Indiferença
- Capitão América
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Re.: Indiferença
Na hora do sexo deve ter sido muito gostoso.
[]'s
"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

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Re: Re.: Indiferença
Capitão América escreveu:Na hora do sexo deve ter sido muito gostoso.
Sim, Capitão, mas sob todas as circunstâncias não explica o porquê da taxa de natalidade ser tão mais alta dentre os mais pobres e tão mais baixa entre os mais ricos.
E esse é o problema em questão.
- Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença
user f.k.a. Cabeção escreveu:Tais pessoas defendem medidas assistencialistas voltadas para a diminuição da "desigualdade social" (que na verdade é de ordem meramente econômica)
Cabeção, aqui você disse uma coisa bonita, ainda que não tenha sido sua intenção. Desigualdade econômica (poder de compra) não é a mesma coisa que desigualdade social (acesso a educação, saúde, cultura). A desigualdade econômica é necessário para uma sociedade capitalista saudável, a desigualdade social é nociva em qualquer sociedade, independente do sistema socio-econômico.
E também não vejo onde uma sociedade com impostos ultra-reduzidos iria automaticamente garantir o provimento das necessidades básicas, não vejo onde estaria o mecanismo mágico que impediria a exploração dos menos favorecidos de forma que a desigualdade social seja pequena e o poder de compra seja justo de acordo com o esforço de cada um. Isso nada mais é que uma utopia oposta ao Comunismo, mas não deixa de ser uma utopia.
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Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
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Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
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Re: Re.: Indiferença
Samael escreveu:Capitão América escreveu:Na hora do sexo deve ter sido muito gostoso.
Sim, Capitão, mas sob todas as circunstâncias não explica o porquê da taxa de natalidade ser tão mais alta dentre os mais pobres e tão mais baixa entre os mais ricos.
E esse é o problema em questão.
Sexo é gostoso em todos os segmentos socio-econômicos, pelo menos quando é bem-feito.
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Re: Re.: Indiferença
Fernando Silva escreveu:Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los. Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa? Que se virem, ela e o(s) pai(s).
Sinto-me incomodado com mendigos nas ruas, mas não culpado. Na verdade, tenho raiva deles.
Perto de onde eu moro, havia uma mendiga, com criança alugada, que chegava de táxi todos os dias.
Na Av.Rio Branco, no centro do Rio, há uma "aleijada" que, no fim do dia, guarda sua muleta, enrola seus panos sujos de sangue, levanta e vai embora andando.
Não que todos sejam assim, mas não ajudo mendigos com crianças e pano na cabeça. São mendigos profissionais.
Escrevi um texto sobre isso certa vez, e ainda não o publiquei, com o nome de Mendigos Profissionais. Cita exatamente o que você acaba de mencionar Fernando.
Cris*
"Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.” Jean-Paul Sartre
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Re.: Indiferença
Se as pessoas tem os mesmos direitos garantidos por leis (não havendo grupos previamente favorecidos), não existe qualquer tipo de desigualdade social, sendo tal conceito uma ficção. Não vivemos em um apartheid (ainda, já que com essas cotas, duvido muito que não venhamos a nos tornar um).
Toda desigualdade se dá em termos de diferenças econômicas. A verdade é que a constituição prevê uma quantidade enorme de direitos que o Estado não é capaz de garantir ao cidadão, e não porque falta recursos, mas é porque o Estado não deveria estar cumprindo aquela função pois não é ele quem a cumpre melhor, principalmente num país de proporções continentais como Brasil. E com isso gera-se um aparelhamento excessivo da máquina governamental, que gera uma demanda excessiva de verba dos pagadores de impostos, que tem de trabalhar cinco meses por ano apenas para ficar em dia com suas obrigações tributárias, e em virtude disso vê-se a estagnação econômica, e com ela a miséria subseqüente. E na miséria é que as pessoas precisam mais daqueles direitos constitucionais previstos, e que o Estado não pode cumprir, pois não é articulável devido a sua enormidade, e devido a essa enormidade precisa de dinheiro, dinheiro dos pagadores de impostos, e então entra-se naquele belo ciclo vicioso que todos conhecem, e do qual e pulei algumas etapas.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: Re.: Indiferença
Sketch escreveu:Fernando Silva escreveu: Na verdade, tenho raiva deles.
É um sentimento frequente numa sociedade consumista, eficiente, desumana, veloz, e em que a palavra ganância foi substituída pela palavra sucesso...
Não necessariamente, você já experimentou "oferecer um trabalho" para mendigos?! É bem interessante ver o resultado, quando você oferece um tanque de roupa para lavar, ou faxinar um jardim ou uma casa... eu mesma já fiz isso algumas vezes, só para testar, e em nenhuma as mulheres com as crianças no colo aceitaram.
Cris*
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Re: Re.: Indiferença
Cris escreveu:Sketch escreveu:Fernando Silva escreveu: Na verdade, tenho raiva deles.
É um sentimento frequente numa sociedade consumista, eficiente, desumana, veloz, e em que a palavra ganância foi substituída pela palavra sucesso...
Não necessariamente, você já experimentou "oferecer um trabalho" para mendigos?! É bem interessante ver o resultado, quando você oferece um tanque de roupa para lavar, ou faxinar um jardim ou uma casa... eu mesma já fiz isso algumas vezes, só para testar, e em nenhuma as mulheres com as crianças no colo aceitaram.
Engraçado, já fiz esse teste e tive meu quintal capinado.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re: Re.: Indiferença
Samael escreveu:Capitão América escreveu:Na hora do sexo deve ter sido muito gostoso.
Sim, Capitão, mas sob todas as circunstâncias não explica o porquê da taxa de natalidade ser tão mais alta dentre os mais pobres e tão mais baixa entre os mais ricos.
E esse é o problema em questão.
Um médico certa feita, estava explicando que durante o trabalho dele no interior do país. Ele visitou várias comunidades de baixa renda, e entre os ensinamentos que ele volta e meia fazia no posto de saúde. Era ensinar a questão do controle de natalidade. Uma vez, ele explicou como usar a camisinha e acho que eu até já mencionei isso aqui. Ele fez a demonstração usando uma taquara, planta que existe no interior do pais. No dia seguinte, ao ir para o posto de saúde a pé. Ele percebeu que em algumas das casas pelas quais ele passara, haviam camisinhas enfiadas nas taquaras. Aquilo o deixou chocado diante da ignorância das mulheres que ele havia atendido no Posto. Outra coisa, há mulheres até hoje ,que pensam que a pílula é para colocar na vagina na hora da relação. Você ouve depoimentos de mulheres, que dizem que os maridos se negam a colocar a camisinha, porque "aquilo aperta" e a obrigação de não deixar ter filhos não é dele, é da mulher. E tem mulheres que os têm, com o argumento de que quando eles crescerem, vão cuidar dela... e aí você percebe mulheres tendo 8, 9 filhos sem ter condições.
Sinceramente, e desculpa se vou chocar. Mas eu, se fosse assistente social, política ou médica. Iria fazer de tudo para estas mulheres serem ligadas já no segundo filho. Me perdoem de novo, se uma mulher que não tem condições de criar filhos, na qual a renda famíliar não chegue a 300,00 reais, deveria sim, na primeira gravidez, ser ligada. Pode ser que ela consiga emprego e que consiga se sustentar, mas vemos no nosso país que as coisas não são bem assim não é mesmo? Então, antes que o pessoal do Direitos Humanos venha a cair na minha pele, um recado para eles: eles que ao invés de promoverem discussões acerca dos Direitos Humanos, larguem a hipocresia de lado, e tratem o ser humano como ele merece. Ficar discutindo é fácil, quero ver é fazer, ter atitude, como os espíritas do orfanato que visitei no fim de semana passado.
Cris*
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Re: Re.: Indiferença
carlos escreveu:Cris escreveu:Sketch escreveu:Fernando Silva escreveu: Na verdade, tenho raiva deles.
É um sentimento frequente numa sociedade consumista, eficiente, desumana, veloz, e em que a palavra ganância foi substituída pela palavra sucesso...
Não necessariamente, você já experimentou "oferecer um trabalho" para mendigos?! É bem interessante ver o resultado, quando você oferece um tanque de roupa para lavar, ou faxinar um jardim ou uma casa... eu mesma já fiz isso algumas vezes, só para testar, e em nenhuma as mulheres com as crianças no colo aceitaram.
Engraçado, já fiz esse teste e tive meu quintal capinado.
Olha aí que coisa mais boa, pois é, mas comigo não funcionou não e ainda saiam reclamando que aquilo não era trabalho...
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Re: Re.: Indiferença
user f.k.a. Cabeção escreveu:Se as pessoas tem os mesmos direitos garantidos por leis (não havendo grupos previamente favorecidos), não existe qualquer tipo de desigualdade social, sendo tal conceito uma ficção. Não vivemos em um apartheid (ainda, já que com essas cotas, duvido muito que não venhamos a nos tornar um).
E no apartheid brasileiro os privilegiados serão os negros, índios, gays e bandidos.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Toda desigualdade se dá em termos de diferenças econômicas.
Você diz isso porque considera que os serviços de suporte à sociedade como mercadorias, que eles devem ser adquiridos como produtos. É a atuação do Estado que pode originar desigualdades sociais distintas da desigualdade econômica.
Por exemplo, aqui no Brasil duas famílias podem ter uma renda semelhante, mas numa delas o filho conseguiu ser aprovado na universidade pública e na outra são obrigados a pagar ensino particular. Talvez a primeira poderá pagar bons médicos, enquanto a segunda terá que enfrentar as agruras do SUS. Igualdade econômica, desigualdade social. É um cenário ruim justamente porque o Brasil promove alta desigualdade social.
Recentemente comentei da Dinamarca aqui: altos impostos, baixa desigualdade social, alta qualidade de vida para a maioria da população. Já nos EUA os impostos não são tão altos, a desigualdade é media e existem diferenças notáveis, embora não tão gritantes quanto aqui, entre os diversos setores da sociedade.
O deprimente aqui no Brasil é que os impostos são altos e os serviços públicos são indecentes. Entretanto, como se vê não é a realidade dos países desenvolvidos, onde existem modelos diferentes e resultados compatíveis com os modelos adotados. Analisando esses fatores, não fica claro que o modelo dos EUA seja indiscutivelmente melhor, pois promove algumas vantagens ao custo de alguns efeitos colaterais. No caso, eles têm um excelente poder de compra, mas não acho a sociedade estadounidense mais "bonita", quer dizer, mais elogiável que a nórdica.
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Re: Re.: Indiferença
carlos escreveu:Cris escreveu:Não necessariamente, você já experimentou "oferecer um trabalho" para mendigos?! É bem interessante ver o resultado, quando você oferece um tanque de roupa para lavar, ou faxinar um jardim ou uma casa... eu mesma já fiz isso algumas vezes, só para testar, e em nenhuma as mulheres com as crianças no colo aceitaram.
Engraçado, já fiz esse teste e tive meu quintal capinado.
Aqui em Brasília até mendigo é burguês.
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Vitor Moura escreveu:Comovente. O olhar da mulher guarda enorme tristeza e desespero.
O desenho foi feito com este objetivo. Causar peninha. Uma tentativa de manipular meus sentimentos, que causa justamente o efeito contrário, sem apresentar soluções.
E eu tenho pena quando vejo uma criança sozinha, chorando com fome. Mas repito: tenho raiva de mendigos com suas crianças alugadas tentando nos causar pena.
Lembro ainda que as crianças de rua no Rio escolheram ser crianças de rua. Elas não querem nem voltar para casa nem ir para instituições. Sei que há o risco de serem maltratadas nos dois casos, mas a escolha foi delas. Preferem a liberdade ao possível conforto e alimentação garantida.
Além disto, já houve época em que havia 2 ONGs cuidando das crianças de rua para cada criança de rua. Não sei como está agora, mas essas ONGs perderão as verbas se as crianças saírem das ruas, portanto...
Editado pela última vez por Fernando Silva em 08 Jun 2006, 09:20, em um total de 1 vez.
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Re: Re.: Indiferença
Vitor Moura escreveu:Fernando Silva escreveu:Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los. Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa? Que se virem, ela e o(s) pai(s).
Que você nunca passe fome, Fernando.
Eu luto todos os dias para que isto não me aconteça. E muitos colegas que partiram das mesmas condições que eu, estão hoje mal de vida. Eu poupei, eles aproveitaram a vida. Eu não tive filhos, eles saíram trepando com todas, sem camisinha. Eu trabalhei duro, eles foram irresponsáveis.
Não tenho pena deles.
Não tenho como resolver todos os problemas do mundo. Resolvo os que estão mais próximos de mim e resolvo só até um certo ponto, que não me prejudique. Não vou estragar a minha vida e o meu futuro nem me estressar por problemas que não são culpa minha.
Como eu já disse antes: os mesmos que zombam de mim por não aproveitar a vida, depois me chamam de FDP quando não quero lhes emprestar dinheiro num momento de necessidade, que eles não pretendem devolver.
Já fui jovem e otário e fiquei com uma coleção de cheques sem fundo. Mas aprendi a lição.
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Re: Re.: Indiferença
Sketch escreveu:Se ele sente raiva deveria expressá-la formando esquadrões da morte. Só assim não seria hipócrita...
Sinto raiva de um monte de gente, mas nem por isto tenho o direito de matá-los.
Viver em sociedade requer a convivência com gente que não nos agrada.
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Re: Re.: Indiferença
A questão é:
O que eu deveria fazer a respeito dos bilhões de pessoas que passam fome todos os dias no mundo inteiro? Eu já faço muito ao acordar todos os dias antes das 6:00 para trabalhar e, com meu trabalho, garantir o trabalho e o sustento de dezenas de outras pessoas. E também ao pagar impostos extorsivos todos os meses. O que mais eu deveria fazer que não estou fazendo?
O que estão fazendo os que não gostaram do que eu disse?
O que eu deveria fazer a respeito dos bilhões de pessoas que passam fome todos os dias no mundo inteiro? Eu já faço muito ao acordar todos os dias antes das 6:00 para trabalhar e, com meu trabalho, garantir o trabalho e o sustento de dezenas de outras pessoas. E também ao pagar impostos extorsivos todos os meses. O que mais eu deveria fazer que não estou fazendo?
O que estão fazendo os que não gostaram do que eu disse?
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Re: Re.: Indiferença
Fernando Silva escreveu:A questão é:
O que eu deveria fazer a respeito dos bilhões de pessoas que passam fome todos os dias no mundo inteiro? Eu já faço muito ao acordar todos os dias antes das 6:00 para trabalhar e, com meu trabalho, garantir o trabalho e o sustento de dezenas de outras pessoas. E também ao pagar impostos extorsivos todos os meses. O que mais eu deveria fazer que não estou fazendo?
O que estão fazendo os que não gostaram do que eu disse?
Se vc não enxerga que o outro precisa do auxilio , pois vc esta em uma situação previlegiada , por mais que tenha sido por teu esforço , e vc não nota que pode ajudar .
Merito do que vc acredita e estas dentro da sua razão !
Afinal , nada fara diferença mesmo ...
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Fernando Silva
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Re: Re.: Indiferença
videomaker escreveu: Se vc não enxerga que o outro precisa do auxilio , pois vc esta em uma situação previlegiada , por mais que tenha sido por teu esforço , e vc não nota que pode ajudar .
Merito do que vc acredita e estas dentro da sua razão !
Afinal , nada fara diferença mesmo ...
Não respondeu à minha pergunta. O que mais seria minha obrigação fazer?
E o que você, por exemplo, faz?
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Re: Re.: Indiferença
Fernando Silva escreveu:videomaker escreveu: Se vc não enxerga que o outro precisa do auxilio , pois vc esta em uma situação previlegiada , por mais que tenha sido por teu esforço , e vc não nota que pode ajudar .
Merito do que vc acredita e estas dentro da sua razão !
Afinal , nada fara diferença mesmo ...
Não respondeu à minha pergunta. O que mais seria minha obrigação fazer?
E o que você, por exemplo, faz?
Então é o que PODEMOS fazer ?
Talvez tirar um tempo e ouvir o outro , não custa nada .
E talvez fosse bastante instrutivo , não seria uma colaboração para esse nosso universo sem sentido ?
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Há casos e casos.Generalizaçôes nunca sâo exatas.Conheço a história de mendigos que sofreram algumtrauma psicológico forte,decorrente de uma perda familiar ou mesmo do stress da vida comtemporânea;e eles tinham boas condiçôes financeiras e já haviam atingindo um patamar sócio econômico elevado.
Estes simplesmente prefiriram fugir das preocupaçôes e opressôes da vida,o que nâo deve ser confndido com fuga da responsabilidade.
Agora,existem mendigos que simplesmente nâo trabalharam e nâo se esforçaram;tiveram a oportunidade de crescer mas a desperdiçaram.
Estes simplesmente prefiriram fugir das preocupaçôes e opressôes da vida,o que nâo deve ser confndido com fuga da responsabilidade.
Agora,existem mendigos que simplesmente nâo trabalharam e nâo se esforçaram;tiveram a oportunidade de crescer mas a desperdiçaram.
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Re: Re.: Indiferença
O ENCOSTO escreveu:Fernando Silva escreveu:Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los. Agora que eles estão com fome, por que eu é que deveria fazer alguma coisa? Que se virem, ela e o(s) pai(s).
Sinto-me incomodado com mendigos nas ruas, mas não culpado. Na verdade, tenho raiva deles.
Perto de onde eu moro, havia uma mendiga, com criança alugada, que chegava de táxi todos os dias.
Na Av.Rio Branco, no centro do Rio, há uma "aleijada" que, no fim do dia, guarda sua muleta, enrola seus panos sujos de sangue, levanta e vai embora andando.
Não que todos sejam assim, mas não ajudo mendigos com crianças e pano na cabeça. São mendigos profissionais.
Nada contra mendigos. Chatos mesmo são os guardadores de carro.
O negócio é não pagar porra nenhuma (principalmente se vc tiver carro segurado) e tratar de encontrar um policial para denunciar a tentativa de extorsão.
Funciona. Geralmente o cara é recolhido até a delegacia.
Pode funcionar aí no RS.
No RJ, a PM dá uns cascudos no moleque, leva pra algum canto toma-lhe o dinheiro, dá-lhe umas bicudas e sopapos, prá não perder a viagem e devolve o pivete pra rua.
Sad but true!
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Re: Re.: Indiferença
Fernando Silva escreveu:Ela teve os filhos porque quis. E não pediu minha ajuda para fazê-los.
Tava querendo comer a mendiga?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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Re.: Indiferença




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o pensador escreveu:Há casos e casos.Generalizaçôes nunca sâo exatas.Conheço a história de mendigos que sofreram algumtrauma psicológico forte,decorrente de uma perda familiar ou mesmo do stress da vida comtemporânea;e eles tinham boas condiçôes financeiras e já haviam atingindo um patamar sócio econômico elevado.
Estes simplesmente prefiriram fugir das preocupaçôes e opressôes da vida,o que nâo deve ser confndido com fuga da responsabilidade.
Ô... Também conheço um monte de mendigos ex-milionários, aliás, acho que são a maioria.

O resto são os mendigos que preferiram as ruas depois de propostas de empregos da IBM e da Microsoft. Sem contar, é claro, aqueles que depois de passarem em concurso para serem juízes ou promotores, consideraram mais vantajoso as ruas. Casos assim abundam.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
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Re: Re.: Indiferença
Fernando Silva escreveu:A questão é:
O que eu deveria fazer a respeito dos bilhões de pessoas que passam fome todos os dias no mundo inteiro? Eu já faço muito ao acordar todos os dias antes das 6:00 para trabalhar e, com meu trabalho, garantir o trabalho e o sustento de dezenas de outras pessoas. E também ao pagar impostos extorsivos todos os meses. O que mais eu deveria fazer que não estou fazendo?
O que estão fazendo os que não gostaram do que eu disse?
Fernando, ninguém pode ser culpado por não fazer mais do que a sua obrigação.
Se trabalhas, pagas impostos, cumpres as tuas obrigações sociais então ninguém te pode apontar o dedo por isso.
Ninguém também te pede que te sintas culpado, já tive essa discussão com o Poind, e raras são as pessoas que individualmente tem culpa do status quo.
O que me abismou na tua respota foi a raiva (será que ela era somente dirigida a esses parasitas que referiste? ou também aos outros??)
O sentimento que essas coisas fazem nascer em mim nem sequer é pena, é uma espécie de angústia, será "angústia" em "brasileirês" o mesmo que é por cá??
É uma p*ta duma tristeza, duma impotência tão grande!!!!
E não é só com o sitema não, é comigo também, que como três refeições por dia, vou de carro para a universidade e acabei de comprar carro. É a impotência perante o facto consumado de que estou "infectada" por este consumismo que me lavou o cérebro logo à nascença. Hipócrita eu? apontem o dedo se quiserem, é como me sinto efectivamente, não sou melhor que ninguém, e sou pior que muita gente.

Que faço? muito pouco, e muito menos do que poderia fazer, mas creio que é um principio, um começo.
Faço voluntariado numa associação que trabalha na área da discriminação (já aqui fiz publicidade), e brevemente pretendo entrar noutra, que trabalha na mesma área mas de forma mais "agressiva". Faço ainda voluntariado num bairro social dando explicações e apoio escolae para garotos de famílias extremamente carenciadas e problemáticas, só uma horinha e meia por semana (vou para lá daqui a uma hora).
Já perdi a conta aos dias em que cheguei a casa frustada, desanimada, pensado, mas que m*rda é que isto vai mudar??? mas depois um garoto sobe uma negativa, ou (na outra associação) um miúdo perde muitas das suas ideias machistas, e eu chego a casa com outro fôlego e uma imensa vontade de cantar e dançar na rua (mas aí iam-me chamar maluca...), e uma força renovada : muitos pouco fazem muito!!!!!
esta é a minha fé e a minha religião fernando, uma tremenda insatisfação com a merda de planeta em que vivemos. Tenho 24 anos e muito pouco tempo para mudar efectivamente alguma coisa, mas jurei a mim própria que iria pelo menos tentar. Estamos todos perdidos, não há salvação, anjos ou deus que nos acudam, somos uma grande família de cidadãos do e temos todos que olhar pelos nossos irmãos.
Utópica? irrealista? p'a p*ta que pariu esses adjectivos inventados para nos desmotivar, como se a vida não se encarregasse disso sozinha!!!
Raiva, fernando, eu só sinto da minha impotência, da minha cobardia, e sim, da indeferença.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)