user f.k.a. Cabeção escreveu:Como eu disse, a abrangência da definição de mercadoria é estritamente vinculada com a liberdade da sociedade em questão.
Bem, é uma ideologia, a materialização dela é uma questão interessante.
user f.k.a. Cabeção escreveu:O sucesso profissional está bem menos vinculado com a formação acadêmica do que você imagina. A única diferença é que alguém sem um diploma pode não se tornar um médico famoso, mas terá que buscar sua chance como empreendedor, e para isso, talento vale muito mais que qualquer pedaço de papel.
Nem todo mundo tem talento empreendedor, mas poderia fazer melhor que ser gari e camareira.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Além do que, quem quisesse educação de alto nível e não possuisse meios para bancá-la deveria mostrar porque a merece, seja entrando em concursos por bolsas meritocráticas oferecidas eventualmente pela própria universidade, por instituições filantrópicas privadas ou por empresas interessadas em desenvolver talentos.
Quanto mais difícil o acesso à universidade, maior a falta de mão de obra qualificada e mais acirrada a disputa por empregos que não quererem nível superior. Não vejo aí ocorrendo algum tipo de equilíbrio social.
user f.k.a. Cabeção escreveu:O salário mínimo deveria ser estabelecido por cada contrato individual. Ninguém aceitaria trabalhar para passar fome, portanto, salários de fome não seriam comuns.
Passar fome as pessoas empregadas não passariam, mas ter saúde, lazer ou poder mandar os filhos para o curso de inglês não é algo que necessariamente vai acontecer. E alguém vai aceitar um salário mal remunerado assim, pois é melhor ser mal pago que morrer de fome.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Além do que a existência de uma camada consumidora depende do valor do salário praticado; salários muito baixos farão com que haja menos pessoas dispostas a comprar, se não houver quem compre, o preço da mercadoria abaixará, ou o produtor sairá perdendo.
Possivelmente, o consumidor sairá perdendo. Se houver uma pequena, mas bem sucedida camada superior, ela poderá pagar caro pelos produtos e sustentar esse produtor. Grande parte da população pode continuar marginalizada, aliás, como já é aqui no Brasil.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Não estou dizendo que certos serviços, como a segurança, a legislação ou a justiça, não competam ao Estado oferecer.
Ah, bom!
user f.k.a. Cabeção escreveu:Oferecer educação básica, ou serviços de saúde fundamentais, por exemplo, não parecem sufocar a camada produtiva da sociedade (ainda que não as considere rigorosamente fundamentais), enquanto que o ensino superior público e o seguro desemprego (e todas as outras formas de se pagar por não trabalhar) sim.
Concordo que haja um excesso e um desperdício dos recursos públicos.
Por exemplo, acho que o seguro desemprego não é ruim em si, mas ele deveria ser bem mais restrito: com um teto de um salário mínimo, com duração de no máximo 6 meses e para membros de famílias onde a renda per capita seja no máximo de 1/2 salário mínimo. Outras pessoas, se perderem o emprego, que vendam o carro para comer.
Já o ensino superior público poderia até não existir se existissem as tais entidades filantrópicas com atuação substancial, o que não é nossa realidade atual.
user f.k.a. Cabeção escreveu:E ficar com pena de quem cometeu erros e por isso está mal é uma coisa. Pode-se fazer bastante, como ajudar aquela pessoa dando-lhe um emprego, ou mesmo uma esmola qualquer.
Acho que quem cometeu erros merece ficar sem ir ao cinema, sem comprar roupas novas, sem frequentar festas, sem trocar de carro ou celular, mas não merecem ficar sem comida ou ter os estudos dos filhos interrompidos.
user f.k.a. Cabeção escreveu:(e aqui me refiro tanto aos trabalhadores mais humildes quanto aos mais ricos empresários que operam dentro da lei)
"Humilde" não, de baixa renda!
