Indiferença

[Vitor Moura]

Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los. Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa? Que se virem, ela e o(s) pai(s).

Que você nunca passe fome, Fernando.

Não entendo. Só porque a opinião dele não é das mais politicamente corretas?

Ele pode ter a opinião que quiser. Mas, se um dia vier a ficar numa situação tão ou mais miserável que a da mulher do desenho, espero que encontre seres com mais compixão do que ele.

[Spitfire]

Uma mulher com filhos eu me sensibilizo... muitas vezes são mães que foram abandonadas pelo canalha do "marido" que só quis "botar pra dentro" e depois caiu fora deixando-as com o pesado fardo de criar os filhos sozinhas. Foram burras de não terem escolhido a pessoa certa? Foram! Foram burras de não terem evitado filhos se a situação financeira não era favorável? Foram! Algumas abandonam os filhos ao mundo... outras não.
Estas mães que mesmo na miséria mantem seus filhos junto a si, travando as mais duras batalhas pela sobrevivencia, com um minímo de dignidade, eu me sensibilizo e dentro das minhas limitações eu ajudo mesmo, não com esmolas mas com oportunidades. Uma destas é atualmente gerente de uma rede de lavanderias aqui em Porto Alegre (tá melhor do que eu) a quem eu consegui uma vaga de trabalho graças a amigos na área.
Por certo que existem mães que não valem o prato onde comem, mas não podemos jamais generalizar... existem seres humanos dignos, honrados, honestos e trabalhadores nesta situação tambem.

Casos e casos...

[Sketch]

Então você se considera desumano e ganancioso?

Não fiz quote disto, porque não percebi o sentido da pergunta...

Aliás, não percebo porque resolveste te atirar a mim como um cão raivoso só porque dei uma opinião...

Mas estou cagando e andando...

[O ENCOSTO]

Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los. Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa? Que se virem, ela e o(s) pai(s).

Que você nunca passe fome, Fernando.

Não entendo. Só porque a opinião dele não é das mais politicamente corretas?

Ele pode ter a opinião que quiser. Mas, se um dia vier a ficar numa situação tão ou mais miserável que a da mulher do desenho, espero que encontre seres com mais compixão do que ele.

Não é necessário.

Eu espero que ele receba de volta tudo que pagou na forma de impostos. Isso seria justo.

Na verdade, pagamos o suficiente para que situações como essas sejam minimizadas.

[O ENCOSTO]

Então você se considera desumano e ganancioso?

Não fiz quote disto, porque não percebi o sentido da pergunta...

Aliás, não percebo porque resolveste te atirar a mim como um cão raivoso só porque dei uma opinião...

Mas estou cagando e andando...

Vamos lá, portuga: Depois que parar de cagar e andar, mostre que a minha interpertação para a sua resposta está errada. Vou postar a sua mensagem novamente para refrescar a sua memória:

Na verdade, tenho raiva deles.

É um sentimento frequente numa sociedade consumista, eficiente, desumana, veloz, e em que a palavra ganância foi substituída pela palavra sucesso...

Comente.

[Tranca]

Só para não perder a piada;

Fernando Silva postando no RV:

"O pôuvo... eu quero mais é que o pôuvo se explôuda!"

[Lúcifer]

Uma mulher com filhos eu me sensibilizo... muitas vezes são mães que foram abandonadas pelo canalha do "marido" que só quis "botar pra dentro" e depois caiu fora deixando-as com o pesado fardo de criar os filhos sozinhas. Foram burras de não terem escolhido a pessoa certa? Foram! Foram burras de não terem evitado filhos se a situação financeira não era favorável? Foram! Algumas abandonam os filhos ao mundo... outras não.
Estas mães que mesmo na miséria mantem seus filhos junto a si, travando as mais duras batalhas pela sobrevivencia, com um minímo de dignidade, eu me sensibilizo e dentro das minhas limitações eu ajudo mesmo, não com esmolas mas com oportunidades. Uma destas é atualmente gerente de uma rede de lavanderias aqui em Porto Alegre (tá melhor do que eu) a quem eu consegui uma vaga de trabalho graças a amigos na área.
Por certo que existem mães que não valem o prato onde comem, mas não podemos jamais generalizar... existem seres humanos dignos, honrados, honestos e trabalhadores nesta situação tambem.

Casos e casos...

VOCÊ ESTÁ REDONDAMENTE CERTO. É POR AÍ.

[Lúcifer]

Uma mulher com filhos eu me sensibilizo... muitas vezes são mães que foram abandonadas pelo canalha do "marido" que só quis "botar pra dentro" e depois caiu fora deixando-as com o pesado fardo de criar os filhos sozinhas. Foram burras de não terem escolhido a pessoa certa? Foram! Foram burras de não terem evitado filhos se a situação financeira não era favorável? Foram! Algumas abandonam os filhos ao mundo... outras não.
Estas mães que mesmo na miséria mantem seus filhos junto a si, travando as mais duras batalhas pela sobrevivencia, com um minímo de dignidade, eu me sensibilizo e dentro das minhas limitações eu ajudo mesmo, não com esmolas mas com oportunidades. Uma destas é atualmente gerente de uma rede de lavanderias aqui em Porto Alegre (tá melhor do que eu) a quem eu consegui uma vaga de trabalho graças a amigos na área.
Por certo que existem mães que não valem o prato onde comem, mas não podemos jamais generalizar... existem seres humanos dignos, honrados, honestos e trabalhadores nesta situação tambem.

Casos e casos...

VOCÊ ESTÁ REDONDAMENTE CERTO. É POR AÍ.

[Flavio Costa]

Quem mandou ela tão recentemente ter tido uma criança? Eu, com certeza, não.

Bem, você não foi, mas porque essas pessoas miseráveis têm tantos filhos e a classe média e alta têm tão poucos?

[Flavio Costa]

Vamos lá, portuga: ...

[Ayyavazhi]

A opinião do Fernando Silva não chega a ser uma exceção. Tenho ouvido isso a vida inteira. Alguns vão além e fazem duras críticas a quem dá esmolas. Não posso violentar minha natureza. Por mais que caiba toda razão a ele nesse momento – e não estou dizendo que sim, nem que não – a única coisa que me ocorre é que as crianças não têm culpa disso... e a fome é algo realmente terrível.

Outra visão comum da situação é alegar que o assistencialismo não resolve o problema e não oferece uma solução digna. Talvez isso seja correto. Talvez o esforço deva ser feito na busca de uma grande mudança na estrutura social, para que essa sociedade não mais produza mendigos e famintos. Mas a pergunta que não pode ser esquecida é quanto tempo levaremos para conseguir tais mudanças. Até lá, as pessoas continuarão passando fome, até mesmo morrendo em decorrência dela. Não há dignidade alguma em morrer de fome. Essas pessoas não podem esperar por soluções a longo prazo. Elas precisam comer agora, hoje. Elas precisam de um lugar para dormir. Elas precisam de roupas e remédios. Elas precisam verdadeiramente de uma vida digna. O resto é apenas conversa.

O Fernando Silva teve muita coragem de expor sua opinião. Não acho que ele seja hipócrita, embora não concorde com ele. Mas a hipocrisia existe e é fácil percebê-la nessas horas. Não vou perder tempo com os hipócritas de sempre. Já sei o muito pouco que têm a dizer. Acho que debates como esses são importantes e podem ajudar-nos a compreender melhor o mundo onde vivemos e nosso papel nele. Quem sabe eu mudo? Quem sabe vocês mudam? Quem sabe, um dia, poderemos realmente fazer diferença?

[Ayyavazhi]

A mensagem saiu duplicada (acho que não cometi nenhum erro).

Rapha, isso é possível, ou foi erro meu, mesmo?

[spink]

a única coisa que me ocorre é que as crianças não têm culpa disso

Bingo!!!

[clara campos]

Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los. Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa? Que se virem, ela e o(s) pai(s).
Sinto-me incomodado com mendigos nas ruas, mas não culpado. Na verdade, tenho raiva deles.

Raiva porquê Fernando? estragam o dia bonito?

Perto de onde eu moro, havia uma mendiga, com criança alugada, que chegava de táxi todos os dias.
Na Av.Rio Branco, no centro do Rio, há uma "aleijada" que, no fim do dia, guarda sua muleta, enrola seus panos sujos de sangue, levanta e vai embora andando.
Não que todos sejam assim, mas não ajudo mendigos com crianças e pano na cabeça. São mendigos profissionais.

Porquê dar esses exemplos? há muitos parasitas no mundo, mas não te parece injusto sentir raiva de uma "classe" só porque alguns são parasitas/abusadores?

Não acredito em caridade, nem durmo melhor se der uma moedinha, isso nada resolve. Tão pouco me sinto culpada, mas também não sinto raiva, apenas uma tristeza imensa, uma dor bem grande porque na verdade eu nada posso fazer, pelo menos por enquanto. O que posso fazer é muito pouco, mas é com fé e de boa vontade.

Essa raiva confude-me, é pior que indiferença...

[spink]

Essa raiva confude-me

Ele mora no Rio, cuja topografia "unem" ricos e pobres.
Morasse em São Paulo ele estaria mais calmo.
Ou não.

[user f.k.a. Cabeção]

É até louvável quando alguém (pessoa física ou jurídica, e não o Estado) se incomoda com esse tipo de problema a ponto de oferecer ajuda para esse tipo de gente.

A caridade é um gesto cristão dos mais belos. Mas a caridade deve ser voluntária, e deve ser feita usando-se de meios próprios, e não dos outros.

Não podemos culpar quem tem que resolver os próprios problemas e não pode se preocupar com os dos outros. Chamá-los de indiferentes, como se isso fosse crime, não passa de hipocrisia, principalmente quando não fazemos mais do que aqueles pelo próximo, além de sustentar um discurso besta.

Até da parte de quem pratica caridade com freqüência, agir com superioridade só mostra que a prática é apenas uma forma de se autopromover.

Tais pessoas defendem medidas assistencialistas voltadas para a diminuição da "desigualdade social" (que na verdade é de ordem meramente econômica), quando tais medidas consistem apenas em subtrair volumosas somas em dinheiro dos pagadores de impostos e entregá-las para quem não fez nada para merecê-las (sejam os "assistidos" ou sejam aqueles funcionários que ganham salários obscenos ou desviam das verbas do governo)

O governo não deve roubar das pessoas a título de evitar que as pessoas roubem uma das outras, primeiro porque uma coisa não evitará a outra, e segundo que um erro não justifica o outro. O governo deve coibir o roubo. Em todos os sentidos. E caridade com o bolso dos outros é roubo.

[Samael]

Concordo com sua postagem até o terceiro parágrafo, Vitor. A partir daí, temos os conflitos ideológicos de sempre: eu considero o capitalismo contingencial e as "ações socializantes" essenciais tanto para a manutenção do bem-estar (e do próprio sistema capitalista, com a dita igualdade de oportunidades) quanto para dar poder de compra à população. O critério de merecimento é muito arbitrário.

[videomaker]

Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa?


Que diferenca faria isso na tua vida né ?

[user f.k.a. Cabeção]

O próprio mercado se encarrega de dar poder de compra para a população, através de uma coisa chamada salário (desde que esse não venha a ser absorvido inteiramente pelo Estado).

[spink]

A caridade é um gesto cristão dos mais belos. Mas a caridade deve ser voluntária, e deve ser feita usando-se de meios próprios, e não dos outros.

Essa assertiva não cabe à mim.

Até da parte de quem pratica caridade com freqüência, agir com superioridade só mostra que a prática é apenas uma forma de se autopromover.

Idem.

quando tais medidas consistem apenas em subtrair volumosas somas em dinheiro dos pagadores de impostos e entregá-las para quem não fez nada para merecê-las

E os impostos sobre as grandes fortunas?
Ou isso é coisa de país "comunista"?

[Samael]

O próprio mercado se encarrega de dar poder de compra para a população, através de uma coisa chamada salário (desde que esse não venha a ser absorvido inteiramente pelo Estado).

Isso é mentira. Quando a concentração de renda é muito alta, de nada adiantam salários. O Brasil é um exemplo clássico: muita riqueza produzida, pouca renda distribuida.

[user f.k.a. Cabeção]

O próprio mercado se encarrega de dar poder de compra para a população, através de uma coisa chamada salário (desde que esse não venha a ser absorvido inteiramente pelo Estado).

Isso é mentira. Quando a concentração de renda é muito alta, de nada adiantam salários. O Brasil é um exemplo clássico: muita riqueza produzida, pouca renda distribuida.

O Brasil é um caso clássico sim:

De sobre-taxação de pessoas e empresas.

De leis trabalhistas sem nexo.

De uma previdência irracional.

De aparelhamento excessivo do Estado.

De paternalismo, de assistencialismo e populismo.

Da corrupção de políticos e fiscais.


Só não é um exemplo clássico de uma economia de livre mercado.

[Samael]

O próprio mercado se encarrega de dar poder de compra para a população, através de uma coisa chamada salário (desde que esse não venha a ser absorvido inteiramente pelo Estado).

Isso é mentira. Quando a concentração de renda é muito alta, de nada adiantam salários. O Brasil é um exemplo clássico: muita riqueza produzida, pouca renda distribuida.

O Brasil é um caso clássico sim:

De sobre-taxação de pessoas e empresas.

De leis trabalhistas sem nexo.

De uma previdência irracional.

De aparelhamento excessivo do Estado.

De paternalismo, de assistencialismo e populismo.

Da corrupção de políticos e fiscais.


Só não é um exemplo clássico de uma economia de livre mercado.

Concordo plenamente. E isto em NADA anula o que eu disse. A riqueza interna é muito alta e extremamente concentrada.

[Flavio Costa]

Não acredito em caridade

"Fora da caridade não há salvação" - O Evangelho Segundo o Espiritismo

[videomaker]

Não acredito em caridade

"Fora da caridade não há salvação" - O Evangelho Segundo o Espiritismo