O Fim da Fé

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
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NadaSei
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por NadaSei »

zencem escreveu:Garanto que você não sabe o porquê.

O verdadeiro cético, (detesto a palavra ateu)

Você misturou as bolas, cético é uma coisa, ateu é outra.
Ateu é quem não acredita em Deus, seja ele cético ou crente.

Ceticismo também existem de diversos tipos, como científico, filosófico ou mesmo dogmáticos (ceticismo burro).

Um teista pode ser um cientista que é cético científico, pode ser um cético filosófico ou mesmo as duas coisas.
Um ateu também pode ser cético filosófico e científico, ou pode ser crente e cético dogmático.
Eu mesmo sou teísta e cético.

Normalmente os crentes também são céticos dogmáticos.
Um crente que acredita fervorosamente no criacionismo, por exemplo, vai ser cético dogmatico quanto a ciência: Nem me mostre evidencias cientificas, pois se não está na bíblia e contraria ela, então eu não acredito.

Um ateu também pode ser cético dogmatico e crente em suas proprias idéias, agindo da mesma forma do crente acima, mas quando a qualquer coisas que contrarie suas idéias.
Esses são ateus crentes.

Outro bom exemplo de ceticismo burro é a estória do telescopio para ver os planetas...
- Basta olhar no telescópio e ver que estão lá!
- Eu não preciso fazer isso para saber que esses tais planetas não existem, visto que a bíblia não fala disso.
Se eu olhar nesse telescópio e ver algo, é tão somente porque o diabo que esta a me enganar.

Exemplo

Cientista - A questão é que isso foi testado por diversos cientistas que obtiveram o mesmo resultado.

Suposto Cético - Claro, então você "acredita" no RELATO de cientistas sobre provas que nunca viu.
Quem garante que isso ocorre assim mesmo?

Cientista - Não é isso... você pode ver por si próprio, basta seguir o mesmo método com o mesmo rigor científico e ver por si próprio!
Eu mesmo já o fiz e comprovei.

- Nesse ponto o cientista "pensa" que conseguiu se fazer entender... mas subestima a crença de alguém que usa o ceticismo de forma dogmática, apenas para reforçar sua crença. -
Suposto Cético - Claro, faz-me ri... Só que se eu fizer isso e chegar a um resultado diferente, você vai alegar que eu não segui o método da forma correta, que não fiz como deveria ser feito, que o erro foi meu, e blá blá blá, toda aquela ladainha de maluco...:emoticon3:

Cientista - Mas você quer o que? você tem que seguir o método da forma correta, isso não tem geito.
Depois, diversos cientistas independentes testaram a mesma coisa e chegaram a mesma conclusão.

Suposto Cético - E eles não podem estar enganados?
Quem sabe o resultado visto por eles, não pode ter levado a uma conclusão errônea onde eles vêem uma coisa ilusória que eles concluem ser algo, que na realidade não é.


Cientista - Aff... Isso é possível, mas basta pesquisar mais essa descoberta e analisar seu resultado, questionando e procurando por explicações alternativas...
Estarem enganados é uma possibilidade? Sim, mas quem pode dizer isso melhor são eles, visto que seguiram o método e viram o resultado da pesquisa. Sem seguir o método e questionar seu resultado, só podemos "imaginar" se pode ser engano ou não.
Só podemos questionar realmente isso, seguindo o método e observando o resultado, sem isso ficamos apenas em "achismos"

- Nesse ponto já é tarde demais para querer argumentar, pois o "suposto cético", já não tem interesse em argumentos, prefere se "cegar" pela "possibilidade" de engano, mesmo sem realizar o experimento.
A "possibilidade" de engano, na mente dele já vira certeza de que é um engano, mesmo sem nunca ter visto tal experimento.

Já tive essa discussão com muitos ateus, só que eu falava sobre religião... mudei para ciência, só para facilitar pra vocês. :emoticon4:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por Apocaliptica »

André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Não consigo sinceramente entender porque misturar religião e fé. Por mim a fé é problema de cada um. Não me afetando em nada e sendo um sentimento ou pensamento individual, algo quase intangível, sensorial e internalizado a partir da necessidade de crer que alguma coisa no inexplicável precisa fazer sentido.
Mas religião é tornar a fé de alguma forma institucionalizada, concretizada e até corruptível , através de do emprego do dogma, da Lei, da infestação do transcendente individual. Coletivizar a fé é colocar amarras. E isto eu não acho necessário.

Também não trata-se de Deus... mas deuses, forças, seres, entidades, fenômenos, imagens do imaginário. Não se retira isto do pensamento mágico humano. É inerente. O problema é quando alguém ou um grupo toma esta fé individual como caminho para alguma verdade indiscutível, hermética, com a criação de normas e condicionamentos coletivos.

Isto é mais do que ter fé. Isto é escravizar a mente. É religião. É ideológica, política e instransigente.

Sou contra religiões.


Eu sou mais light eu até aceito não somente a fé como as religiões desde que não coloquem nas leis seus dogmas. O Estado ser laico é um pressuposto fundamental para afastar ele das garras do fanatismo religioso. Infelizmente tão comuns em nossos tempos.


Pois é , André...de novo aquela história de ser idealista. O Estado não é laico, a Lei é tendenciosamente pelas religiões, parece que a tal "liberdade" está acima do mal que as religiões provocam, como por exemplo cultos com barulhos estapafúrdios, corrupção e benesses tributárias. Falou religião, todo mundo fica calado e com medo. Isto faz parte da engrenagem política de corrupção, sigilo, cumplicidade e arrecadação de votos.
Até o nosso dinheiro´não é laico. Tudo está embuído da lavagem cerebral teísta ou religiosa. Esta é a arealidade, não outra.

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André
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Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:
André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Não consigo sinceramente entender porque misturar religião e fé. Por mim a fé é problema de cada um. Não me afetando em nada e sendo um sentimento ou pensamento individual, algo quase intangível, sensorial e internalizado a partir da necessidade de crer que alguma coisa no inexplicável precisa fazer sentido.
Mas religião é tornar a fé de alguma forma institucionalizada, concretizada e até corruptível , através de do emprego do dogma, da Lei, da infestação do transcendente individual. Coletivizar a fé é colocar amarras. E isto eu não acho necessário.

Também não trata-se de Deus... mas deuses, forças, seres, entidades, fenômenos, imagens do imaginário. Não se retira isto do pensamento mágico humano. É inerente. O problema é quando alguém ou um grupo toma esta fé individual como caminho para alguma verdade indiscutível, hermética, com a criação de normas e condicionamentos coletivos.

Isto é mais do que ter fé. Isto é escravizar a mente. É religião. É ideológica, política e instransigente.

Sou contra religiões.


Eu sou mais light eu até aceito não somente a fé como as religiões desde que não coloquem nas leis seus dogmas. O Estado ser laico é um pressuposto fundamental para afastar ele das garras do fanatismo religioso. Infelizmente tão comuns em nossos tempos.


Pois é , André...de novo aquela história de ser idealista. O Estado não é laico, a Lei é tendenciosamente pelas religiões, parece que a tal "liberdade" está acima do mal que as religiões provocam, como por exemplo cultos com barulhos estapafúrdios, corrupção e benesses tributárias. Falou religião, todo mundo fica calado e com medo. Isto faz parte da engrenagem política de corrupção, sigilo, cumplicidade e arrecadação de votos.
Até o nosso dinheiro´não é laico. Tudo está embuído da lavagem cerebral teísta ou religiosa. Esta é a arealidade, não outra.


Se ele não é totalmente laico, deveria ser. Sou contra insenção de impostos para instituições religiosas (Tem que pagar ora bolas). Se prestarem algum serviço podem ter como empresas tem desconto com base nisso, não isenção total isso é um absurdo.

Repare que eu tenho plena noção da realidade, e a lamento como vc.

"O Estado ser laico é um pressuposto fundamental para afastar ele das garras do fanatismo religioso. Infelizmente tão comuns em nossos tempos."

O infelizmente é justamente relativo ao fanatismo que grassa a nossa e a sociedade americana, por exemplo. Perceber a realidade como ela é não me impede de em relação ao futuro pensar na possibilidades melhores. (Se eu não pensasse já teria entrado em depressão é o sonho e acreditar que é possível que impede)

PS: Vc fala de ser idealista como se fosse uma coisa ruim. Eu já expliquei que em relação ao passado e o presente sou realista. O realismo político alias como definido por Maquiavel é uma das influências. Agora em relação ao futuro eu sou sonhador, idealista, tenho utopias. O futuro não está escrito logo é possível mesmo que improvável, fazer dele algo melhor.

Um liberal, que eu gosto dos textos, Richard Rorty diz "Somente devemos abandonar uma Utopia por outra, ainda melhor". Nisso to com ele.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Apocaliptica

Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por Apocaliptica »

André escreveu:
Apocaliptica escreveu:
André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Não consigo sinceramente entender porque misturar religião e fé. Por mim a fé é problema de cada um. Não me afetando em nada e sendo um sentimento ou pensamento individual, algo quase intangível, sensorial e internalizado a partir da necessidade de crer que alguma coisa no inexplicável precisa fazer sentido.
Mas religião é tornar a fé de alguma forma institucionalizada, concretizada e até corruptível , através de do emprego do dogma, da Lei, da infestação do transcendente individual. Coletivizar a fé é colocar amarras. E isto eu não acho necessário.

Também não trata-se de Deus... mas deuses, forças, seres, entidades, fenômenos, imagens do imaginário. Não se retira isto do pensamento mágico humano. É inerente. O problema é quando alguém ou um grupo toma esta fé individual como caminho para alguma verdade indiscutível, hermética, com a criação de normas e condicionamentos coletivos.

Isto é mais do que ter fé. Isto é escravizar a mente. É religião. É ideológica, política e instransigente.

Sou contra religiões.


Eu sou mais light eu até aceito não somente a fé como as religiões desde que não coloquem nas leis seus dogmas. O Estado ser laico é um pressuposto fundamental para afastar ele das garras do fanatismo religioso. Infelizmente tão comuns em nossos tempos.


Pois é , André...de novo aquela história de ser idealista. O Estado não é laico, a Lei é tendenciosamente pelas religiões, parece que a tal "liberdade" está acima do mal que as religiões provocam, como por exemplo cultos com barulhos estapafúrdios, corrupção e benesses tributárias. Falou religião, todo mundo fica calado e com medo. Isto faz parte da engrenagem política de corrupção, sigilo, cumplicidade e arrecadação de votos.
Até o nosso dinheiro´não é laico. Tudo está embuído da lavagem cerebral teísta ou religiosa. Esta é a arealidade, não outra.


Se ele não é totalmente laico, deveria ser. Sou contra insenção de impostos para instituições religiosas (Tem que pagar ora bolas). Se prestarem algum serviço podem ter como empresas tem desconto com base nisso, não isenção total isso é um absurdo.

Repare que eu tenho plena noção da realidade, e a lamento como vc.

"O Estado ser laico é um pressuposto fundamental para afastar ele das garras do fanatismo religioso. Infelizmente tão comuns em nossos tempos."

O infelizmente é justamente relativo ao fanatismo que grassa a nossa e a sociedade americana, por exemplo. Perceber a realidade como ela é não me impede de em relação ao futuro pensar na possibilidades melhores. (Se eu não pensasse já teria entrado em depressão é o sonho e acreditar que é possível que impede)

PS: Vc fala de ser idealista como se fosse uma coisa ruim. Eu já expliquei que em relação ao passado e o presente sou realista. O realismo político alias como definido por Maquiavel é uma das influências. Agora em relação ao futuro eu sou sonhador, idealista, tenho utopias. O futuro não está escrito logo é possível mesmo que improvável, fazer dele algo melhor.

Um liberal, que eu gosto dos textos, Richard Rorty diz "Somente devemos abandonar uma Utopia por outra, ainda melhor". Nisso to com ele.


Bom, acho que a realidade deve ser encarada. Eles tem isenção tributária, sim. É absurdo? É, mas é fato. E não posso me calar sobre isto.

O Estado é Laico? Não. E nunca será enquanto houver religiosidade como na nossa e na americana. Isto é impossível. Não há interesse, portanto, esqueça.

Idealismo é bom,claro. Mas dentro de padrões de realidade, senão você fica divagando enquanto o rodo passa por cima.
E é isto que acontece nas nossas fuças cada vez mais.

Quanto ao futuro... que eu posso te dizer? A crença é a única arma possível. Armas de fato não sei se temos.


Muitas gerações esperam por esse futuro no Brasil. A gente anda uns passos e o mundo já foi e voltou. Com a mentalidade política que temos ( dos políticos e do povo, pois são um reflexo do outro ), nosso futuro é algo assim como olhar para o infinito...quem sabe....um dia....as coisas...melhorem ( sei lá o que é melhorar, nunca se viu tanta violência, tanta safadeza, tanta impunidade e tanta fé no BRASIL: PAÍS DO FUTURO).

Reze meu filho, e entregue para Deus, dizem que ele é brasileiro....

Quanto à abandonar uma utopia por outra, eu digo que acho o que Rorty disse de uma fé cega que beira a inocência...e você sabe né, Fé Cega...Faca Amolada. Mas cada um alimenta a alma onde mais se sente apoiado.


Beijos!

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NadaSei
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por NadaSei »

André escreveu:Se ele não é totalmente laico, deveria ser. Sou contra insenção de impostos para instituições religiosas (Tem que pagar ora bolas). Se prestarem algum serviço podem ter como empresas tem desconto com base nisso, não isenção total isso é um absurdo.

Repare que eu tenho plena noção da realidade, e a lamento como vc.

Acho que o ideal seria proibir a arrecadação de dinheiro ou qualquer tipo de doação por parte de seitas.
Direito a praticar religião todos tem, pratiquem em casa, ou mesmo construam pequenas capelas, como aquelas de interior na beira da estrada.
Criem altares em casa e juntem-se para rezar e fazer rituais estranhos, mas sem arrecadar dinheiro.

Permitir a criação de instituições religiosas que movimentem somas tão grandes de dinheiro, fatalmente compromete o estado laico.
Apenas cobrar impostos deles não resolve.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por Apocaliptica »

NadaSei escreveu:
André escreveu:Se ele não é totalmente laico, deveria ser. Sou contra insenção de impostos para instituições religiosas (Tem que pagar ora bolas). Se prestarem algum serviço podem ter como empresas tem desconto com base nisso, não isenção total isso é um absurdo.

Repare que eu tenho plena noção da realidade, e a lamento como vc.

Acho que o ideal seria proibir a arrecadação de dinheiro ou qualquer tipo de doação por parte de seitas.
Direito a praticar religião todos tem, pratiquem em casa, ou mesmo construam pequenas capelas, como aquelas de interior na beira da estrada.
Criem altares em casa e juntem-se para rezar e fazer rituais estranhos, mas sem arrecadar dinheiro.

Permitir a criação de instituições religiosas que movimentem somas tão grandes de dinheiro, fatalmente compromete o estado laico.
Apenas cobrar impostos deles não resolve.


Concordo! Acontece que é assim: dá um dedo, tomam-se-lhe o braço.
O ser humano não se contenta com pouco e muito menos resiste à oportunidades. Então...uma coisa vai ligando na outra e tal. Os interesses vão se unindo e surgem as grandes congregações empreendedoras. Tem quem ajoelhe, é só rezar.

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zencem
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por zencem »

NadaSei escreveu:
zencem escreveu:Garanto que você não sabe o porquê.

O verdadeiro cético, (detesto a palavra ateu)

Você misturou as bolas, cético é uma coisa, ateu é outra.
Ateu é quem não acredita em Deus, seja ele cético ou crente.

Ceticismo também existem de diversos tipos ...

***Já tive essa discussão com muitos ateus, só que eu falava sobre religião... mudei para ciência, só para facilitar pra vocês. :emoticon4:


Pois é, meu caro, amigo.

Portanto, você me deixa sem condições de continuar o debate, pois todas estas considerações semânticas servem só pra encher o seu balão e fugir do significado do "verdadeiro ceticismo" que é um estado de dúvida, que se sugere oportuno, pra quem está empenhado em exercer um pensar correto.

Desta forma, também, o ateísmo, que seria uma proveniência lógica de um estado de ceticismo, seria outro estado inalcançável.

Mas continue, por aí, ...ensinando, sem se preocupar em compreender o que seu interlocutor quer dizer.

É que eu tô muito velho e meu saco não tem mais aquela vitalidade pra suportar esta competição apologética.


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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André
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:
Bom, acho que a realidade deve ser encarada. Eles tem isenção tributária, sim. É absurdo? É, mas é fato. E não posso me calar sobre isto.

O Estado é Laico? Não. E nunca será enquanto houver religiosidade como na nossa e na americana. Isto é impossível. Não há interesse, portanto, esqueça.

Idealismo é bom,claro. Mas dentro de padrões de realidade, senão você fica divagando enquanto o rodo passa por cima.
E é isto que acontece nas nossas fuças cada vez mais.

Quanto ao futuro... que eu posso te dizer? A crença é a única arma possível. Armas de fato não sei se temos.


Muitas gerações esperam por esse futuro no Brasil. A gente anda uns passos e o mundo já foi e voltou. Com a mentalidade política que temos ( dos políticos e do povo, pois são um reflexo do outro ), nosso futuro é algo assim como olhar para o infinito...quem sabe....um dia....as coisas...melhorem ( sei lá o que é melhorar, nunca se viu tanta violência, tanta safadeza, tanta impunidade e tanta fé no BRASIL: PAÍS DO FUTURO).

Reze meu filho, e entregue para Deus, dizem que ele é brasileiro....

Quanto à abandonar uma utopia por outra, eu digo que acho o que Rorty disse de uma fé cega que beira a inocência...e você sabe né, Fé Cega...Faca Amolada. Mas cada um alimenta a alma onde mais se sente apoiado.


Beijos!


Eu encaro a realidade. Só me perguntar sobre o passado e o presente nada animador. Alias não contesto sua avaliação.

Agora vou ser prático, se eu não acredita-se que fosse possível uma sociedade mais democrática, justa, com menos desigualdade, um Estado laico e secular, eu não teria motivação para escrever, para pesquisar, ensinar, o que me motiva é pensar que mesmo que pequena posso dar minha contribuição, não posso esperar que os outros façam se eu mesmo não me coloco a serviço. Uma vez agindo, posso procurar convencer, e ter esperança de não estar sozinho. "I may be a Dreamer but I am not the only one" Jonh Lennon.

Diferente da fé religiosa que não trabalha com possibilidades mas dogmas, a minha é de utilidade para gerar movimento trabalho, em prol de causas que acredito valem tal esforço.

Não acreditar nem que é possível, é o que mais facilita indiferença e resignação. Uma coisa e entender como a realidade é, outra é aceitar e achar que é impossível ser diferente. A acreditar nas possibilidades é o oposto de ser dogmático. Acreditar que o ser humano não tem jeito, nem nunca vai ter, é um dogma, uma regra universal atemporal, e desse tipo de pensamento eu não compartilho.

PS: Não é uma crítica mas as vezes vc me parece niilista.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Apocaliptica

Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por Apocaliptica »

André escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Bom, acho que a realidade deve ser encarada. Eles tem isenção tributária, sim. É absurdo? É, mas é fato. E não posso me calar sobre isto.

O Estado é Laico? Não. E nunca será enquanto houver religiosidade como na nossa e na americana. Isto é impossível. Não há interesse, portanto, esqueça.

Idealismo é bom,claro. Mas dentro de padrões de realidade, senão você fica divagando enquanto o rodo passa por cima.
E é isto que acontece nas nossas fuças cada vez mais.

Quanto ao futuro... que eu posso te dizer? A crença é a única arma possível. Armas de fato não sei se temos.


Muitas gerações esperam por esse futuro no Brasil. A gente anda uns passos e o mundo já foi e voltou. Com a mentalidade política que temos ( dos políticos e do povo, pois são um reflexo do outro ), nosso futuro é algo assim como olhar para o infinito...quem sabe....um dia....as coisas...melhorem ( sei lá o que é melhorar, nunca se viu tanta violência, tanta safadeza, tanta impunidade e tanta fé no BRASIL: PAÍS DO FUTURO).

Reze meu filho, e entregue para Deus, dizem que ele é brasileiro....

Quanto à abandonar uma utopia por outra, eu digo que acho o que Rorty disse de uma fé cega que beira a inocência...e você sabe né, Fé Cega...Faca Amolada. Mas cada um alimenta a alma onde mais se sente apoiado.


Beijos!


Eu encaro a realidade. Só me perguntar sobre o passado e o presente nada animador. Alias não contesto sua avaliação.

Agora vou ser prático, se eu não acredita-se que fosse possível uma sociedade mais democrática, justa, com menos desigualdade, um Estado laico e secular, eu não teria motivação para escrever, para pesquisar, ensinar, o que me motiva é pensar que mesmo que pequena posso dar minha contribuição, não posso esperar que os outros façam se eu mesmo não me coloco a serviço. Uma vez agindo, posso procurar convencer, e ter esperança de não estar sozinho. "I may be a Dreamer but I am not the only one" Jonh Lennon.

Diferente da fé religiosa que não trabalha com possibilidades mas dogmas, a minha é de utilidade para gerar movimento trabalho, em prol de causas que acredito valem tal esforço.

Não acreditar nem que é possível, é o que mais facilita indiferença e resignação. Uma coisa e entender como a realidade é, outra é aceitar e achar que é impossível ser diferente. A acreditar nas possibilidades é o oposto de ser dogmático. Acreditar que o ser humano não tem jeito, nem nunca vai ter, é um dogma, uma regra universal atemporal, e desse tipo de pensamento eu não compartilho.

PS: Não é uma crítica mas as vezes vc me parece niilista.


Porque o niilismo seria considerado um defeito, merecedor de crítica negativa? Ele é um sintoma racionalizado em cima de uma realidade. Eu já acho as pessoas inocentes e sonhadoras demais. Crentes até. Isso é mau. Tem gente se aproveitando e rolando...e o futuro vai sendo empurrado mais para frente.
Ser prático? É como diz o video: o que você prefere? Morre um ente querido, você se entrega à finitude da morte ou prefere ficar esperando e se consolando que um dia ainda podem se encontrar num lugar do futuro?
A praticidade é uma: trabalhar e não sonhar. Mas para isto você não pode apenas escrever e filosofar, e também não pode estar sozinho. Senão, toda a sua praticidade nada mais será que um castelinho de areia. Toda manhã você começa e trabalha o dia todo nele. Vai para casa e a maré( muito mais poderosa) vem e desmacha ele. O castelo é você sozinho. O mar você sabe quem é....

Eu amo a vida, o progresso me apaixona, as pequenas e grandes obras me atraem, mas precisam ser genuínas e verdadeiras, precisam estar calcadas em algo que se entende quando se vislumbra uma outra realidade, que eu sei qual é, existe na face da Terra, e pode ser ainda melhorada.

Mas sinto dizer que está totalmente fora dos parâmetros da nação brasileira. Eu disse nação, veja bem...não disse território. A nação, seu povo formado e configurado como se apresenta, com uma cultura que não é proativa na ordem, na organização racional, na capacidade que discernimento claro sobre desenvolvimento. Não somos assim. Há povos que são naturalmente, mas nós não somos. Por isto nos batemos entre frustrações, modelos, copiamos fórmulas erradas, engendramos teorias na tentativa de aplicá-las e no entanto, voltamos sempre às nossas próprias armadilhas. É assim o Brasil. E não adianta espernear. Isto é niilismo? Pode ser um niilismo aplicado à realidade brasileira. Não sinto isto com relação à outras realidades.

PS:Nem vou levar em consideração aqui análise alguma acerca de nossas tão faladas riquezas ou belezas blablabla. Isto não é privilégio brasileiro, que há lugares tão ou mais bonitos do que o Brasil e muito mais respeitados e preservados pelos seus cidadãos e turistas.


Sou uma artista na alma, sempre filosofei e apliquei as minhas inquietações em forma de arte ( que me parece o único caminho para a expressão despretenciosa e atemporal, embora eu a possa usar como instrumento político quando bem me aprouver) .

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André
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:
Porque o niilismo seria considerado um defeito, merecedor de crítica negativa? Ele é um sintoma racionalizado em cima de uma realidade. Eu já acho as pessoas inocentes e sonhadoras demais. Crentes até. Isso é mau. Tem gente se aproveitando e rolando...e o futuro vai sendo empurrado mais para frente.
Ser prático? É como diz o video: o que você prefere? Morre um ente querido, você se entrega à finitude da morte ou prefere ficar esperando e se consolando que um dia ainda podem se encontrar num lugar do futuro?
A praticidade é uma: trabalhar e não sonhar. Mas para isto você não pode apenas escrever e filosofar, e também não pode estar sozinho. Senão, toda a sua praticidade nada mais será que um castelinho de areia. Toda manhã você começa e trabalha o dia todo nele. Vai para casa e a maré( muito mais poderosa) vem e desmacha ele. O castelo é você sozinho. O mar você sabe quem é....

Eu amo a vida, o progresso me apaixona, as pequenas e grandes obras me atraem, mas precisam ser genuínas e verdadeiras, precisam estar calcadas em algo que se entende quando se vislumbra uma outra realidade, que eu sei qual é, existe na face da Terra, e pode ser ainda melhorada.

Mas sinto dizer que está totalmente fora dos parâmetros da nação brasileira. Eu disse nação, veja bem...não disse território. A nação, seu povo formado e configurado como se apresenta, com uma cultura que não é proativa na ordem, na organização racional, na capacidade que discernimento claro sobre desenvolvimento. Não somos assim. Há povos que são naturalmente, mas nós não somos. Por isto nos batemos entre frustrações, modelos, copiamos fórmulas erradas, engendramos teorias na tentativa de aplicá-las e no entanto, voltamos sempre às nossas próprias armadilhas. É assim o Brasil. E não adianta espernear. Isto é niilismo? Pode ser um niilismo aplicado à realidade brasileira. Não sinto isto com relação à outras realidades.

PS:Nem vou levar em consideração aqui análise alguma acerca de nossas tão faladas riquezas ou belezas blablabla. Isto não é privilégio brasileiro, que há lugares tão ou mais bonitos do que o Brasil e muito mais respeitados e preservados pelos seus cidadãos e turistas.


Sou uma artista na alma, sempre filosofei e apliquei as minhas inquietações em forma de arte ( que me parece o único caminho para a expressão despretenciosa e atemporal, embora eu a possa usar como instrumento político quando bem me aprouver) .


Não sei se vc vai gostar da minha tentativa em fazer arte, no meu livro de ficção o herói é um sonhador. Ele não se resumi a isso, mas isso faz parte do que ele é ou aspira ser.

E o problema que vejo no Niilismo, em certas interpretações, é negar que podemos imprimir sentido a nossas vidas. Eu não acredito no sentido divino, mas aquele que cada um de nos pode construir.

PS: Já eu acho que as pessoas são idealistas e sonhadoras de menos. Aceitam a realidade, e até por isso não fazem nada para transformar essa. O primeiro passo para realizar é acreditar que é possível e tem valor, depois vem o passo mais difícil e importante o trabalho que o materializa. A lógica dominante é a do individualismo exacerbado, egoísmo. Esse que facilita corrupção falta de ética, e o torna lugar comum quando as pessoas dizem "Se fosse eu faria o mesmo" "Se eu pudesse"...São os idealistas que acreditam na possibilidade de valores éticos vingarem, da importância em defender eles.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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docdeoz
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Re: O Fim da Fé

Mensagem por docdeoz »

Diablo escreveu:Imagem

Finalmente tenho em maos o livro "O fim fa fé" de Sam "AKA Ben Stiller" Harris.

Depois de ler o quanto a religiao é maravilhosa para o NadaSei... finalmente a visao de alguém que estuda a sério as religioes á já 20 anos.

Ainda nao comecei a ler.
o livro é bom?

Para começar, fiquei bem impressionado. Tenho uma ediçao semi-luxuosa e percebe-se bem que as folhas nao sao em papel reciclado. parecem seda. É uma ediçao que nao poupa a floresta amazónica.


Fai ser o fim da fé dos ateus também? Quando vocês vão parar de mentir para si mesmos e reconhecer que seus argumentos tem o mesmo valor do que o dos crentes evangélicos?
(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653

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André
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Re: O Fim da Fé

Mensagem por André »

docdeoz escreveu:
Diablo escreveu:Imagem

Finalmente tenho em maos o livro "O fim fa fé" de Sam "AKA Ben Stiller" Harris.

Depois de ler o quanto a religiao é maravilhosa para o NadaSei... finalmente a visao de alguém que estuda a sério as religioes á já 20 anos.

Ainda nao comecei a ler.
o livro é bom?

Para começar, fiquei bem impressionado. Tenho uma ediçao semi-luxuosa e percebe-se bem que as folhas nao sao em papel reciclado. parecem seda. É uma ediçao que nao poupa a floresta amazónica.


Fai ser o fim da fé dos ateus também? Quando vocês vão parar de mentir para si mesmos e reconhecer que seus argumentos tem o mesmo valor do que o dos crentes evangélicos?


Ateus que tem fé na inexistência de Deus representam uma minoria.

A maioria pensa ser improvável a existência de Deus. Pensar que algo é improvável está longe de ser um ato de fé.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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r u i
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Re.: O Fim da Fé

Mensagem por r u i »

Le o livro Doc. Nao fales antes de saber o que ele diz. Podes até ser surpreendido por alguns argumentos de Sam Harris. Ele critica o fisicalismo que garante que a cosnciencia nao tem segredo nenhum. O que pode agradar a alguns crentes. Diz também que nao sabe o que há depois da morte, por exemplo.

Depois Sam harris fala de crenças e fé. Ele discute a crença em geral . Mas ve a fé como um aspecto particular da crença. A fé é um tipo de crença que ele considera pernicioso... por razoes que ele explica muito bem. Um dos ponto é que a fé nao só pode destruir a racionalidade e qualquer possibilidade de discuçao (e na falta disso resta a violencia para expor um ponto de vista) ... como pode também destruir o verdadeiro amor. E para isso dá o exemplo da mulheres muçulmanas violadas que sao em seguida mortas por familiares... por uma questao de honra. Para ele, a fé muçulmana tem o pootencial de fazr com que pais nao gostem tanto dos filhos como em outras culturas.

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NadaSei
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por NadaSei »

zencem escreveu:Pois é, meu caro, amigo.

Portanto, você me deixa sem condições de continuar o debate, pois todas estas considerações semânticas servem só pra encher o seu balão e fugir do significado do "verdadeiro ceticismo" que é um estado de dúvida, que se sugere oportuno, pra quem está empenhado em exercer um pensar correto.



Só estou separando as coisas, quando você troca o termo ateísmo por ceticismo, está colocando todos os ateus no papel de céticos que nem todos são. Isso tudo apensar deu ter entendido o contexto de "o verdadeiro cético".

É mais fácil dizer que o verdadeiro ateu é cético, não trocar um termo por outro, pois eu posso dizer a mesma coisa do verdadeiro teismo.
Dai eu diria que não gosto da palavra teista e trocaria por o verdadeiro cético... nunca saberíamos se o tal cético se refere a um ateu ou a um teísta.
Existe uma diferença nos que diz cada termo, por isso são termos diferentes.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: O Fim da Fé

Mensagem por NadaSei »

André escreveu:Ateus que tem fé na inexistência de Deus representam uma minoria.

A maioria pensa ser improvável a existência de Deus. Pensar que algo é improvável está longe de ser um ato de fé.

Não concordo não...
Eu acho que o número de ateus crentes é bem grande.
Já conheci muitos ateus céticos e coerentes, mais até que teístas coerentes.
Ainda assim o número de ateus crentes supera um pouco esses céticos.
Ceticismo pra valer é muito raro.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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zencem
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por zencem »

.
Defeito no envio. Vale o próximo post.

Editado pela última vez por zencem em 22 Abr 2007, 18:52, em um total de 1 vez.
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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zencem
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por zencem »

NadaSei escreveu:
zencem escreveu:Pois é, meu caro, amigo.

Portanto, você me deixa sem condições de continuar o debate, pois todas estas considerações semânticas servem só pra encher o seu balão e fugir do significado do "verdadeiro ceticismo" que é um estado de dúvida, que se sugere oportuno, pra quem está empenhado em exercer um pensar correto.



Só estou separando as coisas, quando você troca o termo ateísmo por ceticismo, está colocando todos os ateus no papel de céticos que nem todos são. Isso tudo apensar deu ter entendido o contexto de "o verdadeiro cético".

É mais fácil dizer que o verdadeiro ateu é cético, não trocar um termo por outro, pois eu posso dizer a mesma coisa do verdadeiro teismo.
Dai eu diria que não gosto da palavra teista e trocaria por o verdadeiro cético... nunca saberíamos se o tal cético se refere a um ateu ou a um teísta.
Existe uma diferença nos que diz cada termo, por isso são termos diferentes.




Alô, Nada!

Eu não estou interessado em competir contigo, nesta guerra de opiniões, tão a gosto dos que se acostumaram ao ambiente sectário que as religiões propiciam.

Eu estou interessado num mundo com menos disputas e de mais coesão espontânea.

Eu não estou interessado num estado em que convencer é mais importante do que compreender.

Quem está interessado em convencer é aquele que está a serviço do obscurantismo e que tornou a existência humana neste desastre que não combina com o milagre da vida.

Só isso, já seria o suficiente para uma pessoa séria, começar pelo silêncio de suas afirmações, para que possa ouvir as perguntas que sugerem o cáos deste mundo.

As religiões e as ideologias não tem mais nada para explicar com suas palavras vasias e falaciosas.
O verdadeiro ceticismo é apenas a reação de uma individualidade massacrada, disposta a assumir o seu verdadeiro sentido de religião, se livrando do obscurantismo gerador da irracionalidade.

Ao ler um texto, já estás disposto a por em execução as pré-conclusões, as tendências julgadoras, as vaidades e presunções dos que acham que tudo sabem, mas esqueces do principal: compreende-lo.

O texto é tão simples e tenta, apenas, justificar as palavras de Dawkins sobre esta idéia de organizar ateus e que, em vista a diversidade de ateus, me leva a destacar e preservar, os que surgiram do verdadeiro ceticismo, que, em geral, são os que têm esse modo de ver.

Vou repetí-lo, aquí:



Garanto que você não sabe o porquê.

O verdadeiro cético, (detesto a palavra ateu) o é, por uma atitude de percepção e descobrimento individual.
O é porque começou a ver o que existe na claridade.

Não é, porque se identificou com uma doutrina que, em si mesma, é escravizadora.

Conhece o cheiro da liberdade e sabe que, no pretender se organizar, vai adotar o mesmo formato das instituições obscuras e dominadoras.

A solução está em ver... em compreender, não em se tornar alguma coisa ou se identificar com uma bandeira que vai apagar o sentimento de liberdade.

Na euforia das descobertas, podemos até embarcar nesta onda, sem perceber que, ela, é a ilusão da perna irreal, no lugar daquela que foi amputada.

Este não é aquele ateísmo comunista, pra consumo ideológico; Este é o que vem assustando os dirigentes crentes, acostumados a convencer, brandindo o chicote do medo.



----------
Em tempo:
Há uma enorme diferença entre o ceticismo que nasceu do estômago e aquele de uma mente, interessada apenas em exercer com integridade a função que é só sua, e que a leva a precaver-se de atulhar a memória com lixo de conhecimento não compreendido.
Editado pela última vez por zencem em 21 Abr 2007, 18:13, em um total de 1 vez.
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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André
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Re: O Fim da Fé

Mensagem por André »

NadaSei escreveu:
André escreveu:Ateus que tem fé na inexistência de Deus representam uma minoria.

A maioria pensa ser improvável a existência de Deus. Pensar que algo é improvável está longe de ser um ato de fé.

Não concordo não...
Eu acho que o número de ateus crentes é bem grande.
Já conheci muitos ateus céticos e coerentes, mais até que teístas coerentes.
Ainda assim o número de ateus crentes supera um pouco esses céticos.
Ceticismo pra valer é muito raro.


Pelo menos aqui no forum é minoria.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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RicardoVitor
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Re.: O Fim da Fé

Mensagem por RicardoVitor »

Eu tenho fé na inexistência dos seguintes deuses:









(será impossível digitar o nome de todos aqui...)
Editado pela última vez por RicardoVitor em 21 Abr 2007, 12:33, em um total de 1 vez.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!

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RicardoVitor
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Re.: O Fim da Fé

Mensagem por RicardoVitor »

É mais lógico dizer que eu não tenho fé na existência de nenhum.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!

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André
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por André »

RicardoVitor escreveu:É mais lógico dizer que eu não tenho fé na existência de nenhum.


Sim.Além do que se perde menos tempo tendo que dizer em relação a cada Deus sua opinião. Descrente do sobrenatural todo ele.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


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Adrianoped
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Re: Re.: O Fim da Fé

Mensagem por Adrianoped »

RicardoVitor escreveu:Eu tenho fé na inexistência dos seguintes deuses:









(será impossível digitar o nome de todos aqui...)

O melhor é divindades, abrange todos os conceitos.
Filosofia ateísta - Blog com textos sobre ateísmo e filósofos ateus

http://adrianoped.blogspot.com/

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Adrianoped
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Re: O Fim da Fé

Mensagem por Adrianoped »

André escreveu:
NadaSei escreveu:
André escreveu:Ateus que tem fé na inexistência de Deus representam uma minoria.

A maioria pensa ser improvável a existência de Deus. Pensar que algo é improvável está longe de ser um ato de fé.

Não concordo não...
Eu acho que o número de ateus crentes é bem grande.
Já conheci muitos ateus céticos e coerentes, mais até que teístas coerentes.
Ainda assim o número de ateus crentes supera um pouco esses céticos.
Ceticismo pra valer é muito raro.


Pelo menos aqui no forum é minoria.


Crente é sinônimo de burrice e ceticismo inteligência. Quem acredita não pode ser cético pois a crença significa acreditar sem pensar. É assim que os teístas são vistos.
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http://adrianoped.blogspot.com/

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Re: O Fim da Fé

Mensagem por André »

Adrianoped escreveu:
André escreveu:
NadaSei escreveu:
André escreveu:Ateus que tem fé na inexistência de Deus representam uma minoria.

A maioria pensa ser improvável a existência de Deus. Pensar que algo é improvável está longe de ser um ato de fé.

Não concordo não...
Eu acho que o número de ateus crentes é bem grande.
Já conheci muitos ateus céticos e coerentes, mais até que teístas coerentes.
Ainda assim o número de ateus crentes supera um pouco esses céticos.
Ceticismo pra valer é muito raro.


Pelo menos aqui no forum é minoria.


Crente é sinônimo de burrice e ceticismo inteligência. Quem acredita não pode ser cético pois a crença significa acreditar sem pensar. É assim que os teístas são vistos.


Isso é um exageiro conheço religiosos e crentes inteligentes e ao longo da história tem muitos exemplos.

So pq eu não sou não caracterizo os que são assim.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Re: O Fim da Fé

Mensagem por NadaSei »

André escreveu:
Pelo menos aqui no fórum é minoria.

A meu ver é maioria.
No antigo fórum do ateus.net era equilibrado, diria até que os céticos eram uma pequena maioria, mas aqui no RV vejo a maioria como crente.
Muitas afirmações, pouca argumentação, muitas falácias, erros de raciocínio e dogmatismo.
Inclusive a carga ideológica aqui é muito grande, de uma olhada nos tópicos sobre política, socialismo X capitalismo, etc...

O fórum só é interessante, porque mesmo como minoria, ainda assim tem um bom número de pessoas mais equilibradas e, que quando postam, são bem interessantes.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Trancado