Acauan escreveu:O ENCOSTO escreveu:Acauan escreveu:
A única coisa que os calvinistas acham que as pessoas devem fazer é se conformar com o que Deus lhes predestinou, mesmo que seja uma vida terrena miserável seguida de queimar para sempre enquanto é comido por vermes a prova de fogo, já que, sabe-se lá porque cargas d'água, eles acreditam que Deus é glorificado com isto.
Conformados? Só com o sofrimento dos outros. A maioria busca a prosperidade.
Se conseguiram, foi porque deus assim planejou. Se não, idem.
Mas não são conformados nesse sentido.
Há que se diferenciar, historicamente, a idéia de prosperidade como benção de Deus dos calvinistas e dos neo-pentecostais de hoje.
Os calvinistas tradicionais do passado, como descritos por Weber em "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", tinham a disciplina no trabalho como uma forma de louvor a Deus, que quando executada com Fé e vontade era agraciada com a riqueza, sobre o uso da qual o fiel tinha obrigações morais rígidas.
Já para os neo-pentecostais de hoje, Deus é uma espécie de vaca leiteira, cujo acesso às tetas é controlado pelos pastores mediante o pagamento dos 10% usuais - adiantado, claro, uma vez que é pecado pedir para ficar rico primeiro e dar o dízimo depois.
Para esta turma, ser pobre e doente é coisa de ímpio, razão pela qual os pobres e doentes do grupo constantemente fingem que não o são, para não dar a entender que fracassaram em alcançar a riqueza, cujo acesso seria tão facil para quem tem a religião certa.
Para os que a alcançam (e entre os milhões de membros, sempre haverá um ou outro que o consiga) parece que a única obrigação moral é aparecer nos programas de TV dos pastores exibindo ostensivamente suas casas, carros e contas bancárias, o que expressa bem o que seria a tal espiritualidade do qual esta gente tanto fala.
Fugindo um pouco do assunto (nem tanto); você já viu alguma entrevista com Mário Sérgio Cortella?
Se viu ou leu , o que acha das suas reflexões sobre Bento XVI e a nova fase do catolicismo que ele tenta implementar?