Mr.Hammond escreveu:Sobre os estudos de caso, como já foi dito:
Os estudos de caso como todos os estudos qualitativos, não tem "poder científico" de auferir qualquer evidência favorável a alguma hipótese.
***Lembre-se que Rhea White pensa justamente o oposto. E o Zangari ainda não citou qualquer bibliografia que afirme tal coisa.Mr.Hammond escreveu:Hipóteses podem ser avaliadas apenas pelo método científico capaz de responder sobre sua adequação: o método experimental.
***O método experimental é aplicado TAMBÉM. Mesmo Sagan admitia isso:"No momento em que escrevo, acho que três alegações no campo da percepção extra-sensorial (ESP) merecem estudo sério: (1) que os seres humanos conseguem (mal) influir nos geradores de números aleatórios em computadores usando apenas o pensamento; (2) que as pessoas sob privação sensorial branda conseguem receber pensamentos ou imagens que foram nelas “projetados”; e (3) que as crianças pequenas às vezes relatam detalhes de uma vida anterior que se revelam precisos ao serem verificados, e que não poderiam ser conhecidos exceto pela reencarnação. Não apresento essas afirmações por achar provável que sejam válidas (não acho), mas como exemplos de afirmações que poderiam ser verdade. Elas têm, pelo menos, um fundamento experimental, embora ainda dúbio."
***Pode-se submeter tais crianças a testes reconhecimento."A história de Swarnlata, em Twenty Cases, é característica dos casos do Dr. Stevenson. As lembranças de vidas passadas da menina começaram quando, aos três anos de idade, deu informações suficientes para localizar a família da pessoa falecida de que se lembrava (caso foi “resolvido”), e ela forneceu mais de cinqüenta fatos específicos que foram verificados. Mas o caso de Swarnlata é diferente da maioria porque as lembranças dela não desapareceram. E é um caso bonito, caracterizado por amor e lembranças felizes.
Swarnlata Mishra nasceu numa família de classe média em 1948, na cidade de Pradesh, Índia. Aos três anos de idade, viajava com seu pai, passando pela cidade de Katni, a mas de cinqüenta quilômetros de casa, quando subitamente apontou e pediu ao motorista para entrar numa rua e ir até “minha casa”. Disse que ali poderiam tomar uma xícara de chá melhor que em qualquer lugar da estrada.
Pouco depois, relatou mais detalhes de sua vida em Katni, e seu pai anotou tudo. Disse que seu nome era Biya Pathak, e que tinha dois filhos. Descreveu sua casa por dentro e por fora e disse ainda que havia uma escola feminina atrás da casa; da frente da casa podia-se ver a linha férrea e os fornos de cal. Swarnlata disse que Biya morrera de “uma dor na garganta” e que fora tratada pelo Dr. S. C. Bhabrat, de Jabalpur. Também lembrou de um incidente em um casamento em outra cidade, onde ela e uma amiga tiveram dificuldade de encontrar um banheiro.
Na primavera de 1959, quando Swarnlata tinha dez anos, a notícia daquele caso chegou ao conhecimento do professor Sri H. N. Banerjee, pesquisador indiano e colega do Dr. Stevenson. Banerjee viajou até Katni e, tendo apenas a descrição de Swarnlata, chegou à sua casa. Os fornos de cal estavam num terreno adjacente à propriedade; a escola feminina ficava cem metros atrás da propriedade dos Pathak, mas não era visível da frente.
A casa pertencia aos Pathak, uma família rica. Biya Pathak morrera em 1939, deixando marido, dois filhos pequenos e muitos irmãos jovens. O professor Banerjee entrevistou a família e verificou tudo o que Swarnlata dissera. Os Pathak nunca ouviram falar da família Mishra, que morava a mais de cinqüenta quilômetros dali; os Mishra também não conheciam os Pathak.
Meses depois, o viúvo de Biya, um dos filhos e deu irmão mais velho viajaram até a aldeia de Swarnlata para testar sua memória. Não revelaram suas identidades nem disseram o propósito de sua visita, e empregaram nove pessoas da cidade para acompanha-los à casa dos Mishra, onde chegaram sem terem avisado. A cena seguinte desta história parece sair de um romance de mistério, mas é a mais pura verdade, extraída das tabulações do caso publicado de Swarnlata.
Swarnlata reconheceu imediatamente o irmão e o chamou de Babu, apelido que Biya lhe dava. O Dr. Stevenson publicou apenas os fatos crus, mas a emoção deve ter sido forte naquele momento. Swarnlata, com dez anos então, deu a volta no aposento, olhando um homem a cada vez. Alguns ela identificou como conhecidos de outras cidades, outros eram estranhos para ela. Então, aproximou-se de Sri Chintamini Pandey, marido de Biya, Swarnlata abaixou os olhos e agiu timidamente, como fazem as mulheres hindus na presença de seus maridos, e disse o nome dele. O Dr. Stevenson não diz nada sobre a reação de Sri Pandey ao encontrar sua esposa viva novamente, vinte anos após sua morte.
Swarnlata também identificou corretamente o filho de Biya, Murli, que tinha treze anos quando Biya morreu. Mas Murli tentou engana-la e passou o dia inteiro insistindo que era outra pessoa e não Murli. Tentou convencê-la também de que um amigo que trouxera era Naresh, o outro filho de Biya. Swarnlata não foi enganada nenhuma vez. Insistiu que Murli era seu filho e que o outro homem era um estranho. Finalmente, Swarnlata lembrou a seu antigo marido que ele havia furtado mil e duzentas rúpias de Biya antes que ela morresse, e que o dinheiro havia sido guardado numa caixa. Surpreso pelo fato de Swarnlata lembrar daquele segredo que somente ele e Biya conheciam, Sri Pandey admitiu que ela dizia a verdade.
Algumas semanas depois, o pai de Swarnlata a levou a Katni para visitar a casa e a aldeia em que Biya vivera e morrera. Assim que chegou, percebeu imediatamente mudanças na casa. Perguntou por um parapeito, uma varanda e uma árvore plantada no terreno – tudo aquilo havia sido retirado após a morte de Biya. Identificou o seu quarto e aquele em que morrera. Depois, identificou corretamente mais de duas dúzias de pessoas que Biya havia conhecido, reagindo com emoções proporcionais ao relacionamento que Biya tinha com cada uma delas. Murli tentou montar armadilhas outra vez, mas Swarnlata não caiu em nenhuma delas.
Deve ter sido um espetáculo e tanto. Ali estava uma menina de dez anos, uma estranha vinda de longe – tão longe, segundo a cultura indiana, que seu dialeto era diferente daquele falado pelos Pathak - , que agia confiantemente como se fosse a dona daquela casa, conhecia os nomes, os apelidos e os segredos da família, e se lembrava até de parentes distantes, velhos empregados e amigos, brincando com todos de como haviam mudado em vinte anos. O mais interessante era que Swarnlata não sabia nada do que acontecera à família Pathak desde 1939. Suas lembranças paravam no ano da morte de Biya."
***Na fenomenologia encontramos casos de "marcas experimentais", em que se fez uma marca no cadáver em um local específico do corpo e a futura criança normalmente nasce com a marca neste local, "provando" sua identificação com o espírito do cadáver que renasceu. "Some cases involve another feature that occurs before the child is born. In several Asian countries, a family member or friend may mark the body of a dying or deceased individual in hopes that when that person is reborn, the baby will have a birthmark that matches the marking. This practice is known as experimental birthmarks,"
Em algumas vezes essa identificação é acompanhada das lembranças da vida passada."In addition, in six of our eighteen cases, the children had also
made statements that related to the previous life, and some of the other children were so young when we saw them that they may have later made statements. Some of the cases feature behaviors as well as statements that suggest a connection between the subject and the previous personality, while in others, the birthmark is the only sign of a connection".
***Além disso, pode-se usar do métiodo quantitativo para avaliar a correspondência dos defeitos/marcas de nascimento com os ferimentos que resultaram na morte da personalidade prévia."Bodily malformations that are unusually large or otherwise unusual in shape or location occur somewhat rarely. Sometimes a young child having such an abnormality speaks about the life of a deceased individual who suffered a wound that is said to have corresponded somehow to the abnormality. We aimed at investigating the justification for attributing malformations to wounds in a particular deceased person. Cases of this type occur frequently in Asia, but also in Western countries. The principal method of investigation is interviews with firsthand informants for the subject and concerned deceased person. Medical reports, such as postmortems, are examined when available. In Part I we present three reports of skin anomalies and tabular summaries of an additional five cases.
We have obtained evidence of a close correspondence between the skin anomalies and the wounds on the concerned deceased person, although the evidence is not conclusive. In Part II we report four cases of birth defects attributed to previous lives.
We present and discuss some evidence, again not conclusive, that tends to support this attribution."
Mr.Hammond escreveu:"Casos sugestivos", "casos interessantes", "casos de aparente reeencarnação" e etc, são numerosos nas narrativas de muitas culturas: a questão científica é avaliar com métodos apropriados tais narrativas e, até agora, as avaliações realizadas permitem dizer que... não existem evidências científicas para a vida após a morte, apesar da existência de milhões de "casos sugestivos", vários deles bem documentados!
***Discordo pelos motivos expostos acima.Mr.Hammond escreveu:Da mesma forma, há milhares de casos de avistamentos de sacis-pererês, de mulas-sem-cabeça, de discos-voadores... Casos interessantes, mas sem substância científica.
***Falácia da falsa comparação. Em 1º lugar, não conheço UM caso de avistamento de saci-pererê ou da mula sem cabeça. Você conhece? Por favor apresente aqui.
***Em 2º lugar, casos de avistamento de discos voadores na maioria revelaram-se fraudes. Nos casos sugestivos de reencarnação, não há praticamente nenhum."Em Keil (1991) eu também argumentei que fraudes deliberadas ocorrem em número tão pequeno de casos que elas devem ser descartadas como uma explicação geral para correspondências significativas."
"Embora fraude deliberada ocorra de tempos em tempos, tais ocorrências são raras"
Mr.Hammond escreveu: Então a reencarnação é algo idiota, daria para explicar e justificar o por quê?
Para mim a idéia de ficar indo e voltando, supostamente para "pagar" erros de vidas passadas e não se lembrar destes erros é algo idiota. Mesmo se reencarnação existisse e fosse algo factual, com evidências fortes científicas, eu consideraria algo idiota. Lembro a você que este é um juízo meu, assim como você tem todo o direito de crer que reencarnação existe e não é algo idiota.
***A idéia de karma NÃO ENCONTROU evidências fortes nos estudos. Apenas 3 casos de 2500 dão alguma evidência a essa idéia.
Um abraço,
Vitor