Amauri Xavier Pena

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Aurelio Moraes
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Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Aurelio Moraes »

OTuratti é nojento. Ele lê isso que eu postei, SABE QUE NÃO TEM CAPACIDADE PARA RESPONDER E FINGE QUE NÃO LEU. TAMANHO DESONESTO DEVIA SER EXPULSO DA INTERNET.
Ele não tem moral para questionar o espiritismo. Ele acredita em coisas que são igualmente atos de fé. Turatti acredita em "milagres católicos", virgens que concebem crianças, além de toda a mitologia bíblica. Aonde está a neutralidade dele? Não existe! Religiosos só são céticos com a religião dos outros, menos com as próprias.

O Brasil é ridículo com a charlatanice católica, aonde milhares de ingênuos e ignorantes vão de joelhos até aparecida, caem na histeria coletiva da rcc da igreja católica, pagam dízimo, vão à procissões idiotas e retardadas passando as mãos em estátuas...esse é o catolicismo com sua charlatanice. Isso sem mencionar que a igreja católica permite os pregadores da rcc à prometerem curas, puro charlatanismo e curandeirismo. Sobre isso, o calhorda do Turatti não fala nada.



Botânico:

Já se submeteram, os cientistas divulgaram os seus resultados, comprovando o fenômeno...


Sendo que os supostos experimentos em sua maioria foram no início do século passado .Eu acho impressionante não existirem pesquisas novas e atualizadas evidenciando espíritos. Qualquer área da física por exemplo sempre está atualiadíssima. Premissas se confirmam ou são derrubadas, novos fatos descobertos etc. Já o suposto fenômeno espírita sempre depende de fotos em preto-e-branco ou simplesmente antigas, ou alegados postulados científicos de metodologia altamente duvidosa, que não são levadas à sério pela com. científica internacional.Daí os espíritas vão dizer que é má vontade, etc etc.

Para começar, ciência não "prova "nada. No máximo evidencia. E pode estar errada . Qualquer experimento científico que demonstre algo pode e deve ser reproduzido, e não está livre de críticas. Os tais cientistas que você diz comprovarem o espiritismo, se evidenciassem, não estariam livres das críticas. Por que a comunidade científica internacional não deu respaldo à eles? Por que não deram um nobel de física para quem "descobriu" interações de seres não-corpóreos com a matéria?

Daí sempre entra a teoria conspiratória, iguais às dos ufólogos, ou dos que falem em "arqueologia oculta", etc.

; os céticos também se recusam a aceitar as evidências espíritas de fenômenos pois contrariam os postulados científicos que aprenderam. ESPÍRITOS NÃO PODEM EXISTIR e de qualquer forma, NÃO PODEM SER PROVADOS INEXISTENTES,


Primeiramente, o ceticismo científico NÃO NEGA NEM AFIRMA que espíritos possam existir. Negar a priori ou afirmar a priori que existem é pseudo-ceticismo. Essa é a postura do Zangari (não negar nem afirmar) e a minha. Por hora descartar por falta de evidências confiáveis. Você já viu por exemplo Zangari falar que não existe e pronto?
A ciência sempre está em transformação, Botanico. Receio que saiba disso. Ela vive de "verdades temporárias", que explicam melhor os fatos por hora. Se aparecer uma teoria melhor, tudo pode ser alterado. Assumir inquestionavelmente que espiritos existem e pronto, acabou, sem papo , é anti-científico. Assim como o contrário.
O mais curioso é que talvez os alegados espíritos não assombrem céticos porque eles não TEM FÉ o suficiente para acreditar neles.
Da mesma forma que ateus e céticos não têm visões místicas, não tem suas casas "assombradas" etc.

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Botanico
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Re: Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Botanico »

Botanico, lembre-se que você está com a "verdade". Não precisa ficar se fazendo de vitima e culpar os céticos pela sua "falta de vontade de encarar a realidade que seria a existencia de espiritos".

Encostado, não estou nem aí se os céticos querem ou não querem encarar a coisa. A existência de espíritos, já desde os tempos de Kardec, é algo que se percebe INDIVIDUALMENTE. É no mano a mano que alguém, ao se deparar com uma forma materializada ou simplesmente dialogar com um médium que recebe o espírito do parente falecido, pode acabar convencido da realidade do fenômeno e da existência de espíritos.
Fora isso, a História tem mostrado que os experimentos, mesmo bem sucedidos, bem controlados, etc e tal, NÃO CONVENCE A COMUNIDADE CÉTICA pelo simples motivo de que a augusta presença dos céticos não aconteceu durante os experimentos. Daí então os cientistas que investigaram a coisa serem chamados de cretinos, imbecis, despreparados e daí para baixo. Acho que não preciso demonstrar isso.


E esse papinho de que trata-se de um fenomeno raro, também não cola. É fato que materializações ocorriam com mais frequencia no passado.
As materializações eram MAIS DIVULGADAS E INVESTIGADAS NO PASSADO, pois tanto os médiuns como os cientistas interessados em investigar a coisa levaram tudo adiante. Mas o resultado foi que os céticos NÃO QUISERAM NEM INVESTIGAR, NEM SE CONVENCER E, tendo a força dos números, FIZERAM VALER OS SEUS ARGUMENTOS. Como se está lidando com gente, essa gente entendeu que a Ciência não quer nada com eles, então os cientistas que se entendam. Lembre-se de que se inventou a tal de Parapsicologia e não se quis continuar a Metapsíquica, pois se alegava que esta última estava impregnada de Espiritismo. Sacou que no geral QUER SE EXORCIZAR OS ESPÍRITOS e fazer valer coisas como dupla ou múltipla personalidade, forças psis, manifestação de inconsciente, etc e tal, MAS ESPÍRITOS NÃO! Ora, se não querem os espíritos, eles têm mais é que ficarem de fora mesmo. E os céticos então que tentem conseguir materializações sem espíritos.

Pode ser que hoje não exista mais pessoas (céticos) com vontade de estudar esses fenomenos, mas é curioso notar que materializações não ocorrem nem mesmo entre os espiritas. Conversei com alguns frequentadores de centros espiritas e eles me confirmaram isso.
Se você estudasse melhor o Espiritismo, saberia que ele começou errado no Brasil, especialmente neste aspecto científico. A Federação Espírita Brasileira entendeu, erroneamente, que Kardec valorizava os fenômenos subjetivos em detrimento dos objetivos, em vista das fraudes denunciadas nestes últimos. Daí então, pasme, médiuns de efeitos físicos SÃO DESENCORAJADOS a atuar, pois isso é considerado "MEDIUNIDADE PRIMITIVA", COISA DE ESPÍRITOS ATRASADOS! Que postura mais lamentável. Lembra-me que um espírita bem culto, que conheci pessoalmente, o Roque Jacintho, dizia isso, que em geral nas materializações quem se manifestavam eram espíritos atrasados.
Jorge Rizzini mesmo nesta revista onde se comenta o "racismo" do Kardec condena essa posição, pois se quer fazer do Espiritismo uma doutrina sem fenômenos mediúnicos. Ora, se é assim ele vira só mais uma doutrina de teoria e saliva, como as centenas de outras que existem por aí.


Você poderia argumentar que os espiritos não estão mais com vontade de se materializarem porque isso iria prejudicar a imagem do espiritismo, que ninguém iria acreditar e blablabla.
Materializações ainda existem, mas é trabalho para os espíritas e estes tendem a ver os cientistas hoje com desconfiança. Já disse ao Viper que ele tem que ser esperto na abordagem. Tem que fazer amizade, se integrar ao grupo, caso queria fazer suas pesquisas. Apenas dizer: quero estudar cientificamente o fenômeno de materialização. Ele não me mostrou muito conhecimento dos fenômenos e dos experimentos já feitos. Bastará uma pergunta que ele não sabia responder sobre o caso para que não haja interesse em lhe permitir o acesso.

Mas, eu duvido muito que nenhum espirito sacana iria ficar pentelhando a humanidade dia e noite, assombrando as casas dos céticos (se algum espirito estiver lendo a minha mensagem, deixo a minha casa a disposição) etc.

Se realmente isso existir, depois que eu morrer serei o espirito mais chato que o umbral já conheceu. Pode estar certo disso. Vou passar dia e noite saindo pelos narizes e orelhas do pessoal só para encher o saco de todo mundo.
Talvez descubra que para atravessar dimensões entre este mundo e o espiritual não bastará só a sua vontade...
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Botanico
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Registrado em: 25 Out 2005, 21:15

Re: Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Botanico »

Botânico:

Já se submeteram, os cientistas divulgaram os seus resultados, comprovando o fenômeno...


Sendo que os supostos experimentos em sua maioria foram no início do século passado .Eu acho impressionante não existirem pesquisas novas e atualizadas evidenciando espíritos. Qualquer área da física por exemplo sempre está atualiadíssima. Premissas se confirmam ou são derrubadas, novos fatos descobertos etc. Já o suposto fenômeno espírita sempre depende de fotos em preto-e-branco ou simplesmente antigas, ou alegados postulados científicos de metodologia altamente duvidosa, que não são levadas à sério pela com. científica internacional.Daí os espíritas vão dizer que é má vontade, etc etc.
Hammond, durante muito tempo a Ciência foi escrava da Religião; qualquer cientista que não estivesse a fim de fazer curso de churrasco com sua própria carne deveria ser esperto o bastante para fazer coincidir os resultados de seus trabalhos com os infalíveis dogmas da fé cristã. Mas no século XIX chutaram o pau da barraca, a Igreja perdeu seu poder temporal, Darwin deu um pé no traseiro do Divino, e virou charme ser materialista ateu. Agora o que um cientista mais queria, além de fazer obviamente trabalhos científicos bons, é que nestes trabalhos se enterrasse mais um santo, mais um dogma, mais um postulado de fé.
Com tal mentalidade, quer coisa mais absurda do que se usar a ciência para se provar (ou talvez fosse melhor dizer EVIDENCIAR) os espíritos? Mas houve quem fez e você vem me falar de fotos em p&b, etc e tal para dizer que não valeu... Olha, quando os médiuns estavam atuantes, os cientistas que se dedicaram a investigar a coisa OBTIVERAM RESULTADOS... Mas foram desconsiderados pelos que NUNCA INVESTIGARAM NADA. E para piorar, quem ficou com a razão foram justamente esses últimos. Os investigadores tiveram de levar a pecha de incompetentes, burros, panacas ou sacanas. É mole? É a INFELIZ DESCOINCIDÊNCIA.
Por conta disso tudo, os médiuns perderam o interesse na investigação científica. Coisas novas existem, mas já não há mais interesse em chamar Randi & Cia Bela, pois já vimos esse filme.


Para começar, ciência não "prova "nada. No máximo evidencia. E pode estar errada . Qualquer experimento científico que demonstre algo pode e deve ser reproduzido, e não está livre de críticas. Os tais cientistas que você diz comprovarem o espiritismo, se evidenciassem, não estariam livres das críticas. Por que a comunidade científica internacional não deu respaldo à eles? Por que não deram um nobel de física para quem "descobriu" interações de seres não-corpóreos com a matéria?
Já disse: porque a comunidade científica considerou indigno dela se meter com esse tipo de coisa.

Daí sempre entra a teoria conspiratória, iguais às dos ufólogos, ou dos que falem em "arqueologia oculta", etc.

; os céticos também se recusam a aceitar as evidências espíritas de fenômenos pois contrariam os postulados científicos que aprenderam. ESPÍRITOS NÃO PODEM EXISTIR e de qualquer forma, NÃO PODEM SER PROVADOS INEXISTENTES,


Primeiramente, o ceticismo científico NÃO NEGA NEM AFIRMA que espíritos possam existir. Negar a priori ou afirmar a priori que existem é pseudo-ceticismo. Essa é a postura do Zangari (não negar nem afirmar) e a minha. Por hora descartar por falta de evidências confiáveis. Você já viu por exemplo Zangari falar que não existe e pronto?
A ciência sempre está em transformação, Botanico. Receio que saiba disso. Ela vive de "verdades temporárias", que explicam melhor os fatos por hora. Se aparecer uma teoria melhor, tudo pode ser alterado. Assumir inquestionavelmente que espiritos existem e pronto, acabou, sem papo , é anti-científico. Assim como o contrário.
Sabe o que acho engraçado por aqui? É esse pessoal ficar com imagem romântica de ciência.
Ficar em cima do muro é antipático, Hammond. Acha que é bem visto um cientista que fica dizendo que não sabe, que não tem certeza, que não concluiu nada com seus estudos? Alguma posição o cara tem que ter, senão também não faz ciência. O que podemos é confrontar hipóteses e ver como se sustentam diante dos experimentos.
É aí que noto algo de interessante na posição científica. Acho que já dei esse exemplo por aqui, mas não custa repetir. Veja como se propõe hipóteses e se experimenta a coisa:
Chega um camarada com um frasco contendo uma solução vermelha no meu laboratório e pede para que eu a analise e diga o que é. Dentre as inúmeras possibilidades, vou ficar com três hipóteses: 1) pode ser uma solução de safranina; 2) pode ser uma solução de fucsina; 3) pode ser uma solução alcalina com indicador fenoftaleína. Bem, tiro uma amostra da solução e já de cara DESCARTO A PRIMEIRA HIPÓTESE, pois a cor da solução é vermelho azulado, enquanto que uma solução de safranina seria vermelho vivo.
Mas quanto ao quesito cor, tanto as hipóteses 2 e 3 se equivalem. Então acrescento algumas gotas de ácido clorídrico na amostra e em dado momento ela fica incolor. Com isso eu DESCARTO A HIPÓTESE 2, pois a fucsina não se comporta dessa maneira. Já a solução alcalina com o indicador fenoftaleína sim se comportaria dessa maneira.
Então a hipótese mais provável é a 3. Ela não é ACEITA, apenas não há motivos para rejeitá-la. Antigamente era assim que se trabalhava em Ciência. Hoje já nem sei mais... falam tanto desse tal de Pompéia.

Quando vejo o Quevedo e outros falando, eles parecem trabalhar cientificamente desta maneira, aproveitando o exemplo acima: Tiram a amostra, vêem que é de cor vermelho azulado e tascam que é uma solução de fucsina. Aí faz-se o teste do ácido, que invalidaria a hipótese, mas não se acanham:
_ É que a fucsina também pode ter algumas reações semelhantes conforme o lote...
A fucsina é um corante que se usa em estudos histológicos e aí, neste teste, vê-se que essa "fucsina" não cora nada.
_ Mas pode acontecer de não haver compatibilidade em certos casos de coloração...

Não vou esticar muito mais, pois acho que você deve ter percebido onde quero chegar: aqui o que se pretende é sustentar uma hipótese de qualquer maneira e o que se faz é "adaptar" a dita cuja aos resultados observados. Isso, portanto, não é TESTAR uma hipótese, mas sim forjá-la à medida que os resultados aparecem.

Na nossa hipótese de haver manifestação espiritual, o que se espera é que o médium diga o que o espírito do falecido diria. Se isso acontece, então NÃO HAVERIA RAZÃO CIENTÍFICA (ANTIGAMENTE, BEM ENTENDIDO) PARA SE REJEITAR ESSA HIPÓTESE. Mas o que vejo é que a hipótese dos espíritos é ALTAMENTE IMPOPULAR no meio científico. Melhor é chutar força Psi, inconsciente quevediano, dupla personalidade, etc e tal. Não interessam se explicam ou não os fenômenos observados. O importante é que os espíritos fiquem de fora.


O mais curioso é que talvez os alegados espíritos não assombrem céticos porque eles não TEM FÉ o suficiente para acreditar neles.
Da mesma forma que ateus e céticos não têm visões místicas, não tem suas casas "assombradas" etc.
Tem alguém que disse que a verdade chega àquele que está preparado. Eu acho estranho, por exemplo, dizer que isso é produto de fé. Os drs Carpenter e Hartman defendiam a hipótese de alucinação para explicar o que Crookes e outros cientistas viam em seus laboratórios quando experimentavam os médiuns. Seria uma alucinação produzida pela fé no fenômeno. Que engraçado, não? Eles fotografavam os fenômenos e a foto mostrava a mesma coisa que viam. Estariam os filmes e as máquinas alucinados e cheios de fé também? Que coisa mais doida ainda: quando trabalhavam com coisas profanas, não tinham qualquer problema de alucinação, mas era só começar a estudar um médium e os ataques começavam. Que evento mais mórbido e seletivo...
Esse tipo de assombração eu também não entendo...

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Vitor Moura
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Re: Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Vitor Moura »

O ENCOSTO escreveu:
E esse papinho de que trata-se de um fenomeno raro, também não cola. É fato que materializações ocorriam com mais frequencia no passado.

Pode ser que hoje não exista mais pessoas (céticos) com vontade de estudar esses fenomenos, mas é curioso notar que materializações não ocorrem nem mesmo entre os espiritas. Conversei com alguns frequentadores de centros espiritas e eles me confirmaram isso.

Você poderia argumentar que os espiritos não estão mais com vontade de se materializarem porque isso iria prejudicar a imagem do espiritismo, que ninguém iria acreditar e blablabla.

Mas, eu duvido muito que nenhum espirito sacana iria ficar pentelhando a humanidade dia e noite, assombrando as casas dos céticos (se algum espirito estiver lendo a minha mensagem, deixo a minha casa a disposição) etc.

Se realmente isso existir, depois que eu morrer serei o espirito mais chato que o umbral já conheceu. Pode estar certo disso. Vou passar dia e noite saindo pelos narizes e orelhas do pessoal só para encher o saco de todo mundo.


Olá, Encosto

este texto de John Beloff , o qual traduzi, dá motivos plausíveis do porque das materializações não ocorrerem mais hoje:

John Beloff *
Implicações filosóficas dos estudos parapsicológicos (1)

Anos atrás, fui convidado por um editor londrino a escrever uma breve história da parapsicologia (Beloff, 1993). Neste livro, tentei delinear a evolução de nossa disciplina desde a época do mesmerismo e inclusive ainda antes, até a atualidade. Sempre tive presente que isto não seria uma tarefa fácil, mas essa dificuldade não foi somente quanto a seu aspecto prático, tratando de condensar um grande número de fatos numa narração que pudesse ser compreensível, senão que, o verdadeiro desafio, foi como manter o interesse dos leitores sobre uma história que não pode ser apresentada como uma sucessão de fatos históricos exitosos como quem tentaria fazer se fora a escrever a história de qualquer das ciências convencionais.

No entanto, dizendo isto, não estou minimizando os esforços dos pesquisadores, pelo contrário, sua dedicação à ciência enfrentando toda classe de obstáculos pode ser descrita como heróica. Mas em relação aos três principais critérios de sucesso na ciência convencional: conhecimento teórico, aplicação prática e prestígio intelectual, não se pode pretender que a parapsicologia (ou investigação psíquica; utilizarei estes termos de maneira recíproca) tenha-os comprovado até agora por si mesma. Deste modo, deveríamos considerá-los como nossa primeira lição de história: essa lição é a humildade. A dura verdade que temos que enfrentar é que a crua realidade do fenômeno psi não foi verificada à satisfação de todos.

A RELEVÂNCIA DA HISTÓRIA

No entanto, para sermos honestos a nós mesmos deveríamos dizer que só esse avanço espetacular chegou a ser uma regra nas ciências físicas ou naturais. Pensemos simplesmente o que sucedeu em áreas como a investigação na medicina, a informação tecnológica, a física das partículas ou a cosmologia, por nomear só uns poucos exemplos sobressalentes e para dar-se conta o que significam estes progressos. No caso das ciências humanas ou sociais, pelo contrário, já seja em economia, sociologia, antropologia, ou, em especialmente em psicologia. Primeiro, descobrimos que não há muitos achados revolucionários ou permanentes progressos como uma sucessão de pontos de vista, ou escolas de pensamento, emparelhadas a uma progressiva sofisticação quanto a técnica e metodologia. Por exemplo, a aplicação de análises computadorizadas nas ciências sociais aumentou consideravelmente o poder destas ciências. A parapsicologia não se compara desfavoravelmente com essas outras ciências humanas quando introduz uma estatística depurada ou a inovação instrumental.

Não obstante, as vicissitudes na área da parapsicologia são bem mais dramáticas do que nestas outras ciências, especialmente no que diz respeito aos "fenômenos intensos", pois para falar de história da parapsicologia, é necessário distinguir entre um fenômeno que, levado ao valor nominal é de por si, evidentemente de caráter paranormal, isto é, um fenômeno intenso; daqueles nos que se avalia a paranormalidade por uma análise estatística, isto é, um fenômeno pouco ostensível. Isto último, ainda que conhecido desde o século XIX, não chega ser importante até a "Revolução Rhineana" (como me agrada denominá-la). Quanto à história dos fenômenos intensos concerne, o que encontramos é algo que tem muitas mais reminiscências na história da arte que na história das ciências, sejam estas naturais ou sociais. Por isso, na história da arte, e isto é legítimo em literatura e em música, bem como em artes visuais, não existem progressos sistemáticos. O que você encontrará em lugar disso, é o breve surgimento de alguma nova escola ou movimento, normalmente centrada ao redor de certos gênios, copiados por seguidores não inspirados, e imitando sua obra até que esta finalmente se dissolve ou eclipsa, depois do qual uma nova escola ou movimento surge em qualquer outro lugar, dedicada inteiramente a ideais diferentes, até que esta a sua vez, também se extingue e é substituída.

Do mesmo modo, encontramos na história da parapsicologia, numerosos exemplos de progressos promissores, normalmente centrados ao redor de certos indivíduos dotados que asseguram possuir poderes sobrenaturais e que por um tempo, fazem supor como se fora iminente uma nova era. Mas, que sucede? O fenômeno declina, estes sujeitos perdem seu poder ou são desacreditados, e o que começou com boas perspectivas, converte-se num falso amanhecer. Talvez, o exemplo mais recente do que dizemos seja o dos dobradores de metais, que começou com a chegada de Uri Geller a princípios da década de 70.

Por suposto, uma diferença crítica entre a história da arte e a história da parapsicologia é que a obra artística normalmente parece viva, e por isso não há porque diferir frente ao juízo dos historiadores. No caso da parapsicologia, pelo contrário, o fenômeno em questão não está tão estendido como para um exame crítico, de modo que nós dependemos absolutamente dos relatórios e registros. Se poderia dizer, por suposto, que não há diferença alguma com respeito à história dos políticos, onde estamos tratando igualmente sobre acontecimentos passados dos que só os documentos históricos podem dar depoimento. Na natureza do caso, é isto precisamente, o porquê os fenômenos paranormais estão sob suspeita de uma forma que não o estão os fatos históricos convencionais. Talvez, se os grandes expoentes destes fenômenos do passado se tivessem dedicado a produzir fatos paranormais (por exemplo, os Objetos Paranormais Permanentes), em lugar de materializações espúreas ou levitações de mesas, estaríamos mais próximos da posição do historiador de arte, coisa que em realidade não sucedeu. O que neste ponto quero assinalar é que como aparecem aqueles reflexos de criatividade que geralmente associamos com a atividade artística, a manifestação do fenômeno paranormal aparece também de maneira ciclotímica. Isto deveria ser assim, se o consideramos a seu devido momento. Enquanto, estou-o propondo como nossa segunda lição de história.

Uma conseqüência de todas estas flutuações é que muitos fenômenos intensos não se observam com freqüência hoje em dia, e tendem a ser considerados como fraudulentos ainda por quem são muito cientes de fatos históricos. Por outra parte, não só os críticos da parapsicologia duvidam da importância da evidência histórica, senão também muitos experimentados parapsicólogos. A posição que eles adotam é que, se um fenômeno dado não pode ser elucidado com propósitos experimentais, poderia ser prudente simplesmente ignorá-lo. A parapsicologia de acordo a esta escola de pensamento deveria interessar-se exclusivamente em questões que todos nós podemos esperar resolver. Devo dissentir neste aspecto. Se aspiramos a ser algo mais do que só técnicos, é necessário manter uma perspectiva. Limitar nosso atendimento no aqui e agora é, creio, um sinal de provincialismo. Prefiro pensar do estudo do paranormal como o despregue de uma vasta paisagem repleto de toda classe de flora e fauna fantástica e exótica, e que são demasiado importantes como para ignorá-las, estando ainda atualmente inacessíveis. Em síntese, escrevendo a história da parapsicologia me convenci que essa história tem ensinos e que o passado não é irrelevante para os problemas e inquietudes atuais.

O EFEITO DE DECLINAÇÃO

Um aspecto desse curso irregular que nossa ciência tomou foi a contínua diminuição da intensidade dos fenômenos paranormais que tratamos de estudar. Isto se pode perceber mais visivelmente no caso do fenômeno parafísico. Na atualidade, a mediunidade física é só uma coisa do passado, do que resulta que só os casos de poltergeist são os fenômenos de macro-PK mais acessíveis para estudar. Curiosamente, estes casos constituem a exceção, e ainda que eles mudaram muito pouco desde faz séculos não mostram ainda sinais de desaparecer. Desgraçadamente, estes fenômenos são fatos de curta duração e ainda quando são estudados seriamente, apresentam grandes dificuldades práticas para efetuar uma investigação sistemática e categórica.

Seja como for, se na atualidade você quer realizar um estudo sobre PK, o melhor método é conseguir que o sujeito trate de influir um sistema binário eletrônico do Gerador de Números Aleatórios (Random Number Generator, ou RNG). Em realidade, o uso desta técnica foi posta em dúvida por alguns parapsicólogos contemporâneos ao ponto em que muitos duvidam a respeito de se esta seja a forma de demonstrar convincentemente a macro-PK. Mas com tudo, nesta era computadorizada, agora estamos recém capacitados para desenvolver milhões de provas num breve lapso, de maneira que até um efeito PK de um só minuto nos poderia proporcionar uma interessante média integral, só que neste caso a direção da pontuação permanecerá constante. Desafortunadamente, muito poucos sujeitos estão dotados desta regularidade durante um lapso bastante intenso como para proporcionar médias que sejam bem mais significativos que quando devíamos recorrer ao árduo processo do lançamento de dados em épocas passadas. Em verdade, um recente meta-análise levada a cabo por Radin e Ferrari (1991) demonstrou que o valor total do efeito dos experimentos com dados é levemente superior aos dos experimentos com o RNG, ainda que ambos são em extremo marginalmente significativos.

O breve termo do efeito de declinação foi, efetivamente, uma característica familiar no laboratório de parapsicologia onde a investigação de J.B. Rhine teve seu maior auge. Em realidade, nos primeiros trabalhos de PK, a declinação intra-sesional proporcionou provavelmente o indício mais evidente de do que algo fora do comum estava ocorrendo. Desafortunadamente, desde cedo transpareceu que um efeito de declinação para a ESP não é menor do que para a PK, e que este poderia continuar através e ao longo de todas as sessões. Pelo geral, todos os sujeitos com altas pontuações de ESP perderam finalmente sua faculdade. Inclusive, Pavel Stepanek cujos dez anos de carreira como sujeito ESP lhe mereceram uma menção no Livro Guiness dos Records, também perdeu sua capacidade. Quando, depois de algum tempo, Stepanek foi testado novamente pelo doutor Kappers em Amsterdam faz pouco tempo, só pôde produzir médias próximas ao acaso (Kappers et ao., 1990). Não creio que isto tenha sido por uma falta de motivação ou cansaço se for o caso, como algumas vezes se expôs como uma explicação para o efeito de declinação, pois foi conhecida a grande resistência de Stepanek, a quem nunca se viu cansado fisicamente. Nem sequer podemos tomar em sério a tentativa de Martin Gardner de explicar como Stepanek poderia tê-lo levado a cabo em forma fraudulenta (Gardner, 1989). Se realmente fora um enganador devia ter aperfeiçoado a técnica à medida que adquiriu mais prática. Qualquer que seja a explicação desse longo período de declinação de suas faculdades, deve ser seguramente uma explicação mais profunda e verdadeira.

DOIS FALSOS AMANHECERES

Uma conseqüência dessas vicissitudes históricas é que, mais de uma vez, parece-nos estar parados no umbral de uma nova era em que a parapsicologia poderia chegar a ser maior de idade e finalmente, ganhar o reconhecimento universal. Em particular, impressionaram-me dois exemplos enquanto escrevia esta história. O primeiro se refere à fundação da Society for Psychical Research (SPR) de Londres em 1882; o segundo, à criação do Laboratório dirigido por Rhine na Universidade de Duke. O começo da SPR foi bastante modesto. Seu início se deveu ao generoso apoio financeiro dos espiritistas, os quais inicialmente se incorporaram como membros para que isto pudesse funcionar. Mesmo assim, rapidamente começaram a atrair a eminentes professores e científicos e a muitos outros notáveis da Inglaterra victoriana, e durante uma década pôde orgulhar-se por incluir em seu Conselho não menos de oito membros da Royal Society [de Ciências]. Mas o mais importante em suas relações públicas naqueles dias foi a grande produtibilidade, e o elevado nível de erudição mantido como o testemunham os antigos Proceedings (Atas) da SPR. Isto se deveu graças a uns poucos mais infatigáveis entusiastas entre quem se encontravam Myers, Gurney, Hodgson e Eleanor Sidgwick, que são as figuras mais destacáveis. Seus trabalhos incluem uma vasta coleção de casos espontâneos, teste com médiuns e psíquicos, experimentos de laboratório empregando hipnose, e bem mais. Particularmente Myers, desfrutou de uma reputação internacional e foi figura proeminente no primeiro congresso europeu de psicologia, pois, nos finais do século XIX, existia especialmente em França grande interesse pelo tema da dissociação, exemplificado pelos diversos automatismos inconscientes. Isto foi uma característica distintiva do trabalho de Myers com as médiuns sobre a que desenvolveu sua teoria do eu subliminal.

Em que se equivocou? Que fez que esta promissora iniciativa se frustrasse? Porquê os membros da sociedade não se incrementaram desde aqueles primeiros dias? Poderíamos ter uma resposta se recorremos a um artigo de William James (19091960). Posso dizer que James, inquestionavelmente, foi a figura mais brilhante que chegou a ser presidente da SPR (durante o período 1894-95), ainda que seu maior aporte neste campo, a meu parecer, foi o de ter descoberto a incomparável Leonora Piper, a quem agradava chamar sua "white crow" [corvo branco], quem fora de toda dúvida, convenceu-o da realidade do fenômeno psíquico. Num artigo escrito em 1909, recorda um encontro com Henry Sidgwick, o primeiro presidente da Sociedade, que morreu em 1900:

"Como todos os fundadores, Sidgwick esperava sucessos assegurados nos resultados; e lhe escutei dizer, um ano antes de sua morte, que se alguém lhe tivesse manifestado em seu começo, que vinte anos depois teria tantas perguntas como ao princípio, poderia julgar à profecia como incrível. Parecia impossível que toda esta evidência pudesse apresentar resultados finais tão pobres." (James, 1909, p.310)

James então procedeu a discutir suas próprias experiências das que, diz-nos, foram similares às de Sidgwick:

"Durante 25 anos estive ao tanto da literatura da investigação psíquica e tive contato com numerosos pesquisadores. Também dediquei bastante horas... a presenciar os fenômenos. Não estou teoricamente além do que estava quando comecei e estou disposto a crer que o Criador teve eternamente em mira esta parte da natureza como uma perfeita pergunta permanentemente, incitando nossa curiosidade e nossas expectativas e suspeitas, todas em sua justa medida; assim que, ainda que fantasmas, clarividências, raps, e mensagens dos espíritos estejam sempre existindo, e nunca possam ser explicados no todo, não poderão ser em si mesmos susceptíveis de uma corroboração total (James, 19091960, p.310).

James não foi pessimista ou derrotista por natureza, e penso que suas palavras refletem o que muitos devem ter sentido em seu tempo. Ainda que comparado com o nosso, não parece ter tido uma ausência de fenômenos para estudar. A SPR esteve por então preocupada no famoso caso das "correspondências cruzadas". Mas foi possível só pela disponibilidade de um sem número de dotados automatistas, a maioria dos quais não eram médiuns profissionais em absoluto, senão pessoas cultas e inclusive mulheres universitárias, como Margaret Verral e sua filha Helen, a respeito de quem não vimos a ninguém que se lhes pareça.

Prossigamos e consideremos o caso da "Revolução Rhine". Em 1933, J.B.Rhine produzia uma monografia titulada Extra-Sensory Perception [Percepção Extrasensorial], a qual incluía as investigações parapsicológicas levadas a cabo durante vários anos. Rhine lhe enviou a monografia a W.F.Prince, presidente por então da Boston Society for Psychical Research e um de seus principais mentores. No entanto, Prince talvez não teve idéia da importância deste relatório, já que em 1934 se a editou numa tiragem de tão só 900 cópias. Ao ano seguinte, Bruce Humphries de Boston, um editor comercial, tomou o livro e o lançou ao mercado literário. Penso que se pode dizer que nenhuma outra publicação na história da parapsicologia ou a investigação psíquica conseguiu tantos elogios e gozar de tão ampla circulação. Os jornalistas de ciência em América escreveram entusiastas artigos a respeito de Rhine na imprensa nacional e os Departamentos de Psicologia em todos os Estados Unidos, solicitaram estes inovadores testes de adivinhação de naipes que, vá casualidade, tinham o estilo que a psicologia americana estava adotando naquele tempo em todos lados. De seguro, se teve um avanço sensacional em parapsicologia isto pode sê-lo. Mas, que sucedeu? qual foi o erro?

Uma breve resposta seria que o fenômeno não era facilmente acessível. Rhine considerava quase como um artigo de fé à ESP como um dom universal -todos nós a temos num pequeno grau pois por onde se veja, deveria classificar-se como um efeito estatístico. Ademais, suas experiências iniciais com estudantes voluntários na Universidade de Duke pareciam confirmar esta suposição. Não cabe dúvida que seus primeiros resultados poderiam ser desatendidos devido às condições pouco rigorosas de observação que então prevaleciam, mas em sua monografia há citados não menos de oito indivíduos que foram capazes de manter-se à margem da casualidade, sob condições seguras de observação, durante um período bastante extenso, e conseguir totalizar pontuações significativamente superiores ao nível da casualidade. Esses resultados não podem deixar-se facilmente de lado. Dos sujeitos mencionados, o mais sobressalente foi Hubert Pearce, um estudante de teologia de Duke. Eu creio que ninguém fez mais para confirmar a legitimidade da atuação de Pearce do que o argumento ridículo do que Marck Hansel esteve impulsionado a inventar para desacreditá-lo (Hansel, 1966). Mas, porquê teve tão poucos "Hubert Pearces" e inclusive resultados similares em outras universidades? e porquê foi Rhine incapaz de descobrir outro "Hubert Pearce"? Não tenho a resposta a ambas perguntas, mas duvido que possamos aperfeiçoar muito a explicação oferecida por Rhine no prólogo que escreveu para a edição de 1964 de Extrasensory Perception. Rhine afirma que existia, nesse tempo e lugar, um excepcional fervor e um espírito de equipe como não os teve em outros momentos que o igualasse, seja ali ou em qualquer outro lado. Se Rhine foi exato, talvez poderia proporcionar-nos um dos indícios aos reiterados "falsos amanheceres" da parapsicologia nos que pus um cuidadoso atendimento. Qualquer seja a razão, podemos voltar com posterioridade a isto. Ao que parece, as manifestações psi são situações dependentes num nível que tem poucos paralelos em psicologia. Em realidade, poderia ir muito mais longe ao ponto de dizer que esta conclusão poderia ser a maior lição de todas.

Esta Revolução Rhineana teve dois principais objetivos. O primeiro foi demonstrar, a satisfação de toda a comunidade científica, a existência da ESP -uma realidade para o mesmo Rhine que nunca vacilou em negar. O segundo objetivo foi fazer à parapsicologia academicamente respeitável. Rhine confiou em isto e o conseguiu levando o paranormal fora do escuro quarto de sessões (sua desafortunada briga com a médium Margery lhe deixou uma impressão indelével) e na clareza de um laboratório, se poderia dizer que Rhine rendeu culto à ciência. Esta ocupou o lugar de Deus depois que teve perdido a fé religiosa de sua juventude, ainda que sua mãe confiou em que poderia chegar a ser um sacerdote. Inclusive, quando Rhine morreu em fevereiro de 1980, estes dois originários objetivos estiveram muito próximos a cumprir-se. Por um lado, o golpe baixo dos céticos juntou forças momentaneamente e muitos eminentes cientistas estiveram prestando seu apoio à nova organização cética, CSICOP (Committee for the Investigation of Claims of the Paranormal [Comitê para a Investigação dos Supostos Fenômenos Paranormais]), fundada em 1976. Por outro lado, o ocultismo popular e a moda "New Age" [Nova Era] não jogaram luz a estes estudos para o público em geral, fazendo ainda mais difícil à parapsicologia poder oferecer uma informação responsável.

O PROBLEMA DA FRAUDE

Os científicos delinqüentes não são nada novo na história, e não creio, apesar dos casos de W.J.Levy no Laboratório de Rhine e de S.G.Soal em Inglaterra, que obtiveram ampla publicidade, que a parapsicologia tenha chamado a atenção porque estes renegados tenham tido participação. O indiscutível é que a parapsicologia é, por razões óbvias, bem mais vulnerável do que as ciências convencionais, aos nefastos efeitos de tais escândalos. Em ambos casos, a única graça salvadora é que os próprios parapsicólogos foram quem denunciaram aos delinqüentes. Com o tempo, no entanto, o que causou mais dano à imagem da parapsicologia foi a confusão criada pelos falsos dotados, aqueles pseudo-psíquicos que deliberadamente pretenderam enganar aos pesquisadores e algumas vezes conseguiram seu intento. Como devemos atuar para evitar estes abusos?

Sustentaram-se diferentes conclusões de parte de diferentes figuras de prestígio com respeito a esta particular lição de história. Alguns parapsicólogos que conheço são arredios a tomar qualquer aparente psíquico conhecido, preferindo trabalhar com voluntários anônimos que não têm caprichos nem grandes pretensões, não exigem um tratamento especial e em quem se pode confiar e se submeterão humildemente a qualquer condição que se lhes imponha. Ainda se, ao final do dia, suas médias poderiam não ser muito significativas. No entanto, eu o prefiro de uma maneira diferente. Crendo -como o faço- que a capacidade psi é tão rara como valiosa, penso que nos arriscamos a perder fazendo caso omisso a isto, já que poderia ser difícil de enfrentar.

Sem dúvida, se alguém pudesse dizer com certeza que um indivíduo determinado é autêntico ou uma fraude, a situação poderia bem mais simples. Mas a história sugere que alguns dos mais talentosos atores são os que aprendemos em chamar "casos mistos". Com freqüência, Eusapia Palladino é mencionada como um clássico exemplo desta categoria (Beloff, 1991) mas em realidade, mais ou menos todas as médiuns físicas, desde a irmãs Fox em adiante, foram detectados em fraude e, do mesmo modo, Eva Carriere ou Margery também deram motivos de sobra para a suspeita. Uma conseqüência disto é que a SPR, promovida por Hodgson e Podmore, determinaram que a mediunidade física era mais incômoda que meritória. Daqui por diante, algumas promissoras médiuns como Mrs.Leonard foram dissuadidos a comprometer-se em isto. Como resultado desta política, a maioria dos melhores trabalhos com as médiuns físicas neste século foi os realizados no Instituto Metapsíquico de Paris.

A MATERIALIZAÇÃO

A risco de comover a alguns dos parapsicólogos mais ortodoxos, me agradaria dizer algo sobre a controvertida questão da materialização. Penso que todos podemos estar de acordo no fato de que existiu certa forma de materialização completa, e este fenômeno poderia ultrapassar qualquer outra classe de fenômeno paranormal conhecido em toda a investigação psíquica. Depois de tudo, nada poderia ser mais incrível do que a existência de um ser que durante uma sessão pode falar, caminhar, e aparecer (completamente vestido) como se fosse uma pessoa viva. Em conseqüência, não poderia culpar a ninguém por considerar que em realidade não existe um só caso genuíno de materialização como isto. No entanto, ninguém poderia negar que existe na literatura, alguns relatos um pouco enigmáticos que pudessem sugerir o contrário.

Um ano depois das famosas sessões de Nápoles, em outubro de 1909, Hereward Carrington publicou um artigo no jornal americano McClure’s Magazine titulado "Eusápia Palladino: O Desespero da Ciência". Hoje em dia, Palladino não é considerada como antes, uma médium de materialização. Se ela foi capaz de fazer levitar uma pequena mesa sem utilizar seus pés ou suas mãos, ou pôde fazer que as cortinas ou sua saia ondulassem num quarto fechado, os pesquisadores ficaram satisfeitos. Todas estas materializações, que ela gerou em certas ocasiões foram de muito pouco valor, em sua maior parte. Não obstante, não sempre parece ter sido assim. Neste artigo, Carrington relata este curioso episódio a respeito de um membro do Institut Geral Psychologique [Instituto Geral de Psicologia], M. Yourievitch que desde 1905 até 1908, levou a cabo extensas sessões inconclusas com Eusápia. Algumas das luminárias da cena intelectual francesa, tais como Pierre e Marie Curie e Henri Bergson participaram nas sessões. Com respeito a Yourievitch, Carrington escreve:

"Seu pai tinha morrido faz alguns anos. Numa das sessões de Eusapia um corpo sólido ainda que invisível, tangível através da cortina se lhe acercou dizendo-lhe ser seu pai. Agora bem, seu pai tinha a peculiaridade de ter um dedo deformado: afiado em ponta e com uma unha deformada para adaptar-se ao dedo. M.Yourievitch perguntou a seu "pai" em russo -uma linguagem totalmente desconhecida para Eusápia- se podia pôr sua mão na argila úmida que se achava no gabinete, por trás da cortina. Depois de certo tempo, sendo a médium cuidadosamente sujeita e vigiada, enquanto, os pesquisadores pediram que se acendessem as luzes. Então, examinaram a argila no gabinete e encontraram a impressão de uma mão: o primeiro dedo mostrava marcas idênticas de deformidade como as que tinha seu pai morto." (Carrington, 1909, p.662)."

Que se pode pensar de semelhante história? Está Carrington tratando de pôr-nos uma corda ao pescoço? Ou está correndo o risco de ser exposto ante o mundo como um mentiroso podendo alguém acusá-lo? Ou quiçá Yurievitch inventou todo o incidente só para ver como Carrington mordia o anzol? E se assim fora, que podemos dizer do eminente psiquiatra e criminalista italiano Lombroso? Em seu livro a respeito de Palladino, Lombroso descreve a materialização completa de sua própria mãe (Lombroso, 19091988). Também informa que Morselli, o Diretor de uma clínica psiquiátrica de Génova, que levou a cabo o que foi, creio, a mais extensa série de teste com Eusapia nunca antes realizada, que fora publicada em dois volumes, teve igualmente um encontro com sua mãe durante uma sessão -muito a seu pesar, já que, segundo Lombroso, Morselli não era precisamente um espiritista. Inclusive, Lombroso relata que Bozzano, outro pioneiro da investigação psíquica italiana, teve uma vez um encontro com sua longínqua mulher numa sessão. Ao longo de sua vida, Bozzano tinha tido um longo litígio com ela, e era a última pessoa a quem ele tivesse querido encontrar! Ainda falando-lhe num dialeto genovês que Eusapia, uma napolitana, não pôde ter conhecido. Por suposto, tudo isto é um rumor. Honestamente, não estamos obrigados a acreditar em todas estas histórias, mas deveríamos perguntar-nos porquê tantos acadêmicos disseram a mesma mentira sem razão aparente!

Voltarei a uma evidência mais interessante de materialização completa. Em 1924, certo F.W. Pawlowski, um americano de descendência polaca que era por então professor de Engenharia Aeronáutica na Universidade de Michigan, foi um fim de semana a Europa e participou numa sessão em Varsóvia oferecida pelo médium Franek Kluski. Pawlowski escreve suas observações num artigo que publicou no Journal of the American Society for Psychical Research (Pawlowski, 1925). ("Franek Kluski", agora sabemos [ver Weaver, 1992] foi o pseudônimo de Teofil Modrzejewski, um banqueiro, foi também escritor, jornalista e um poeta de certa fama). Quase acidentalmente, depois de assistir a umas sessões da médium Jan Guzik, descobriu que possuía o dom da mediunidade como seu pai. Ainda que nunca fez uso destes dons com fins mercantilistas, inclusive sabendo que era talvez, o mais notável médium de materialização de todos os tempos. Uma das mais extraordinárias características de suas sessões foi o grande número de diversas aparições que invadiam permanentemente o quarto onde se realizava a sessão, fazendo estas muitas vezes travessuras e falando diferentes idiomas. Ocasionalmente, observaram-se estranhas aparições de pássaros e mamíferos. Por suposto, tudo isto sucedeu com uma iluminação muito tênue, ainda que a maioria dos fantasmas são descritos como seres com luminosidade própria. Mas o mais estranho, é que apareciam de um tamanho menor do que tiveram em vida, atingindo o tamanho de um adulto normal à medida que decorria a sessão, ganhando o médium em energia.

Pôde ter sido uma alucinação de Pawlowski tudo isto? De fato não é admitido como uma possível explicação pois cabe a possibilidade que o médium empregasse engenhosas estratagemas. Durante as sessões de Kluski era comum pedir às aparições que submergissem suas mãos em cera de parafina líquida. Então quando a cera se esfriava, podia tomar forma numa luva de não mais de um milímetro de espessura. Um ser humano não pode livrar-se de uma luva sem deformá-la, mas como um fantasma pode desmaterializar-se, poderia ser capaz de abandonar um molde vazio e avariado quando se desmaterializa. E isto é o que os fantasmas de Kluski tiveram a gentileza de fazer. Depois, pode-se verter sulfato de cal na luva vazia e assim obter-se um molde de gesso. Estes moldes mostram uma minuciosa textura e as marcas de pele de uma mão humana. E para certificarem-se precisamente de que não pudesse substituir-se alguma outra luva em nenhum momento das sessões, adicionavam-se certos produtos químicos à parafina líquida como a colestrina, sem que o médium ou os assistentes o soubessem, especialmente nas sessões dirigidas por Geley em Paris.

Felizmente, alguns desses moldes de gesso foram conservados até hoje. A maioria deles estão no Institut Metapsychique International de Paris, mas vi algumas mostras na SPR de Londres, e há muitas ilustrações no livro de Geley (19271975). Alguns dos moldes de Kluski são muito complexos, mostrando as duas mãos entrelaçadas. Outra curiosa característica de alguns moldes é que, ainda que têm as dimensões da mão de uma pessoa adulta, têm o tamanho das mãos de um menino -o qual coincide com as observações de Pawlowsky de que os fantasmas só se desenvolvem em seu tamanho normal durante o curso de uma sessão. Há uma passagem para o final do artigo de Pawlowski que é insuportavelmente sutil à luz de tudo o que se divulgou, ali o declara:

"Estou perfeitamente convicto que estamos no umbral de uma nova ciência e provavelmente de uma nova era. Para qualquer um, é impossível descartar ou negar estes fenômenos e é impossível também explicá-los por hábeis truques. Dou-me conta perfeitamente que é difícil para qualquer pessoa aceitá-los."

E umas poucas linhas mais abaixo agrega: "Aceitá-los significaria mudar completamente nossa atitude para a vida e a morte, forçando-nos a revisar todas nossas ciências e nossa filosofia" (Pawlowski, 1925, p.503).

Bem, até aqui conhecemos demasiado bem o que atualmente se divulgou. Kluski ofereceu sua última sessão em 1926, depois de só sete anos de atividade mediúnica, morreu em 1942, aos 70 anos. Não se viu nem remotamente nada parecido outra vez (senão, ver Beloff & Playfair, 1993). Hoje nossas esperanças estão centradas, não em indivíduos excepcionais como Kluski, senão na excelente criatividade metodológica de nossos principais pesquisadores, quem, apesar de sua falta de fundos, se esforçam para conseguir progressos, conquanto não espetaculares, se bastante seguros. Com tudo, não creio que se possam minimizar as investigações de hoje em dia, se dissesse que qualquer engenhosa iniciativa fora capaz de render dividendos indefinidamente. Porquanto, se há uma lição que a história deveria ter-nos ensinado, é que o centro da questão é a inovação, e que a rotina pode resultar fatal para conseguir sucesso.

CONCLUSÕES

Se nós aceitarmos a interpretação cética e enfocarmos a história da parapsicologia como nada mais que uma sucessão de sucessos e de fracassos, então assim poderiam explicar-se o paulatino desaparecimento dos fenômenos. De tanto em tanto, os pesquisadores responsáveis que chegam a topar-se com algum conjunto especial de fenômenos paranormais, costumam ser desacreditados, e a comoção se dilui até que um novo conjunto de impostores, com um novo repertório de fraudes chega a primeiro plano e o ciclo se repete.

Uma imperfeita interpretação cética fracassou por não oferecer nada preciso e plausível, nem uma contra-hipótese normal aos diferentes casos como os que mencionei, e que são os que compõem nossa história. Isso faz que devamos considerar outras possibilidades, não obstante algo trazido dos cabelos, para explicar este efeito de paulatino desaparecimento nesta história sobre a que tenho um cuidado especial. Me agradaria, para finalizar, propor a seguinte idéia.

Poderíamos dizer que um fenômeno paranormal representa uma violação à ordem natural, conquanto a natureza parece reagir ante tais violências da mesma maneira que nossos corpos reagem ante uma infecção. Portanto, inclusive se nós pudéramos por um momento conseguir ser mais astutos, a natureza se vingaria e teríamos que começar um novo rumo. Não há dúvida que isto soa muito antropomórfico -algo bem como dizer que a natureza abomina o vácuo- mas prossigamos com o tema. Imaginemos a importância desta violação ou infecção, a natureza vigorosamente se esforçará por reacomodar o status quo.

Portanto, podem-se deduzir dois envolvimentos deste modelo. Primeiro, poderíamos predizer que cada novo fenômeno ou cada nova investigação em parapsicologia provavelmente prosperará, se de algum modo, a natureza teve a possibilidade de reunir seus defesas. Em tal caso desaparecerá gradualmente, deixando só um rastro de dúvida, de confusão e de suspeita.

Segundo, poderíamos deduzir quanto tempo perdurará a debilidade do fenômeno em questão, através do mínimo desvio da norma que isto representa. Nesta analogia com a imunologia sabemos que os organismos estranhos, bacilos, ou o que sejam, podem sobreviver indefinidamente nos tecidos de um corpo são, informando-nos que se disseminaram o suficiente como para enganar ao sistema imunológico e fingir que não existe uma ameaça para o sujeito que os leva. Portanto, poderíamos predizer uma longa vida para o fenômeno psi no laboratório, ainda quando existem muitas inovações que devessem ser consideradas.

Intuitivamente, teria que tratar de ordenar a diversidade de fenômenos paranormais dentro de uma hierarquia de acordo ao grau em que alteram o status quo. Deste modo, numa escala de valores, as materializações completas poderiam assinalar o ponto mais alto, enquanto a micro-PK de um RNG, poderiam representar o ponto mais baixo. As respostas livres de ESP adequadas poderiam ocupar uma posição entre ambos extremos, e o ponto central que procuro assinalar aqui é que não importa com que fenômeno em particular nós estamos enfrentando. É em vão esperar que possamos chegar à fórmula perfeita que, se nos aderimos sinceramente, poderia garantir-nos um resultado exitoso. A repetibilidade em nosso campo nunca pode ser absoluta. Em mudança, devemos reconhecer que estamos imersos numa batalha de talento contra as conservadoras forças da natureza, e o sucesso sempre dependerá em que durante nossa existência sejamos capazes de estar um passo mais adiante.

Em todo caso, estas são as lições que depois de uma cuidadosa análise, tenho de minha leitura de nossa história. Ofereço-a a consideração de meus leitores.

REFERENCIAS

Beloff, J. (1991) Once a cheat always a cheat? Eusapia Palladino revisited. Proceedings of the Presented Papers: The 34th.Annual Convention of the Parapsychological Association.

Beloff, J. (1993) Parapsychology: A Concise History. New York: St.Martin’s Press.

Beloff, J. & Playfair, G.L. (1993) Peixotinho: A Latter-Day Brazilian Klusky? Journal of the Society for Psychical Research 59, Pp.204-206.-

Carrington, H. (1909) Eusapia Palladino: The Despair of Science. McClure’s Magazine 33, Pp.660-675.-

Gardner, M. (1989). How Not to Test a Psychic. Buffalo, NY: Prometheus.

Geley, G. (19271975) Clairvoyance and Materialization: A Record of Experiments. New York: Arno.

Hansel, C.E.M. (1966) ESP a Scientific Evaluation. New York: Scribner’s.

James, W. (19091960) The final impressions of a psychical researcher. En G.Murphy & R.D.Ballou (Eds.) William James on Psychical Research (pp.309-325). New York: Viking.

Kappers, J. Akkerman, A.E. van der Sidje, P.C. & Bierman, D.J. (1990) Resuming work with Pavel Stepanek. Journal of the Society for Psychical Research 56, Pp.138-147.-

Lombroso, C. (19091988) After Death -What? (con una Introduccion de Colin Wilson). Wellingborough, Northants: Aquarian Press. Pp.68-69.-

Pawlowski, F.W. (1925) The mediumship of Franek Kluski of Warsaw. Journal of the American Society for Psychical Research 19, Pp.481-504.-

Radin, D.I. & Ferrari, D.C. (1991) Effects of consciousness in the fall of dice: A meta-analysis. Journal of Scientific Exploration 5, Pp.61-83.-

Weaver, Z. (1992). The enigma of Franek Kluski. Journal of the Society for Psychical Research 58, Pp.289-301.-

(1) Traduzido do inglês por Jorge Villanueva.

*Doutor em Psicologia. Editor do Journal of the Society for Psychical Research. Professor adjunto de parapsicologia na Universidade de Edinburgo (Escócia).

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Botanico
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Re: Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Botanico »

Ei Turatti

Disse o seu querido Quevedo que um boletim espiritista Síntese, de Belo Horizonte, fazia a divulgação dos escritos do Amauri Pena. Só que não consegui achar nada sobre esse boletim em lugar nenhum. Na Internet só achei o que o seu Quevedo escreveu.
Daria para me dizer em que anos e volumes e onde posso achar esse tal boletim?
Diz logo, pois vou dar uma passada na Mário de Andrade e, se existir o tal boletim, quem sabe eu o ache por lá...

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Vá estudar!
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Mensagem por Vá estudar! »

Luiz Roberto Turatti escreveu:A T E N Ç Ã O ! ! !

Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Luiz Roberto Turatti escreveu:
Luiz Roberto Turatti escreveu:A T E N Ç Ã O ! ! !

Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Uff! Dá para transcrever o texto original pelo menos?
E dá para dizer onde estão os 50 livros que Amauri Pena escreveu? Um cara sincero seria capaz de apresentar obras de uma produção tão volumosa...
E dá para dizer que boletim espiritista Síntese é esse? Onde encontrá-lo e de preferência os volumes que tragam a divulgação dos escritos do Amauri?

Espero que suas revelações bombásticas tragam essas coisas, pois se for para repetir as mesmas ladainhas, então cante-as na suas igrejas católicas.

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Vá estudar!
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Mensagem por Vá estudar! »

Luiz Roberto Turatti escreveu:
Luiz Roberto Turatti escreveu:A T E N Ç Ã O ! ! !

Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Detalhes e frases bem claras de Amauri Penna explicando que Chico Xavier lia muito para imitar os estilos, que imitava por treino e capacidade, que era tudo farsa e ele um revoltado por não ter mais como recuar da farsa. Chico Xavier não rebateu. (Revista "O Cruzeiro")

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...

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Aurelio Moraes
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Mensagem por Aurelio Moraes »

Uma revisão crítica dos livros do Padre Quevedo

Taboas. A-M. (1993). Uma Revisão Crítica dos Livros do Padre Quevedo. Revista Brasileira de Parapsicologia. nº 2. (pp. 06-14)


Alfonso Martinez Taboas*



Os escritos e o trabalho realizados pelo Padre Oscar González Quevedo são muito conhecidos e divulgados tanto na Espanha quanto na América Latina. Além de ser autor de várias obras parapsicólogicas, é diretor do CLAP – Centro Latino Americano de Parapsicologia, em São Paulo.

Seus escritos, à primeira vista, impressionam por sua volumosa documentação e por oferecerem a seus leitores uma série de argumentos e observações que parecem esclarecer muito da confusão que impera nos fenômenos paranormais.

Dissemos "à primeira vista" porque, ainda sem negar que em suas obras se recompila uma abundante quantidade de trabalhos clássicos, se lhe fazemos uma revisão crítica e detida em seus argumentos e documentação, nos defrontaremos com algo que nos causa estranheza. O que pareciam ser citações fidedignas de documentos, em ocasiões não infreqüentes, são distorções dos originais; seus raciocínios se debilitam consideralvelmente ao nos depararmos com a sutileza com que usa diversas falácias; o que parecia ser uma conclusão irrefutável, ao tratar-se de verificá-las nos documentos citados, mostrou-se insustentável, devido ao manejo de documentos.

O fato de que nos livros de um autor que se tem em tão alta estima se encontrem freqüentes contradições, omissões, distorções, erros e falácias, não é fácil de se pensar. E mais, teria o leitor toda razão em exigir, sem ambigüidade nenhuma, a quem faz tal asserção, que apresente evidência clara e consistente de que isso é assim. É meu propósito, pois, apresentar ao leitor parte das inconsistências que tenho encontrado nos escritos de Quevedo.

Digo "parte", já que em meu fichário tenho listados, apenas do livro "As Forças Físicas da Mente", mais de 70 erros ou manejos indevidos de evidência. Os erros encontrados em "O que é Parpsicologia?" e " A Face Oculta da Mente", ainda que consideráveis, não alcançaram o número alarmante que encontramos em "As forças …".

O fato de que nos livros de um autor que se tem em tão alta estima se encontrem freqüentes contradições, omissões, distorções, erros e falácias, não é fácil de se pensar. E mais, teria o leitor toda razão em exigir, sem ambigüidade nenhuma, a quem faz tal asserção, que apresente evidência clara e consistente de que isso é assim. É meu propósito, pois, apresentar ao leitor parte das inconsistências que tenho encontrado nos escritos de Quevedo.

Digo "parte", já que em meu fichário tenho listados, apenas do livro "As Forças Físicas da Mente", mais de 70 erros ou manejos indevidos de evidência. Os erros encontrados em "O que é Parpsicologia?" e " A Face Oculta da Mente", ainda que consideráveis, não alcançaram o número alarmante que encontramos em "As forças …".

Esclareço que meu interesse em revisar a documentação apresentada pelo Pe.Quevedo vem se realizando desde o ano de 1972. Em 1973, publiquei privadamente o ensaio que entitulei "Katie King", onde faço constar que González-Quevedo, em mais de duas dezenas de ocasiões, manipula a evidência a seu gosto, além de cometer erros crassos. Entre os anos 1973-1976 publiquei privadamente mais três ensaios sobre as obras do Pe. Quevedo, de onde continuava o trabalho de investigação de suas fontes. Finalmente, em 1977 publiquei meu ensaio "Uma revisão crítica dos escritos de Oscar González Quevedo, S.J.", onde enumero 50 erros ou distorções do material do Pe.Quevedo

Sobre o material que me permitiu expôr uma continuação, decidi dividí-lo em cinco partes.

Estas são: contradições, omissões, distorções, erros e dogmatismo.

Às vezes sua classificação é díficil porque em um só parágrafo podem haver dois dos ditos fatores. Desejo, em último lugar, enfatizar e advertir que a dita lista não pretende ser exaustiva. Só nos adverte sobre a necessidade de nos acercarmos do material que nos apresenta o Pe.Quevedo com cautela e desconfiança. (nota: Enquanto não se indique o contrário, todas as referências são ao livro "As Forças Físicas da Mente".)

Contradições

1. Sobre o Médium Guzik, na página 159, tomo I, nos diz: "Otro gran médium que se presenta muchas veces como fraudulento, pero que tal vez deba entrar tambiém entre los que ‘al menos probablemente’ van en pro de la telecinesia real, es el polaco Jean Guzic." (página 162, tomo I, na edição em português: "Outro grande médium, que é muitas vezes apresentado como fraudulento, mas que se bem analisados os argumentos, ‘provavelmente’, ao menos, está em prol da telecinesia real, é o polaco Jean Guzik."). Na página 18, tomo II, esse "talvez" se converte em "creemos que sus qualidades parapsicológicas están fuera de duda". (página 325, tomo II, na edição em português: "cremos que suas qualidades parapsicológicas foram incontestáveis".) Evidência-se a divergência.

2. Na página11, tomo II, Quevedo alega que foi "só" em "o Círculo Minerva" que a médium Eusápia Palladino materializou figuras completas, "em vez das habituais mãos e membros rudimentares". (página 317, tomo II, na edição em português: "só neste círculo Espírita "e" em vez das habituais mãos ou membros rudimentares"). É o prórpio Quevedo quem desmente isso. Na página 181, tomo II, diz: "Todos os investigadores (de Eusápia AMT) estão de acordo que as aspirações de formas completas eram raríssimas. Em Nápoles, Visani viu uma forma muito grande de homem, mas era muito vaga. Maxwell viu em Agnelas uma silhueta negra…" (página 493, tomo II, na edição em português: "Todos os investigadores estão de acordo que as aparições de formas completas eram raríssimas. Em Nápoles, Visani viu uma forma de homem muito grande, mas era muito vaga. Maxwell viu uma silhueta negra em Agnelas…)

3. Ainda que nas páginas 80-87, etc., do tomo I, (páginas 88 a 92 na edição em português) diga que as irmãs Fox eram totalmente fraudulentas e defenda tenazmente sua posição, citando Crookes em outro capítulo (p.71) (página 75, tomo I, na edição em português), que sustenta que os fenômenos de Fox são genuínos, Quevedo concorda! O mesmo ocorre na página 240 e na 96 (242 e 84 na edição em português) onde novamente cita Crookes, dizendo que suas experiências de tiptologia são genuínas. E tal citação é precisamente de Crookes referindo-se a FOX!.


Omissões

1. Na página 83, tomo II, diz Pe.Quevedo, sobre a médium Cook: "Sintomaticamente também a médium nessa ocasião nem sequer está sentada no sofá como era seu costume, senão está agachada ou deitada no chão, para obrigar Crookes a se agachar…" A falsidade dessa alegação, engenhosa, por certo, é demonstrada examinando-se vários relatórios. Crookes, resumindo o caso King, diz: "Com frequência a tenho seguido à cabine e, às vezes, tenho visto as duas juntas, mas geralmente não tenho encontrado nada, exceto a médium em transe deitada no chão…" Mais tarde, disse Crookes, referindo-se às sessões em geral realizadas em sua casa: "Ao entrar na cabine, a senhorita Cook se deita no chão com a cabeça em uma almofada e logo cai em transe."

O Sr. Colemam, quando as viu juntas em outra sessão, e ao olhar dentro da cabine, disse: "…Tive muitas oportunidades de olhar dentro da cabine e vi Florie deitada no chão…"

Há mais citações, mas creio que estas bastam para desmentir a acusação do Pe. Quevedo.

2. González Quevedo, ao esboçar sua teoria da ectoplasmia, alega que essa misteriosa e controversa substância chamada ectoplasma, o máximo que pode conseguir é formar membros ou figuras "rudimentares" e "imperfeitas".

Sobre o médium D. D. Home, diz o Pe. Quevedo que "jamais poderia imputar um truque". E é sintomático que as ectoplasmias do bem-dotado Home sempre tenham sido rudimentares". Quevedo passa a fudamentar sua asserção citando extensamente a Sir William Crookes (p.281), onde parece demonstrar que as "mãos" que costumavam apresentar-se em suas sessões eram vagas e pouco precisas.

No entanto, é inquietante pensar por que o Pe.Quevedo não transcreveu o parágrafo seguinte do testemunho de Crookes, que é de sumo interesse e importância para fudamentar ou rejeitar sua teoria. Diz Crookes:

" Ao toque, a mão às vezes parece fria como o gelo e como morta; em outras ocasiões, sensível e animada, e aperta minha mão com uma pressão firme, da mesma forma como faria um velho amigo."

Não cremos que o Pe. Quevedo tenha sido muito afortunado em omitir este parágrafo. Justamente onde o próprio Crookes desmente as características que González Quevedo arbritariamente atribui ao ectoplasma!

Mais estranho ainda é notar que nas biografias de Home, tais como a de Burton ("Heyday of a Wizard") e a da senhora Home ("D. D. Home: his life and His Mission"), detalham-se observações parecidas com as de Crookes, onde o suposto ectoplasma tomou formas precisas e definidas, inclusive sensíveis ao toque. É difícil pensar porque o Pe. Quevedo omite toda essa documentação, ainda mais quando o faz seletivamente, como no caso de Crookes.

3. Em "A Face Oculta da Mente", páginas 356-357, o Pe.quevedo trata de desacreditar a hipótese espírita ao pôr na boca da senhora Piper, uma das mais renomadas médiuns mentais, o seguinte: "Não creio que os espíritos dos mortos falem por intermédio de mim quando estou em estado de trranse… A telepatia me parece mais plausível e a mais justa solução para o problema."

Essa citação é importante para a tese de Quevedo, e assim ele a afasta: "Ela mesma, como temos visto, auto-analisando-se, afirma que tudo quanto percebe está na memória inconsciente de alguém."

A "confissão" citada pelo Pe.Quevedo, para informação do leitor, apareceu originalmente no periódico "New york Herald" em 20 de outubro de 1901. É interessante notar que a própria senhora Piper desmentiu parcialmente a entrevista para o dito periódico. Isto o sabemos porque a senhora Piper declarou cinco dias depois ao "The Boston Adviser": "Eu não fiz nenhuma declaração como a publicada pelo New York Herald ao fato de que os mortos não me controlam… Minha opinião é hoje a que tem sido nos últimos dezoito anos. Pode ser que os espíritos tivessem me controlado, ou pode ser que não tenham feito. Confesso que não sei."

Ainda que haja indícios de que a senhora Piper não simpatizasse muito com a hipótese espírita, é um procedimento duvidoso ao máximo apresentar ao leitor a "confissão" de Piper do "New York Herald" sem advertir ao leitor da correção deste em "The Boston Adviser". E ainda mais quando o Pe. Quevedo dá tanto peso a isto.

4. Em "A face oculta da mente", González Quevedo alega que em todas as experiências realizadas com o clarividente Stepham Ossowiecki (e não Ossoviestzki, como aparece repetidamente em seu livro), os que escreviam a mensagem no envelope estavam presentes, o que não excluiria a Hiperestesia Direta do pensamento (HIP). Diz ele: "A todas podemos fazer as mesmas críticas: não se exclui plenamente a HIP. Em todas elas estavam presentes as pessoas cujos pensamentos Ossoviestzki devia (sic) ‘ler’".

Essas declarações de Quevedo só podem ser tachadas de "curiosas", já que o prórpio Dr. Gustave Geley, em sua obra "Clarividência e Materialização", dedica mais de 40 páginas aos experimentos realizados por ele ou outros, onde se fazia precisamente com que a pessoa que escrevia a mensagem não estivesse presente, e menos ainda dissesse o conteúdo de seu escrito a outros.

Assim, sua asserção de que em "todas" as experiências estava a pessoa é simplesmente falsa.


Distorções

1. O Pe.Quevedo trata de desacreditar o caso da senhora Piper, médium mental, não só omitindo-nos dados relevantes à sua avaliação, senão que, além disso, desacreditando seus investigadores. Assim por exemplo, nos diz de Lodge: "Lodge, que também fez experimentos com Piper, reconheceu (antes que o rude golpe não superado da morte de seu filho lhe debilitasse o sentido crítico e lhe fizesse inclinar-se ao espiritismo)…" (Veja "A Face Oculta da Mente", pp.355-356.)

Vejamos quão certo é isso. Sir Oliver Lodge manteve sessões com Piper desde 1889, e chegou a participar inclusive das sessões mais bem controladas. O filho de Lodge, de nome Raymond, morreu em 14 de setembro de 1915. No entanto, já em um Proceedings da Society for Phychical Reserch (parte 58, p.284) de 1909, seis anos antes da morte de seu filho, declarou Lodge:, "A antiga série de sessões com Piper me convenceram da sobrevivência, por razões que me seriam difíceis de formular, mas este foi seu efeito em mim." E, mais adiante, diz: "A hipótese da sobrevivência da personalidade… é a mais simples e a mais certa, e a única que se encaixa com tudo o que ocorreu."

A distorção a que se dá ao luxo o Pe.Quevedo, de querer fazer ver a Lodge como limitado criticamente pela morte de seu filho é outra das muitas que se dissipam ao conhecer e rebuscar as fontes originais.

2. Em "As Forças Físicas da Mente", tomo 2, páginas 181-186, Quevedo tenta analisar uma suposta materialização de uma menina que foi presenciada pelo investigador Harry Price, na Inglaterra. As acusações de Quevedo contra Price são sérias, chegando inclusive a dizer que Price inventou a citação da sessão e que " só enganou os que já estavam enganados…"

Quevedo alega que "nas mesmas expressões de Price se descobre o charlatanismo". Mas, quais são essas expressões? Bom, Quevedo faz notar que Price diz que haviam "onze pessoas" na sessão e assim o cita: "A sessão terminou. Estávamos presentes os onze." Torna-se óbvio que um só investigador não pode controlar tal conglomerado de gente.

Mas, se vamos à fonte original ("Fifty Years of Phychical Research", primeira edição), lemos algo muito diferente:

"Em unz quinze minutos, ‘Rosalie’ tinha-se ido. Eu não senti nem a ouvi sair, mas quando o relógio da sala tocou onze horas, a senhora X me informou que a sessão havia terminado."

Price não disse que havia tantas pessoas, se não as onze da noite em que tocou o relógio!

3. Outra "contradição patente" que Quevedo alega se encontrar no relato de Price, é que Price "havia colocado pó no pavimento para fixar as pegadas de qualquer pessoa que caminhasse pela sala; depois afirma que aparece uma menina de carne e osso… Não obstante, afirma que "o pó havia permanecido intacto! Em seu rancor, Price exagerou pensando que poderia rir dos investigadores da Sociedade de Investigações Psíquicas."

Mas aqui há uma distorção patente do sucedido, já que Price derramou amido "em frente à porta e à chaminé". Portanto: 1. É falso que o propósito era recolher marcas por toda a sala, como disse Quevedo; 2. Se Price espalhou amido só em frente à porta e à chaminé, não há nenhuma contradição em dizer que se ouviram passos no quarto e ˜não haver pegadas na porta e na chaminé.

O curioso de tudo isso é que sendo Quevedo quem comete a inconsistência e os erros, quer atribuí-los a Price como prova de que o relato era uma fraude de Price!

4. Outro exemplo claro onde pegamos o Pe.Quevedo em flagrante é em sua menção a uma sessão de Aksakoff com Florence Cook (tomo 2, pp70-71), onde Luxmoore e Aksakoff amarram a médium de forma pouco usual. De fato, tão extenso é o relato das amarras, que ocupam 110 palavras do testemunho de Aksakoff. O Pe.Quevedo, no relato que cita, não só omite todo o concernente às complicadas amarras como também, além disso, em uma parte do relato em que se faz imprescindível conhecer sobre estas, corta a oração sem nem sequer colocar as reticências. Comparemos os relatos:

QUEVEDO: "Encontrei-me na presença da médium sentada na poltrona, submersa em um profundo transe."

AKSAKOFF: "Encontrei-me então só e em presença da médium, que se encontrava sentada em uma poltrona em um profundo transe, com as mãos amarradas atrás de suas costas."

Omitindo parte desta oração, e todo o relato anterior das amarras, se distorce o propósito da sessão e fica fácil para o Pe.Quevedo explicá-la a seu gosto.


Erros

Erros de dados, datas, nomes, etc., são numerosos. Ilustraremos com três exemplos.

1. Na página 11, tomo 2, González Quevedo afirma que os componentes do Círculo Minerva, onde vários cientistas nobres se reuniam e faziam experimentos com Palladino, eram todos "espirítas declarados". Aqui há um grave erro, pois certamente nem Morselli nem Porro eram "espíritas". De fato, Lombroso em seu livro "After Death – What?" ataca fortemente a Morselli por seu anti-espiritismo. Porro, em sua famosa declaração, especificou claramente que não aceitava a hipótese espírita. Outros dos que formaram o Círculo Minerva, como Vassallo, se converteram ao espiritismo em base às sessões, não antes.

2. Na página 90, tomo 2, Quevedo resume dizendo que Crookes abandonou a hipótese espírita rapidamente em seus estudos. Aqui há um erro, pois sabemos bem que Crookes morreu acreditando no Espiritismo e acreditando que havia se comunicado com sua esposa. Veja o estudo de Medhurst e Goldney, em que se demonstra isto através de cartas.

3. O Pe.Quevedo, ao começar a analisar a mediunidade de Compton, na página 97, cita: "Minha primeira sessão com a médium aconteceu na noite de 20 de fevereiro de 1874."

No entanto, o original diz: "Minha primeira sessão com a médium aconteceu na noite de 30 de janeiro." Incrível, mas certo. E advertimos que usamos a primeira edição, como o Pe.Quevedo. (Veja o livro "People From the Other World", de Olcott.)


Dogmatismo

O dogmatismo marcado do Pe.Quevedo se reflete em todas as suas obras. Aquele com quem não combina é titulado, com frequência, de "um enganado", "espiríta" e "anti-científico". Muitas de suas conjecturas perdem essa qualidade ao virar-se umas páginas mais adiante em fatos estabelecidos.

Prova disso não é difícil de se oferecer. Por exemplo, no tomo I, página 287, se diz: "os fenômenos parapsicológicos não são nem podem ser do "além" (a não ser raramente, por força divina apenas)."

Em seu livro " O que é Parapsicologia", página 113, diz que "outra das principais conclusões da Parapsicologia teórica é a confirmação de que não há comunicação natural entre os vivos e os mortos".

Nesse mesmo livro(p.116), diz que o "Milagre de Fátima" foi uma alucinação divina. "É o selo divino para confirmar que as alucinações eram verdadeiras, de origem sobrenatural."

E na página 109 diz que as profecias da Bíblia têm sido "cientificamente" provadas. Diz este: "Trata-se de Deus, é fenômeno sobre-humano."

Que tem a dizer sobre tudo isso um parapsicólogo que estime de alguma forma a ciência? Primeiro que tem que esclarecer que o Pe.Quevedo ao dizer que "a Parapsicologia teórica" tem rechaçado o Espiritismo, só está expressando sua opinião particular. Como bem assinala Rogo: "Atualmente não há opiniões reconhecidas em geral na Parapsicologia sobre a sobrevivência após a morte."

Segundo, sua insistência de que "Deus", "a Virgem" e a "Ordem Sobrenatural", têm se manifestado abertamente, e que isto está "cientificamente" demonstrado, é mais uma asserção teológica e apressada, que científica. Em nenhum de seus livros encontramos nem sequer as razões mínimas para conter ditas informações tão categóricas. No entanto, disse-nos que estão "provadas", e nada menos que pela ciência!

Da mesma forma, outras muitas conjecturas, as quais costumam passar como "princípios" e "leis" sobre como deve atuar o ectoplasma, os limites da percepção extra-sensorial, etc., não nos parecem estar fundadas na razão e em firme documentação.


Conclusão

A obra de Quevedo não é fácil de ser julgada. Por um lado, seus conhecimentos sobre a história da Parapsicologia parecem ser vastos e impressionantes. No entanto, há razões mais que suficientes para concluir que Quevedo utiliza tal conhecimento para justificar seus fortes preconceitos ideológicos e teóricos, os quais evidentemente guardam certo compromisso com determinadas doutrinas da Igreja Católica. Portanto há, justificativa suficiente para rotular o Pe.Quevedo não como parapsicólogo, mas sim como um autor proselitista que deseja impulsionar de maneira desmedida sua ideologia católica. De certa forma, vemos uma analogia entre Sir Arthur Conan Doyle e o Pe.Quevedo. Sir Conan Doyle tinha um grande conhecimento histórico da investigação psíquica (veja seu livro "The History of Spiritualism"), mas seu compromisso ideológico com o Espiritismo era de tal magnitude que dificilmente poderíamos defender que sua postura era a de um parapsicólogo: era mais um proselitista sofisticado e astuto.

Tratadistas como Gillispie (1958), Russel (1930) e White (1896) enfatizaram que a história da ciência conta com inumeros exemplos de como uma ideologia religiosa implacável e apaixonada como a de Quevedo costuma ser incompatível com o espírito cientifíco. Na ciência, as conclusões costumam expôr-se como tentativa e sempre tendo em conta a falibilidade que tanto Popper (1962) enfatizou. Para o Pe.Quevedo, no entanto, a ordem do dia são as declarações categóricas, a formulação de "leis" arbitrárias e a impaciência e o desdém ante autores e investigadores que defendem posturas diferentes às dele. É óbvio que seu proceder o desarraiga do campo da Parapsicologia científica.

Isto que assinalamos também tem sido notado por outros autores. Por exemplo, Hess(1987) indicou recentemente que " Oscar Gonzalez Quevedo reinterpretou a Parapsicologia dos Estados Unidos e da Europa à luz da doutrina da Igreja Católica… para obstaculizar as bases científicas do Espiritismo, da Umbanda e das religiões afro-brasileiras"(p.26).

Além disso, Rueda (1991) em um artigo recente no Journal of Parapsychology, faz o importante assinalamento de que Quevedo "tem usado a Parapsicologia como uma arma ideológica em uma briga para marcar sua perspectiva conceitual particular… De fato, para atingir suas metas, o Pe.Quevedo tem distorcido a Parapsicologia em seus livros, querendo, a maior parte do tempo, acomodar dogmas católicos à sua conveniência"(p.183).

Ainda que seja certo que a ideologia permeie toda atividade científica (Longino, 1990), no caso de Quevedo esta toma uma primazia quase absoluta, ficando marcadamente afastado em suas obras o espírito crítico, a falibilidade e a tolerância que deve caracterizar o esforço de toda pessoa que valorize a atividade científica (Popper, 1962). Em vez disso, no Pe.Quevedo encontramos o tratadista escolástico, que crê que a crítica e o trabalho de cadeira são suficientes para modelar uma determinada disciplina.

Neste artigo demonstramos, precisamente, as conseqüências nefastas que os compromissos ideológicos têm sobre o intelecto humano. O Pe.Quevedo, em seu entusiasmo por defender suas idéias particulares, demonstra pouco cuidado no momento de citar os textos, acomoda as citações à sua conveniência e, sobretudo, seu estilo e a maneira de apresentar casos e evidências o distanciam consideralvelmente de qualquer pessoa que de algum modo estime a Parapsicologia como uma disciplina científica.

É penoso dizer, mas o que poderia ter sido uma contribuição científica, de erudição, de análise rigorosa e imparcial, se converteu em um trabalho inconsistente, de credibilidade duvidosa, palpavelmente dogmático e onde o preconceito e o a priori personalista jogam uma parte tão proeminente.



Prof. Dr. Alfonso Martinez-Taboas*
Psicólogo Clínico Porto Riquenho,
Professor de Pós-Graduação em Psicologia


http://www.pesquisapsi.com/index.php?op ... ew&id=2265

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Aurelio Moraes
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Re.: Amauri Xavier Pena

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TURATTI NÃO RESPONDE PORQUE SABE QUE QUEVEDO É DESONESTO E MENTE. TURATTI ACOBERTA AS MENTIRAS DO QUEVEDO. QUEM CALA, CONSCENTE.
TURATTI CONHECE AS MENTIRAS DE QUEVEDO, POR ISSO NADA FALA.

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Re.: Amauri Xavier Pena

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“A Liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras”. (Carlos Drummond de Andrade)

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Luiz Roberto Turatti escreveu:
Luiz Roberto Turatti escreveu:
Luiz Roberto Turatti escreveu:A T E N Ç Ã O ! ! !

Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Detalhes e frases bem claras de Amauri Penna explicando que Chico Xavier lia muito para imitar os estilos, que imitava por treino e capacidade, que era tudo farsa e ele um revoltado por não ter mais como recuar da farsa. Chico Xavier não rebateu. (Revista "O Cruzeiro")

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...


Mas que piada!
Então um cara que era cego de um olho e tinha o cristalino deslocado no outro LIA MUITO? O Chico desmentiu isso:
_ Dizem por aí que sou um ávido devorador de livros, mas não é verdade, devido à minha deficiência visual. Esforço-me para ler coisas que me parecem interessantes, mas só neste caso.

Além disso, só no começo é que Chico escreveu alguma coisa de literatos, mas depois tal coisa diminuiu e passou a escrever livros mais afinados com o Espiritismo. Ou seja, algo bem estranho para quem lia MUITO para decorar estilos de autores...

E se Chico se manteve espírita até a morte, por que estaria REVOLTADO por não poder mais recuar da farsa? Que farsa? TECNICAMENTE, o que Chico escreveu dos ditos literatos nacionais SÃO PASTICHES. Não interessa se atribuiu a espíritos de literatos falecidos. São pastiches de qualquer maneira E TODO MUNDO (ATÉ VOCÊ) SABE QUE TAIS ESCRITOS SAÍRAM DAS MÃOS DO CHICO. Portanto não houve fraude (ou seja, Chico nunca disse que aqueles textos eram coisas inéditas, escritas por aqueles autores quando ainda vivos) e que ele descobriu por acaso.
NÃO HOUVE FARSA, PORTANTO, quanto ao PASTICHE. Se quis dizer que foi obra dos espíritos dos defuntos literatos, aí já é outra coisa, que serve para você rir e para os espíritas levarem a sério (ou não).

E finalmente os dois pesos e duas medidas:
1) Chico escreveu tudo aquilo e NUNCA disse que eram fraude e NINGUÉM PROVOU QUE ERA FRAUDE. Estou esperando você, o Encosto e quem mais de direito provarem que Chico era farsante.
2) Amauri confessou fraude e ACUSOU O TIO DE FARSANTE IGUAL A ELE. Mas vejam só que gozado: Amauri escreveu 50 livros de mais de 50 literatos, no estilo inconfundível deles, diversos textos etc e tal... mas NINGUÉM jamais viu tal vasta obra! Só isso basta para que eu veja em Amauri um tremendo dum mentiroso... mas para a sua fé católica, ele foi uma pessoa sincera e honesta, mesmo tendo sido um farsante.

Quer saber duma coisa? Amauri, com inveja do tio, TALVEZ tenha tentado dar uma de médium (estou esperando você me trazer os documentos que provem que Chico ou a FEB tenham proclamado o garoto como sucessor do tio, de tão bom psicógrafo que era...), mas como era um bêbado incompetente, NUNCA CONSEGUIU NADA. AÍ então surgiu essa possibilidade de ganhar algum jabaculê ou achar que impressionaria uma moça católica por quem se apaixonara e fez toda essa denúncia.

Enfim, até agora o que se sabe é que Amauri era um ladrão, desordeiro e bêbado. E até agora VOCÊ NÃO TROUXE QUALQUER DESMETIDO DISSO. Bela testemunha sua.

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Luiz Roberto Turatti escreveu:
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Luiz Roberto Turatti escreveu:A T E N Ç Ã O ! ! !

Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Detalhes e frases bem claras de Amauri Penna explicando que Chico Xavier lia muito para imitar os estilos, que imitava por treino e capacidade, que era tudo farsa e ele um revoltado por não ter mais como recuar da farsa. Chico Xavier não rebateu. (Revista "O Cruzeiro")

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...


Mas que piada!
Então um cara que era cego de um olho e tinha o cristalino deslocado no outro LIA MUITO? O Chico desmentiu isso:
_ Dizem por aí que sou um ávido devorador de livros, mas não é verdade, devido à minha deficiência visual. Esforço-me para ler coisas que me parecem interessantes, mas só neste caso.

Além disso, só no começo é que Chico escreveu alguma coisa de literatos, mas depois tal coisa diminuiu e passou a escrever livros mais afinados com o Espiritismo. Ou seja, algo bem estranho para quem lia MUITO para decorar estilos de autores...

E se Chico se manteve espírita até a morte, por que estaria REVOLTADO por não poder mais recuar da farsa? Que farsa? TECNICAMENTE, o que Chico escreveu dos ditos literatos nacionais SÃO PASTICHES. Não interessa se atribuiu a espíritos de literatos falecidos. São pastiches de qualquer maneira E TODO MUNDO (ATÉ VOCÊ) SABE QUE TAIS ESCRITOS SAÍRAM DAS MÃOS DO CHICO. Portanto não houve fraude (ou seja, Chico nunca disse que aqueles textos eram coisas inéditas, escritas por aqueles autores quando ainda vivos) e que ele descobriu por acaso.
NÃO HOUVE FARSA, PORTANTO, quanto ao PASTICHE. Se quis dizer que foi obra dos espíritos dos defuntos literatos, aí já é outra coisa, que serve para você rir e para os espíritas levarem a sério (ou não).

E finalmente os dois pesos e duas medidas:
1) Chico escreveu tudo aquilo e NUNCA disse que eram fraude e NINGUÉM PROVOU QUE ERA FRAUDE. Estou esperando você, o Encosto e quem mais de direito provarem que Chico era farsante.
2) Amauri confessou fraude e ACUSOU O TIO DE FARSANTE IGUAL A ELE. Mas vejam só que gozado: Amauri escreveu 50 livros de mais de 50 literatos, no estilo inconfundível deles, diversos textos etc e tal... mas NINGUÉM jamais viu tal vasta obra! Só isso basta para que eu veja em Amauri um tremendo dum mentiroso... mas para a sua fé católica, ele foi uma pessoa sincera e honesta, mesmo tendo sido um farsante.

Quer saber duma coisa? Amauri, com inveja do tio, TALVEZ tenha tentado dar uma de médium (estou esperando você me trazer os documentos que provem que Chico ou a FEB tenham proclamado o garoto como sucessor do tio, de tão bom psicógrafo que era...), mas como era um bêbado incompetente, NUNCA CONSEGUIU NADA. AÍ então surgiu essa possibilidade de ganhar algum jabaculê ou achar que impressionaria uma moça católica por quem se apaixonara e fez toda essa denúncia.

Enfim, até agora o que se sabe é que Amauri era um ladrão, desordeiro e bêbado. E até agora VOCÊ NÃO TROUXE QUALQUER DESMETIDO DISSO. Bela testemunha sua.

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Luiz Roberto Turatti escreveu:
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Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Detalhes e frases bem claras de Amauri Penna explicando que Chico Xavier lia muito para imitar os estilos, que imitava por treino e capacidade, que era tudo farsa e ele um revoltado por não ter mais como recuar da farsa. Chico Xavier não rebateu. (Revista "O Cruzeiro")

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...


Cadê as NOVAS revelações bombásticas e irrefutávies, Turatti?

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Luiz Roberto Turatti escreveu:
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Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Detalhes e frases bem claras de Amauri Penna explicando que Chico Xavier lia muito para imitar os estilos, que imitava por treino e capacidade, que era tudo farsa e ele um revoltado por não ter mais como recuar da farsa. Chico Xavier não rebateu. (Revista "O Cruzeiro")

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...


(Contra as frases hipócritas de Chico Xavier), na realidade Chico Xavier tentou dissuadir e até ameaçou o sobrinho se lançasse o escândalo. Queriam que afogasse sua consciência.

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...

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"Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles." (A. Stevenson)

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Re.: Amauri Xavier Pena

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O Turatti é só um troll querendo fazer spam.

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Luiz Roberto Turatti escreveu:
Luiz Roberto Turatti escreveu:A T E N Ç Ã O ! ! !

Estou trabalhando em novas revelações - bombásticas - irrefutáveis - de Amauri Xavier Penna, que delatou o tio Chico Xavier e toda a farsa espírita.

Aguardem que logo, logo, "a casa vai cair", ao menos neste tópico.


Na declaração (ardilosa e hipócrita, de bonzinho) de Chico Xavier aparece no fundo que repreende o sobrinho (Amauri Xavier Penna) por ser sincero, por não ter aprendido ainda a enganar como o velho tio. (Jornal "Diário de Minas", 1958)


Detalhes e frases bem claras de Amauri Penna explicando que Chico Xavier lia muito para imitar os estilos, que imitava por treino e capacidade, que era tudo farsa e ele um revoltado por não ter mais como recuar da farsa. Chico Xavier não rebateu. (Revista "O Cruzeiro")

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...


(Contra as frases hipócritas de Chico Xavier), na realidade Chico Xavier tentou dissuadir e até ameaçou o sobrinho se lançasse o escândalo. Queriam que afogasse sua consciência.

Vamos pesquisar e estudar SÉRIO gente...


É a isso que está chamando de revelações bombásticas e irrefutáveis? Que há? Perdeu até o senso de ridículo (aliás, já o teve alguma vez?). Dá ao menos para me trazer documentos de prova disso? Mas que não sejam só declarações chorosas do Amauri, já que até agora não provou ser verdade nada do que ele disse.

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Aurelio Moraes
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Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Aurelio Moraes »

Botanico, será que o Quevedo sabe como o filhote dele é tão humilhado no RV?

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Vá estudar!
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Mensagem por Vá estudar! »

Aviso: Se o grafotécnico for espírita ou simpático ao espiritismo, como um que andou endossando “psicografias” por aí, não vale. Para não causar suspeita, melhor seria uma equipe de especialistas em grafotecnia, imparciais, isentos, respeitáveis, renomados.

Luiz Roberto Turatti escreveu:"Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles." (A. Stevenson)


Pobre Brasil – solo fértil para crendices e superstições –, até quando será ridicularizado, mundo afora, pela crendice espírita, a qual, diga-se de passagem, deu certo apenas entre brasileiros?!

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Luiz Roberto Turatti escreveu:"Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles." (A. Stevenson)


Pobre Brasil – solo fértil para crendices e superstições –, até quando será ridicularizado, mundo afora, pela crendice espírita, a qual, diga-se de passagem, deu certo apenas entre brasileiros?![/quote]

***Turatti,

vc já postou tais mensagens inúmeras vezes, sem nada conseguir, sendo apenas humilhado e ridicularizado por quase todas as pessoas do fórum. Por que insiste? Você é sadomasoquista?

Um abraço,
Vitor

against
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Mensagem por against »

Como vocês conseguem?

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Botanico
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Re: Re.: Amauri Xavier Pena

Mensagem por Botanico »

Mr.Hammond escreveu:Botanico, será que o Quevedo sabe como o filhote dele é tão humilhado no RV?


Hammond, vamos primeiro por de lado qualquer pensamento maldoso sobre que tipo de relacionamento há entre Turatti e Quevedo.

O que eu penso é simplesmente que pode ser um caso entre essas possibilidades:
1) Quevedo simplesmente esgotou todos os seus argumentos sobre os assuntos dos quais fala e devido a isso, Turatti fica sem ter o que dizer e, devido à sua absoluta falta de criatividade, apenas copia, cola e foge.

2) Talvez enciumado por ver em Turatti um sucessor à altura ou, ao contrário, feliz da vida por saber que já tem um sucessor, Quevedo o deixa fazer um estágio apologético para ganhar traquejo na mentira e dissimulação e por isso não intervém quando seu pupilo é humilhado.

3) Lembra-me um comentário na Folha de S. Paulo (acho que do Jânio de Freitas) sobre o caso dos incêndios de carros na França. São uma camada social virtual, pela qual o governo não se interessa, o povo francês não se interessa e quer mais que se dane. Sem emprego, sem integração social, sem respeito ao seus costumes, etc e tal, aqueles jovens põe fogo nos carros, pois seguem o lema:
_ Queimo. Logo, existo!
Aqui no Brasil é:
_ Sequestro, mato, roubo, trafico drogas, invado terras, etc e tal. Logo, existo!
E o incosciente do Turatti talvez siga a mesma linha:
_ Azucrino a vida dos outros. Logo, existo!

É isso.

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Luiz Roberto Turatti escreveu:Aviso: Se o grafotécnico for espírita ou simpático ao espiritismo, como um que andou endossando “psicografias” por aí, não vale. Para não causar suspeita, melhor seria uma equipe de especialistas em grafotecnia, imparciais, isentos, respeitáveis, renomados.

Luiz Roberto Turatti escreveu:"Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles." (A. Stevenson)


Pobre Brasil – solo fértil para crendices e superstições –, até quando será ridicularizado, mundo afora, pela crendice espírita, a qual, diga-se de passagem, deu certo apenas entre brasileiros?!


Pobre Brasil!
Lá em Ferraz de Vasconcelos, apareceu uma mancha numa vidraça que lembra a cabeça de uma mulher; sem rosto, mas com lenço cobrindo-a. Como mulher com lenço na cabeça é Nossa Senhora para os católicos, a janela virou centro de perigrinação e local de rezas e pedidos. Sorte de na casa morar uma família católica.

Já uma família protestante não teve a mesma sorte. Uma de suas vidraças ficou manchada... sem nada se parecer com rosto humano. Mas o pessoal católico viu ali um milagre igual ao de Ferraz e pronto: começaram as perigrinações, rezas e romarias até a dita vidraça. A família residente na casa acabou removendo a dita vidraça e quase foi linchada por isso.

Pobre Brasil! Até quando teremos uma fé católica que produz gente tão tola e supersticiosa quanto é o povo católico daqui?

Trancado