Helena, é por outros fatores.
- user f.k.a. Cabeção
- Moderador
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Re: Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da socie
Poindexter escreveu:É impressionante se notar a que ponto chegou a inversão de valores causada pela persistente aplicação estratégia gramscista no Brasil.
De início, procurava (e ainda procura) utilizar o Pós-Modernismo para destruir nosso senso de moralidade, através do constante ataque às instituições e conceitos que nos preservam do Comun*smo, como Família, Ordem e Propriedade. Uma das formas de essa estratégia aparecer consiste em chamar o Cidadão de Bem de "cidadão "de bem"", os criminosos de ""criminosos"", e daí por diante. Dizendo que "tudo é relativo", ninguém mais possui referencial nenhum, a menos de supostos "iluminados"... quem seriam estes? A inteligentzia comun*sta?
No entanto, agora a coisa já se chega ao ponto de se esquecer do Pós-Modernismo e realizar a metade que faltava desta inversão total: pôr o Cidadão de Bem como um criminoso e o criminoso como Cidadão de Bem!
O sujeito matou e estuprou? Então ele é "mera vítima da Sociedade hipócrita, machista, repressora... e do maldito sistema capitalista, que "estressou" ele... BOM SUJEITO!!!"
O sujeito é cumpridor dos seus deveres? Bom cidadão em todos os sentidos? Então ele é "criminoso". "Criminoso" por supostamente impor, não apenas ao assassino estuprador do exemplo, mas também à vários outros delinquentes e também à quaisquer minorias com poder de Mídia, como negros, homossexuais, indígenas, etc, das quais ele não faça parte, preconceito, discriminação... vidas de sofrimentos discriminatórios!!!
Assim, finalmente "o certo se torna errado e o errado se torna o certo". O marxismo-leninismo continua guerreando contra a Civilização Ocidental, de forma mais sutil. Paracem estar vencendo batalhas...
Desnortear a noção automática que nos orienta àquilo que é certo e verdadeiramente Bom tem se mostrado a estratégia mais eficaz na disseminação de ideologias virulentas tais como o esquerdismo.
Uma vez que a eficácia real dos seus sistemas não chega sequer próximo daquilo que se pode chamar de não-fracasso, e muito longe de qualquer tipo de sucesso, a forma encontrada é fissionar o conceito básico, e trabalhar a doutrinação a partir do momento que a pessoa já não é capaz de negar mais nada.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da sociedade
Valendo lembrar, apenas, que ação em São Paulo envolveu crimes mais hediondos ainda, cometidos pela própria polícia, que atirou até em "varal de roupa".
Editado pela última vez por Samael em 04 Jun 2006, 21:07, em um total de 1 vez.
Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da sociedade
Por que será que, em várias ocasiões, eu me sinto no ReV como eu me sinto quando visito aquele insano "fórum comunista"?
Re: Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da socie
Poindexter escreveu:É impressionante se notar a que ponto chegou a inversão de valores causada pela persistente aplicação estratégia gramscista no Brasil.
Putz, eu sou fascinado por Gramsci e ainda não consegui perceber onde é que as idéias políticas do dito cujo se encontram com eventos como este.
Poindexter escreveu:De início, procurava (e ainda procura) utilizar o Pós-Modernismo para destruir nosso senso de moralidade, através do constante ataque às instituições e conceitos que nos preservam do Comun*smo, como Família, Ordem e Propriedade. Uma das formas de essa estratégia aparecer consiste em chamar o Cidadão de Bem de "cidadão "de bem"", os criminosos de ""criminosos"", e daí por diante. Dizendo que "tudo é relativo", ninguém mais possui referencial nenhum, a menos de supostos "iluminados"... quem seriam estes? A inteligentzia comun*sta?
A intenção dos pós-modernos (se é que existe um grupo coeso que possa ser chamado desta forma) está longe de ser implantar o comunismo, até porque, o comunismo, assim como o capitalismo, é apenas uma forma de discurso para os mesmos.
A questão central é refutá-los. Dizer que que o conceito relativistas dos tais é maligno pode até ser verdade, mas cabe nesse momento lembrar que os religiosos também vêem o ateísmo e o agnosticismo como males ao ser. A, mim, particularmente, importa a verdade. E eu não creio que esteja com os ultra-relativistas...
Poindexter escreveu:No entanto, agora a coisa já se chega ao ponto de se esquecer do Pós-Modernismo e realizar a metade que faltava desta inversão total: pôr o Cidadão de Bem como um criminoso e o criminoso como Cidadão de Bem!
Quem faz isto ou é tolo ou é mal intencionado. Bem ou mal, nem todos os males humanos do mundo advém dos tais criminosos. Podemos e, na minha opinião, causamos vários problemas sendo, em tese, esses tais cidadãos de bem. Não vejo problemas então em colocar todas as questões em "pratos limpos": somos todos humanos? Sim. Então veremos quais são as conseqüências das ações de cada um e aplicarmos a tal justiça em cima disso.
Poindexter escreveu:O sujeito matou e estuprou? Então ele é "mera vítima da Sociedade hipócrita, machista, repressora... e do maldito sistema capitalista, que "estressou" ele... BOM SUJEITO!!!"
Não, ele não é mera vítima. Mas dizer apenas que ele é um estuprador NATURALMENTE ruim me soa tão hipócrita e raso quanto. Daí nasce a necessidade de se estudar a estrutura moral e ética de tal sujeito e, caso comprovado que a mesma tenha influência no caso, mudêmo-la.

Poindexter escreveu:O sujeito é cumpridor dos seus deveres? Bom cidadão em todos os sentidos? Então ele é "criminoso". "Criminoso" por supostamente impor, não apenas ao assassino estuprador do exemplo, mas também à vários outros delinquentes e também à quaisquer minorias com poder de Mídia, como negros, homossexuais, indígenas, etc, das quais ele não faça parte, preconceito, discriminação... vidas de sofrimentos discriminatórios!!!
E muitos infligem, sendo os tais "cidadãos de bem". Posso contar uns 10 caras da minha idade que já humilharam um outro carinha do quarteirão por ser "boiola". Será que eles são mesmo discriminadores naturais? Ou será que eles cresceram no rastro de uma civilização machista e vexatória? Ou ambos?
Ser cumpridor de qualquer dever social é apenas uma forma de sobreviver. Não indica caráter nem bondade. Ainda por cima, nem sempre a lei está certa. (e quando eu digo "certo", leia-se "o mais democrático e satisfatório o possível para todos os indivíduos).
Poindexter escreveu:Assim, finalmente "o certo se torna errado e o errado se torna o certo". O marxismo-leninismo continua guerreando contra a Civilização Ocidental, de forma mais sutil. Paracem estar vencendo batalhas...
Essa questão ultrapassa em muito os conceitos "marxo-leninistas". Até porque marxistas-leninistas tradicionais são altamente anti-relativistas e, até certo ponto, bastante moralistas. Com a união a outras minorias no século XX, isso mudou um pouco...mas ainda não chega a ser a força ativa que busque uma reestruturação dos conceitos que firmam nossa sociedade. Os pós-modernistas são mais relevantes nesse ponto. Ou a esquerda feliz.

Re: Re.: Bandidos "inocentes" são vítimas da socie
user f.k.a. Cabeção escreveu:Poindexter escreveu:É impressionante se notar a que ponto chegou a inversão de valores causada pela persistente aplicação estratégia gramscista no Brasil.
De início, procurava (e ainda procura) utilizar o Pós-Modernismo para destruir nosso senso de moralidade, através do constante ataque às instituições e conceitos que nos preservam do Comun*smo, como Família, Ordem e Propriedade. Uma das formas de essa estratégia aparecer consiste em chamar o Cidadão de Bem de "cidadão "de bem"", os criminosos de ""criminosos"", e daí por diante. Dizendo que "tudo é relativo", ninguém mais possui referencial nenhum, a menos de supostos "iluminados"... quem seriam estes? A inteligentzia comun*sta?
No entanto, agora a coisa já se chega ao ponto de se esquecer do Pós-Modernismo e realizar a metade que faltava desta inversão total: pôr o Cidadão de Bem como um criminoso e o criminoso como Cidadão de Bem!
O sujeito matou e estuprou? Então ele é "mera vítima da Sociedade hipócrita, machista, repressora... e do maldito sistema capitalista, que "estressou" ele... BOM SUJEITO!!!"
O sujeito é cumpridor dos seus deveres? Bom cidadão em todos os sentidos? Então ele é "criminoso". "Criminoso" por supostamente impor, não apenas ao assassino estuprador do exemplo, mas também à vários outros delinquentes e também à quaisquer minorias com poder de Mídia, como negros, homossexuais, indígenas, etc, das quais ele não faça parte, preconceito, discriminação... vidas de sofrimentos discriminatórios!!!
Assim, finalmente "o certo se torna errado e o errado se torna o certo". O marxismo-leninismo continua guerreando contra a Civilização Ocidental, de forma mais sutil. Paracem estar vencendo batalhas...
Desnortear a noção automática que nos orienta àquilo que é certo e verdadeiramente Bom tem se mostrado a estratégia mais eficaz na disseminação de ideologias virulentas tais como o esquerdismo.
Uma vez que a eficácia real dos seus sistemas não chega sequer próximo daquilo que se pode chamar de não-fracasso, e muito longe de qualquer tipo de sucesso, a forma encontrada é fissionar o conceito básico, e trabalhar a doutrinação a partir do momento que a pessoa já não é capaz de negar mais nada.
A princípio, o que parece se mover é o sol, mas um estudo mais cauteloso demonstra que aquilo que se move é a Terra.

Se você acredita mesmo que exista qualquer "noção automática" que guie o ser ao que é "naturalmente certo" ou "naturalmente bom", vá em frente. Eu só posso ler isso como uma construção arbitrária que não tenha outra função senão legitimar suas idelogias e seu sistema moral.