Indiferença

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Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

clara campos escreveu:
Flavio Costa escreveu:Quem pode ter carro tem dinheiro para pagar multas.

demonstra

Fiat Uno Mille, ano 1997: R$ 9.820,00 (fora custos de manutenção, combustível e impostos)
Multa por infração de natureza grave: R$ 127,69
Fazer um filho: não tem preço

clara campos escreveu:Uma multa poderossísima, que pusesse em xeque quem tivesse mais de x filhos, seria bastante eficiente.

Não, não seria bastante eficiente. As pessoas não pagariam as multas e continuariam fazendo filhos.

Claro, tinha a opção de mandar prender (sem direito a visita íntima) por não pagamento das multas, mas aí eu queria ver as organizações pelos direitos humanos chamando de atroz a lei que manda pessoas para a cadeia por terem filhos...
The world's mine oyster, which I with sword will open.
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Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
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clara campos
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

heilel ben-shachar escreveu:
clara campos escreveu:Apesar da implicação machista da tua pergunta, aqui vai a resposta: claro.
Uma intervenção que destrua a integridade de um orgão/membro é uma mutilação.


Ha-ha... me pegou de surpresa, quero saber qual é a implicação machista do que eu falei. Quando falei do nó, me referi a uma técnica alternativa a vasectomia, onde ao invés de ligar os canais deferentes, dá-se um "nó" no canal deferente, fazendo com que o esperma não saia pela ejaculação.

Nunca ouvi falar.
Fontes?

heilel ben-shachar escreveu:Você fala sobre mutilação... e daí??? Várias intervenções cirúrgicas destroem a integridade de determinados orgãos a fim de evitar maiores complicações para a vida do indivíduo. Já ouviu falar em Necrose???

Ter filhos não é uma doença, nem uma complicação fisio-psico-patológica ou whatever.
É um direito fundamental que assiste a qualquer indivíduo. É muito fácil "nós acharmos" que pudemos fazer da vida dos outros o que achamos.
Se alguém decidir submeter-se a tais operações, deve ser uma decisão responsável e consciente, e eventualmente apoiado mediante tratamento pago e porque não, alguns benefícios fiscais (teria que se pensar nálgum tipo de incentivo).
Obrigar alguém (que não quer) a tal é retirar a essa pessoa a sua dignidade enquanto indivíduo. Fica sabendo que a impossibilidade de ter filhos, ou ter mais filhos, é para imensas pessoas um terrivel desgosto, que não é aceitavel que seja imposto, premeditado, planeado, etc.

heilel ben-shachar escreveu:
A questão é o que cada um define como um mal pior ou um mal menor. Para mim, existe uma gigante desproporção de valor entre ligar os canais deferentes do homem e fazer com que o seu esperma seja re-absorvido pelo organismo e colocar um ser humano no mundo sem que os seu genitores tenham condições materiais que possam lhe garantir uma vida digna.

O que tu achas é na verdade irrelevante. Se eu acho que alguém fica melhor de cabelo rapado, não vou obrigá-la a rapá-lo.
Crianças cujos pais não têm condições de criar devem ser rencaminhadas para instuições próprias e, quanto antes, reencaminhadas para processos adoptivos, estes próprios que podem constituir-se, com os devidos apoios sociais, em promotores do controlo de natalidade.
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Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

clara campos escreveu:Crianças cujos pais não têm condições de criar devem ser rencaminhadas para instuições próprias e, quanto antes, reencaminhadas para processos adoptivos, estes próprios que podem constituir-se, com os devidos apoios sociais, em promotores do controlo de natalidade.

[modo="Poindexter"]E quem vai pagar por isso? Eu? Não tenho culpa que quiseram fazer filhos sem condições, o dinheiro dos meus impostos não é pago para custear a irresponsabilidade alheia.[/modo]
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Cris
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Cris »

Flavio Costa escreveu:
clara campos escreveu:
Flavio Costa escreveu:Quem pode ter carro tem dinheiro para pagar multas.

demonstra

Fiat Uno Mille, ano 1997: R$ 9.820,00 (fora custos de manutenção, combustível e impostos)
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:emoticon12: Ahn.... Não é bem assim né Flávio! hahaha! Fazer filho pode até não ter preço, quando este é por vias normais, ou seja, o famoso método natural, vamos chamar assim, agora, por exemplo, uma amiga precisou pagar 10.000,00 reais pela inseminação artificial para poder ter o filho dela e ela paga uma taxa anual de 500 reais, para manter os "bichinhos" congelados.
E depois que nasce meu querido, é uma despesa até pelo menos de uns 25 anos, por baixo.
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Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

Cris escreveu: :emoticon12: Ahn.... Não é bem assim né Flávio! hahaha! Fazer filho pode até não ter preço, quando este é por vias normais, ou seja, o famoso método natural, vamos chamar assim, agora, por exemplo, uma amiga precisou pagar 10.000,00 reais pela inseminação artificial para poder ter o filho dela e ela paga uma taxa anual de 500 reais, para manter os "bichinhos" congelados.

Pobre não faz inseminação.

Cris escreveu:E depois que nasce meu querido, é uma despesa até pelo menos de uns 25 anos, por baixo.

Esse problema já está resolvido:

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clara campos
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

Flavio Costa escreveu:Fiat Uno Mille, ano 1997: R$ 9.820,00 (fora custos de manutenção, combustível e impostos)
Multa por infração de natureza grave: R$ 127,69
Fazer um filho: não tem preço

Continua por demonstrar que:
Quem pode ter carro tem dinheiro para pagar multas.


Flavio Costa escreveu:
clara campos escreveu:Uma multa poderossísima, que pusesse em xeque quem tivesse mais de x filhos, seria bastante eficiente.

Não, não seria bastante eficiente. As pessoas não pagariam as multas e continuariam fazendo filhos.

Claro, tinha a opção de mandar prender (sem direito a visita íntima) por não pagamento das multas, mas aí eu queria ver as organizações pelos direitos humanos chamando de atroz a lei que manda pessoas para a cadeia por terem filhos...

Tal como as pessoas continuam a não pagar multas de trânsito.


Flávio, não estou a dizer que é fácil, óbvio ou imediato. O controlo de natalidade é uma necessidade que se tem vindo a impor em várias partes do mundo, mas nem sempre os caminhos mais fáceis e rápidos são os melhores.
Existem determinados direitos pelos quais nã se pode trepar. Matar todos os pobres e esfomeados seria extremamente eficaz, contudo, inaceitável.
Obrigar pessoas a sujeitarem-se a operações/tratamentos que os impessam de ter filhos é de uma violência indescritível, e jamais sequer deveria ser considerado.
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por heilel ben-shachar »

clara campos escreveu:Nunca ouvi falar.
Fontes?


Não me lembro agora, se estiver interessada pesquise.

clara campos escreveu:Ter filhos não é uma doença, nem uma complicação fisio-psico-patológica ou whatever.
É um direito fundamental que assiste a qualquer indivíduo. É muito fácil "nós acharmos" que pudemos fazer da vida dos outros o que achamos.
Se alguém decidir submeter-se a tais operações, deve ser uma decisão responsável e consciente, e eventualmente apoiado mediante tratamento pago e porque não, alguns benefícios fiscais (teria que se pensar nálgum tipo de incentivo).
Obrigar alguém (que não quer) a tal é retirar a essa pessoa a sua dignidade enquanto indivíduo. Fica sabendo que a impossibilidade de ter filhos, ou ter mais filhos, é para imensas pessoas um terrivel desgosto, que não é aceitavel que seja imposto, premeditado, planeado, etc.


Papo furado. Direitos implicam em deveres, e gozar de direitos sem cumprir com os seus deveres é no mínimo uma irresponsabilidade. A despeito desse discursinho em prol da auto-determinação dos povos, a realidade prática está aí todos os dias nos mostrando a crueldade com que é tratada os seres que não possuem condições dignas de sobrevivência. Talvez esse discursinho tenha validade aí em Portugal, mas cá não possui nenhum respaldo factual.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Cris »

Flavio Costa escreveu: Pobre não faz inseminação.


Vou perguntar para a Vivi, mas se eu não estiver enganada, tem um programa do governo que tem esta questão de fazer tratamento pra engravidar, para aqueles casais de baixa renda que querem ter filhos, mas estão incapacitados por questão orgânicas.

Flavio Costa escreveu:

Esse problema já está resolvido:

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É... se seguir os padrões sociais de hoje em dia, é bem por aí mesmo.
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Lúcifer
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Re.: Indiferença

Mensagem por Lúcifer »

Corrijam-me se eu estiver errado mas, na China me parece que tem uma lei de natalidade muito eficiente. O casal não pode ter mais que 2 filhos lá.

Agora, me responda. Quantas leis que começaram como absurdas mas, deu um jeito de melhorar a vida das pessoas?
Exemplo das leis de transito: O uso obrigatório do cinto de segurança. Ninguém gostava de usar e o que acontecia? centenas de mortes que poderiam ter sido evitadas. Depois que o povo se adaptou, o npumero de mortos diminuiu.
A contagem de pontos na carteira de motorista. Antes era uma zona e os motoristas abusavam. Passou a pesar no bolso e proibir o que o desgraçado pegasse no volante, o trânsito deu uma melhorada.

E por que a pessoa não poderia ir presa? É só ela ir presa em uma cadeia diferenciada, trabalhando de graça para o Estado, tipo fazendo trabalhos comunitários cuidando de orfanatos e creches que as pessoas pensariam duas vezes antes de violarem a lei.

Mas como a Clara disse: Tem que ser para todos senão não pega mesmo.
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Flavio Costa
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Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

Qualquer pessoa, no pior caso, poderia vender o carro e pagar multas de trânsito.
Mas e para pagar multas de filhos, venderiam o que, o corpo?

Carros são dirigidos por gente de toda classe social e nível de instrução.
Um monte de filhos, só a população de baixa renda faz.

Multas de filhos não têm porque funcionar como multas de carros. O público-alvo é distinto. Ter filhos é considerado um "direito natural", cometer infrações de trânsito não é.

Eu vejo três saídas para essa situação:
1) A curto prazo, garantida e imoral, a esterilização compulsória.
2) A longo prazo, incerta e desejável, a conscientização da população.
3) A curto prazo, nem tão garantida e moral, a esterilização voluntária.

Eu gosto da idéia da esterilização voluntária. A pessoa poderia receber uma ajuda de custo do governo se optasse pela esterilidade, seja cirúrgica ou por anticoncepcional injetável a ser tomado mensalmente. Nesse último caso, a mulher receberia uma grana cada vez que fosse lá receber sua dose mensal. Seria bem mais interessante que essas porcarias de "vale gás".
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Flavio Costa
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Flavio Costa »

Cris escreveu:Vou perguntar para a Vivi, mas se eu não estiver enganada, tem um programa do governo que tem esta questão de fazer tratamento pra engravidar, para aqueles casais de baixa renda que querem ter filhos, mas estão incapacitados por questão orgânicas.

:emoticon15:
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Lúcifer
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Re.: Indiferença

Mensagem por Lúcifer »

Aliás, eu creio que a maioria daqui do fórum nunca trabalhou em uma central de vagas de partos, onde precisamos procurar nos hospitais públicos, vagas para parturientes.
Se vocês vissem os casos que já peguei, alguns de vocês ficariam horrorizados. Só para citar um exemplo, eu peguei o caso de uma mulher de 32 anos que já estava na 14ª gesta. E todos os outros foram partos normais. Agora eu pergunto: nessas situações não seria melhor fechar a fábrica de vez em vez de colocar mais criança faminta e, talvez, futuros bandidos no mundo? Não resolveríamos dois problemas com uma cajadada só?
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clara campos
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

heilel ben-shachar escreveu:
Papo furado. Direitos implicam em deveres, e gozar de direitos sem cumprir com os seus deveres é no mínimo uma irresponsabilidade.

1º - nem todos os direitos implicam deveres
2º - precisamente a que "deveres" te referes?

heilel ben-shachar escreveu:A despeito desse discursinho em prol da auto-determinação dos povos, a realidade prática está aí todos os dias nos mostrando a crueldade com que é tratada os seres que não possuem condições dignas de sobrevivência.

3º - quem falou em auto-determinação?
4º - retirar mais um direito fundamental aos "pobres" não é o caminho.

Existem muitas famílias pobres que conseguem fornecer as condições mínimas aos seus filhos, tenho vários exemplos na família. Por outro lado existem várias famílias ricas que criam mal seus filhos, muitos que acabam toxicodependentes, delinquentes, ou políticos corruptos, lezando também, e muito, a sociedade.
Quem somos nós para determinar se alguém deve ou não ter filhos, e os saberá ou não educar?

heilel ben-shachar escreveu:Talvez esse discursinho tenha validade aí em Portugal, mas cá não possui nenhum respaldo factual.

Nós temos precisamente o problema oposto, e não saímos por aí defendendo que os que têm dinheiro devem ser obrigados, por lei, a ter mais filhos.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Ayyavazhi »

Poindexter escreveu:
Avatar escreveu:
A maioria dessas pessoas não “escolhe” ter filhos, assim como não escolhem contrair uma doença sexualmente transmissível.


Escolhem se arriscar, e riscos possuem conseqüências.


Você continua com uma visão excessivamente crítica da situação. Vamos ser bem racionais: o seu ponto de observação é diferente do meu e nós nunca vamos enxergar o que o outro enxerga. Simples assim. Para não alongar muito uma conversa que sabemos não vai dar em nada, vou responder algumas questões que achei mais interessantes e ignorar (no bom sentido) outras.
Poindexter escreveu:MENTIRA. É possível se viver décadas sem se fazer sexo.

Assim como é possível se viver décadas sem ir ao cinema, sem comer pizza, sem ir à praia, sem fazer um monte de coisas. Se as pessoas tiverem água, comida e oxigênio, elas vivem décadas. Eu te pergunto: você viveria assim? Essa é a vida que você gostaria de ter?

Às vezes uma criança pede esmolas na rua e, ao receber um real, corre e compra um brinquedinho qualquer (coisa barata e sem qualidade, lógico). Quem deu a esmola, se percebeu o ocorrido, fica indignado. Para ele, a criança deveria comprar comida e não coisas supérfluas. Essa pessoa já esqueceu do tempo em que era criança e de como pequenas coisas tinham tanta importância. Esqueceu do mundo ingênuo, cheio de cores e de magia onde a criança vive. É preciso ser demasiado insensível para não compreender pequenas necessidades que tornam a vida mais suportável. Os adultos também necessitam de brinquedos, também precisam de algo mais que comida e água. Você acha que todo mundo que faz sexo, o faz por compulsão ou instintos primitivos? Às vezes, a pessoa quer apenas um pouco de atenção. Às vezes, confunde aquele momento com um instante de carinho. Às vezes, precisa apenas de um pequeno contato com outro ser humano. Não estou dizendo que é assim com TODOS. Estou dizendo que essas coisas existem e nós ignoramos, não nos importamos. Somos insensíveis e cruéis quando julgamos os outros. Esses poucos exemplos que eu apresentei não encerram o assunto. São apenas isso: pequenos exemplos. O ser humano não é uma máquina programável e infalível. Somos feito de muitos ingredientes e a maioria deles precisa ser domada a todo instante: emoções, carências, incertezas...

Se, ainda assim, você se sente capaz de proferir vereditos, a mim cabe tentar compreendê-lo tanto quanto procuro compreender aqueles que você critica.
Poindexter escreveu:
Avatar escreveu:
... mas é uma brincadeira perigosa e muitas pessoas com pouca instrução e educação não vislumbram esse perigo.

Vislumbram, sim. A informação sobre este tipo de coisa é muito democrática.

Democrática? Sabe, os cristãos dizem a mesma coisa sobre a justiça divina (que eles idealizaram). Para eles, todos os povos, todas os fiéis de outras religiões ouvirão falar de Cristo em algum momento de suas vidas. Aí, após ouvir o nome do Senhor, se não se converterem não poderão se dizer inocentes: para o inferno com eles! Você compara a estrutura social e educativa quem nós temos com o submundo pincelado, aqui e ali, por propagandas conscientizadoras. O instinto de sobrevivência, as leis próprias desse mundo que nós não conhecemos, as marcas poderosas que cada experiência deixa, riem-se de atores bem vestidos e bem alimentados tentando mostrar a essa gente como devem viver.

É por aí mesmo: democracia; economia globalizada; governo e mercado; profundas questões sociais e econômicas na mesa. Desculpe-me por não acompanhar o raciocínio, mas eu estava apenas falando de gente.
Poindexter escreveu:
Avatar escreveu:
A possibilidade de gravidez é a mesma de uma AIDS. E garanto que ninguém quer isso.

Muitos querem, sim, para alugar para mendigas ou para ajudar na mendigagem, para entrar naqueles Bolsas-Tudo...

Talvez isso ocorra por exceção e você, confirmando sua falibilidade, o toma por regra.
Poindexter escreveu:
Avatar escreveu:Não estou dizendo que todo mundo tem ou deixa de ter obrigações com os mais necessitados. Mas a postura do “bem feito! Quem mandou ter filhos?” me parece cruel e injusta.

Leva prá casa! :emoticon12:

Lugar-comum. A conversa ficaria mais interessante sem essas respostas previsíveis.
Poindexter escreveu:Só porque todos cometemos erros não devemos pagar por eles? Se eu for multado, posso deixar de pagar porque "todos cometemos erros"?

A mãe solteira ou o mendigo de rua já estão pagando por seus possíveis erros. Que mais você queria? Que fossem presos? Acha que não ter onde dormir ou ver um filho chorando com fome são “punições” pequenas para quem não soube gerenciar sua vida?

O que eu estou tentando dizer, Poindexter, é que não nos cabe condenar quem já está no inferno. Se houver algo que possamos fazer, ótimo. Se não, pelo menos exercite sua compaixão.
Poindexter escreveu:
Avatar escreveu:
Às vezes ela é bem visível, como um filho ou uma doença, outra vez não, o que não significa que nosso erro que ninguém viu é moralmente “melhor” que os dos outros.


Se for para se pensar assim, não mais pode haver Código Penal.

Não entendi onde você quis chegar. Aliás, se considerarmos minha assertiva como verdadeira, como o Código Penal poderia ter alguma utilidade quando o erro não é descoberto? Vide políticos corruptos e tantos outros engravatados socialmente respeitáveis.
Poindexter escreveu:
Avatar escreveu:
Quem desconhece o bálsamo da auto-crítica, que atire quantas pedras quiser...

Quem adora gastar com caridade, desde que seja com o dinheiro dos outros, que continue na linha do Avatar.

Novamente eu não entendi. O que você quis dizer com “dinheiro dos outros”?

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heilel ben-shachar
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por heilel ben-shachar »

clara campos escreveu:1º - nem todos os direitos implicam deveres


Discordo. Neste caso não se trata de um direito, mas sim de um privilégio.

clara campos escreveu:2º - precisamente a que "deveres" te referes?


Se você tem o direito de ter um filho, automáticamente tem o dever de garantir-lhe a sobrevivência e os cuidados necessários.

clara campos escreveu:3º - quem falou em auto-determinação?


Você.

clara campos escreveu:4º - retirar mais um direito fundamental aos "pobres" não é o caminho.


Como já disse acima, e você pretendeu refutar, direitos implicam em deveres. Se tens o direito de ter um filho, contrarias o dever de cuidá-lo.

Se tratando de um pobre, este não tem meios nem de garantir a sua própria sobrevivência, quanto mais de uma criança, que exige cudados especiais. Seria uma irresposabilidade permitir que essas pessoas procriassem sem nenhum controle.

Nesse caso, é preferível investir em esterelização do que em em FEBEM's e Prisões.

clara campos escreveu:Existem muitas famílias pobres que conseguem fornecer as condições mínimas aos seus filhos, tenho vários exemplos na família. Por outro lado existem várias famílias ricas que criam mal seus filhos, muitos que acabam toxicodependentes, delinquentes, ou políticos corruptos, lezando também, e muito, a sociedade.


Evidência Anedota

clara campos escreveu:Quem somos nós para determinar se alguém deve ou não ter filhos, e os saberá ou não educar?


Somos aqueles que vão desviar dos mendigos na rua e reprovar atos terroristas de facções criminosas.

clara campos escreveu:Nós temos precisamente o problema oposto, e não saímos por aí defendendo que os que têm dinheiro devem ser obrigados, por lei, a ter mais filhos.


Quem tem dinheiro pode criar seus filhos, logo, eles podem planejar se querem ter filhos e quando ter filhos. O mesmo não ocorre com os pobres.

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clara campos
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

heilel ben-shachar escreveu:
clara campos escreveu:1º - nem todos os direitos implicam deveres


Discordo. Neste caso não se trata de um direito, mas sim de um privilégio.


Após esta afirmação encerro a minha discussão sobre este assunto contigo.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Flavio Costa
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Mensagem por Flavio Costa »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Bem, você pode considerar uma ideologia, é em geral o que o Samael faz.

Já a fundação Heritage considera uma constatação empírica.

A ICAR também acha que seus milagres são constatações empíricas. :emoticon1:

user f.k.a. Cabeção escreveu:Alguém tem de fazer os serviços de gari e de camareira, e estes não são menos honrados do que qualquer outro.

Não é uma questão de ser menos honrado, mas de ser mal remunerado e pouco motivador. Há pessoas que gostariam de fazer outras coisas, mas têm que ficar recolhendo lixo das ruas por contingência da vida. É só ver os países desenvolvidos, onde os cidadãos não querem esse tipo de trabalho e deixam que os imigrantes ilegais escovem o chão deles.

Você quer colocar a questão como se todo mundo que faz esse tipo de trabalho tem menos potencial ou menos interesse que os outros mais bem situados, disfarçando o fato de que estamos numa sociedade que propicia condições muito desiguais para as pessoas. Em lugares onde há menor desigualdade o resultado é esse que eu falei aí em cima, sobram empregos para lavar pratos. Recolher lixo é honrado e importante, mas ninguém quer passar o dia inteiro cheirando restos em putrefação.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Sem os empreendedores, os artistas, esportistas, filósofos e cientistas não teriam muito do que se sustentar. Basta comparar a quantidade e qualidade da arte, do esporte (esse ainda teve sua relevância), da filosofia e da ciência nas experiências comunistas no século vinte. É bom pensar nisso antes de hostilizar os capitalistas.

Os países onde se tem melhor qualidade de vida são justamente aqueles onde o capitalismo é o mais desenvolvido. Pode-se argumentar que esse sucesso se deu com base na exploração dos menos favorecidos, mas a verdade é que a burguesia foi muito produtiva. Aliás, isso foi um elemento fundamental na falência do sistema feudal.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Realmente, mas se estivermos tratando de uma liberal-democracia, que não é o caso do Brasil, a dificuldade de acesso à universidade não precisa necessariamente ser grande.

Mas talvez fosse e alguém, por exemplo, o Estado, poderia intervir (que palavra feia, né?) para prover uma necessidade que não se mostrou lucrativa pela dinâmica do mercado. Claro que para você e para a fundação Heritage isso não seria necessário, já que quando se busca o lucro tudo dá certo. Seria uma coisa realmente muito boa se for tão garantido assim, mas ainda não estou convencido disto.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Veja que sendo difícil entrar em uma faculdade, os empregos de maior qualificação teriam de ser mais remunerados, e os profissionais de alta capacidades seriam mais valiosos, o que levaria a um aumento da procura por formação acadêmica, tanto por parte das empresas, quanto por parte da população, o que ocasionaria num incentivo para o crescimento da oferta desses cursos, com cada faculdade se ocupando de uma estratégia de mercado (oferecer alta qualidade a preços também altos, ou oferecer maior acessibilidade a preços reduzidos).

Essa já é a situação do Brasil, cursar o nível superior já é privilégio de uma minoria e essas coisas que você relata aí simplesmente não estão acontecendo.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Bem, é natural que as pessoas fiquem privadas de determinados luxos, é assim em qualquer lugar do mundo, e pior ainda onde medidas socialistas são comuns.

Para mim, estudar inglês e tratar um glaucoma não são "determinados luxos". E espero que você não esteja chamando de "medidas socialistas" o sistema social do Canadá, do Japão, da Dinamarca, que são todos grandes economias capitalistas. Eu não defendo regimes soviéticos e cubanos.

user f.k.a. Cabeção escreveu:A medida que a produtividade das pessoas aumenta e a riqueza da sociedade aumenta, os luxos de um tratamento médico de altíssimo nível, de uma educação completa e diferenciada, de opções de lazer diversas se tornam mais acessíveis à população.

Enquanto para você ter tratamento médico é um luxo, para mim luxo é ter filhos.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Mesmo que venham a contar os exemplos múltiplos de welfare europeus, canadenses, japoneses e até americanos, vale também lembrar que essas políticas de bem-estar entraram em ação depois, e não antes de que essas sociedades se desenvolvessem.

Quanto a isso não posso comentar, pois não sei como esses países se desenvolveram antes de adotar essas políticas. Creio que em alguns lugares como a França pode estar havendo certo exagero (assim como há muitos aqui no Brasil), mas é difícil imaginar como a situação estaria se tivessem tomado um caminho diferente. Economias são sistemas muito complexos.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Os noruegueses ainda tem o petróleo para sustentar seus altos padrões, mas até quando?

Pobre Noruega, até quando! :emoticon12:

user f.k.a. Cabeção escreveu:O seguro-desemprego não tem lugar dentro da perspectiva liberal, pois a única coisa que ele faz é gerar uma despesa enorme, demanda uma burocracia para a aplicação dos critérios que você propôs, viabiliza diversos tipos de fraudes na previdência, serviria para sustentar vagabundos (não que todos os desempregados sejam vagabundos, contudo, quase todos os vagabundos são desempregados) com o dinheiro do contribuinte, além de gerar um incentivo ainda maior para a informalidade (gente que trabalha ilegalmente e ainda recebe o seguro).

Nisso você tem razão, por mais que o benefício possa ser justo em algumas condições, a aplicação de critérios pode causar um grande ônus. Talvez promover associações de seguro-desemprego privadas possa ser uma medida positiva.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Não existe justificativa lógica. Dizer que dar dinheiro para essas pessoas é uma forma de evitar que elas te roubem é uma forma de duplipensar, pois justifica o roubo oficial como forma de combater o roubo informal.

Não é para evitar que te roubem, mas evitar que crianças passem fome, que você seja vítima de sequestro-relâmpago, que o seu filho seja morto, enfim, um certo equilíbrio social é uma maneira de aumentar a segurança para todos e segurança custa dinheiro.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Já eu penso que as pessoas devem se esforçar para conseguir todas essas coisas. O trabalho do Estado é criar, através de leis que preservem a propriedade e incentivem a geração de riquezas, e de forças que coibam os transgressores e que os punam com severidade, um ambiente propício para que todo e qualquer um consiga ter seu esforço devidamente remunerado.

Continuar tirando o pão de quem o ganha trabalhando para dar para vagabundos só fará com que menos pessoas se preocupem em ganhá-lo trabalhando.

Que as pessoas pensem no seu prato de comida e na escola de seus filhos quando forem tomar decisões.

E se não pensarem, os pais fazem a merda e os filhos pagam o preço? Que justiça há nisso? Não se apregoa neste fórum que uma das belezas da civilização ocidental e seus valores cristãos é o valor dado ao indivíduo?

Então porque crianças, e indiretamente toda a sociedade, devem sofrer as conseqüências das atitudes de pais irresponsáveis? Você pode alegar que já sofrem, já que através dos impostos somos penalizados pelos erros dessas pessoas. Isso é verdade, mas não nega o fato de que todos os países onde o governo cumpre seu papel com decência estão melhores que o Brasil, independente da quantidade de welfare promovido.

Se nosso problema é o tamanho do país, que se divida então. :emoticon1:
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Re.: Indiferença

Mensagem por Res Cogitans »

Poindexter escreveu:MENTIRA. É possível se viver décadas sem se fazer sexo.


Experiência própria Dexter? :emoticon13:
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Res Cogitans »

Lúcifer escreveu:Corrijam-me se eu estiver errado mas, na China me parece que tem uma lei de natalidade muito eficiente. O casal não pode ter mais que 2 filhos lá.


Na verdade, não pode ter mais de um. Como meninos são mais úteis que meninas entre a população de baixa renda (camponeses), existe uma taxa alta de aborto de fetos femininos e até mesmo infanticídio de meninas.
Outra consequência dessa medida, na classe média, foi a "síndrome do pequeno imperador", como mesmo as pessoas abastadas só podem ter um filho, essas crianças acabam sendo extremamente mimadas.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

Res Cogitans escreveu:
Lúcifer escreveu:Corrijam-me se eu estiver errado mas, na China me parece que tem uma lei de natalidade muito eficiente. O casal não pode ter mais que 2 filhos lá.


Na verdade, não pode ter mais de um. Como meninos são mais úteis que meninas entre a população de baixa renda (camponeses), existe uma taxa alta de aborto de fetos femininos e até mesmo infanticídio de meninas.
Outra consequência dessa medida, na classe média, foi a "síndrome do pequeno imperador", como mesmo as pessoas abastadas só podem ter um filho, essas crianças acabam sendo extremamente mimadas.

e agora aproporção homem/mulher está tão desiquilibrada que mulher é rainha....
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Re.: Indiferença

Mensagem por Res Cogitans »

A China deve ter umas putas bem caras.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por clara campos »

Res Cogitans escreveu:A China deve ter umas putas bem caras.

quem semeia ventos...
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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por heilel ben-shachar »

clara campos escreveu:Após esta afirmação encerro a minha discussão sobre este assunto contigo.


whatever

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Samael »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:Exato, Vitor. Fora a divergência ideológica natural nossa, eu concordo com a sua postagem. Que tal então um incentivo nessa "ordem cultural" ao invés de qualquer mecanismo esterilizador? :emoticon1:

Aliás, uma coisa que eu não sei: você concorda com a EC?


Não. Acho que a esterilização compulsória é uma violação da liberdade individual em que acredito.

Mas acho que quem tem um monte de filhos e vive na miséria não merece ajuda governamental.



Achei o seu primeiro parágrafo extremamente coerente com a sua postura ideológica. Gostei.

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Re: Re.: Indiferença

Mensagem por Samael »

heilel ben-shachar escreveu:Para mim o controle de natalidade é essencial para assegurar o sucesso das políticas públicas que visam justamente a eliminação dos problemas que causam o alto índice de natalidade nas famílias pobres. Digamos que um projeto é feito dentro de uma perspectiva de ação, de forma que assegure a eficiência deste de acordo com um índice onde estivesse planejado orbitar em torno de uma margem de erro para mais ou para menos. Se a natalidade não for controlada, o plano deveria ser re-visto a cada vez que o índice de natalidade sofresse uma flutuação de acordo com os números que estavam planejados a orbitar. Por isso que o controle de natalidade é imprescindível para o sucesso do projeto.


Primeiro: não existem provas estatísticas de que isso dê certo.

Segundo: os fins não justificam os meios.

Terceiro: não existe meio de estabilizar adequadamente pirâmide social de lugar algum, mesmo esterilizando.

Trancado