Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
RCAdeBH escreveu:Não ha nada de milagroso na justiça divina. O que me referi acima é uma lei universal e imutável: a causa e o efeito. Esta lei é bem demonstrada inclusive em nosso cotidiano. Um soco na parede produzirá alguns arranhoes na pintura, porem tambem produzirá lesões nos dedos variando de grau conforme a força do soco. É simples.
Isso é uma lei da física, que aliás é contestada pela quântica.
Outro fato é que a moral é algo relativo e o conceito de punição por certos atos foi criado pelos seres humanos.
Causa e efeito não é lei da física nenhuma. Causa e efeito são definições de eventos que se interligam. Toda causa tem um efeito e todo efeito tem uma causa não porque haja uma lei para isso, mas porque a definição de ambos garante isso.
Tudo que for denominado causa tem, por definição, um efeito decorrente do mesmo.
Tudo que for denominado efeito tem, por definição, uma causa.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Causa e efeito é complicado. Antes pensava-se que causas pequenas geravam efeitos também pequenos. Este é o determinismo de Laplace e Newton. Hoje sabe-se que a natureza é bastante não linear e pequenas causas podem gerar efeitos enormes e imprevisíveis. Já na Física quantica pequenas causas geram sempre efeitos pequenos (mas só se nos ficarmos pelo mundo dos átomos)...
Acauan escreveu: Esta é a mesma falha da proposta espírita, segundo a qual o mal é consequência do livre arbítrio e deve ser expiado pela reencarnação que inverteria o papel dos oprimidos e opressores e levaria ambos ao aprendizado. Só que a conta não fecha, pois cada expiação produziria necessariamente uma nova injustiça. Além do que, a tese da reencarnação se baseia na idéia de que há um aprendizado evolutivo em sofrer o mesmo mal que praticou. Não há evidências que sustentem a veracidade disto, uma vez que a experiência mostra que o ladrão que é roubado ou o homem violento que toma uma surra não necessariamente se torna mais honesto ou pacífico por causa disto.
Olá guerreiro,
Não posso defender a DE, pois não sei o que, de fato, ela propõem. Do karma, eu posso falar alguma coisa e, novamente, oponho-me a essa idéia de expiação. O sofrimento pode ser verdadeiro, como conseqüência de um ato errado, do mesmo modo como colocar a mão no fogo provocaria uma queimadura. Não deixa de ser um aprendizado, pois o incauto, com toda certeza, não voltará a fazê-lo.
Usando o homicídio como exemplo, eu pergunto: se você tirar minha vida nesta existência, pois na anterior eu tirei a sua, que proveito obteremos dessa experiência? Onde estaria o aprendizado? Não seria mais lógico supor que eu deva salvar sua vida como forma de reparar o mal cometido? Além de limpar minha barra com você, eu aprenderia o valor da vida.
Claro que não estou apresentando uma fórmula definitiva, que responde a todas as perguntas que envolvam o homicídio. Ofereço um exemplo simples e funcional de como podemos reparar um erro e aprender ao mesmo tempo, ainda que o processo, na realidade, seja muito mais complexo que isso.
Tudo se acaba perante a morte..? Acho que meus descendentes não acham isso...
Por que temos que ser tão individualistas...?
Números 15; Oséias 13:16; Deuteronômio 13; Numeros 16:49; Numeros 25:9; Numeros 21:35 Numeros 21:35; Numeros 25:4; Juízes 14:19; Josué 10:11.
“Não se deve explicar o que não se sabe por meio do que não se vê, pois nunca rejeite a opinião de alguém só porque é diferente da sua. Os dois podem estar errados...”
Res Cogitans escreveu:Causa e efeito não é lei da física nenhuma. Causa e efeito são definições de eventos que se interligam. Toda causa tem um efeito e todo efeito tem uma causa não porque haja uma lei para isso, mas porque a definição de ambos garante isso. Tudo que for denominado causa tem, por definição, um efeito decorrente do mesmo. Tudo que for denominado efeito tem, por definição, uma causa.
É verdade, mas o problema foram os termos que o RCA usou.
Só quis dizer que não faz sentido usar a lei da ação e reação de Newton pra justificar o karma...
Acauan escreveu: Esta é a mesma falha da proposta espírita, segundo a qual o mal é consequência do livre arbítrio e deve ser expiado pela reencarnação que inverteria o papel dos oprimidos e opressores e levaria ambos ao aprendizado. Só que a conta não fecha, pois cada expiação produziria necessariamente uma nova injustiça. Além do que, a tese da reencarnação se baseia na idéia de que há um aprendizado evolutivo em sofrer o mesmo mal que praticou. Não há evidências que sustentem a veracidade disto, uma vez que a experiência mostra que o ladrão que é roubado ou o homem violento que toma uma surra não necessariamente se torna mais honesto ou pacífico por causa disto.
Olá guerreiro,
Não posso defender a DE, pois não sei o que, de fato, ela propõem. Do karma, eu posso falar alguma coisa e, novamente, oponho-me a essa idéia de expiação. O sofrimento pode ser verdadeiro, como conseqüência de um ato errado, do mesmo modo como colocar a mão no fogo provocaria uma queimadura. Não deixa de ser um aprendizado, pois o incauto, com toda certeza, não voltará a fazê-lo.
Usando o homicídio como exemplo, eu pergunto: se você tirar minha vida nesta existência, pois na anterior eu tirei a sua, que proveito obteremos dessa experiência? Onde estaria o aprendizado? Não seria mais lógico supor que eu deva salvar sua vida como forma de reparar o mal cometido? Além de limpar minha barra com você, eu aprenderia o valor da vida.
Claro que não estou apresentando uma fórmula definitiva, que responde a todas as perguntas que envolvam o homicídio. Ofereço um exemplo simples e funcional de como podemos reparar um erro e aprender ao mesmo tempo, ainda que o processo, na realidade, seja muito mais complexo que isso.
Um abraço.
Olá Avatar!
Bem, como ja disse, os mecanismos para o aprendizado ou resgate são muitos. Usei a lógica científica da causa e efeito como um exemplo. Esta afirmaçao de muitos pseudo-reencarnacionistas tem que se eu mato alguem nesta vida terei que perecer nas mãos dele mesmo em outra pessoa não é absoluta e tampouco prática. Como já disse, o efeito desejado será sempre que a pessoa aprenda que não deve matar. Quanto a forma que se dá isso, é individual e circunstancial a cada um.
Voce usou bem o exemplo do fogo, onde com a dor da queimadura saberemos que não devemos mexer com labaredas, mas te afirmo: pouquissimos não mexem com fogo somente pelo fato de serem advertidos. A maioria "queima a mão" mesmo. Use esta analogia a vida dos errantes e nas nossas proprias vidas.
Um abraço e mais uma vez lhe comprimento pela educaçao e inteligência que sempre usa para conosco, mesmo se tivermos uma opinião contraria a sua.
RCAdeBH escreveu:Bem, como ja disse, os mecanismos para o aprendizado ou resgate são muitos. Usei a lógica científica da causa e efeito como um exemplo. Esta afirmaçao de muitos pseudo-reencarnacionistas tem que se eu mato alguem nesta vida terei que perecer nas mãos dele mesmo em outra pessoa não é absoluta e tampouco prática. Como já disse, o efeito desejado será sempre que a pessoa aprenda que não deve matar.
Agora piorou. Pelo menos antes dava pra dar um embasamento pseudo-científico.
Explique por que alguém que matou tenha que aprender que isso é errado.
Acauan escreveu:Mas Segundo a doutrina espírita, tal grau de elevação só seria atingido após inúmeras reecarnações. Defender que o livre arbítrio direcionado ao bem é produto de uma evolução espiritual implica que, segundo o espiritismo, o homem só faz bom uso pleno de seu livre arbítrio após passar por um processo cósmico de depuração. Frigidos os ovos, não é muito diferente da doutrina evangélica do homem caído, que depende da redenção para se reconciliar com o bem.
Sim. O efeito é igual, porem os meios são completamente diferentes. Nas denominaçoes evangélicas somente é necessário um "arrependimento" perante Jesus do "meliante" e sua devida inserçao nas práticas da igreja para sua total e completa "salvaçao" (ou seja, gloria eterna e desfrute das maravilhas de um confuso paraiso perene), isso independente do que ele tenha feito antes da "conversão" . No Kardecismo somente após a total remissão dos sentimentos baixos, ou melhor me explicando, quando a pessoa aprender que o que faz ou fez não é correto, seja isso feito com uma ou dez encarnaçoes, sofrendo ou não, lhe é desnecessário novas encarnaçoes na terra. O que não significa que este se encontrará em um paraiso após isso... a escala evolutiva do espirito é infinita assim como o universo.
Na verdade a crença evangélica é mais complexa do que isto, como pode ser visto no Pequeno Manual para Entender os Crentes no Capítulo 10 – Novo Nascimento e Vidas Transformadas e no Capítulo 11 – A Reengenharia do Eu. De certa forma, o “novo nascimento” é uma reencarnação em vida, na qual o crente atinge a santidade não pelo aprendizado evolutivo reencarnacionista, mas pela ação do Espírito Santo. Pelo menos, na opinião deles.
Mas há um problema na afirmação de que a escala evolutiva do espírito é infinita. A evolução espiritual deveria ser um meio e não um fim. Se o meio é infinito, implica que o fim, seja lá qual for, jamais será atingido.
RCAdeBH escreveu:
Acauan escreveu:Disse que uma justiça absoluta divina deveria se demonstrar em si mesma, sem precisar de milagrosos esquemas cósmicos para se explicar. O que é fato.
Não ha nada de milagroso na justiça divina. O que me referi acima é uma lei universal e imutável: a causa e o efeito. Esta lei é bem demonstrada inclusive em nosso cotidiano. Um soco na parede produzirá alguns arranhoes na pintura, porem tambem produzirá lesões nos dedos variando de grau conforme a força do soco. É simples.
Se é de origem divina, é milagroso por definição.
Não há como transferir o conceito físico de causa e efeito para o plano moral. O fato de um soco na parede produzir efeitos nos dois lados do impacto não implica de modo algum que o julgamento moral dos atos individuais se dê por analogia a isto.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Kramer escreveu:Ele disse ali em cima que não é isso. Vamos esperar que se explique...
Kramer,
Voce é um rapaz inteligente e pressupondo isso acho que voce entendeu o que eu disse. Nao aceitar é um direito seu. Pare de brincar nos tópicos.
Kramer escreveu:Ele disse ali em cima que não é isso. Vamos esperar que se explique...
Kramer, Voce é um rapaz inteligente e pressupondo isso acho que voce entendeu o que eu disse. Nao aceitar é um direito seu. Pare de brincar nos tópicos.
Ora, mas não foi você que disse que não é como os "pseudo-reencarnacionistas"? Daí é possível deduzir que também não baseia sua moral da maneira que o Miguell achou. Essa foi a única coisa que eu disse nesse último post.
E quanto à evolução espiritual, bem, ainda não me deu motivos para aceitá-la, então me sinto no direito de lhe perguntar porque acredita nela com tanta segurança.
RCAdeBH escreveu:Olá Avatar! Bem, como ja disse, os mecanismos para o aprendizado ou resgate são muitos. Usei a lógica científica da causa e efeito como um exemplo. Esta afirmaçao de muitos pseudo-reencarnacionistas tem que se eu mato alguem nesta vida terei que perecer nas mãos dele mesmo em outra pessoa não é absoluta e tampouco prática. Como já disse, o efeito desejado será sempre que a pessoa aprenda que não deve matar. Quanto a forma que se dá isso, é individual e circunstancial a cada um. Voce usou bem o exemplo do fogo, onde com a dor da queimadura saberemos que não devemos mexer com labaredas, mas te afirmo: pouquissimos não mexem com fogo somente pelo fato de serem advertidos. A maioria "queima a mão" mesmo. Use esta analogia a vida dos errantes e nas nossas proprias vidas. Um abraço e mais uma vez lhe comprimento pela educaçao e inteligência que sempre usa para conosco, mesmo se tivermos uma opinião contraria a sua.
Oi, RCA.
Vejo que, em muitos aspectos, concordamos quanto ao processo de aprendizagem. Eu procuro evitar qualquer referência ao espiritismo pois já me disse leigo no assunto. Religião não é o meu forte, a menos que se traduza, por religião, a ligação do homem com Deus. Então, posso me considerar muito religioso. Essa minha rebeldia e recusa em aceitar e fazer parte de uma seita qualquer, corrobora suas palavras de que os mecanismos para o aprendizado são muitos.
Minha visão do karma tem se ampliado com tempo e percebo que estou longe de chegar ao final desse labirinto. Traduzi-lo por causa e efeito, em minha opinião, é uma tremenda redução de uma lei tão complexa e abrangente. Também não aceito mais a idéia da punição, provação ou qualquer outro nome que o entendimento humano crie. Como no exemplo do fogo, a queimadura é uma conseqüência natural e, embora doa, não foi uma punição em si. Essa é a questão; o sofrimento existe como conseqüência inevitável, não como fim. O fim é o aprendizado, daí seria absurdo afirmar que vítima e algoz trocam de papéis em outra existência. Isso não é ensinamento. Não é, sequer, punição. É apenas vingança, e não levará nenhum dos dois a lugar algum. Essa visão mínima do karma, infelizmente, existe por aí.
Concordo também que são poucos os que não mexem com o fogo por terem sido alertados. A maioria precisa aprender por sua própria experiência. É o aprendizado mais doloroso e, ironicamente, o mais comum entre nós. Eu mesmo já mergulhei de cabeça em abismos que passei a vida inteira avisando aos outros para evitar. Coisas do ego.
RCAdeBH escreveu:Já li o "manual" e realmente voce tem um grande conhecimento sobre os crentes. Só por curiosidade: voce já foi um?
Tenho artigos sobre o Islã publicados em sites muçulmanos e alguns escritos meus sobre o catolicismo fizeram alguns crentes afoitos suspeitarem que eu era um jesuita infiltrado para jogar ateus contra evangélicos. Mas não sou e nunca fui nenhum dos três.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
RCAdeBH escreveu:Já li o "manual" e realmente voce tem um grande conhecimento sobre os crentes. Só por curiosidade: voce já foi um?
Tenho artigos sobre o Islã publicados em sites muçulmanos e alguns escritos meus sobre o catolicismo fizeram alguns crentes afoitos suspeitarem que eu era um jesuita infiltrado para jogar ateus contra evangélicos. Mas não sou e nunca fui nenhum dos três.
Acauan, por gentileza, poderia indicar-me um link de um site muçulmano que publicou alguns dos seus artigos.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Não posso defender a DE, pois não sei o que, de fato, ela propõem. Do karma, eu posso falar alguma coisa e, novamente, oponho-me a essa idéia de expiação. O sofrimento pode ser verdadeiro, como conseqüência de um ato errado, do mesmo modo como colocar a mão no fogo provocaria uma queimadura. Não deixa de ser um aprendizado, pois o incauto, com toda certeza, não voltará a fazê-lo.
Usando o homicídio como exemplo, eu pergunto: se você tirar minha vida nesta existência, pois na anterior eu tirei a sua, que proveito obteremos dessa experiência? Onde estaria o aprendizado? Não seria mais lógico supor que eu deva salvar sua vida como forma de reparar o mal cometido? Além de limpar minha barra com você, eu aprenderia o valor da vida.
Claro que não estou apresentando uma fórmula definitiva, que responde a todas as perguntas que envolvam o homicídio. Ofereço um exemplo simples e funcional de como podemos reparar um erro e aprender ao mesmo tempo, ainda que o processo, na realidade, seja muito mais complexo que isso.
Um abraço.
Olá amigo,
O problema da doutrina espírita kardecista (entre outros) é que ela é reducionista, como quase todas as doutrinas. As pessoas existem em dois cosmos, um macro, o universo externo a elas próprias cujas manifestações lhas chegam através dos sentidos, e um micro, referente à sua própria existência como indivíduo consciente, que, como tal, sabe que é um ser vivo e consciente dentro de um macrocosmo do qual só sabe o que seus sentidos lhe transmitem.
A natureza humana resulta do esforço de conciliar estes dois cosmos. A doutrina espírita prega um macrocosmo que determina os rumos do microcosmo individual ao invés de buscar a conciliação ente ambos.
Daí nascem as falsas analogias, como a entre a queimadura e o homicídio, pois é certo que existe uma reação natural e instintiva de afastar-nos do que nos queima, que não há quanto afastarmo-nos do que é errado.
O mais frio dos assassinos largará involuntariamente o cabo metálico da panela com água fervente, mas não terá a mesma reação ao manusear a arma que tirará a vida de alguém.
Assim, não é razoável estabelecer correlações diretas entre a dor física e a dor moral. A moral é uma opção do microcosmo do indivíduo, ao passo que o que vem do macrocosmo, como a dor da queimadura, não está sujeito às nossas decisões.
A probabilidade que atende tanto aos requisitos do macro quanto do microcosmo é o BEM encontrar sua plenitude em si mesmo. Assim, todo BEM possui em si sua própria justiça e sua própria recompensa.
O esquema cósmico mais simples de todos.
ANAUÊ Avatar!
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Vejo que, em muitos aspectos, concordamos quanto ao processo de aprendizagem. Eu procuro evitar qualquer referência ao espiritismo pois já me disse leigo no assunto. Religião não é o meu forte, a menos que se traduza, por religião, a ligação do homem com Deus. Então, posso me considerar muito religioso. Essa minha rebeldia e recusa em aceitar e fazer parte de uma seita qualquer, corrobora suas palavras de que os mecanismos para o aprendizado são muitos.
Compreendo sua repulsa quanto as religiões. Eu tambem tenho. Considero-me espirita pelos ensinamentos de Kardec, porem não considero o kardecismo uma religião. Seria o mesmo que falar que quem lê muito Machado de Assis seria Machistiano... Eu acho que religião é veneno sim.
Avatar escreveu:Minha visão do karma tem se ampliado com tempo e percebo que estou longe de chegar ao final desse labirinto. Traduzi-lo por causa e efeito, em minha opinião, é uma tremenda redução de uma lei tão complexa e abrangente. Também não aceito mais a idéia da punição, provação ou qualquer outro nome que o entendimento humano crie. Como no exemplo do fogo, a queimadura é uma conseqüência natural e, embora doa, não foi uma punição em si. Essa é a questão; o sofrimento existe como conseqüência inevitável, não como fim. O fim é o aprendizado, daí seria absurdo afirmar que vítima e algoz trocam de papéis em outra existência. Isso não é ensinamento. Não é, sequer, punição. É apenas vingança, e não levará nenhum dos dois a lugar algum. Essa visão mínima do karma, infelizmente, existe por aí.
Gostaria que voce me explicasse mais sobre sua visão de o que é o Karma e se voce aceita a reencarnaçao.