As lágrimas do crocodilo Bento XVI em Auschwitz

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zencem
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As lágrimas do crocodilo Bento XVI em Auschwitz

Mensagem por zencem »

Sobre a Visita do Papa a Auschwitz

Domingo, encerrando sua viagem de quatro dias a Polônia, o papa Bento XVI fez uma visita carregada de emoção ao antigo campo de concentração nazista de Auschwitz.
O próprio papa disse que fazer tal visita era “estarrecedor” para ele, como cristão e alemão, mas não podia deixar de faze-la.
Num gesto de grande sensibilidade, o papa optou por falar em italiano, e não em sua língua materna, o alemão, afim de não ferir os sentimentos dos judeus, para quem a língua alemã está inextricavelmente associada sos horrores da era nazista.

Ao rezar durante uma cerimônia religiosa em memória das vítimas do Holocausto, o papa perguntou, com a voz embargada:
“Por que, Deus, o Senhor Se calou?
Como pode tolerar tudo isso? Onde estava o Senhor naqueles dias?”.

Quando nos deparamos com o mal e a tragédia no mundo, e natural perguntarmos: onde está Deus?
Como Ele pode deixar que tal coisa aconteça?
A meu ver, porém, não são estas as perguntas primordiais.
O que nos devemos perguntar não é onde está ~Deus, mas, sim, onde está o homem.
Não como pode Ele, Deus, permitir que essas coisas aconteçam,mas, sim, por que ele, o homem, permite que essas coisas aconteçam.
O que o que o ser humano tem feito para impedir as barbaridades?

O biógrafo de Sigmund Freud conta o caso de um importante cirurgião vienense que, ao se encontrar com Freud pela primeira vez, num corredor do hospital onde ambos trabalhavam, lhe mostrou um osso corroído pelo câncer, testemunho de uma vida que ele tinha sido incapaz de salvar, e lhe disse sentir-se profundamente magoado:
"Sabe, doutor Freud, se algum dia eu me encontrar frente a frente com Deus, vou sacudir este osso em Sua face e perguntar-lhe por que Ele permite uma doença destas.”
E Freud respondeu-lhe: “Se eu, um dia, tiver essa oportunidade, vou formular a queixa de um modo diferente.
Não vou indagar por que Ele permite o câncer, e sim por que Ele não deu a mim, ou ao senhor, ou a qualquer outra pessoa, a inteligência para descobrir a cura desta doença.”

Antes de perguntarmos “onde está Deus”, cabe-nos formular a outra pergunta: “Onde está o homem?” O que está fazendo o homem com o mundo que Deus lhe deu?

A 2a Guerra Mundial e os campos de concentração constituem o maior desafio à teologia em nossa época.
Creio que todas as religiões deveriam rever seus conceitos, tendo em vista o que Auschwitz e Treblinka nos ensinaram sobre Deus e o homem.

Quando Hitler proclamava publicamente sua perversa política racial, por que as pessoas concordaram em aceitá-lo como líder?
Onde estava o homem quando os eleitores da Alemanha disseram: “Antes Hitler, com suas idéias esquisitas sobre os judeus, do que a inflação ou o socialismo”?
Onde estava o homem quando Hitler subiu ao poder e começou a concretizar suas loucas ameaças?
Onde estavam os advogados, os juizes, os médicos e tantos outros que seguiram e apoiaram passivamente os decretos de Hitler?

Se os advogados tivessem lutado pela dignidade de sua profissão, se os juízes tivessem defendido a justiça, se os médicos se tivessem importado com a vida humana, não haveria necessidade de perguntar mais tarde: “O que houve com Deus?”.

Onde estava a Igreja? Onde estavam as autoridades eclesiásticas, tão prontas para exaltar a santidade da vida humana, enquanto milhões e milhões de vidas inocentes estavam sendo aniquiladas? Onde estavam os líderes dos governos aliados que deram um jeito de olhar para o outro lado e não conseguiram encontrar um canto em seus paises para os judeus refugiados?
Temos, certamente, o direito de perguntar onde estava Deus em 1940, mas temos o dever de perguntar, antes onde estava o homem em 1940.
O que poderia ele, homem, ter feito para impedir o inferno do Holocausto... e não fez?

Existe uma lenda sobre um rabino que se preparava para viajar de Israel para Roma. Na noite anterior. à sua partida, ele teve um sonho no qual viu um mendigo esfarrapado sentado as portas de Roma. No sonho, ele ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Vê este homem? Este é o Messias vestido de mendigo.”
O rabino acordou e não conseguiu mais esquecer o sonho.
Continuou a pensar nele durante toda a viagem.
Finalmente, ao aproximar-se de Roma, avistou um homem maltrapilho, sentado exatamente no local que havia visto no sonho.
O rabino chegou-se a ele e questionou: “É verdade que você é o Messias?” O homem respondeu: Sim.’
O rabino, então, perguntou: “O que você está fazendo as portas de Roma?” E o homem replicou “Estou esperando.”
Ao que o rabino retrucou: “Esperando?! Num mundo tão cheio de miséria, ódio e guerra, num mundo onde o povo de Israel está disperso e oprimido, num mundo onde existem crianças famintas, você está aqui, sentado, esperando?!
Messias, pelo amor de Deus, o que é que você está esperando?”
E o Messias respondeu: ‘Tenho esperado por você, para poder lhe perguntar, em nome de Deus, o que o que você está esperando.”

A visita do papa Bento XVI a Auschwitz, no domingo, o fez reviver um capitulo muito doloroso da História humana.
Diante das lápides simbólicas naquele local em que ocorreu o maior massacre de todos os tempos, o papa sentiu a necessidade de perguntar onde estava Deus enquanto a bestialidade nazista agia impune.

Com todo o respeito, permito-me responder ao Sumo Pontífice: Deus estava onde sempre esteve, esperando que os homens assumissem o seu dever.

Henry I. Sobel, rabino, presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista e coordenador da Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico Judaico.
Órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Ai de vós, Escribas e farizeus hipócritas!!!


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Hugo
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Re.: As lágrimas do crocodilo Bento XVI em Auschwitz

Mensagem por Hugo »

Onde estava a Igreja? Onde estavam as autoridades eclesiásticas, tão prontas para exaltar a santidade da vida humana, enquanto milhões e milhões de vidas inocentes estavam sendo aniquiladas?


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Nospheratu
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Re.: As lágrimas do crocodilo Bento XVI em Auschwitz

Mensagem por Nospheratu »

Belas palavras de Sobel.
Mesmo assim, é triste ver que a situação não vai mudar nem hoje, nem amanhã, e provavelmente nunca.
Ou talvez até mude, se alguém tão insano quanto Hitler subir ao poder e cometer atrocidades similares.

teresão
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Mensagem por teresão »

Os judeus não morreram nos campos de concentração. O presidente do Irã fala a verdade!
Quem morreu foram os khazares, os khazares são povos mongóis e turcos que estavam convertidos ao judaísmo.
Veja este site: http://www.khazaria.com/ e este outro que diz que mais de 90% dos judeus não são judeus, mas khazares “Más del 90% de los que hoy se llaman a sí mismos judíos, son descendientes de los khazars, no de los hebreos.”:
http://www.nuevorden.net/r_190.html
toda vida que um judeu te disser que a capital dele é Jerusalém, diga-lhe, é Ulam bator ou Ancara!

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Pug
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Re.: As lágrimas do crocodilo Bento XVI em Auschwitz

Mensagem por Pug »

Já aqui referi sobre o grande crime que oonstituiu a shoa contra a humanidade.

Só o que o discurso da culpabilização do ocidente e em especial a Alemanha começa a ser cansativo.

E assim a penitência foi...
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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Pug
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Mensagem por Pug »

teresão escreveu:Os judeus não morreram nos campos de concentração. O presidente do Irã fala a verdade!
Quem morreu foram os khazares, os khazares são povos mongóis e turcos que estavam convertidos ao judaísmo.
Veja este site: http://www.khazaria.com/ e este outro que diz que mais de 90% dos judeus não são judeus, mas khazares “Más del 90% de los que hoy se llaman a sí mismos judíos, son descendientes de los khazars, no de los hebreos.”:
http://www.nuevorden.net/r_190.html
toda vida que um judeu te disser que a capital dele é Jerusalém, diga-lhe, é Ulam bator ou Ancara!


Isso só lembra que o direito de retorno á terra dos antepassados e uma farsa...penitência...
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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zencem
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Mensagem por zencem »

teresão escreveu:Os judeus não morreram nos campos de concentração. O presidente do Irã fala a verdade!
Quem morreu foram os khazares, os khazares são povos mongóis e turcos que estavam convertidos ao judaísmo.
Veja este site: http://www.khazaria.com/ e este outro que diz que mais de 90% dos judeus não são judeus, mas khazares “Más del 90% de los que hoy se llaman a sí mismos judíos, son descendientes de los khazars, no de los hebreos.”:
http://www.nuevorden.net/r_190.html
toda vida que um judeu te disser que a capital dele é Jerusalém, diga-lhe, é Ulam bator ou Ancara!

O que tem a ver o cú com as calças?
Não eram 100% judeus, ...e daí?
A opinião e as preferências do celerado iraniano não interessa, no caso.
Foram 6 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças inocentes, assassinados cruelmente, acusados de serem judeus.
Não existe também uma infinidade de islamitas espalhados pelo mundo, que nem conhecem o Oriente Médio, inclusive aquí?
E daí, eles deixam de ser seres humanos, por isso?



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spink
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Mensagem por spink »

Veja bem, as minhas posições são bem claras. Estamos dizendo que se o Holocausto ocorreu, então a Europa precisa arcar com as conseqüências, e que não são os palestinos que devem pagar o preço por isso.

Se, e apenas se, os Aliados tivessem separado uma porção do "espaço vital" alemão como castigo pela carnificina; será que viveríamos a tensão de hoje?
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

Steve
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etaaa

Mensagem por Steve »

teresão escreveu:Os judeus não morreram nos campos de concentração. O presidente do Irã fala a verdade!
Quem morreu foram os khazares, os khazares são povos mongóis e turcos que estavam convertidos ao judaísmo.
Veja este site: http://www.khazaria.com/ e este outro que diz que mais de 90% dos judeus não são judeus, mas khazares “Más del 90% de los que hoy se llaman a sí mismos judíos, son descendientes de los khazars, no de los hebreos.”:
http://www.nuevorden.net/r_190.html
toda vida que um judeu te disser que a capital dele é Jerusalém, diga-lhe, é Ulam bator ou Ancara!

Isso parece discurso da Editora revisão e radio islam...

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Pug
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Mensagem por Pug »

zencem escreveu:
teresão escreveu:Os judeus não morreram nos campos de concentração. O presidente do Irã fala a verdade!
Quem morreu foram os khazares, os khazares são povos mongóis e turcos que estavam convertidos ao judaísmo.
Veja este site: http://www.khazaria.com/ e este outro que diz que mais de 90% dos judeus não são judeus, mas khazares “Más del 90% de los que hoy se llaman a sí mismos judíos, son descendientes de los khazars, no de los hebreos.”:
http://www.nuevorden.net/r_190.html
toda vida que um judeu te disser que a capital dele é Jerusalém, diga-lhe, é Ulam bator ou Ancara!

O que tem a ver o cú com as calças?
Não eram 100% judeus, ...e daí?
A opinião e as preferências do celerado iraniano não interessa, no caso.
Foram 6 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças inocentes, assassinados cruelmente, acusados de serem judeus.
Não existe também uma infinidade de islamitas espalhados pelo mundo, que nem conhecem o Oriente Médio, inclusive aquí?
E daí, eles deixam de ser seres humanos, por isso?





desonestidade Zencem.
Ser muçulmano não é ser arabe, nem originário do médio oriente.
E os Palestinos que nunca viram a terra de seus pais e avós são os que foram expulsos pelo povo vindo essencialmente da europa...

Eram judeus, que não tinham direito de retorno algum...


O ocidente devido á carnificina sente-se culpado e prefere fazer vistas grossas aos seus valores e apoiar um estado que não reconhece igualdade juridica a todos os seus cidadãos...já para não falar que tal estado nunca deveria ter sido criado.

No entanto, o erro histórico, não deverá ser corrigido com o fim do estado, mas com o fim da cínica lei chamada direito de retorno a todo aquele que seja de confissão judaica e que efectivamente integre todo o povo que é efectivamente originário daquela terra.
O medo demográfico não deve servir para politicas de gueto de Varsóvia...

http://diplo.uol.com.br/2005-10,a1169

http://diplo.uol.com.br/imprima1169


O boicote á autoridade Palestina e o impedimento aos Palestinianos de fazerem comércio com o exterior leva ao total aniquilamento económico...chamar aquilo de gueto de Varsóvia não é exagero, a diferença consiste que neste novo gueto se vai matando lentamente...quiça para não chocar pala além do suportável...

Veja o que diz um ex-chefe da Mossad sobre o real desejo israelita de paz:

"...Em outro contexto, o ex-chefe do Mossad predisse que o cessar-fogo proposto pelo grupo islâmico Hamas, hoje no Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), poderia durar muitos anos.

Em entrevista concedida recentemente à imprensa, Halevi mostrou uma posição bastante dissonante da apresentada pelo atual Governo israelense sobre possíveis negociações com o grupo islâmico Hamas, com o qual se nega a manter o mínimo contato enquanto este não reconhecer o Estado de Israel. Segundo Halevi, exigir que o Hamas reconheça Israel é uma condição desnecessária e difícil de ser aceita.

O antigo responsável pelos serviços secretos defende que Israel assuma alguns riscos se deseja pôr um fim ao conflito com os palestinos, como aceitar um cessar-fogo ou uma trégua temporária.
"

http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo ... 04/107.htm


Só que o ocidente jamais apoiou os Palestinianos para não lhes fazerem lembrar o genocidio...exigem demais a um povo que sequer país tem...
Como diria John Lennon, dêem uma oportunidade á paz.


Nota: reparem quais os sites que sempre apelidam os muçulmanos de maometanos e qual o conteúdo... :emoticon4:
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O ENCOSTO
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Re: As lágrimas do crocodilo Bento XVI em Auschwitz

Mensagem por O ENCOSTO »

zencem escreveu:Sobre a Visita do Papa a Auschwitz

Domingo, encerrando sua viagem de quatro dias a Polônia, o papa Bento XVI fez uma visita carregada de emoção ao antigo campo de concentração nazista de Auschwitz.
O próprio papa disse que fazer tal visita era “estarrecedor” para ele, como cristão e alemão, mas não podia deixar de faze-la.
Num gesto de grande sensibilidade, o papa optou por falar em italiano, e não em sua língua materna, o alemão, afim de não ferir os sentimentos dos judeus, para quem a língua alemã está inextricavelmente associada sos horrores da era nazista.

Ao rezar durante uma cerimônia religiosa em memória das vítimas do Holocausto, o papa perguntou, com a voz embargada:
“Por que, Deus, o Senhor Se calou?
Como pode tolerar tudo isso? Onde estava o Senhor naqueles dias?”.

Quando nos deparamos com o mal e a tragédia no mundo, e natural perguntarmos: onde está Deus?
Como Ele pode deixar que tal coisa aconteça?
A meu ver, porém, não são estas as perguntas primordiais.
O que nos devemos perguntar não é onde está ~Deus, mas, sim, onde está o homem.
Não como pode Ele, Deus, permitir que essas coisas aconteçam,mas, sim, por que ele, o homem, permite que essas coisas aconteçam.
O que o que o ser humano tem feito para impedir as barbaridades?

O biógrafo de Sigmund Freud conta o caso de um importante cirurgião vienense que, ao se encontrar com Freud pela primeira vez, num corredor do hospital onde ambos trabalhavam, lhe mostrou um osso corroído pelo câncer, testemunho de uma vida que ele tinha sido incapaz de salvar, e lhe disse sentir-se profundamente magoado:
"Sabe, doutor Freud, se algum dia eu me encontrar frente a frente com Deus, vou sacudir este osso em Sua face e perguntar-lhe por que Ele permite uma doença destas.”
E Freud respondeu-lhe: “Se eu, um dia, tiver essa oportunidade, vou formular a queixa de um modo diferente.
Não vou indagar por que Ele permite o câncer, e sim por que Ele não deu a mim, ou ao senhor, ou a qualquer outra pessoa, a inteligência para descobrir a cura desta doença.”

Antes de perguntarmos “onde está Deus”, cabe-nos formular a outra pergunta: “Onde está o homem?” O que está fazendo o homem com o mundo que Deus lhe deu?

A 2a Guerra Mundial e os campos de concentração constituem o maior desafio à teologia em nossa época.
Creio que todas as religiões deveriam rever seus conceitos, tendo em vista o que Auschwitz e Treblinka nos ensinaram sobre Deus e o homem.

Quando Hitler proclamava publicamente sua perversa política racial, por que as pessoas concordaram em aceitá-lo como líder?
Onde estava o homem quando os eleitores da Alemanha disseram: “Antes Hitler, com suas idéias esquisitas sobre os judeus, do que a inflação ou o socialismo”?
Onde estava o homem quando Hitler subiu ao poder e começou a concretizar suas loucas ameaças?
Onde estavam os advogados, os juizes, os médicos e tantos outros que seguiram e apoiaram passivamente os decretos de Hitler?

Se os advogados tivessem lutado pela dignidade de sua profissão, se os juízes tivessem defendido a justiça, se os médicos se tivessem importado com a vida humana, não haveria necessidade de perguntar mais tarde: “O que houve com Deus?”.

Onde estava a Igreja? Onde estavam as autoridades eclesiásticas, tão prontas para exaltar a santidade da vida humana, enquanto milhões e milhões de vidas inocentes estavam sendo aniquiladas? Onde estavam os líderes dos governos aliados que deram um jeito de olhar para o outro lado e não conseguiram encontrar um canto em seus paises para os judeus refugiados?
Temos, certamente, o direito de perguntar onde estava Deus em 1940, mas temos o dever de perguntar, antes onde estava o homem em 1940.
O que poderia ele, homem, ter feito para impedir o inferno do Holocausto... e não fez?

Existe uma lenda sobre um rabino que se preparava para viajar de Israel para Roma. Na noite anterior. à sua partida, ele teve um sonho no qual viu um mendigo esfarrapado sentado as portas de Roma. No sonho, ele ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Vê este homem? Este é o Messias vestido de mendigo.”
O rabino acordou e não conseguiu mais esquecer o sonho.
Continuou a pensar nele durante toda a viagem.
Finalmente, ao aproximar-se de Roma, avistou um homem maltrapilho, sentado exatamente no local que havia visto no sonho.
O rabino chegou-se a ele e questionou: “É verdade que você é o Messias?” O homem respondeu: Sim.’
O rabino, então, perguntou: “O que você está fazendo as portas de Roma?” E o homem replicou “Estou esperando.”
Ao que o rabino retrucou: “Esperando?! Num mundo tão cheio de miséria, ódio e guerra, num mundo onde o povo de Israel está disperso e oprimido, num mundo onde existem crianças famintas, você está aqui, sentado, esperando?!
Messias, pelo amor de Deus, o que é que você está esperando?”
E o Messias respondeu: ‘Tenho esperado por você, para poder lhe perguntar, em nome de Deus, o que o que você está esperando.”

A visita do papa Bento XVI a Auschwitz, no domingo, o fez reviver um capitulo muito doloroso da História humana.
Diante das lápides simbólicas naquele local em que ocorreu o maior massacre de todos os tempos, o papa sentiu a necessidade de perguntar onde estava Deus enquanto a bestialidade nazista agia impune.

Com todo o respeito, permito-me responder ao Sumo Pontífice: Deus estava onde sempre esteve, esperando que os homens assumissem o seu dever.

Henry I. Sobel, rabino, presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista e coordenador da Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico Judaico.
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Ai de vós, Escribas e farizeus hipócritas!!!




Não concordo.

O Papa estava certo quando perguntou por onde andava deus.

Essa mania de colocar a culpa nos homens torna deus um ser totalmente desnecessário.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Pug escreveu:

desonestidade Zencem.
Ser muçulmano não é ser arabe, nem originário do médio oriente.
E os Palestinos que nunca viram a terra de seus pais e avós são os que foram expulsos pelo povo vindo essencialmente da europa...

Eram judeus, que não tinham direito de retorno algum...



Xenofobia? Mas não é exatamente isso que os maometanos criticam na europa e nos EUA?

De qualquer forma, quem tinha o direito de definir se tinham ou não o direito de ficarem em Israel era o dono da terra: Inglaterra.




Nascimento de Israel
Em 1896, nasce o Sionismo. Este movimento liderado por Theodor Hertzl (1860-1904) defendia a criação de um Estado Nacional Judaico para garantir segurança a judeus, um povo historicamente perseguido. Sucessivas Aliot (imigrações) ocorreram desde 1882 (primeira Aliah russa), o que ajudou a aumentar a população judica já existente na região. Após fundar e consolidar instituições judaicas como universidades, institutos de tecnologia, kibutzes e moshavs, os judeus da região já apresentavam significativa autonomia. Nessa época a Cisjordânia era o nome oficioso da Palestina/Israel, que se encontrava ainda sob administração britânica. Nativos de origem árabe e refugiados de países vizinhos, em sua maioria muçulmanos, representavam outro grupo que reivindicava seu Estado Nacional na região. Após sucessivas Alliyot, as tensões entre árabes e judeus aumentaram. Em 1929, após informações plantadas que se mostraram falsas sobre o assassinato de dois árabes por judeus, muçulmanos nativos massacraram 133 judeus deixando centenas de feridos. Em 1933, com a ascenção do Nazismo,o número de imigrantes judeus quase dobrou. Em 1939, a administração britânica restringiu a imigração de judeus para o território, complicando ainda mais a situação de vitimas do holocausto nazista. Após fortes pressões internas e externas, os britânicos abriram mão de seu mandato em 1947 e a Assembléia Geral da ONU aprovou o plano de partilha da Palestina - que previa um Estado judeu e outro árabe - respeitando as locações onde cada maioria populacional se encontrava, mas conferindo aos judeus mais de metade das terras, sendo que eles representavam apenas um terço da população. Imediatamente o plano foi aceito por David Ben-Gurion. A partir daí, diversos ataques organizados contra civis judeus montaram um cenário de guerra civil, sendo esta uma precursora da Guerra de Independência. Em 14 de maio de 1948 foi declarada a independencia do Estado de Israel. Logo em Seguida, uma liga militar formada por Síria, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito invadiram Israel por todos os lados da fronteira e começava a Guerra da Independência.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Israel



O ocidente devido á carnificina sente-se culpado e prefere fazer vistas grossas aos seus valores e apoiar um estado que não reconhece igualdade juridica a todos os seus cidadãos...já para não falar que tal estado nunca deveria ter sido criado.

No entanto, o erro histórico, não deverá ser corrigido com o fim do estado, mas com o fim da cínica lei chamada direito de retorno a todo aquele que seja de confissão judaica e que efectivamente integre todo o povo que é efectivamente originário daquela terra.
O medo demográfico não deve servir para politicas de gueto de Varsóvia...

http://diplo.uol.com.br/2005-10,a1169

http://diplo.uol.com.br/imprima1169


O boicote á autoridade Palestina e o impedimento aos Palestinianos de fazerem comércio com o exterior leva ao total aniquilamento económico...chamar aquilo de gueto de Varsóvia não é exagero, a diferença consiste que neste novo gueto se vai matando lentamente...quiça para não chocar pala além do suportável...

Veja o que diz um ex-chefe da Mossad sobre o real desejo israelita de paz:

"...Em outro contexto, o ex-chefe do Mossad predisse que o cessar-fogo proposto pelo grupo islâmico Hamas, hoje no Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), poderia durar muitos anos.

Em entrevista concedida recentemente à imprensa, Halevi mostrou uma posição bastante dissonante da apresentada pelo atual Governo israelense sobre possíveis negociações com o grupo islâmico Hamas, com o qual se nega a manter o mínimo contato enquanto este não reconhecer o Estado de Israel. Segundo Halevi, exigir que o Hamas reconheça Israel é uma condição desnecessária e difícil de ser aceita.

O antigo responsável pelos serviços secretos defende que Israel assuma alguns riscos se deseja pôr um fim ao conflito com os palestinos, como aceitar um cessar-fogo ou uma trégua temporária.
"

http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo ... 04/107.htm


Só que o ocidente jamais apoiou os Palestinianos para não lhes fazerem lembrar o genocidio...exigem demais a um povo que sequer país tem...
Como diria John Lennon, dêem uma oportunidade á paz.


Nota: reparem quais os sites que sempre apelidam os muçulmanos de maometanos e qual o conteúdo... :emoticon4:




Que comédia.

Foi criado nessa mesma época um estado para os árabes e maometanos. Só que não se contentaram com o presente da Inglaterra e resolveram partir para cima de Israel.

Um monte de paises árabes foram contra israel e foram DERROTADOS.

A História mostra que essa gente tem, no máximo, o direito de viver no Estado de Israel. Mas só o tempo dirá se eles não apresentam mais nenhum perigo ao Estado.
O ENCOSTO


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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O ENCOSTO escreveu:Foi criado nessa mesma época um estado para os árabes e maometanos. Só que não se contentaram com o presente da Inglaterra e resolveram partir para cima de Israel.

Foi criado um estado para os palestinos, só que os outros árabes não permitiram que eles o ocupassem.
Israel tomou a parte que lhe cabia pela força; os palestinos eram (e ainda são) desunidos demais para isto.

Trancado