Capitão América escreveu:O que seria uma completa afronta às liberdades individuais. Não há maior autoritarismo do que o próprio conceito de um "senso coletivo forte o suficiente para desempenharem racionalmente o essencial para todos". É o coletivo esmagando o indivíduo, como bem sabemos, é exatamente o que torna a doutrina marxista extremamente autoritária e totalitária.
Não, não seria totalitário, pois não haveriam obrigações, apenas uma ideologia vigente que exaltasse isso. E não, não seria a negação do indivíduo, seria sua liberação máxima.
Além disso, o capitalismo obriga, embora de maneira velada, que alguém também realize o essencial para a manutenção social.
Capitão América escreveu:Antes fosse uma utopia, algo que não passasse de sonhos de adolescentes rebeldes tentando alcançar o "mundo perfeito". Mas na verdade, é uma completa distopia, um pesadelo que já fora colocado em prática e mostrou-se não somente inviável, como sórdido e assassino.
Nunca foi colocado em prática em lugar nenhum. No máximo, se colocou em prática na URSS o modelo anterior que, na teleologia marxista, levaria a esse segundo modelo. Esse modelo anterior sim é totalitário, e isso até Marx admitia, embora considerasse que nesse caso "os fins justificariam os meios".
Capitão América escreveu:O Estado limita a liberdade no que tange a moral e a civilidade.
De resto, somente dita as regras do jogo capitalista, e preza para que sejam respeitadas.
Agora, demonstre como as relações de produção e de troca limitam a liberdade.
Simples, eu sou obrigado a produzir algo para ter algo em troca, é o mercado que dita o valor de troca daquilo que eu produzo, para a minha própria subsistência eu sou obrigado muitas vezes a aceitar trabalhar no que eu não gostaria, etc...
E, como você mesmo colocou, existem limites impostos a essa tal liberdade. A própria existência da sociedade exige determinados limites.
Capitão América escreveu:Você quer liberdade para estuprar garotas? Para assaltar pessoas? Para não precisar cumprir uma negociação? Regras precisam ser cumpridas, para que as liberdades sejam respeitadas. Uma sociedade sem regras acaba na barbárie e na dissolução da mesma.
Agora, como funcionaria em uma sociedade comunista ou anarquista? Não existiriam tais regras? Qual liberdade existiria, nesse caso?
Não precisa ir tão longe. Mesmo a liberdade sob a tutela do que é moral segundo a nossa ótica atual é em muito cerceada em prol do trabalho. Se todos gozassem da tal plena liberdade, não haveria quem fizesse o tal trabalho que não resulta em prazer.
Quanto ao sistema comunista, não faço a mínima idéia. Creio que a idéia seria a mesma dada por Bakunin: vota-se tudo, todos têm direito à palavra e a informação é livre e democrática. Daí resultariam as leis que regeriam tal sociedade. Uma utopia do direito, falando francamente.