Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Fernando Silva escreveu: As pessoas sempre pensam que estão seguindo suas religiões ao pé da letra, mas não estão.
Nem a propria Igreja segue ao pé de letra o que diz a Biblia... ao ignorar por exemplo... o modelo cosmológico da Biblia e adotar o modelo ptolomaico...
Os católicos resolveram este problema atribuindo apenas ao papa autoridade para interpretar a Bíblia.
Já os protestantes acreditam-se todos inspirados pelo Espírito Santo e capazes de interpretar pessoalmente. O que lhes vier à cabeça é a verdade.
Carmen escreveu:E me parece que está havendo nestas postagens uma confusão muito comum, por sinal, entre imaginar um criador (teísmo ou deísmo) com ter uma religião, que é o assunto aqui: religião ser doença. Embora eu não faça parte de nenhuma das alternativas, continuo considerando religiões como patologias, mas não o teísmo em si. Pelo menos os crentes num deus, mas que não são seguidores de nenhuma seita, os que conheço, me parecem saudáveis.
Fernando Silva escreveu:Você apresentou de forma mais clara o que eu estava tentando dizer.
Essa vai para o meu Guiness-pessoal ! Ganhei a semana !
FS escreveu:Acreditar em que pode ter havido um criador do universo é apenas uma questão de opinião e não afeta a vida de ninguém.
Acreditar em que esse criador nos falou e nos deixou instruções detalhadas (e confusas) sobre o que temos que fazer, o que não podemos fazer e as recompensas e castigos resultantes é que é doentio se a pessoa se agarra à idéia mesmo depois de perceber que não tem provas. Ou seja, quando ela dá mais valor à fé do que à razão e às evidências (e ainda acha que isto é uma virtude...).
Fernando Silva escreveu:As pessoas sempre pensam que estão seguindo suas religiões ao pé da letra, mas não estão. Sem perceber, elas ignoram (ou classificam como sem importância ou perdoável) tudo o que seu bom senso lhes diz que é idiota.
Os equilibrados sempre conseguirão compreender a mensagem
Bjs
Os equilibrados não deixarão que sua religião, por mais estúpida que seja, os leve a atitudes insensatas. Como ateu, não acho que as religiões tenham uma "mensagem divina". São apenas tentativas de explicar o mundo e aliviar o medo da morte, mas certamente contêm muita sabedoria (de origem exclusivamente humana) que pode ser separada da lama e aproveitada.
Claro que é melhor quando se encontram as pérolas sem ter que chafurdar no chiqueiro.
Até por uma questão de afinidade, porque sempre vamos em busca dela, uma pessoa equilibrada não vai se afinizar com uma religião ""estúpida""
Quem gosta de um chiqueiro não está atrás de pérolas
salgueiro escreveu:Até por uma questão de afinidade, porque sempre vamos em busca dela, uma pessoa equilibrada não vai se afinizar com uma religião ""estúpida""
Quem gosta de um chiqueiro não está atrás de pérolas
Bjs
Eu não escolhi minha religião, ela me foi enfiada na cabeça antes que tivesse desenvolvido o senso crítico. Uma vez lá dentro, tornou-se quase imune aos ataques da lógica.
Acho que é assim com a maioria das pessoas.
O certo seria dotar as crianças das ferramentas da razão e mantê-las livres do contágio até que atingissem uma idade em que fossem capazes de analisar as milhares de opções disponíveis (inclusive religiões já mortas) e só então escolher. Ou rejeitar.
Mas as igrejas têm consciência disto e procuram iniciar a lavagem cerebral o mais cedo possível.
salgueiro escreveu:Até por uma questão de afinidade, porque sempre vamos em busca dela, uma pessoa equilibrada não vai se afinizar com uma religião ""estúpida""
Quem gosta de um chiqueiro não está atrás de pérolas
Bjs
Eu não escolhi minha religião, ela me foi enfiada na cabeça antes que tivesse desenvolvido o senso crítico. Uma vez lá dentro, tornou-se quase imune aos ataques da lógica.
Acho que é assim com a maioria das pessoas.
O certo seria dotar as crianças das ferramentas da razão e mantê-las livres do contágio até que atingissem uma idade em que fossem capazes de analisar as milhares de opções disponíveis (inclusive religiões já mortas) e só então escolher. Ou rejeitar.
Mas as igrejas têm consciência disto e procuram iniciar a lavagem cerebral o mais cedo possível.
Bem .... nós somos da mesma geração ..... e desde o momento em que ouvi pela primeira vez que devemos ter fé cega, acabou qualquer simpatia com a igreja católica. Tudo bem que não fui obrigada a frequentar depois de ter feito a primeira Comunhão, mas se tivesse sido, as orelhas continuariam moucas. Já nasci rebelde e contestadora
Até hoje meus filhos não tem religião e por mim não precisam ter, apesar de terem sido "evangelizados" a minha moda
Fernando Silva escreveu:Eu não escolhi minha religião, ela me foi enfiada na cabeça antes que tivesse desenvolvido o senso crítico. Uma vez lá dentro, tornou-se quase imune aos ataques da lógica.
Acho que é assim com a maioria das pessoas.
O certo seria dotar as crianças das ferramentas da razão e mantê-las livres do contágio até que atingissem uma idade em que fossem capazes de analisar as milhares de opções disponíveis (inclusive religiões já mortas) e só então escolher. Ou rejeitar.
Mas as igrejas têm consciência disto e procuram iniciar a lavagem cerebral o mais cedo possível.
Salgueiro escreveu:Bem .... nós somos da mesma geração ..... e desde o momento em que ouvi pela primeira vez que devemos ter fé cega, acabou qualquer simpatia com a igreja católica. Tudo bem que não fui obrigada a frequentar depois de ter feito a primeira Comunhão, mas se tivesse sido, as orelhas continuariam moucas. Já nasci rebelde e contestadora
Até hoje meus filhos não tem religião e por mim não precisam ter, apesar de terem sido "evangelizados" a minha moda
Bjs
Aproveitando esses dois posts, eles servem direitinho para o que eu quero dizer sobre religião ser doença. Nós tres somos da mesma geração, portanto as diferenças no que tivemos que engolir está apenas em nossas famílias, onde o "contágio" se dá primeiro e com mais intensidade (crianças sempre se miram nos pais...). O Fernando foi obrigado a ser católico, e olhe quanto tempo alguém com a capacidade de discernimento dele levou para se libertar (ou curar). Sonia e eu tivemos famílias tolerantes e a liberdade de optar.
E depois de experimentar essa liberdade, é difícil de alguém voltar atrás, tanto é que a Sonia cedeu a mesma aos filhos.
Sei que muitos vão torcer o nariz pela obviedade do meu exemplo, mas...é isso...
Fernando Silva escreveu:Eu não escolhi minha religião, ela me foi enfiada na cabeça antes que tivesse desenvolvido o senso crítico. Uma vez lá dentro, tornou-se quase imune aos ataques da lógica.
Acho que é assim com a maioria das pessoas.
O certo seria dotar as crianças das ferramentas da razão e mantê-las livres do contágio até que atingissem uma idade em que fossem capazes de analisar as milhares de opções disponíveis (inclusive religiões já mortas) e só então escolher. Ou rejeitar.
Mas as igrejas têm consciência disto e procuram iniciar a lavagem cerebral o mais cedo possível.
Salgueiro escreveu:Bem .... nós somos da mesma geração ..... e desde o momento em que ouvi pela primeira vez que devemos ter fé cega, acabou qualquer simpatia com a igreja católica. Tudo bem que não fui obrigada a frequentar depois de ter feito a primeira Comunhão, mas se tivesse sido, as orelhas continuariam moucas. Já nasci rebelde e contestadora
Até hoje meus filhos não tem religião e por mim não precisam ter, apesar de terem sido "evangelizados" a minha moda
Bjs
Aproveitando esses dois posts, eles servem direitinho para o que eu quero dizer sobre religião ser doença. Nós tres somos da mesma geração, portanto as diferenças no que tivemos que engolir está apenas em nossas famílias, onde o "contágio" se dá primeiro e com mais intensidade (crianças sempre se miram nos pais...). O Fernando foi obrigado a ser católico, e olhe quanto tempo alguém com a capacidade de discernimento dele levou para se libertar (ou curar). Sonia e eu tivemos famílias tolerantes e a liberdade de optar. E depois de experimentar essa liberdade, é difícil de alguém voltar atrás, tanto é que a Sonia cedeu a mesma aos filhos.
Sei que muitos vão torcer o nariz pela obviedade do meu exemplo, mas...é isso...
Vou discordar de vc, Carmen. Meu pai, se fosse vivo teria 88 anos, era filho de beata e foi obrigado a estudar em seminário. O "normal" teria sido se ordenar, e isso nunca aconteceu. A "lavagem cerebral" apesar de intensa nem chegou a fazer mossa. Nunca o vi nem ir a missa
salgueiro escreveu:Vou discordar de vc, Carmen. Meu pai, se fosse vivo teria 88 anos, era filho de beata e foi obrigado a estudar em seminário. O "normal" teria sido se ordenar, e isso nunca aconteceu. A "lavagem cerebral" apesar de intensa nem chegou a fazer mossa. Nunca o vi nem ir a missa
Algumas pessoas são mais influenciáveis que outras. O fato do seu pai não ter cedido à doutrinação não quer dizer que ela não afete ninguém.
The world's mine oyster, which I with sword will open. - William Shakespeare Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos. - William James Agora já aprendemos, estamos mais calejados... os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato. - Luis Inácio, 20/10/2006
salgueiro escreveu:Vou discordar de vc, Carmen. Meu pai, se fosse vivo teria 88 anos, era filho de beata e foi obrigado a estudar em seminário. O "normal" teria sido se ordenar, e isso nunca aconteceu. A "lavagem cerebral" apesar de intensa nem chegou a fazer mossa. Nunca o vi nem ir a missa
Algumas pessoas são mais influenciáveis que outras. O fato do seu pai não ter cedido à doutrinação não quer dizer que ela não afete ninguém.
Meu ponto é exatamente esse, Flavio, é muito mais uma questão de predisposição que da "lavagem cerebral" propriamente dita
Salgueiro escreveu:Vou discordar de vc, Carmen. Meu pai, se fosse vivo teria 88 anos, era filho de beata e foi obrigado a estudar em seminário. O "normal" teria sido se ordenar, e isso nunca aconteceu. A "lavagem cerebral" apesar de intensa nem chegou a fazer mossa. Nunca o vi nem ir a missa
Bjs
Sonia, o que houve com seu pai não seria um caso extremo e justamente porisso ele se rebelou ? Tudo bem que a média de pressão a que me referi é obrigar os filhos a irem a catequese (ou coisa parecida), missa semanal, sermões familiares, etc..., o de praxe, mas virar padre...isso deve ter servido de tratamento de choque para ele. Não acha ?
Flavio Costa escreveu:Algumas pessoas são mais influenciáveis que outras. O fato do seu pai não ter cedido à doutrinação não quer dizer que ela não afete ninguém.
Meu ponto é exatamente esse, Flavio, é muito mais uma questão de predisposição que da "lavagem cerebral" propriamente dita
Se você tem predisposição e sofre lavagem cerebral, vai ser afetado. Se você tem predisposição, mas não sofre lavagem cerebral, não vai ocorrer nenhum problema. A doutrinação é no mínimo tão importante quanto a predisposição em si.
The world's mine oyster, which I with sword will open. - William Shakespeare Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos. - William James Agora já aprendemos, estamos mais calejados... os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato. - Luis Inácio, 20/10/2006
Salgueiro escreveu:Vou discordar de vc, Carmen. Meu pai, se fosse vivo teria 88 anos, era filho de beata e foi obrigado a estudar em seminário. O "normal" teria sido se ordenar, e isso nunca aconteceu. A "lavagem cerebral" apesar de intensa nem chegou a fazer mossa. Nunca o vi nem ir a missa
Bjs
Sonia, o que houve com seu pai não seria um caso extremo e justamente porisso ele se rebelou ? Tudo bem que a média de pressão a que me referi é obrigar os filhos a irem a catequese (ou coisa parecida), missa semanal, sermões familiares, etc..., o de praxe, mas virar padre...isso deve ter servido de tratamento de choque para ele. Não acha ?
Beijos !
A meu ver, o que falou mais alto foi o temperamento dele, a firme vontade de seguir seu próprio caminho. Isso torna uma pessoa refratária aquilo que não deseja, haja a pressão que houver
RoaCh Of DisCord escreveu: Consequência natural da evolução do neocórtice. Em especial dos Lobos Frontais. Nós temos a capacidade de previsão... que no fundo é imaginar o que vai acontecer mas ainda não aconteceu. Essa evolução desenvolveu em nós também a capacidade de Psicologos naturais. Basicamente cada um de nós tem uma teoria da mente. Sempre que comunicamos, postulamos que o outro tem uma mente como a minha. Nós não vemos essa mente. Ela é invisível. Da teoria da mente até imaginar o espírito do rio ou da montanha vai um pequeno passo. É natural. Depois, os seres humanos sempre viveram rodeados de coisas concebidas. No tempo dos caçadores recolectores haviam as lanças. O caçador, se encontrasse uma lança intuiria imediatamente que tinha sido feita por um caçador como ele. Não intuiria que a lança faz o caçador. Da mesma forma a natureza tem design (fruto da evolução por seleção natural, ou Deus, ou as duas coisas). Ao olhar para a presa o caçador poderia intuir que a presa teve também um criador. Mas como o design da presa é muito superior ao da lança... então o criador da presa é muito maior e mais poderoso que o caçador. O Caçador pode querer louvar o criador da presa. Afinal a presa alimenta o caçador. Puro senso comum. Não há nada de doentio nesta forma de pensar. Nada de dramas Freudianos.
O que voce descreveu acima é como provávelmente os antigos raciocinavam na sua ignorância dos eventos naturais. Mas não cabe mais hoje em dia. E me parece que está havendo nestas postagens uma confusão muito comum, por sinal, entre imaginar um criador (teísmo ou deísmo) com ter uma religião, que é o assunto aqui: religião ser doença. Embora eu não faça parte de nenhuma das alternativas, continuo considerando religiões como patologias, mas não o teísmo em si. Pelo menos os crentes num deus, mas que não são seguidores de nenhuma seita, os que conheço, me parecem saudáveis. Talvez até porque esse deus deles possa ser apenas outro nome para uma parte de seus próprios psiquismos. Acho que essa Freud explica (sem dramas). naturalistas
Francis Collins é Evangélico e cientista e acredita totalmente nas explicaçoes naturalistas, o Pioneiro em Genética em Portugal, O professor Luis Archer, é padre Jesuita. O primeiro a pensar na hipotese do Big Bang (Lemaitre) também era padre Jesuita. Como eles há muitos. Eles acreditam na ciencia, e nao tem conflito nenhum com uma forma mais primitiva de pensar. Além de que nao está provado que o senso comum, que eu descrevi em relaçao a um criador, está errado. Por isso, nao se trata de ignorancia. O pensamento cabe hoje em dia... como se ve.
Carmen escreveu: Conheço o quanto voce consegue entrar por "n" alternativas filosóficas...neste aspecto não sou páreo. Então, não quero ir por este caminho não. Além do que tenho opinião formada.
É muito saudável desenformar a opinião que se tem. Especialmente se estiver errada...
Sem dúvida, e existem inúmeros assuntos sobre os quais vivo em dúvida, e vou morrer com muitas delas, mas quando me decido a respeito de algum, a ponto de afirmá-lo, não mudo mais.
Flavio Costa escreveu:Algumas pessoas são mais influenciáveis que outras. O fato do seu pai não ter cedido à doutrinação não quer dizer que ela não afete ninguém.
Meu ponto é exatamente esse, Flavio, é muito mais uma questão de predisposição que da "lavagem cerebral" propriamente dita
Se você tem predisposição e sofre lavagem cerebral, vai ser afetado. Se você tem predisposição, mas não sofre lavagem cerebral, não vai ocorrer nenhum problema. A doutrinação é no mínimo tão importante quanto a predisposição em si.
Entra aí o auto-conhecimento, talvez o único antídoto contra essa vulnerabilidade, porque gostemos ou não, sofremos doutrinações direto
Salgueiro escreveu:A meu ver, o que falou mais alto foi o temperamento dele, a firme vontade de seguir seu próprio caminho. Isso torna uma pessoa refratária aquilo que não deseja, haja a pressão que houver
Bjs
É, não dá prá simplificar tudo. Entram outras variáveis na história. Por sorte era seu pai, homem, se fosse mulher acredito que não teria escapado de virar freira se fosse o desejo de seus avós.