Eu não sei o que aconteceu aqui no RV que levou todos canonizarem Hayek. Também não entendi o que o Acauan quis dizer com vassalagem econômica. Ainda lembro das aulas de História que tive no colegial. Minha cara professora, Denise, sempre salientou que a Alemanha caiu numa ditadura porque a estava simplesmente falida. A inflação era tanta que vendiam papel moeda alemão como papelão, a fim de obter algum dinheiro em moeda de qualquer outra nação. A Alemanha também não podia levantar-se porque estava superonerada pelas imposições econômicas do Tratado de Versalhes. Não havia como a Alemanha levantar-se numa economia de mercado simplesmente porque imperava o Caos. Hitler foi intervencionista porque simplesmente não possuía opção. Ou ele domava tudo com mãos de ferro ou não haveria mais Alemanha.
“Esses padrões resistiram até a I Guerra Mundial, quando o Império Austríaco desapareceu e a Alemanha, derrotada, foi condenada pelos aliados a pagar uma enorme indenização à França, muito superior à que a França havia pago à Alemanha em conseqüência da guerra anterior. A Alemanha, economicamente devastada, sofreu uma inflação muito mais grave que a dos vencedores e que, em 1923, transformou-se em hiperinflação quando o governo alemão decidiu imprimir dinheiro para pagar os salários dos trabalhadores alemães da região industrial do Ruhr que faziam greve contra a ocupação francesa. O ritmo da inflação chegou a ser da ordem de 50% ao dia e chegou-se a imprimir cédulas de bilhões e trilhões de marcos.”
http://antonioluizcosta.sites.uol.com.br/moeda_rfa.htm
“Logo após a 1ª Guerra Mundial, a Europa, principalmente a Alemanha, a qual foi mais prejudicada com o conflito, está em transformação. Na Alemanha surgem, as classes ocas (uma diminuição da população na faixa etária de 20 a 40 anos, ocorrendo um declive demográfico) e um sentimento de profunda indignação com relação as decisões do Tratado de Versalhes. A França, mais prejudicada pela primeira guerra, é categórica em querer que a Alemanha cumpra à risca o Tratado de Versalhes e pague as dívidas de guerra. A Grã-Bretanha é mais suave em relação à efetivação do tratado, pois, percebe que a França quer se aproveitar da situação para adquirir a hegemonia continental, e decide ajudar a Alemanha a levantar-se. A Alemanha não quer pagar a França, e esta invade o Ruhr (vale do rio Ruhr) onde estão as minas de carvão e ferro, suportes da industria da época, sendo desaprovada pela Grã-Bretanha e pelos Estados Unidos. Na economia interna alemã vemos, uma grande inflação: o marco está extremamente desvalorizado, com uma emissão de moeda desgovernada.
Socialmente surgem, subversões: os ex-combatentes, insatisfeitos por terem lutado, perdido e, ainda, estarem pagando a dívida, têm uma tendência à rigidez militar, luta armada, ou seja, a ditadura. Surge também uma classe de enriquecidos, que se aproveitou da guerra, e de empobrecidos, que emprestaram dinheiro ao Estado e não receberam de volta. A crise do Ruhr arruina os poupadores. Existe um sistema democrático, mas, uma grande pobreza, campo fértil para o totalitarismo. Com a guerra, também há necessidade de concentrar esforços, mobilizar homens e recursos. Essas tarefas ficam a cargo do Estado, que se fortalece. Aqui aumenta o papel do executivo, contrariando as leis liberais de não intervenção do Estado.”
http://nazismo.netsaber.com.br/index.php?c=211
“A classe capitalista fornece continuamente à classe operária letras de câmbio por uma parte do produto fornecida pela segunda, mas encampada pela primeira. Mas o operário continua a devolvê-la à classe capitalista, retirando a parte que lhe toca por seu próprio produto. A forma mercadoria do produto e a forma dinheiro da mercadoria dissimulam essas relações.”
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139