DarkWings escreveu:Natal é tempo de de festas. Tempo de consumismo e comilança. É tempo também dos hipócritas ficarem bonzinhos por umas 12 horas.
Natal é uma época estúpida. Natal é tempo da rainha dos 'hipocritinhas" bancar a boazinha e "miar" uma música natalina no playback enquanto distribui brinquedos de 5a categoria que nem seus cães ganhariam.
Natal é isso. É tempo de empresários gananciosos se vestirem de garoto propaganda da coca-cola e bancarem os bons velhinhos enchendo de esperança os miseráveis por algumas horas só para no dia seguinte estes lembrarem como é ter esperança.
Natal é tempo dos subdesnvolvidos tupiniquins sonharem em ser americanos e decorarem suas casas com tufos de algodão para parecer com neve.
Natal é momento de vermos os mesmos carcomidos apresentadores dA TV exibirem histórias pseudo-comoventes sobre a menina que ganhou a bicicleta que sonhava ou o menino que conseguiu um autógrafo deste ou daquele jogador de futebol.
Natal é mesmo um festival cretino, ou cristão. É quando padres, pedófilos ou não, falam em união e fraternidade, em compaixão e em ajudar ao próximo. Interessante, sobretudo vindo de sacerdotes de uma das mais obscurantistas entidades do mundo que sempre foi contra os direitos da mulher, contra o planejamento familiar e contra a prevenção de doenças como a AIDS.
O que acho mais hipócrita nisso tudo é que não haveria necessidade de amor ao próximo, caridade e toda essa papagaiada natalina se não houvesse miséria.
Mas miséria existe e sempre existirá enquanto houver religião, sobretudo as tres maiores mazelas deste planete: cristianismo, judaísmo e islamismo.
É uma questão matemática:onde há mais pessoas crentes? Nas camadas mais pobres. Onde há mais filhos não planejados? Bingo! Não preciso dizer mais nada.
Viva o natal! Vamos nos empanturrar (às custas dos outros é claro!)
MORTE E VIDA NATALINA
Sandra Regina Malafaia (*)
Então já é natal...
Lojas com vitrines bem decoradas
Que representam verdadeiro chamariz
para atrair cartões de crédito
Da cor da prata, do ouro, não importa o matiz
Que ocupam os bolsos de muita gente
Que durante o ano inteiro ignora
o cachimbo do menino de escuras ruas
a doença da meretriz e até a fome da criança que chora
Ou a voz da terra que implora piedade à sábia espécie:
Eu sou sua casa e estou por um triz!
Mas, generosa e espantosamente
No natal, essa gente se transforma
E repentinamente se envolve e se torna
feliz, fraterna,sorridente...
Hipocritamente benevolente
apesar da alta do dólar
Ou de outra guerra iminente...
Ou do rombo no nosso cofre
Deixado pelo culto presidente
Ou de outra espécie ameaçada
Pela sapiens espécie ,tão imprudente...
Essa espécie nada sábia nem tampouco superior
Não hesita em consumir ,na ceia tão esperada
Caprichosamente temperada e lentamente assada
A carne de muitos animais, nossos irmãos menores,
Que na grande teia da vida têm importância capital
Para manter o equilíbrio desse ecossistema fundamental
Mas sofrem, pela ganância da cruel espécie tribal
Que abate,sem dó nem piedade, nem amor
Milhões de animais que ocuparão o centro de mesas
Especialmente enfeitadas com velas, toalhas e taças
Transformados em assados,tostados ou recheados de passas
E então serão por ávidas mordidas consumidos
Para comemorar nascimento de bambino singular
Que se considerava ungido e salvador dos remidos
Entre generosos goles de champagne com caviar!
Essa estória é de amargar!!!
Frango assado...
Chester adocicado...
Pernil bem tostado...
Ou leitão recheado...
Ou caviar importado...
São muitos reais a mais
Que fazem enorme diferença
Entre a ceia do assalariado
Ou do executivo bem apessoado
Que garantiu muito lucro para a empresa
E está evidente no preço das ações na bolsa
Ou nas prateleiras do supermercado
Poderão ocupar bandejas de prata
ao centro de mesas de imbuia maciça
E serem degustados como ricas iguarias
Fatiados por mãos sem calos, de pele fina e macia
Cujos lábios sorverão saborosos goles
De vinho ou champagne importado,
E como sobremesa, degustarão ambrosia
Na ceia que comemora o fruto
do ventre de uma mulher chamada maria
Ou só um canto apertado
na marmitex do desempregado
Que tomou um porre de cachaça da boa
E não teve ceia, árvore nem ganhou presente
Apenas um canto no boteco da esquina
Foi para ele mais do que suficiente
Para sua solitária festa natalina
E que o deixou feliz, contente, rindo à toa!
Seja no shopping center do ocidente
Ou na cidade do interior, nada imponente
Sorridentes, displicentes, incoerentes
As pessoas se encontram, se falam,
se cumprimentam,se tocam ou se calam
Mas para outras pessoas diferentes
Dissidentes sementes não crentes
Agnósticos, ateus,céticos, descrentes
Nada disso importa realmente
Pois não é somente em um dia por ano
Que se deve amenizar o sofrimento
Dos semelhantes ou de famílias carentes
Promovendo campanhas com tons de esperança
Pelo rádio, Internet e pela tv
Para ajudar a criança
Que não anda, não senta, não vê!
Mostrando quão hipócrita é
O vil comportamento humano!
Embevecidos por falso espírito solidário
Entoando hinos de louvor, pelo nascimento
de um pseudo e divino redentor
ao som de alegres sinos em campanários
Os cristãos comemoram o ápice de sua crença!
Na noite de natal, não se admite desavença
Todos devem unir mãos e voz e ter o pensamento
Voltado para nobres sentimentos, como paz e amor!
Ou estão mesmo é preocupados
Com seus rombos nos saldos bancários?
Depois que cessar esse furor
De comer, beber , orar e cantar
Para o menino homem que faz aniversário?
Lá vão elas para suas casas
com suas sacolas abarrotadas
Tendo os pés doídos, em sandálias apertadas
Espremendo-se em lotações apinhadas
Cheias de presente ou lembrancinha
Ou jogos chineses de coloridas luzes
Que darão vida nova a casas, árvores, telhados
Para esperar pelo natal
dos que se dizem bem aventurados
Que crêem no cristo que salvou
A humanidade inteira de seus pecados!
Como estão enganados!
Mas será que algumas dessas lampadinhas
Brilharão em outros natais nem tão abençoados?
Ou respeitarão a opinião dos que não crêem
Nesse engodo tão bem manipulado e
tão comercialmente explorado?
Nessa mítica estória da carochinha
Que fala de um menino que nasceu predestinado
A livrar nossa pobre espécie
de todo e qualquer famigerado pecado!
Salvador pessoal, talismã dos desesperados
Com mentes e corpos manipulados
Pela nefasta e perniciosa religião
Cujo veneno aos poucos vai sendo destilado
Pela boca de seus líderes
e de suas pétreas leis,
lento, cruel, disfarçado
Em dogmas de falso moralismo
ou puro sectarismo
A saltarem de páginas de livros
rançosos ,ensebados ,ultrapassados
Corroendo a individualidade, aniquilando a personalidade
Lesando cérebro, rim e coração
Dos tolos e incautos crentes dizimados!
Desesperançados!
A vida do natal é breve, só dura um dia
Há quem diga que até seja espírito
Mas para o mundo cristão contrito
É época de júbilo, de adoração
A um bambino, que já nasceu divino
E após angelical anunciação
Teve como berço pobre estrebaria
Gerado em ventre nada imaculado
De uma partenogenética Maria
E quando se dão conta, já se foram
Presentes, parentes,ceia,noite e dia...
E a sagrada família, quem diria...
Volta à rotina de sempre, do dia a dia
Esquece a meretriz, o presépio e o menor carente
E volta-se agora para mais uma festa que virá
Prá alegrar e embriagar muita gente
Do empresário bem sucedido
Ao pai do menor carente
E não mais se lembram das promessas feitas
Ao seu deus, três em um onipotente
Melhor até que o som da Gradiente!
Pensam que logo virá o Carnaval
Escola de samba, desfile de mulher pelada
E do natal, toda aquela presepada
De promessas vãs ao falso benfeitor
Só se lembram mesmo é do décimo terceiro
Esse sim, tão aguardado salvador,
Realmente o único e grande redentor
Da conta bancária flagelada
Mas graças a ele redimida
E por pouco tempo equilibrada!
Pois o Reveillon está chegando
Para mais uma boa noitada
De esperança renovada,
Entre canto,dança ou na mesa de bar
Saudando a mais uma madrugada...
E brindar!
com cerveja, champagne ou cachaça
a mais uma nova e milenar alvorada
que não nos pede dízimo nem oferta
Ela é simplesmente de graça,
não nos cobra,não custa nada!
Para quem medita como Buda
Ou para quem pede: Jesus, me ajuda!
Para quem crê em profecias e dom pentecostal
Ou para quem a Meca, bem cedo dirige
Sua longa oração matinal
Ou para quem entra em sinagoga
para livrar-se do mal
Ou para quem é ateu ,cético convicto, como eu
Algo devemos ter em comum
que não apenas negar ou aceitar um mito
Precisamos respeitar as diferenças
Sem impor nossas crenças
em inútil discussão
A outro da nossa espécie,
seja ele ateu, crente,católico
espírita,xiita,
budista ou pagão...
Vamos começar desde agora
A lutar para que nossa mãe terra
Ainda seja azul, plena de vida
onde muitas alvoradas
Possam ainda ser apreciadas
Pelos olhos extasiados
De namorados e namoradas
Que darão início
a mais uma nova e diferente geração !
E quem sabe nascerá então
Nossa próxima e mais linda primavera...
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(*) Poetisa e atéia convicta
PS:bom... se vc chamar judaismo d mazela.. podem te considerar anti-semita... e ae...