Indiferença

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juliana paula bueno costa
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Re.: Indiferença

Mensagem por juliana paula bueno costa »

Prabéns pela animação! :emoticon19:
Vamos torcer pelo Brasil, mas que pena que precise de uma copa para que pessoas que sempre se vêem só unem-se nesta ocasião. Digo isso porque tenho visinhos que todos os dias passam por mim e nunca falavam comigo, porém algumas semanas atrás vem e falam como se fossémos amississémos só para pedir R$10,00 reais para enfeitar a rua. :emoticon9:

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juliana paula bueno costa
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Re.: Indiferença

Mensagem por juliana paula bueno costa »

Prabéns pela animação! :emoticon19:
Vamos torcer pelo Brasil, mas que pena que precise de uma copa para que pessoas que sempre se vêem só unem-se nesta ocasião. Digo isso porque tenho visinhos que todos os dias passam por mim e nunca falavam comigo, porém algumas semanas atrás vem e falam como se fossémos amississémos só para pedir R$10,00 reais para enfeitar a rua. :emoticon9:

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Flavio Costa
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Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

Avatar, acho que a Cris não acha "bem feito! Quem mandou ter filhos?" e sim que, como muitas pessoas não têm condições de criar os filhos que produz, ou seja, de arcar com as consequências dos seus atos, o melhor a fazer é evitar que se exponham a esse risco. E a forma de fazer isso é pela esterilização.
Editado pela última vez por Flavio Costa em 09 Jun 2006, 14:42, em um total de 1 vez.
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Aurelio Moraes
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Aurelio Moraes »

juliana paula bueno costa escreveu:Prabéns pela animação! :emoticon19:
Vamos torcer pelo Brasil, mas que pena que precise de uma copa para que pessoas que sempre se vêem só unem-se nesta ocasião. Digo isso porque tenho visinhos que todos os dias passam por mim e nunca falavam comigo, porém algumas semanas atrás vem e falam como se fossémos amississémos só para pedir R$10,00 reais para enfeitar a rua. :emoticon9:

{Alterado por Cláudio - Violação regras do Fórum}

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Ayyavazhi
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Ayyavazhi »

Flavio Costa escreveu:Avatar, acho que a Cris não acha "bem feito! Quem mandou ter filhos?" e sim que, como muitas pessoas não têm condições de criar os filhos que produz, ou seja, de arcar com as consequências dos seus atos, o melhor a fazer é evitar que se exponham a esse risco. E a forma de fazer isso é pela esterelização.


Olá, Flavio.

Eu entendi esse posicionamento da Cris e concordo com ela. Mas o Poindexter apresentou uma visão mais dura e menos compreensiva da situação. Se a Cris considera essa visão "perfeita", ela toma para si essas palavras.

De qualquer forma, não estou pretendendo julgar a Cris, nem o Poindexter ou qualquer outro que discorde de mim. Mas é difícil expor sua opinião sem que pareça uma crítica. Eu penso diferente deles, apenas, e registrei esse pensamento.

Abraços.


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Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

Aurelio Moraes escreveu:
juliana paula bueno costa escreveu:Prabéns pela animação! :emoticon19:
Vamos torcer pelo Brasil, mas que pena que precise de uma copa para que pessoas que sempre se vêem só unem-se nesta ocasião. Digo isso porque tenho visinhos que todos os dias passam por mim e nunca falavam comigo, porém algumas semanas atrás vem e falam como se fossémos amississémos só para pedir R$10,00 reais para enfeitar a rua. :emoticon9:


{Cláudio, quando houver violação das regras do fórum, apague onde ela foi repetida também}

Que seja, mas não estraga, Aurélio, a menina está pelo menos tentando ser gente boa. E nem está mais escrevendo com o CAPS LOCK ligado.
Editado pela última vez por Flavio Costa em 09 Jun 2006, 14:45, em um total de 1 vez.
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Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

Avatar escreveu:Eu entendi esse posicionamento da Cris e concordo com ela. Mas o Poindexter apresentou uma visão mais dura e menos compreensiva da situação. Se a Cris considera essa visão "perfeita", ela toma para si essas palavras.

Apesar dela ter cotado a mensagem toda dele (aconteceu exatamente a mesma coisa em conversa recente com a Clara Campos), a parte que ela tomou para si foi "Fiquei muito feliz em ver a Cris também defender a EC no segundo filho (penso que deve ser não apenas na mãe, mas no pai também quando puder ser identificado... que achas, Cris?).", que é onde o Poindexter se refere a ela.

A parte "radical" veio antes disso e tenho certeza que não faz parte das palavras que a Cris tomou para si.
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nerd_inside
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Re.: Indiferença

Mensagem por nerd_inside »

Futebol é controle de massa. :emoticon6:

Concordo com o que falaram que muita gente sem condição faz 10 filhos e depois fala que o governo não ajuda.
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clara campos
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

Flavio Costa escreveu:
clara campos escreveu:também detestei a maioria das pedagógicas na universidade, acho que a melhor pedagogia se aprende no ensino não formal, depois é tentar fazer a ponte. Mas o ensino é muito conservador, e fica muito difícil aplicar novas técnicas, a resistência é enorme.

Na minha universidade, a linha pedagógica foi muito atualizada, com bastante foco na linha de construção conjunta do conhecimento ao invés do tradicional professor que transmite o que sabe para o aluno.

O que eu senti é justamente o contrário, que é difícil na prática aplcar aquilo que aprendemos e sair do esquema caderno/quadro-negro.

as cadeiras k tive também estão bem actualizadas, mas são paradoxais pois os professores não sabem aplicar o que eles próprios ensinam... é muito fácil sacar uma boa nota, pois basta aplicar na prática o que "aprendemos" na teórica, e felizmente tenho uma certa bagagem prática que muito me tem auxiliado.
Mas é sim difícil de aplicar, principalmente se estivermos a trabalhar com pessoas incompetentes ou incapazes de qualquer inovação, e se não tivermos material necessário.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Cris
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Cris »

Avatar escreveu:
Flavio Costa escreveu:Avatar, acho que a Cris não acha "bem feito! Quem mandou ter filhos?" e sim que, como muitas pessoas não têm condições de criar os filhos que produz, ou seja, de arcar com as consequências dos seus atos, o melhor a fazer é evitar que se exponham a esse risco. E a forma de fazer isso é pela esterelização.


Olá, Flavio.

Eu entendi esse posicionamento da Cris e concordo com ela. Mas o Poindexter apresentou uma visão mais dura e menos compreensiva da situação. Se a Cris considera essa visão "perfeita", ela toma para si essas palavras.

De qualquer forma, não estou pretendendo julgar a Cris, nem o Poindexter ou qualquer outro que discorde de mim. Mas é difícil expor sua opinião sem que pareça uma crítica. Eu penso diferente deles, apenas, e registrei esse pensamento.

Abraços.



Bem, só para complementar o que o Flávio falou , bora lá... Avatar vou postar um tópico que eu estou para colocar no ar desde ontem, mas por falta de tempo eu ainda não o fiz. Fala exatamente sobre seu último paragráfo. E aí vou explicar tintin por tintin... o que parece que está meio enevoado acerca daquilo que eu acabei expondo e não explicando. Já volto, hoje o dia tá quente no escritório.
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Ayyavazhi
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Ayyavazhi »

Flavio Costa escreveu:
Avatar escreveu:Eu entendi esse posicionamento da Cris e concordo com ela. Mas o Poindexter apresentou uma visão mais dura e menos compreensiva da situação. Se a Cris considera essa visão "perfeita", ela toma para si essas palavras.

Apesar dela ter cotado a mensagem toda dele (aconteceu exatamente a mesma coisa em conversa recente com a Clara Campos), a parte que ela tomou para si foi "Fiquei muito feliz em ver a Cris também defender a EC no segundo filho (penso que deve ser não apenas na mãe, mas no pai também quando puder ser identificado... que achas, Cris?).", que é onde o Poindexter se refere a ela.

A parte "radical" veio antes disso e tenho certeza que não faz parte das palavras que a Cris tomou para si.


Ah, tá. Também, ninguém explica direito...

Brincadeira. Obrigado pela observação Flávio. Eu não havia atentado para essa possibilidade.


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user f.k.a. Cabeção
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Flavio Costa escreveu:Cabeça, por restrição de tempo, serei bem breve.

Embora você tenha colocado "serviços de suporte à sociedade", pelo visto você sabe bem do que se trata. Claro que eles podem ser vistos como mercadorias, mas a questão aqui é se eles devem ser vistos assim ou não. Você está querendo misturar as duas coisas, mas não é necessário um bom-senso fora do normal para concluir que casacos da Daslu são mercadorias, mas não são "serviços de suporte à sociedade". Esses supérfluos sem dúvida alguma devem ser custeados pelo indivíduo interessado.

Você coloca a questão social como liberdade de escolha. Suponha que um indivíduo está numa família cujos pais não querem custear faculdade particular (cara aqui e nos EUA) e não tem formação profissional para ser algo mais bem remunerado que faxineiro ou garçon, que não podem pagar por essa educação. Já era para esse sujeito, a não ser que ele tenha apoio externo. Que apoio? No seu modelo seria, digamos, entidades filantrópicas. Porém, educação custa caro e pouca gente ia querer financiar o estudo universitário de desconhecidos.

Também, no seu modelo, seria necessário a intervenção do governo pelo menos para estabelecer um salário mínimo que dê para pagar por todos os serviços que hoje são rateados através dos impostos. E se isso causasse o desemprego? E se causasse a inflação? Ou então não teria salário mínimo e certamente muitos seriam explorados e talvez nem comida conseguissem pagar. Começariam a roubar para viver e a violência aumentaria.

Claro, é por isso que os EUA procuram intervir na economia, pois, até que se prove o contrário, um mercado completamente livre levaria o Estado ao caos completo. Nem tudo há de ser lucrativo. Ou o custo operacional pode ser tão alto que marginalizaria grande parte da população. Uma coisa é um laissez-faire moderado, outra é, como o Samael colocou, a utopia liberal.



Como eu disse, a abrangência da definição de mercadoria é estritamente vinculada com a liberdade da sociedade em questão.

O sucesso profissional está bem menos vinculado com a formação acadêmica do que você imagina. A única diferença é que alguém sem um diploma pode não se tornar um médico famoso, mas terá que buscar sua chance como empreendedor, e para isso, talento vale muito mais que qualquer pedaço de papel. Além do que, quem quisesse educação de alto nível e não possuisse meios para bancá-la deveria mostrar porque a merece, seja entrando em concursos por bolsas meritocráticas oferecidas eventualmente pela própria universidade, por instituições filantrópicas privadas ou por empresas interessadas em desenvolver talentos.

O salário mínimo deveria ser estabelecido por cada contrato individual. Ninguém aceitaria trabalhar para passar fome, portanto, salários de fome não seriam comuns. Além do que a existência de uma camada consumidora depende do valor do salário praticado; salários muito baixos farão com que haja menos pessoas dispostas a comprar, se não houver quem compre, o preço da mercadoria abaixará, ou o produtor sairá perdendo.

Não estou dizendo que certos serviços, como a segurança, a legislação ou a justiça, não competam ao Estado oferecer. Mas não vejo como suas atribuições extrapolem suas funções primordiais. O Estado até pode, em princípio, oferecer serviços extras, a título de complemento, desde que o trabalhador e as empresas não se sobrecarreguem ao sustentar vagabundos, minando sua capacidade produtiva e gerando crises econômicas de longo prazo. Oferecer educação básica, ou serviços de saúde fundamentais, por exemplo, não parecem sufocar a camada produtiva da sociedade (ainda que não as considere rigorosamente fundamentais), enquanto que o ensino superior público e o seguro desemprego (e todas as outras formas de se pagar por não trabalhar) sim.

E ficar com pena de quem cometeu erros e por isso está mal é uma coisa. Pode-se fazer bastante, como ajudar aquela pessoa dando-lhe um emprego, ou mesmo uma esmola qualquer. Agora dar esmola com o bolso dos outros, e tentar ainda atribuir alguma espécie de culpa pela miséria alheia a trabalhadores que nada mais fazem do que gerar riquezas (e aqui me refiro tanto aos trabalhadores mais humildes quanto aos mais ricos empresários que operam dentro da lei), é uma manobra desprezível.


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Cris
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Cris »

Avatar escreveu:
Flavio Costa escreveu:
Avatar escreveu:Eu entendi esse posicionamento da Cris e concordo com ela. Mas o Poindexter apresentou uma visão mais dura e menos compreensiva da situação. Se a Cris considera essa visão "perfeita", ela toma para si essas palavras.

Apesar dela ter cotado a mensagem toda dele (aconteceu exatamente a mesma coisa em conversa recente com a Clara Campos), a parte que ela tomou para si foi "Fiquei muito feliz em ver a Cris também defender a EC no segundo filho (penso que deve ser não apenas na mãe, mas no pai também quando puder ser identificado... que achas, Cris?).", que é onde o Poindexter se refere a ela.

A parte "radical" veio antes disso e tenho certeza que não faz parte das palavras que a Cris tomou para si.


Ah, tá. Também, ninguém explica direito...

Brincadeira. Obrigado pela observação Flávio. Eu não havia atentado para essa possibilidade.



Avatar, não me leve a mal na questão de eu de repente não ter explicado. Vou mostrar para você o que eu enxerguei e afirmei como perfeito na colocação do PD ok?
"Fiquei muito feliz em ver a Cris também defender a EC no segundo filho (penso que deve ser não apenas na mãe, mas no pai também quando puder ser identificado... que achas, Cris?).".
Cris*
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Vitor Moura
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Vitor Moura »

Fernando Silva escreveu:Essa gente acha que eu sou um babaca que guarda dinheiro para o futuro ("depois você morre e não aproveitou nada") em vez de aproveitar a vida aqui e agora.



Uma vez um professor de economia me disse: "Vcs sempre devem ter ouvido o conselho de que se deve guardar para o futuro, não é? Pois bem, se todo mundo seguisse esse conselho, sabe o que aconteceria? A economia não cresceria! Não tem ninguém comprando, tá todo mundo poupando!"

Gastar faz bem , Fernando! Lógico que o correto seria PRIMEIRO pagar as dívidas, nisso eles estão errados! Mas, já que pelo visto vc era dono de uma empresa, poderia usar de esquemas de premiação, bônus pro melhor funcionário, o que mais produzisse...assim ele teria o dinheiro que precisaria, e vc teria o retorno pelo trabalho dele!

Quanto às famílias nas ruas, doe suas roupas velhas, por exemplo!

Um abraço,
Vitor

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Ayyavazhi »

Cris escreveu:Avatar, não me leve a mal na questão de eu de repente não ter explicado. Vou mostrar para você o que eu enxerguei e afirmei como perfeito na colocação do PD ok?
"Fiquei muito feliz em ver a Cris também defender a EC no segundo filho (penso que deve ser não apenas na mãe, mas no pai também quando puder ser identificado... que achas, Cris?).".


Cris,

Eu não levei você a mal em nenhum momento. Mesmo quando entendi errado sua resposta.

Um beijo.


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Fernando Silva
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Fernando Silva »

Avatar escreveu:A mãe solteira quis brincar um pouco? Sentiu vontade de transar? Esse foi o grande erro dela? [...]
A possibilidade de gravidez é a mesma de uma AIDS. E garanto que ninguém quer isso.

No meio do mato, pode ser. Meninas que vivem na cidade grande não têm a desculpa de não saber que poderia acontecer. Elas mesmo dizem "Eu esqueci de tomar a pílula" ou "Não tinha camisinha na hora e foi sem ela mesmo".
Sabe o que é transar "bare back"? É gíria de gays para transar sem camisinha. Eles sabem o risco que correm, mas fazem assim mesmo.
É o mesmo que dirigir a 150km/h e achar que "comigo não acontece".
Não é falta de instrução, é irresponsabilidade.
Assumam as consequências. E não digam que "a culpa é da sociedade".

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Re.: Indiferença

Mensagem por Res Cogitans »

Pra quem nasceu em bom berço é fácil dizer que nossa sociedade é meritocrática e bastava que o muleque que estudou em CIEP ter mais força de vontade que seu futuro está garantido.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Fernando Silva »

Vitor Moura escreveu:Gastar faz bem , Fernando! Lógico que o correto seria PRIMEIRO pagar as dívidas, nisso eles estão errados! Mas, já que pelo visto vc era dono de uma empresa, poderia usar de esquemas de premiação, bônus pro melhor funcionário, o que mais produzisse...assim ele teria o dinheiro que precisaria, e vc teria o retorno pelo trabalho dele!

Não sou e nunca fui dono de empresa. E não pretendo ser.
Quanto a escolher o "funcionário do mês", minha firma desistiu depois de algum tempo porque percebeu que quem era escolhido já sabia que não seria escolhido de novo e daí parava de se esforçar. Alguns foram até demitidos.
Quanto às famílias nas ruas, doe suas roupas velhas, por exemplo!

Faço isto através de instituições de caridade, não diretamente.

Outro exemplo: eu estava no boteco infecto onde almoço (comida a quilo) e apareceu um casal de crianças pedindo dinheiro para comer. Eu dei um vale refeição para a menina e lhe disse para repartir com o irmão, mas ele ficou me enchendo o saco e querendo um também.

A menina fez um prato enorme, ficou chamando o irmão para comer com ela e ele não quis. Ficou emburrado na porta da rua.
Ela comeu menos da metade e foi embora.

Detesto pobre.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Fernando Silva »

Res Cogitans escreveu:Pra quem nasceu em bom berço é fácil dizer que nossa sociedade é meritocrática e bastava que o muleque que estudou em CIEP ter mais força de vontade que seu futuro está garantido.

Nossa sociedade é imperfeita como tudo o mais.
O ponto aqui é: a culpa não é minha.
Assim como não é minha culpa quando alguém nasce deficiente físico. Não vou me sentir culpado por ter saúde.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Cris »

Avatar escreveu:
Não, Cris, isso não está perfeito. A maioria dessas pessoas não “escolhe” ter filhos, assim como não escolhem contrair uma doença sexualmente transmissível.


Nisto, eu e você estamos de pleno acordo, mas concorda comigo que as pessoas poderiam evitar de várias maneiras?
Não sei se você chegou a acompanhar algo que eu coloquei um pouco antes num post. Eu, se fosse política, assistente social ou médica, promoveria que àquelas mulheres, cuja renda famíliar não atingisse ao menos 1 salário mínimo, deveriam por lei, terem a oportunidade de serem ligadas e acrescento agora aqui, que os maridos destas assim também deveriam fazê-lo. Sinceramente , sexo é muito bom, e não estas pessoas não tem culpa, mas tem responsabilidade, mesmo que venham de uma estrutura social onde muitas pessoas ainda não tem o conhecimento de prevenção contra doenças e nem gravidez.


Avatar escreveu:
Elas são humanas e estão sujeitas a cometer erros, como todos nós. Tivemos a oportunidade de estudar, adquirir conhecimentos e contamos com a boa educação que nossos pais nos deram. Essa não é a realidade de todos. Apontar o dedo para eles talvez seja a saída mais fácil e menos incômoda, mas nem de longe é a mais justa.


De pleno acordo, e como eu citei acima, expliquei melhor para você o que eu disse ser perfeito na mensagem do PD, ao qual eu concordei com ele que não só as mulheres deveriam ser ligadas quando chegassem ao segundo filho, como também os homens poderiam ter a atitude também, se estes assim quisessem fazê-lo. E as classes sociais menos favorecidas no sentido de educação, bem estar social, saúde, deveriam ser as primeiras a serem assistidas. Pois não tiveram o privilégio que eu e você e tantas pessoas tiveram, de ter acesso à educação, uma melhor distribuição de renda. E a saber, em momento algum, eu apontaria o dedo para uma situação como esta... coloquei aqui também, que uma das coisas que eu várias vezes cheguei a fazer, foi oferecer trabalho para estas pessoas que estão às ruas, dormindo ao relento, não foi uma e nem duas, que cheguei a tratar com as empregadas lá da casa dos meus pais, delas irem no posto de saúde, para conseguir ter acesso a laqueadura, em vão obviamente. Infelizmente, no governo, só fazem laqueadura, em casos como risco de saúde da mulher, se ela já estiver em idade de 36 anos e com três filhos, caso contrário... nada feito. O que quero deixar claro, é que eles podem não ter culpa de terem necessidades fisiológicas, mas têm responsabilidade quanto ao risco do que isso pode acarretar.

Avatar escreveu:
A mãe solteira quis brincar um pouco? Sentiu vontade de transar? Esse foi o grande erro dela?

Alguém aqui é renunciado? O sexo é uma necessidade básica do ser humano, mas é uma brincadeira perigosa e muitas pessoas com pouca instrução e educação não vislumbram esse perigo. A possibilidade de gravidez é a mesma de uma AIDS. E garanto que ninguém quer isso.


Avatar, o nosso papel social, ao invés de criticarmos é: educar as gerações futuras e promover nas comunidades carentes, uma igualdade educacional mais adequada. Foi irritante, assistir estes dias, a propaganda do governo que o Fome Zero, está dando certo, sendo que eu, você e outros tantos mais esclarecidos, sabemos que não é bem assim. Não adianta apenas, promover-se em relação ao fato de que a fome está sendo erradicada no Brasil, sendo que isso é mentira, o que adianta é promover também que a nossa população tenha acesso também à saúde e a todas as orientações acerca dela. Eu , como mãe, educo Mayara desde que ela tem entendimento e desde muito nova, expliquei porque o céu é azul e como nascemos, porque as mulheres menstruam e a cada ano que passou as explicações foram ficando mais intensas. Então, penso que se a May falhar, não vai ser por falta de educação, e nem de várias e várias conversas sobre sexo, sobre camisinha, sobre quando fazer ou não fazer, sobre tesão. Afinal, ela tem 13 anos e como bem disse um amigo meu: "Põe brinquinhos e anticoncepcional no leitinho". Eu não me iludo e eu já tive 13 anos, e sei muito bem como são nossos hormônios nesta fase. Mas deixo bem claro lá em casa, que sim vai tomar anticoncepcional e sim, eu quero conversar bem sério com o cidadão que ela for namorar e isso é ponto pacífico. E tem mais uma coisa: ela certamente não vai só tomar anticoncepcional, mas terá sempre em mente que transar só com camisinha. "E se ele não tiver?" Perguntou ela uma vez. Eu disse, você tem três opções, ou vocês param numa farmácia e compram ou você sempre leve um pacotinho na sua bolsa ou não façam. Lembrando que, ao mesmo tempo que eu digo isso para ela, eu sei que ainda que você use todos estes métodos, a partir do momento que você transa, você corre sim o risco de engravidar a pessoa. Sou a favor da laqueadura tanto para pobres quanto para quem tem condições de criar. Dois filhos hoje em dia, está ótimo.

Avatar escreveu:
Não estou dizendo que todo mundo tem ou deixa de ter obrigações com os mais necessitados. Mas a postura do “bem feito! Quem mandou ter filhos?” me parece cruel e injusta. Todos nós cometemos diversos erros ao longo da vida e a única diferença entre eles são as conseqüências advindas. Às vezes ela é bem visível, como um filho ou uma doença, outra vez não, o que não significa que nosso erro que ninguém viu é moralmente “melhor” que os dos outros.


Bem, a postura do bem feito! Quem mandou ter filhos?" , não é minha. E espero ter deixado claro agora, o que eu penso acerca do assunto. Eu não sou melhor do que ninguém, e como sou a favor da laqueadura tanto para ricos como para pobres, quando eu tiver meu segundo filho, tenha a certeza que ali, encerrarei a minha carreira materna, e ligarei as trompas.

Avatar escreveu:
Quem desconhece o bálsamo da auto-crítica, que atire quantas pedras quiser...


Ainda bem que este não é o meu caso, até porque meu telhado lá em casa é bem de vidro. :emoticon4: Aproveito o que você acaba de citar e se você não se importar, vou usa-lo como exemplo para expor um assunto que fala exatamente sobre isso ok?
Abraços,
Cris*[/list]
Cris*
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por O ENCOSTO »

Fernando Silva escreveu:
Detesto pobre.


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Fernando Silva está sendo coerente. E quanto ao "Poin"? O cara acha que é bem feito mas, ao mesmo tempo, é contra abortos.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Res Cogitans escreveu:Pra quem nasceu em bom berço é fácil dizer que nossa sociedade é meritocrática e bastava que o muleque que estudou em CIEP ter mais força de vontade que seu futuro está garantido.



Realmente, dizer isso é burrice. A nossa sociedade é muito anti-meritocrática, em grande parte porque as pessoas ainda acreditam que se deva fazer "justiça social" usando o bolso alheio.
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O ENCOSTO
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por O ENCOSTO »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Res Cogitans escreveu:Pra quem nasceu em bom berço é fácil dizer que nossa sociedade é meritocrática e bastava que o muleque que estudou em CIEP ter mais força de vontade que seu futuro está garantido.



Realmente, dizer isso é burrice. A nossa sociedade é muito anti-meritocrática, em grande parte porque as pessoas ainda acreditam que se deva fazer "justiça social" usando o bolso alheio.



Não só isso.

Querem também sensibilidade, mas com os sentimentos alheios.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Cris
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Cris »

Fernando Silva escreveu: No meio do mato, pode ser. Meninas que vivem na cidade grande não têm a desculpa de não saber que poderia acontecer. Elas mesmo dizem "Eu esqueci de tomar a pílula" ou "Não tinha camisinha na hora e foi sem ela mesmo".
Sabe o que é transar "bare back"? É gíria de gays para transar sem camisinha. Eles sabem o risco que correm, mas fazem assim mesmo.
É o mesmo que dirigir a 150km/h e achar que "comigo não acontece".
Não é falta de instrução, é irresponsabilidade.
Assumam as consequências. E não digam que "a culpa é da sociedade".


Isso que o Fernando acabou de citar, acontece e muito. E como foi o que eu disse, no post acima. Podem não ter "culpa" àquelas que não foram instruídas... mas é preciso então assumir as consequências e criar maneiras de evitar que isto ocorra.
Cris*
"Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.” Jean-Paul Sartre

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Samael
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Re.: Indiferença

Mensagem por Samael »

As postagens do Flávio e do Avatar estão valendo esse tópico para mim. Continuem, por favor. :emoticon1:

Trancado