Avatar escreveu:
Não, Cris, isso não está perfeito. A maioria dessas pessoas não “escolhe” ter filhos, assim como não escolhem contrair uma doença sexualmente transmissível.
Nisto, eu e você estamos de pleno acordo, mas concorda comigo que as pessoas poderiam evitar de várias maneiras?
Não sei se você chegou a acompanhar algo que eu coloquei um pouco antes num post. Eu, se fosse política, assistente social ou médica, promoveria que àquelas mulheres, cuja renda famíliar não atingisse ao menos 1 salário mínimo, deveriam por lei, terem a oportunidade de serem ligadas e acrescento agora aqui, que os maridos destas assim também deveriam fazê-lo. Sinceramente , sexo é muito bom, e não estas pessoas não tem culpa, mas tem responsabilidade, mesmo que venham de uma estrutura social onde muitas pessoas ainda não tem o conhecimento de prevenção contra doenças e nem gravidez.
Avatar escreveu:
Elas são humanas e estão sujeitas a cometer erros, como todos nós. Tivemos a oportunidade de estudar, adquirir conhecimentos e contamos com a boa educação que nossos pais nos deram. Essa não é a realidade de todos. Apontar o dedo para eles talvez seja a saída mais fácil e menos incômoda, mas nem de longe é a mais justa.
De pleno acordo, e como eu citei acima, expliquei melhor para você o que eu disse ser perfeito na mensagem do PD, ao qual eu concordei com ele que não só as mulheres deveriam ser ligadas quando chegassem ao segundo filho, como também os homens poderiam ter a atitude também, se estes assim quisessem fazê-lo. E as classes sociais menos favorecidas no sentido de educação, bem estar social, saúde, deveriam ser as primeiras a serem assistidas. Pois não tiveram o privilégio que eu e você e tantas pessoas tiveram, de ter acesso à educação, uma melhor distribuição de renda. E a saber, em momento algum, eu apontaria o dedo para uma situação como esta... coloquei aqui também, que uma das coisas que eu várias vezes cheguei a fazer, foi oferecer trabalho para estas pessoas que estão às ruas, dormindo ao relento, não foi uma e nem duas, que cheguei a tratar com as empregadas lá da casa dos meus pais, delas irem no posto de saúde, para conseguir ter acesso a laqueadura, em vão obviamente. Infelizmente, no governo, só fazem laqueadura, em casos como risco de saúde da mulher, se ela já estiver em idade de 36 anos e com três filhos, caso contrário... nada feito. O que quero deixar claro, é que eles podem não ter culpa de terem necessidades fisiológicas, mas têm responsabilidade quanto ao risco do que isso pode acarretar.
Avatar escreveu:
A mãe solteira quis brincar um pouco? Sentiu vontade de transar? Esse foi o grande erro dela?
Alguém aqui é renunciado? O sexo é uma necessidade básica do ser humano, mas é uma brincadeira perigosa e muitas pessoas com pouca instrução e educação não vislumbram esse perigo. A possibilidade de gravidez é a mesma de uma AIDS. E garanto que ninguém quer isso.
Avatar, o nosso papel social, ao invés de criticarmos é: educar as gerações futuras e promover nas comunidades carentes, uma igualdade educacional mais adequada. Foi irritante, assistir estes dias, a propaganda do governo que o Fome Zero, está dando certo, sendo que eu, você e outros tantos mais esclarecidos, sabemos que não é bem assim. Não adianta apenas, promover-se em relação ao fato de que a fome está sendo erradicada no Brasil, sendo que isso é mentira, o que adianta é promover também que a nossa população tenha acesso também à saúde e a todas as orientações acerca dela. Eu , como mãe, educo Mayara desde que ela tem entendimento e desde muito nova, expliquei porque o céu é azul e como nascemos, porque as mulheres menstruam e a cada ano que passou as explicações foram ficando mais intensas. Então, penso que se a May falhar, não vai ser por falta de educação, e nem de várias e várias conversas sobre sexo, sobre camisinha, sobre quando fazer ou não fazer, sobre tesão. Afinal, ela tem 13 anos e como bem disse um amigo meu: "Põe brinquinhos e anticoncepcional no leitinho". Eu não me iludo e eu já tive 13 anos, e sei muito bem como são nossos hormônios nesta fase. Mas deixo bem claro lá em casa, que sim vai tomar anticoncepcional e sim, eu quero conversar bem sério com o cidadão que ela for namorar e isso é ponto pacífico. E tem mais uma coisa: ela certamente não vai só tomar anticoncepcional, mas terá sempre em mente que transar só com camisinha. "E se ele não tiver?" Perguntou ela uma vez. Eu disse, você tem três opções, ou vocês param numa farmácia e compram ou você sempre leve um pacotinho na sua bolsa ou não façam. Lembrando que, ao mesmo tempo que eu digo isso para ela, eu sei que ainda que você use todos estes métodos, a partir do momento que você transa, você corre sim o risco de engravidar a pessoa. Sou a favor da laqueadura tanto para pobres quanto para quem tem condições de criar. Dois filhos hoje em dia, está ótimo.
Avatar escreveu:
Não estou dizendo que todo mundo tem ou deixa de ter obrigações com os mais necessitados. Mas a postura do “bem feito! Quem mandou ter filhos?” me parece cruel e injusta. Todos nós cometemos diversos erros ao longo da vida e a única diferença entre eles são as conseqüências advindas. Às vezes ela é bem visível, como um filho ou uma doença, outra vez não, o que não significa que nosso erro que ninguém viu é moralmente “melhor” que os dos outros.
Bem, a postura do
bem feito! Quem mandou ter filhos?" , não é minha. E espero ter deixado claro agora, o que eu penso acerca do assunto. Eu não sou melhor do que ninguém, e como sou a favor da laqueadura tanto para ricos como para pobres, quando eu tiver meu segundo filho, tenha a certeza que ali, encerrarei a minha carreira materna, e ligarei as trompas.
Avatar escreveu:
Quem desconhece o bálsamo da auto-crítica, que atire quantas pedras quiser...
Ainda bem que este não é o meu caso, até porque meu telhado lá em casa é bem de vidro.

Aproveito o que você acaba de citar e se você não se importar, vou usa-lo como exemplo para expor um assunto que fala exatamente sobre isso ok?
Abraços,
Cris*[/list]