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Para chamar a atenção do público em geral, mais especialmente dos jovens, para a sua importância no mundo contemporâneo, 2005 foi eleito pela Organização das Nações Unidas o Ano Mundial da Física. O principal objetivo é discutir em todos os países o fato de seu impacto abranger as aplicações práticas fundamentais que decorreram de seus avanços teóricos e experimentais, suas contribuições para a construção da nossa visão do mundo e suas inter-relações com as outras áreas do conhecimento.
Para falar das mudanças pelas quais a física passou e o impacto que ela traz ao mundo moderno, a Folha Espírita conversou com o licenciado e bacharel em física Moacir Costa de Araújo Lima, 58, professor da PUC-RS e autor de vários livros.
Aqui eu já começo com algo que pode parecer um
ad hominen, mas não é. Não vou dizer que o cara está errado porque ele é bacharel em Física (isso seria um
ad hominen). Contudo, não deixa de causar estranheza o fato de que o entrevistado seja APENAS um bacharel em Física. Eu não conheço o Moacir mas, em geral, bacharéis em Física tem um conhecimento ridículo sobre Física, tanto que não estão aptos a conduzir pesquisas. Seria muito mais indicado entrevistar algum doutor em Física. Mas, o problema aqui, é que me parece que quiseram entrevistar um ESPÍRITA em primeiro lugar...aí a primeira coisa que apareceu resolveram aproveitar (acho eu)...
Vejam os principais pontos abordados.
Já estou até antevendo o que está por vir...
F.E:- O que preconiza a nova física?
Moacir: As mudanças são essenciais. Por isso, matéria e energia, a partir da célebre equação de Einstein. Passaram a ser transmutáveis uma na outra. O dualismo quebrou a dicotomia clássica do “ou é matéria ou é energia”.
Está sendo dada uma ênfase exagerada à equação E = lambda(v)*m*(c^2). Energia e massa já se relacionavam por meio da famosa expressão para a energia cinética na mecânica clássica: E = m*(v^2). O fato aqui é que houve uma modificação na expressão da energia, assim como houve também uma modificação na expressão do momentum: de p = m*v para p = lambda(v)*m*v e em várias outras grandezas. Não vejo motivos para alarde em tal coisa. Isso tudo é conseqüência de uma sacada genial que não foi comentada: a métrica do nosso universo não é euclidiana (isso era assumido
a priori por Newton que, em sua época, não tinha motivo algum para supor algo diferente disso). Localmente a métrica do nosso universo é minkowskyana e daí sai TODO o resto.
Chegou-se a conclusão de que o salto de um elétron de um nível para outro não se dá pelo espaço vulgar, uma vez que ele não pode ocupar posições intermediárias entre um nível e outro. Ocorre por um espaço que os físicos chamam de “espaço de transcendência”.
Que negócio é esse de "espaço de transcendência"?! Quais as propriedades deste espaço?! Pode até ser que exista tal conceito, mas não li nada a respeito disso nem no Sakurai, nem no Gasiorowicz, nem no Griffiths, nem no Eisberg e nem nos livros pessoais dos professores de Estrutura da Matéria que eu tive.
O universo é descrito como uma gigantesca rede de informações e seu fluxo é que organiza a matéria. Mesmo na matéria inanimada, Prigogine observou que uma molécula age como se soubesse o que a outra irá fazer. Fala-se em um grau de consciência das partículas.
Nunca li nada sobre isso em livros de Mecânica Quântica. Onde estão as referências a respeito dessas alegações?!
O que é muito importante na filosofia da física, as partículas se comportam de modo diferente quando são observadas. E a mente do observador, sua intenção, é que faz com que o elétron se manifeste como onda ou partícula.
Não fale besteiras, cara! Para começo de conversa, o que chamamos de "partículas" em Mecânica Quântica não são partículas ou ondas no sentido clássico. São objetos que por não possuirem um análogo perfeito em escala macroscópica (que é onde se encaixam nossos sentidos e, portanto, é em tal escala que construímos o conceito do que se convencionou chamar de "bom senso" - que nada mais é que uma intuição sobre o comportamento das coisas tida como óbvia, mas que de óbvia não possui nada, sendo apenas uma forma de se ver as coisas formada a partir de um domínio bastante restrito da realidade), têm o seu comportamento comparado por analogia com o comportamento de partículas ou ondas clássicas, dependendo das CONDIÇÕES EMPREGADAS, e não do estado mental do observador.
F.E.- Esse campos organizacionais, capazes de produzir fenômenos inteligentes, não serão inteligentes?
Moacir: Para Kardec e a boa lógica sim, porque, no dizer do Codificador, o efeito inteligente pressupõe uma causa inteligente.
Pois é, e a PALHAÇADA prossegue, na maior cara de pau! De que campos organizacionais fala o nobre bacharel?! Onde foi publicada a teoria quântica de campo que fundamenta o que ele diz?!
Tenho quase certeza de que esse cara não tem a menor idéia sobre o que ele está falando. O Marcelo Gleiser atualmente está trabalhando em cima do tópico "Emergência de Ordem em Teorias de Campo não-Lineares". Segue um
abstract de um seminário que ele ministrou recentemente na pós-graduação do IF-UERJ:
Prezados Professores e Funcionários,
Temos o prazer de convidá-lo para o Seminário do Prof. Marcelo Gleiser, Dartmouth College, USA, agendado para o próximo dia 17/08/2005 (quarta-feira), às 14:30 horas, na Sala 3144F, intitulado :"Emergência de Ordem em Teorias de Campo não-Lineares ”,
RESUMO : Neste seminario discuto como ordem espaco-temporal pode emergir espontaneamente em teorias de campo nao-lineares. Fenomenos de auto-organizacao aparecem em varias areas da fisica, de materia condensada a astrofisica. Aplicacoes a transicoes de fase serao apresentadas.
Contamos com a sua presença .
Coordenação do PPGF-IF-UERJ
Isso é pesquisa séria, em Física. Agora, será que o nobre bacharel tem idéia de como trabalhar com teorias de campo não-lineares?! Será que ele sabe o básico sobre teoria de campos?! Estou falando de coisas fundamentais como obter a densidade de langrangiana que fornece a unificação eletrofraca, por exemplo?! Será que ele sabe trabalhar com o mecanismo de Higgs para produzir quebra espontânea de simetria sem destruir a invariância de gauge de uma densidade de langrangiana?! Eu acho que não. Pois acho que se soubesse, ele estaria pesquisando Física e publicando numa Physical Review Letters da vida as suas teorias, ao invés de falar besteiras como "campos organizacionais inteligentes".
E outra: dane-se o que o Rivail disse ou deixou de dizer. "O efeito inteligente pressupõe uma causa inteligente"...é mesmo?! Prove!
Além do mais, o Segundo Princípio da Termodinâmica, Lei de Clausius, torna incompatível o acaso com o surgimento da vida inteligente, a partir de uma gigantesca explosão, ou mesmo, para ficarmos na nossa querida terrinha, a partir de condições absolutamente inóspitas.
hahahaha...lá vem o ignorante utilizar o velho e refutado chavão criacionista. O nosso amigo não tem a menor noção do que seja a Segunda Lei da Termodinâmica. Isso é claro, pois ele não sabe utilizar o colorário do estacionamento ou aumento da entropia em sistemas ISOLADOS (na verdade, duvido mesmo que ele seja capaz de deduzir este colorário a partir da formulação de Clausius). Um exemplo simples e de facílimo entendimento, é o da organização, mediante interação gravitacional, de um conjunto de bolas de gude distribuídas aleatoriamente em uma região do espaço suficientemente distante de campos gravitacionais e sem movimento relativo entre si, em um agrupamento simétrico e totalmente compacto (se o número de bolas de gude for grande, o aspecto do agrupamento será esférico), decorrido um certo intervalo de tempo. Nosso nobre bacharel não sabe que a Terra é um sistema aberto e que, portanto, o corolário do estacionamento ou aumento de entropia NÃO PODE ser aplicado a ela, pois ele é de aplicação EXCLUSIVA a sistemas ISOLADOS, o que se obtém da própria dedução deste corolário (ver, por exemplo, o segundo volume do Moysés). Esse pato não sabe disso porque nunca deve ter estudado esta dedução...ele deve ter "estudado" Física pelo Halliday, esse zé arroela...se bem que, apesar de incompleto e primário, o livro do Halliday não ensina conceitos errados, que nem esse trouxa está a disseminar...
E...gigantesca explosão?! Esse cara estudou mesmo o modelo padrão do Big Bang?! O que ele sabe sobre Relatividade Geral?!
Ora, se a energia organiza a matéria, podemos entender perfeitamente a participação do espírito na organização de nosso corpo físico e na ativação de mais e mais funções do cérebro, este gabinete da alma, no dizer de Chico Xavier, a medida que se processa a evolução.
É foda ter que ler uma merda dessas. Vou mandar esse trouxa resolver os exercícios do capítulo de Gás de Bósons do Salinas...será que ele consegue?! Duvido! Esse cara não conhece a Termodinâmica Gibbsiana, quanto mais a Física Estatística! Aí o que sobra?! Ao invés de falar sobre Física, o cara fica falando essas besteiras por aí...
F.E.- a física já comprova a existência do espírito? Se não, está perto disso?
Moacir: O que se pode dizer é que o universo descrito pela física contemporânea (paradigma quântico-relativístico) apresenta uma grande abertura para as concepções do espírito.
Da onde tiraste isso, cara pálida?! Quais as revistas sobre Física que publicaram qualquer coisa neste sentido?! Quais os livros técnicos de Física que fornecem sustentação para essa alegação?!
Pára de ser desonesto, cara!
Isso é, ainda, em muitas situações uma questão de interpretação e de filosofia da física e não podemos esquecer que no nível da filosofia da ciência, as coisas não são decidíveis.
Cadê os cálculos, malandrão?! Até agora só falou besteira...meter a mão nos cálculos que é bom, nada! É, porque aí, não tem como enrolar e ficar falando sobre o Rivail ou o Chico. Aí você tem que utilizar a Matemática, mas você não vai se arriscar a fazer isso porque você sabe que vai cair do cavalo...não é mesmo, ô manezão?!
Filosofia da Física é um cacete...publica a porra dos cálculos na Physical Review Letters que eu quero ver!
Apenas apresentam maior ou menor grau de plausibilidade. Assim, temos opiniões respeitáveis a esse respeito, passando por Kapra, Goswami, Chopra e Einstein, entre outros tantos, tendo este último declarado ser absurda uma concepção do universo sem um poder pensante e operante diferente dele.
Aonde é que o Kapra é respeitado?! No meio acadêmico é que não é! Tem uns trouxas que compram os livros dele que devem achar que o cara é bom...só se for isso...
E, onde foi que o Einstein declarou que é absurdo um universo sem deus?! Me diga só por curiosidade...e lembro que argumentos de autoridade não velem nada em Ciência. Einstein foi um grande gênio, mas mesmo ele, já proferiu besteiras. E tomou uma surra do Niels Bohr num célebre debate sobre Mecânica Quântica...
Einstein foi um dos maiores Físicos de todos os tempos, mas tinha seus defeitos. Um deles era o preconceito filosófico. Ele acreditava no determinismo, e por isso se recusou a aceitar a Mecânica Quântica, mesmo tendo fracassado completamente em suas tentativas de demonstrar a existência de variáveis ocultas que poderiam salver o paradigma determinista. E ainda meteu uma constante cosmológica na equação do campo gravitacional para tentar manter o universo estático, que era algo no qual acreditava...
F.E. Há um choque entre o realismo materialista e a física quântica?
Moacir? Os quatro postulados básicos do realismo materialista não se coadunam com as novas descobertas da ciência. Um a um foram derrogados pela física quântica, por estarem em oposição as suas novas descobertas. Com eles, caiu também seu pressuposto de que a matéria responde pela formação do universo e por todas as propriedades de seus entes. No livro “A era do Espírito” analisamos detalhadamente a eliminação de cada princípio do realismo materialista pelas concepções quântico-relativísticas e estabelecemos a ponte entre a ciência e religiosidade, ou entre a ciência e a fé.
Pelo nível de conhecimento revelado pelo bacharel nesta pequena entrevista, imagino o lixo que deve ser tal livro. Obviamente, suponho que nosso amigo não conseguiu publicar nada em revistas sobre Física...
F.E. No evento dos 100 anos do jornal O Clarim você tratou da nova visão do universo e sua compatibilidade com as bases da fé raciocinada, a partir do método revolucionário de Kardec. Como é Isso?
Moacir: Kardec utilizou um método científico para o estudo da espiritualidade. As comunicações por ele recebidas, muitas vezes anteciparam conceitos importantes da ciência. Mas, por outro lado, no que tange as conquistas e evolução da ciência, Kardec admitiu a possibilidade de reformulação de princípios cujo erro, eventualmente, a ciência viesse a demonstrar. Isso deu as bases do espiritismo um caráter absolutamente científico e progressista, pois são próprias da ciência as mudanças conceituais visando adaptar seus cânones a novos modelos e novas descobertas. Aí reside a diferença essencial entre o espiritismo que, por ser científico, admite reformular-se, e as crenças dogmáticas, que, acreditando-se proprietárias da verdade absoluta, nada examinam fora das suas cartilhas, e com o dogma decretam a auto-estagnação. Constituem um sistema fechado, que, dentro das modernas conceituações da física, pode ser considerado tecnicamente morto.
Ao contrário do que afirma o autor o espiritismo não é científico. Vou prosseguir com isso no tópico em que estou discutindo com o Vitor Moura.
F.E.- Fale-nos um pouco sobre seus livros “A Nova física e o Espírito”e “a Nova era do Espírito”.
Moacir: A Nova Física e o Espírito e A Era do Espírito praticamente se complementam. Tratam exatamente dessa ponte entre espiritualidade e ciência, surgida a partir dos novos paradigmas da física e de um conceito de fé raciocinada. De um lado, a física foi, por assim dizer, se desmaterializando, enquanto a fé cega, criadora de atitudes fanáticas e obscurantistas, cedendo lugar a fé raciocinada conceituada por Kardec. Uma fé que pressupõe estudo e investigação e que deve ser capaz de encarar face a face o progresso da ciência em qualquer tempo.
A Física foi se "desmaterializando"?! Essa é nova para mim. O problema é que não tenho idéia do que quer dizer tal alegação...ainda não vi modelos espirituais em Física...
Em suma, esse texto é um COMPLETO LIXO!
Deise, na boa, vou te fazer uma sugestão: tenha um pouco mais de senso crítico! Não sei o quanto você sabe sobre Física. Eu não sei praticamente nada, mas mesmo um tosco como eu é capaz de perceber a boçalidade e os erros deste texto. Ou o autor é um completo ignorante em Física, ou é desonesto. Não há outra alternativa. Vou te dizer uma coisa: eu NUNCA debato com criacionistas. Isso por dois motivos: o primeiro é porque eu considero todos eles desonestos (seja desonestidade na hora de distorcer a Ciência de forma proposital, seja desonestidade por reproduzir o que outros disseram ignorando completamente as réplicas fornecidas, apenas para manter o seu ponto) e, portanto, não são pessoas dignas do debate. Acho inclusive que aqueles que perdem seu tempo discutindo com o emmcri, o porissocri ou o Sodré estão, de alguma forma, dando legitimidade a tal seguimento. Eles não merecem nada além do puro desprezo. E o segundo motivo é porque essas discussões geralmente se focam sobre a Biologia, que não é a minha área. Não sei se você acompanha meus posts (acho que não e, sinceramente, não vejo porque alguém acompanharia, já que não são muito relevantes), mas eu só discuto em duas frentes aqui no RV. A primeira é com os espíritas. Isso você já deve ter percebido. Eu ainda discuto com os espíritas porque eu acho que há algo que possa ser extraído daí. O Arduin, o Vitor, o Júlio, o Benneton, a Salgueiro e você não me parecem pessoas desonestas como o porissocri é (inclusive, ele mesmo assume que é desonesto ao dizer que quando não consegue vencer o adversário com argumentos, ele mente para confundir). Penso que vocês tenham boas intenções e isso, por si só, já vale o debate. Além disso, o Vitor, por exemplo, tem algo minimamente bem fundamentado para apresentar com relação à sua visão de mundo, o que é algo interessante. Outro tipo de discussão da qual participo, ou participava, é mais na área filosófica, sobre as tais "provas" da existência de deus. Isso eu discutia com o Fernando no RV antigo. Em pelo menos duas ocasiões ele tentou provar a existência de deus e eu considero que seus argumentos foram todos refutados por mim e por outros. No nosso último encontro, as coisas ficaram no ar. Ele ficou de estudar Mecânica Quântica, não sei se estudou. Da minha parte, devo dizer que perdi o interesse por este tipo de discussão. O ponto que eu quero colocar aqui é que postando um negócio desses, você acaba tomando uma atitude parecida com a dos boçais que repetem uma besteira qualquer que apóie sua visão de mundo. Eu não estou te chamando de boçal. Não penso que seja. Mas essa sua atitude em específico, não me pareceu muito inteligente. No RV antigo, me lembro de já ter visto você fazer isso pelo menos duas vezes. Na primeira, postou um texto cheio de besteiras, misturando supercordas com espiritismo, e o Fayman desceu o pau no texto. Na outra, foi um texto com essa besteira do "chavão termodinâmico", onde vários foristas, eu incluso, desceram o cacete no texto. Você tem o direito de postar o que quiser, mas seria bom ter um pouco de discernimento para separar sua visão de mundo de tópicos de pesquisa em Física, Biologia, etc. Se não, acaba caindo no lugar comum onde se encontram indivíduos da laia do porissocri e congêneres.
Estou falando isso na boa, até porque tenho simpatia pela sua pessoa (apesar de não ter ido muito com a sua cara quando você entrou no RV...achava você muito arrogante, mas com o tempo, minha visão se modificou um pouco). Se não tivesse, provavelmente eu não teria me dado ao trabalho de responder. Já disse isso ao "pensador" no RV antigo...não perco tempo com quem eu considero que não vale a pena. E não é este o seu caso.
Falou!