Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Apáte
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

King In Crimson escreveu:Mas é comprar uma coisa e receber outra.

Se eu pago por um texto que me informe, não quero receber um que me doutrine. Não sou contra os textos doutrinários, apenas quero que eles identifiquem-se como tais, não disfarcem-se em textos jornalísticos.

É como um leiteiro que vende leite com água.

Talvez seja paranóia minha, mas acho que quando se diz em parcialidade jornalística, o nome que vem a minha cabeça, por estar sendo alvo de crítica de todos os tópicos sobre política é a Veja. Quem compra a Veja, recebe o que quer: uma revista bem burguesa, não há o que reclamar. Quem compra a playboy: uma revista com mulher pelada.
Os textos da Veja, como muito bem foi o do referendo, trazem apenas informações VERAZES. Vi tanta críticas sobre a reportagem da Veja, mas vi pouquíssima sobre os artistas da globo...
Eu não queria dizer isso, mas acho que estão querendo castrar essa revista, pobre coitada. :emoticon8:
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Mr. Crowley
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Mr. Crowley »

Apáte escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
Apáte escreveu:Uma pergunta: Quando se critica a posição religiosa a respeito de um assunto sem mostrar possíveis pontos positivos, não estamos sendo parciais? :emoticon14:


lógico que estamos.

mas uma coisa é EU, você, o zézinho ou o beltraninho da esquina sermos parciais em nossas opiniões.

outra completamente diferente é ter toda a mídia direcionada a grande massa pendendo para um lado, principalmente se tratando de política.

dá pra entender ou precisa de um mapinha?

EU tenho tanto direito de emitir minhas opniões quanto uma revista de divulgação científica que o colunista fosse daqueles ateus bem materialistas também tem.


desde que especifique bem de que se trata de um artigo de opinião ou algo do gênero, tudo bem...

o problema é mostrar a corrupção só de um partido, tentando fazer com que ele e seus aliados são os únicos responsáveis pelas mutretas do nosso país, esquecendo-se propositalmente das nossas mui-amigas "aves narigudas"...

Apáte escreveu:O mais engraçado da estória: TODA a grande mídia que manipula TODA a sociedade defende x e mesmo assim boa parte da sociedade prefere y.


primeiro que é impossível manipular 180 milhões de pessoas.

segundo que não é "boa parte", é uma pequena parcela. E não me venha dizer que imbecil barbudo, cabeludo que toca violão e usa camiseta do Che Guevara é comunista, que não cola...
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Apáte
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Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

Mr. Crowley escreveu:desde que especifique bem de que se trata de um artigo de opinião ou algo do gênero, tudo bem...

o problema é mostrar a corrupção só de um partido, tentando fazer com que ele e seus aliados são os únicos responsáveis pelas mutretas do nosso país, esquecendo-se propositalmente das nossas mui-amigas "aves narigudas"...

A mídia PuTista faz a mesmíssima coisa. Cara, só de você abrir uma página que só mostre prós de um lado e contras do outro, já dá pra sacar que aquilo ali é a opnião da revista. :emoticon1:
ps: agora já está marcando a letra A
Mr. Crowley escreveu:primeiro que é impossível manipular 180 milhões de pessoas.

segundo que não é "boa parte", é uma pequena parcela. E não me venha dizer que imbecil barbudo, cabeludo que toca violão e usa camiseta do Che Guevara é comunista, que não cola...

Bem, aqui o barbudo já é um direitista apoiado pela mídia, vai-se entender. :emoticon19: . Mas se eu fosse comunista, eu realmente desejaria que a mídia não publicasse nada de veraz a respeito desta doutrina.
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King In Crimson
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por King In Crimson »

Apáte escreveu:
King In Crimson escreveu:Mas é comprar uma coisa e receber outra.

Se eu pago por um texto que me informe, não quero receber um que me doutrine. Não sou contra os textos doutrinários, apenas quero que eles identifiquem-se como tais, não disfarcem-se em textos jornalísticos.

É como um leiteiro que vende leite com água.

Talvez seja paranóia minha, mas acho que quando se diz em parcialidade jornalística, o nome que vem a minha cabeça, por estar sendo alvo de crítica de todos os tópicos sobre política é a Veja. Quem compra a Veja, recebe o que quer: uma revista bem burguesa, não há o que reclamar. Quem compra a playboy: uma revista com mulher pelada.
Os textos da Veja, como muito bem foi o do referendo, trazem apenas informações VERAZES. Vi tanta críticas sobre a reportagem da Veja, mas vi pouquíssima sobre os artistas da globo...
Eu não queria dizer isso, mas acho que estão querendo castrar essa revista, pobre coitada. :emoticon8:
Leio a Veja de vez em quando e não tenho nada contra. Ela realmente tenta puxar pro seu lado. Não chega a ser condenável ao estilo da Caros Amigos, mas podia ser melhor.

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Apáte
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Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

A pergunta que não quer calar continua:
¿Dónde estuvo los periódicos/compartimientos tan imparciales que ustedes tanto leen?
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Mr. Crowley »

Apáte escreveu:
Mr. Crowley escreveu:desde que especifique bem de que se trata de um artigo de opinião ou algo do gênero, tudo bem...

o problema é mostrar a corrupção só de um partido, tentando fazer com que ele e seus aliados são os únicos responsáveis pelas mutretas do nosso país, esquecendo-se propositalmente das nossas mui-amigas "aves narigudas"...

A mídia PuTista faz a mesmíssima coisa. Cara, só de você abrir uma página que só mostre prós de um lado e contras do outro, já dá pra sacar que aquilo ali é a opnião da revista. :emoticon1:
ps: agora já está marcando a letra A


mas eu to querendo dizer que qualquer pendência é condenável, tanto pro lado dos PSDBostas, quanto pro lado dos corruPTistas...

Apáte escreveu:
Mr. Crowley escreveu:primeiro que é impossível manipular 180 milhões de pessoas.

segundo que não é "boa parte", é uma pequena parcela. E não me venha dizer que imbecil barbudo, cabeludo que toca violão e usa camiseta do Che Guevara é comunista, que não cola...

Bem, aqui o barbudo já é um direitista apoiado pela mídia, vai-se entender. :emoticon19:


não, o cara é um imbecil, ponto.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

ímpio escreveu:No "de olho no voto", um cara da Carta capital e um da Folha abordaram um pouco isso. O da CC falou que a mídia é anti-Lula, o cara da folha disse que são os fatos que são, citou diversos fatos, ao que o cara não teve como desmentir, e meio que ficou por isso mesmo, o cara da CC continuava a dizer que a mídia é parcial.

Eu acho que mais isso do que parcialidade verdadeira mesmo, em boa parte do tempo. As pessoas se sentem ofendidas pelos fatos e vêem eles expostos como parcialidade. Em 2002 mesmo havia uma turma de direitinhas fazendo abaixo-assinado/campanha contra "a ditadura esquerdista na mídia".

O pessoal da direita vê parcialidade esquerdista, os esquerdistas parcialidade direita :emoticon12:

A mídia é 100% parcial tanto pro lado da esquerda quanto pro lado da direita. Com aquela propaganda de "votar é cidadania", ela não transmite o nosso lado, o lado dos nuláticos, o lado dos anarquistas, o lado dos revolucionários revoltados com o sistema.
A mídia deveria mostrar as vantagens de se votar nulo!
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Mr. Crowley »

Apáte escreveu:A pergunta que não quer calar continua:
¿Dónde estuvo los periódicos/compartimientos tan imparciales que ustedes tanto leen?


que tal lançar uma revista com uma puta foto e uma puta reportagem de um dos candidatos a presidência a/há um mês das eleições?

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não é bem parcial?
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Apáte
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Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

Ela também lançou com a foto do outro candidato. :emoticon12:
Acho que você não entendeu a pergunta.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Mr. Crowley »

Apáte escreveu:Ela também lançou com a foto do outro candidato. :emoticon12:
Acho que você não entendeu a pergunta.


quando? e pra falar bem ou das propostas? se lançou uma capa com a cara do Lula, foi pra falar de dossiê e etc...

e eu li "parciais", não "imparciais" :emoticon12: :emoticon12:

to precisando de uma breja...
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Apáte
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Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

Mas que lançou a capa, lançou! :emoticon12: Os esquerdistas pedem, a Veja atende.
Só não vale queimar revista em praça pública :emoticon22: .
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Poindexter
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Poindexter »

Mr. Crowley escreveu:E não me venha dizer que imbecil barbudo, cabeludo que toca violão e usa camiseta do Che Guevara é comunista, que não cola...


É, sim.

Viu, Apáte, é aquilo que o Olavo de Carvalho disse de o comun*smo ser uma cultura.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.

A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.

Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage

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Flavio Costa
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Flavio Costa »

King In Crimson escreveu:As atitudes dos políticos de Brasília, a situação do povo em Cuba, etc, etc.

Os políticos não são de Brasília. São de São Paulo, do Rio, da Bahia, só que alguns vêm aqui a trabalho. :emoticon1:
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Apáte
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por Apáte »

Poindexter escreveu:
Mr. Crowley escreveu:E não me venha dizer que imbecil barbudo, cabeludo que toca violão e usa camiseta do Che Guevara é comunista, que não cola...


É, sim.

Viu, Apáte, é aquilo que o Olavo de Carvalho disse de o comun*smo ser uma cultura.

Repare que no mesmo post, um pouco acima, ele afirma que a mídia é essencialmente tucana.
Depois vem com essa que o barbudo também é uma de suas bonequinhas bem mostradas na vitrine.
:emoticon19:
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marta
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por marta »

Mr. Crowley escreveu:
Apáte escreveu:Não cola. Vai ter a parte da mídia que defende posição x e a que defende y. Leia/assista as duas e tire suas próprias conclusões.


Parte da mídia que apóia "X": Veja, Globo, Folha, Estadão, Bandeirantes entre outros gigantes dos veículos da comunicação.

Parte da mídia que apóia "Y": Jornal do Zézinho, Blog do João, Rede Pirata Itaquaquecetubense, e etc...


Vc está errado desta vez, querido Crowley.
Posso lhe garantir que não existe "apoio" de A ou B.
O que, de fato, existe, é que a grande mídia MANDA porque exerce grande influência sobre as pessoas. Se a Globobagem desejar que vença o candidato X, ela tem o poder de virar o jogo em pouco dias. Os governantes sabem disso e aí se estabelece uma parceria.
Com o bloj do zé ou com a Gazeta Iraquaquetubense isso não acontece, portanto o que resta aos pequenos veículos de comunicação é, apenas e tão somente, tentar navegar ao sabor dos ventos, sem mudanças bruscas nas velas.
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

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marta
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

Mensagem por marta »

Apáte escreveu:Uma pergunta: Quando se critica a posição religiosa a respeito de um assunto sem mostrar possíveis pontos positivos, não estamos sendo parciais? :emoticon14:


Apáte, falo por experiência própria.
A parcialidade é inerente ao ser humano, ponto.
Sempre haverá uma série de motivos para se pender mais para um lado do que para outro, seja por interesses comerciais, seja por simpatia a este ou aquele.
Existe uma grande diferença entre o repórter, o jornalista e o colunista.

O repórter limita-se a relatar o fato que aconteceu, sem nenhuma interferência de âmbito pessoal. Ex: Já cobri inúmeros eventos religiosos. Quando isso acontece, eu vou, faço meu trabalho, fotografo, entrevisto e quando me sento para escrever a matéria, o faço sem paixão alguma. Sai bem feito? Acho que sim, pois todos os envolvidos, elogiam. Muitas vezes eu vejo que as igrejas evangélicas promovem eventos solidários para angariarem clientes, mas eu não estou lá para analisar isso. Por outro lado, é logico que quando faço uma matéria sobre um assunto pelo qual eu me interesso, o resultado fica muito mais rico e interessante. Esse é o limitite máximo da influência pessoal de um repórter;

O jornalista pode (e deve) fazer uma análise do fato. Ouve um lado, ouve o outro lado e quantos lados houverem. Feito isso, ele relata todos os lados e coloca a sua conclusão.
Esse é um processo perigoso, principalmente, em se tratando de veículos pequenos que dependem de todo mundo para sobreviver, desde anunciantes até os donos ocultos da cidadem os quais, muitas vezes, a gente nem inagina quem são.
Quando o assunto é política, é o pior x 10. Muitas vezes eu assisto às sessões da câmara municipal como se estivesse assistindo a uma peça de ficção. Eu sei que o que todos os vereadores estão encenando na tribuna, é puro teatro. A tribuna, nada mais é do que um instrumento para se mover as peças do tabuleiro. O cheque mate se dá nos bastidores, a portas fechadas. Eu acompanho e sei qual é a peça movida e porque, mas não posso publicar isso, porque não há provas. Tudo acontece num mundo abstrato. Não há nada de real.
Pode ter certeza que os grandes fatos polítcos que realmente mudam a história e influenciam a humanidade, ninguém fica sabendo, exceto os intimanente envolvidos.
Então o que sabemos do mundo é uma farsa? É.

O Colunista, por sua vez, dentro do seu espaço, devidamente assinado, pode emitir a sua visão sobre o fato. Criticar, elogiar, analisar, achar, etc., desde que não acuse ninguém sem provas e que a sua opinião não contrarie a linha editorial do veículo.

Eu tenho a felicidade de trabalhar com muita liberdade. Dentro da minha coluna, escrevo o que quero e de quem eu quero. Nunca fui censurada. Quando a bomba é explosiva demais, a editora conversa comigo e sempre chegamos a um final feliz.
Isso é uma raridade no nosso meio, mas é assim que funciona.
Editado pela última vez por marta em 18 Out 2006, 23:21, em um total de 1 vez.
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
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Política rege concessões de rádio e TV
Por Rodrigo Cunha


Caso seja reeleito no segundo turno das eleições presidenciais, Lula poderá ser cobrado, em seu segundo mandato, por dois pontos que aparecem no programa de governo da atual campanha: o recadastramento completo de todas as concessões de rádio e TV do país, para cancelar aquelas que não estiverem em conformidade com a lei, e a regulação do setor de comunicação, cuja principal legislação em vigor é o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117), de 1962. Já o programa de governo de Alckmin não toca nessas questões.

Em junho deste ano, no entanto, Lula requisitou à Câmara dos Deputados a devolução de 227 processos de renovação de concessões de rádio e TV que estavam prestes a serem rejeitados por problemas na documentação, 75 dos quais envolvendo concessões de rádio vencidas há mais de dez anos. Diversas concessões são de parlamentares ou seus familiares, como o deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), que a base governista ajudou a conduzir, em 2005, à presidência da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), responsável pela outorga e renovação de concessões de rádio e TV.

No período da gestão da CCTCI, que se encerrou em março de 2006 com Jader Barbalho como presidente – cuja família detém as concessões da Rádio Clube do Pará, da Rádio Carajás FM e da Rede Brasil Amazônia de Televisão, todas vencidas –, além dele, outros 10 deputados, entre os 40 que compõem a comissão eram concessionários de rádio ou de TV. Embora o artigo 54 da Constituição proíba parlamentares de terem concessões públicas, somando-se as duas casas da atual legislatura do Congresso (2003-2006), são quase 80 concessionários: 28 senadores – mais de um terço dos titulares do Senado –, de acordo com pesquisa do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), e 51 deputados federais – dois deles, bispo Rodrigues (PL-RJ) e José Borba (PMDB-PR), renunciaram ao serem acusados de envolvimento com o mensalão –, segundo levantamento do Núcleo de Estudos de Mídia e Política (Nemp) da Universidade de Brasília (UnB).

“As leis de comunicação, assim como diversas outras leis no país, têm brechas, e os parlamentares encontram um subterfúgio: eles não podem ser sócio-diretores de rádio e TV e se desligam quando assumem um mandato, mas continuam controladores do veículo”, afirma James Görgen, coordenador de projetos do Epcom e secretário-executivo do Fórum Nacional para Democratização da Comunicação (FNDC). Alguns parlamentares, contudo, sequer se dão ao trabalho de se desligar do veículo. É o caso do próprio atual ministro das Comunicações e senador licenciado, Hélio Costa, que só formalizou o afastamento da rádio FM ABC, de Barbacena (MG), após a divulgação da pesquisa que incluía seu nome ao lado de outros caciques do Congresso. Também possuem concessões em seu nome ou em nome de sua família os senadores José Agripino Maia (PFL-RN), Tasso Gereissati (PSDB-CE), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Sarney (PMDB-AP). A família do ex-presidente possui um grupo de comunicação que inclui a Rádio Mirante, de São Luís (MA), controlada pela senadora Roseana Sarney (PFL-MA) e pelo deputado federal Sarney Filho (PV-MA), que há 12 anos está com a concessão vencida, mas mesmo assim continua em funcionamento.

O período em que ACM foi ministro das Comunicações, quando Sarney era o presidente da República, é apontado por Görgen como o início do fenômeno da “bancada da mídia”. “Antes disso, as concessões não estavam ligadas a políticos ou a grandes grupos econômicos, mas a algum jornalista ou comunicador”. Entre 1985 e 1988, quando ainda era atribuição exclusiva do poder executivo a outorga de concessão de rádio e TV, o presidente Sarney outorgou mais de mil concessões, 168 delas para veículos de parlamentares que o ajudaram a aprovar a emenda constitucional que deu a ele cinco anos de mandato. Desde o código de 1962, as concessões eram dadas pelo executivo por um prazo de 15 anos para TV e 10 anos para rádio, sendo necessário para a renovação, entre outras coisas, estar em dia com o INSS, o FGTS e o fisco municipal, estadual e federal. A Constituição de 1988 manteve os prazos, mas passou a atribuição da outorga e renovação para o Congresso Nacional. Assim como os parlamentares concessionários, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso também encontrou uma brecha na legislação e outorgou, até o final de 1996, 1.848 licenças para estações retransmissoras de televisão (RTVs), que não precisam da aprovação do Congresso. Dessas, os pesquisadores estimam que pelo menos 268 beneficiaram grupos controlados por 87 políticos, entre eles 19 deputados federais, seis senadores e dois governadores. Com o apoio desses beneficiados, em janeiro de 1997, FHC consegue a aprovação da emenda constitucional que dá a ele o direito à reeleição.

Concentração das comunicações

As retransmissoras e repetidoras locais de televisão estão vinculadas a grupos de comunicação que incluem rádios e jornais e que compõem um quadro geral de concentração dos meios de comunicação no país. De acordo com o estudo “Os Donos da mídia”, publicado em 2002 pelo Epcom, seis redes privadas dominavam, até então, o segmento de TV e se vinculavam a rádios e jornais de todo o país, totalizando 668 veículos de comunicação. “Hoje, a TV é o meio que estrutura os demais”, afirma Görgen, mencionando o alcance do veículo a mais de 90% dos domicílios. A Rede Globo, que contava com 54% da audiência e 53% da verba publicitária de um mercado que movimenta aproximadamente US$ 3 bilhões por ano, aglutinava naquele ano 30 grupos empresariais com 204 veículos, entre TVs VHF e UHF, rádios AM e FM e jornais. Atualmente, o site da empresa diz que somente entre geradoras e afiliadas de TV, possui 121 veículos que atingem 99,84% das cidades brasileiras. O SBT, que em 2002 tinha 23% da audiência e 20% da publicidade, somava 180 veículos; a Record possuía 8% tanto da audiência quanto da publicidade, e somava 105 veículos. A Band, embora tivesse apenas 4% da audiência, contava com 10% da verba publicitária e aglutinava 128 veículos de comunicação no país. As outras duas redes privadas, a Rede TV! e a CNT, tinham uma pequena parcela do mercado, e as redes públicas de TV e grupos independentes, mesmo somando 8% da audiência total, ficavam com apenas 2% da verba de publicidade.

De acordo com o estudo do Epcom, desde a década de 60 – quando surgiu a Rede Globo – a TV supera os outros veículos no mercado publicitário. Jornais, revistas e rádios somam pouco mais que a metade da verba publicitária destinada à TV. O crescimento vertiginoso da Globo se deve, em parte, à queda de dois importantes veículos concorrentes e a dois grandes impulsos financeiros e, em parte, ao oportunismo, a aproximação com o poder público e à visão empresarial de seu fundador, o jornalista Roberto Marinho. Antes de criar a TV, ele começou com o jornal O Globo, em 1925, e fundou a Rádio Globo em 1944, para competir em um meio radiofônico já saturado. Obteve, em seguida, uma concessão para operar em FM, embora ainda não houvesse aparelhos receptores para aquele tipo de modulação. “Não é à toa que Roberto Marinho tem reconhecida como virtude a sua visão estratégica de mercado. Ele acreditava que este novo formato, que oferecia menos ruído e maior fidelidade, viria para ficar”, diz Gabriel Collares, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Em pouco tempo, a FM se popularizou.

A TV Globo foi criada em 1965, e nesse mesmo ano chega ao Brasil um ex-diretor de uma estação do grupo Time na Califórnia, Joseph Wallach, para trabalhar como assessor técnico da nova emissora de Roberto Marinho. Segundo Collares, Wallach cuidava da administração e direção das finanças da Globo e decidia junto com Roberto Marinho os rumos da emissora. A suspeita de ingerência de um grupo estrangeiro (o Time-Life) no setor de comunicações do Brasil – o que era proibido pela legislação nacional – levou à instauração de uma CPI no Congresso para avaliar o caso. A CPI comprovou que Wallach tinha amplos poderes na Globo e ele próprio, de acordo com o Banco Central, remetia dólares do grupo Time-Life para as empresas de Roberto Marinho. O acordo da Globo com o Time-Life teve que ser dissolvido, mas a emissora já havia recebido até maio de 1966 mais de US$ 6 milhões.

Em 1969, a Globo reverteu em seu favor um acidente que poderia ter causado grandes prejuízos: um incêndio destruiu as instalações da emissora em São Paulo; o seguro, porém, pagou US$ 7 milhões, que a Globo destinou para a compra de equipamentos de última geração para sua sede, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, onde centralizou o telejornalismo e toda a sua produção. Naquele mesmo ano, começam as transmissões via satélite, e em parceria com a TV Tupi, a Globo transmite a chegada do homem à lua. Em setembro de 1970, dois episódios são significativos para a trajetória da emissora: vai ao ar a primeira edição em rede, para todo o país, do Jornal Nacional, que inaugurou oficialmente a rede de transmissão em microondas da Embratel – parte de projeto nacionalista do governo militar de integração do país; e a presidência decreta a cassação dos canais da TV Excelsior no Rio e em São Paulo, pela resistência da emissora à ditadura. É a primeira concorrente da Globo que sucumbe, sendo dividida, em leilão, entre o grupo Bloch, que criou a TV Manchete, e o empresário Sílvio Santos, que criou o SBT. A outra concorrente a cair foi a pioneira TV Tupi, que em 1980 ruiria junto com o império dos Diários Associados.

O futuro das comunicações

Em julho de 2006, foi instaurada dentro da CCTIC uma subcomissão, presidida pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), para rever os procedimentos de aprovação de novas concessões e de renovação de concessões já existentes e para propor alterações na legislação. Görgen, do Epcom e do FNDC, vê iniciativas como essa com otimismo, como pequenos passos em uma democracia em amadurecimento. “É como a histórica lista dos concessionários, que possibilitou saber quem são os donos da mídia”, comenta, em referência à informação sobre os sócios e diretores de rádio e TV que o Ministério das Comunicações tornou pública na gestão de Miro Teixeira, em 2003, e que possibilitou os estudos do Epcom e do Nemp sobre os parlamentares que têm concessões.

O relatório da subcomissão da CCTIC, que deve ser apresentado no final do ano, pode servir de base para a esperada regulação do setor. Em abril de 2005, o governo federal havia anunciado a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração do anteprojeto da Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa (LGCEM), para tratar da organização e da exploração dos serviços de comunicação social eletrônica no país e atualizar o código de 1962. Na época, Venício de Lima, do Nemp/UnB, já alertava para o risco de se ter um projeto de lei que consolidasse, com amplo amparo legal, o poder dos grupos de mídia já dominantes no país, caso as forças que lutam para a democratização da comunicação, como o FNDC, não se fizessem ouvidas na elaboração do projeto. “Não é tarefa fácil, mas é assim que funciona na democracia liberal e é nela que estamos”, opina. No entanto, seguindo no mesmo caminho que o projeto de criação da Agência Nacional do Audiovisual (Ancinav), engavetado em 2005, a LGCEM sequer se tornou uma proposta concreta, mesmo após a criação de uma comissão interministerial em janeiro deste ano, em substituição ao GT anterior.

“Será que os grupos que dominam a mídia no Brasil já alcançaram, de fato, poder suficiente para inibir inclusive as ações do poder executivo no sentido da regulação do setor?”, questiona Lima. “Não se pode mais acreditar que decisões parciais e acertos entre os mesmos grupos que historicamente se beneficiam da ausência de regulação sejam solução para as questões do setor de comunicações”, conclui. Cabe agora aos eleitores que decidirão entre Lula e Alckimin – cujo programa de governo não trata da democratização das comunicações – cobrar a revisão de concessões e essa regulação do setor com a participação de entidades da sociedade civil como o FNDC.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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marta
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Re: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Leonardo_Brasil escreveu:Marta: Humm. É, verdade tb, mas de certa forma isso é liberdade de expressão, certo?

King In Crimson escreveu:A mídia é a única forma de sabermos sobre certos assuntos.
Humm, verdade. Mas, me dê exemplos, por favor.


1) Errado. Isso não é liberdade de expressão. Quer um exemplo? Fui escalada para cobrir um comício do mensaleiro Valdemar Costa Neto aqui na cidade. Trouxeram dezenas de ônibus cheios de esfomeados para fazer número e no final deram um pão com queijo e um guaraná para os famintos. Havia na platéia, de morador de rua a puta bêbada. Assim que eu cheguei, um assessor já veio metendo um adesivo na minha roupa. Eu me recusei a colocá-lo e arranquei. Ele, de pronto, ameaçou que se eu não colocasse o adesivo, não teria direito ao lanche. Quase mandei ele enfiar o lanche no cu, mas como estava a serviço, tentei ser educada. Disse que era da imprensa e que não pudesse entrar sem o adereço eu iria embora e ameacei sair. Logo chegou outro assessor e me mandou entrar.
Vc acha que eu pude "relatar" isso tudo na matéria? É claro que não.
Então eu escrevi que o cidadão este presente à cidade e falou para centenas de pessoas da região. Relatei o que ele prometeu e zé fini.
No dia seguinte, DENTRO DA MINHA COLUNA, eu inventei o "Lidelanche" e disse que hoje em dia não há mais liderança política e sim lidelanche político. A turma só vai lá pra comer.
Falei que o evento ocorreu em outra cidade.
Os mais chegados que leram a coluna, sacaram na hora, e a coisa pegou. Hoje, aqui, só se fala em LIDELANCHE.
Esse é o jogo.

2) O exemplo está no dia a dia. A menos que vc mesmo se disponha a correr atrás do fato, a única saída é sabê-lo através da mídia.
Mas como já disse antes, eu leio a mesma notícia no maior número de veículos possíveis e tiro minhas próprias conclusões. Esse é o único jeito. Que eu conheço, pelo menos.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Leonardo_Brasil escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
Apáte escreveu:Uma pergunta: Quando se critica a posição religiosa a respeito de um assunto sem mostrar possíveis pontos positivos, não estamos sendo parciais? :emoticon14:


lógico que estamos.

mas uma coisa é EU, você, o zézinho ou o beltraninho da esquina sermos parciais em nossas opiniões.

outra completamente diferente é ter toda a mídia direcionada a grande massa pendendo para um lado, principalmente se tratando de política.

dá pra entender ou precisa de um mapinha?


Costume de casa vai a praça, hehe.

Os ladrões começam a roubar pequenas coisas, depois passam pras maiores.

Entendeu o que quis dizer? :emoticon45:


Acho que é um pouco pior, ou mais grave, do que isso, Leonardo. Uma negociação política é como entrar no tráfico de drogas ou na criminalidade. Fez uma vez, nunca mais se livrará.
Penso que seja por isso que a política cria meios para que a mídia dependa dela de certa forma. justamente para forçar a parceria, compreende.
O maior terror de um político mal intencionado é uma imprensa, absolutamente, independente. Aí, o dono pode até pagar com a vida.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Spitfire escreveu:Pois eu fico preocupado é quando a mídia começa a elogiar demais determinado governo.

Alguem já viu alguma mídia falar mal de algum anunciante? Eu não!

Quando a mídia elogia é porque o dim-dim esta gordinho. :emoticon12:


Há controvérsias, Spitfire.

Não conheço nenhuma empresa que fale mal dos clientes que a sustenta. Com a mídia não é diferente. Ressalto ainda que os ANUNCIANTES, de um modo geral, são quem garantem a relativa "liberdade de imprensa" que temos hoje no Brasil.
O anunciante quer estar numa vitrine que tenha credibilidade e boa aceitação. Para ter credibilidade, o veículo tem que ser livre. É uma equação difícil de fechar, percebe?

O lado negro da coisa é quando o veículo fica com o rabo preso com a política ou ainda se proponha a fazer uma matéria mentirosa para favorecer algum anunciante. Por ex.: Eu fecho um contrato de 6 meses com uma construtora para vender apartamentos num determinado lugar. Aí, antes do lançamento, eu faço uma matéria, supervalorizando aquele lugar. Pego dados mentirosos de imobiliárias dizendo que aquele local é o investimento do futuro, e mais um monte de blablabla.
Se o veículo tiver credibilidade, os leitores vão acreditar naquela matéria e quando a construtora lançar os apartamentos, vai vender tudo num só dia. Isso é pra lá de anti ético, mas existe.
Com a política nem é preciso dizer o que todo mundo, com pelo menos o Teco 1.0 funcionando, já sabe.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Apáte escreveu:Veja só se trocarmos a palavra parcialidade por desonestidade.
"Eu tenho direito de ser desonesto, uma grande empresa não."
Tomara que eu não precise desenhar.


Eu acho que todos têm o direito de serem desonestos, desde que assumam a responsabilidade por seus atos.
Com relação a grande mídia, a qual vc se refere, é bem provavel que o que você julgue desonestidade, ela veja como interesse comercial.
Cara, acorda! A Globo sempre esteve ao lado de todos os presidentes que vestiram a faixa verde-amarela.
Só não defendeu o Dom Pedro, porque o Roberto Marinho ainda não havia nascido.
Então, ponha uma coisa na sua cabeça: toda a mídia é parcial.
Para ver qual delas é a menos parcial, é só conferir a quantidade de anúncios governamentais que veículam nelas.
Conte quantos anúncios do governo federal tem na Globo e quantos tem na Rede TV, ou na Record, ou no SBT.
Veja quantos anuncios governamentais têm na Veja, na Época e na Isto é.
Esse é o único termômetro visível para se medir a "imparcialidade".
Nem vamos entrar aqui nos caixa 2 ou nos dinheiros não contabilizados.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Apáte escreveu: Comparar com o Brasil, onde há liberdade de imprensa não cola.


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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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King In Crimson escreveu:
Apáte escreveu:Veja só se trocarmos a palavra parcialidade por desonestidade.
"Eu tenho direito de ser desonesto, uma grande empresa não."
Tomara que eu não precise desenhar.
Você não está entendendo. Não é uma questão de tamanho, mas de finalidade.

Um texto argumentativo, ou mesmo apelativo, é por essência parcial. Já o texto jornalístico, seja da Veja ou do fanzine da escola, tem a função de apenas informar.

Somos nós quem devemos cobrar a pureza de intenções dentro de um limite razoável, para que tenhamos uma mínima segurançã de estarmos sendo adequadamente informados.


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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Apáte escreveu:
King In Crimson escreveu:Mas é comprar uma coisa e receber outra.

Se eu pago por um texto que me informe, não quero receber um que me doutrine. Não sou contra os textos doutrinários, apenas quero que eles identifiquem-se como tais, não disfarcem-se em textos jornalísticos.

É como um leiteiro que vende leite com água.

Talvez seja paranóia minha, mas acho que quando se diz em parcialidade jornalística, o nome que vem a minha cabeça, por estar sendo alvo de crítica de todos os tópicos sobre política é a Veja. Quem compra a Veja, recebe o que quer: uma revista bem burguesa, não há o que reclamar. Quem compra a playboy: uma revista com mulher pelada.
Os textos da Veja, como muito bem foi o do referendo, trazem apenas informações VERAZES. Vi tanta críticas sobre a reportagem da Veja, mas vi pouquíssima sobre os artistas da globo...
Eu não queria dizer isso, mas acho que estão querendo castrar essa revista, pobre coitada. :emoticon8:


dentre as revistas do gênero, eu acho a Veja a menos parcial.
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Re: Re.: Por que o povo tanto cobra imparcialidade da mídia?

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Apáte escreveu:Ela também lançou com a foto do outro candidato. :emoticon12:
Acho que você não entendeu a pergunta.


Em período eleitoral, todos os veículos de comunicação são obrigados a disporem do mesmíssimo espaço para ambos os candidatos. Falando bem ou mal
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
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Trancado