user f.k.a. Cabeção escreveu:1. Errado, diversos países tem tecnologia nuclear própria, como Inglaterra, França, Alemanha, Rússia, Ucrânia, Paquistão e Índia. Nem todos esses países são aliados históricos dos EUA. Acontece que se um terrorista fanático deseja por as mãos em poder nuclear, terrorista esse que já demonstrou intenções claras de destruir o Estado de Israel, alguma coisa deve ser feita com antecedência.
2. A doutrina islâmica é clara nas suas ambições de dominação global, e embora existam países alguns islâmicos civilizados, é ela que fomenta o terrorismo.
3. O acordo é de não proliferação, o que significa que os arsenais devem ser reduzidos e armas não devem ser vendidas para outros países (o que foi violado pela Rússia). A América não está aumentando seu arsenal, está substituindo por armas antigas por arsenal mais eficiente, e pretende inclusive com isso diminuir o número de armas (leia a notícia postada). Chamar um presidente eleito democraticamente, que segue a constituição de um país livre e respeita suas instituições de fundamentalista e terrorista, sendo que este nunca impôs sua religião ou empreendeu ataques contra democracias, é um recurso pífio de quem não tem fatos ao seu lado para corroborar suas ideologias.
4. A Revolução Americana aconteceu antes da revolução francesa, terminou com um regime democrático calcado no princípio de que todos os homens são criados iguais, enquanto a francesa terminou numa tirania e em seguida num império que levou o caos a Europa toda, até ser neutralizado pela Inglaterra. Foi a Revolução Americana que nos deu a Bill of Rights, a mais perfeita representação da democracia moderna que existe, sobre a qual todas as constituições do mundo livre ocidental se basearam. A Revolução Francesa foi um momento de desobediência civil, que como tudo aquilo que calca-se em (proto)socialismos, terminou em chacina com a ascenção dos jacobinos. A Revolução Americana terminou na maior, mais ampla, bela e ininterrupta Democracia que o mundo já viu.
1. Certo nesse ponto. Embora considere eu que toda nação do mundo deveria abolir tecnologia bélica nuclear.
2. Da teoria à prática vai um imenso abismo. Barbáries a Torá e o Novo Testamento detalham da mesma forma. Na prática, não é o que eu vejo. As pessoas têm o costume de mudar junto com suas crenças.
3. É fundamentalista pois realiza o mesmo discurso moralista e se baseia na literalidade bíblica para realizar boa parte de seus atos e embasar moralmente suas ações. E, o pior, alguém perguntou se a população iraquiana deseja uma democracia laica? Graças a essa "cintura dura", essa mania de imposição de valores e, obviamente, locupletação estatal, o modelo ianque é decadente. A utopia democrática moderna me parece altamente decadente e a cultura pós-moderna é uma das consequências sólidas disso.
4. Sua análise da Revolução Francesa foi um pouco mais profunda do que a do Capitão acima. Um pouco mais.
Primeiro, não houve banho de sangue na Revolução Americana porque já havia instituído, sob a ótica da igualdade, a "terra do trabalho", onde todos os homens seriam iguais por nascimento. Essa ideologia não foi criada por lá, foi trazida da europa e aperfeiçoada ao modelo protestante. As idéias socializantes já eram comum no ideário iluminista fazia tempo.
Independente disso, a intelectualidade americana era tão distante do americano médio que os tais direitos funcionavam, a nível político, quase que como peça de retórica. Já referi antes, mas os primeiros americanos médios a ascenderem ao poder, sem riqueza nem tradição familiar, só se deram com Andrew Jackson. Arendt coloca muito bem a questão quando faz a pergunta célebre: era mesmo democrática a declaração de direitos americana? Para ela, e para mim, não. Alcançavam uma parcela populacional muito pequena.
Quanto à Revolução Francesa, houve banho de sangue pois houve confrontação classista direta. Existiam dois (aliás, três) projetos sociais distintos colidindo numa insurreição civil. Um projeto aristocrático e tradicionalista, um igualitário implementado pelos jacobinos e um burguês progressista. Venceu, e por meio da força, o modelo burguês.
Esperar que numa Revolução não exista batalha nem confrontação é o mesmo que esperavam os padres progressistas em relação ao czar russo ou as mães da praça de maio em relação ao totalitarismo assassino argentino: reformas que não mudem a estrutura do sistema político e social.