Jeanioz escreveu:Sinceramente não sei o que leva a crença em duvidosas experiências, sempre feitas com artifícios e manipulações das mais diversas: cortinas, luzes apagadas, a médium por enquanto não pode ser vista, assistentes super preocupados,parece um show de ilusionismo. Dá para acreditar?
Essas histórias de materializações são muito engrançadas, me divertem muito.
Quando leio as discussões relacionads ao tema, é mais um dia ganho.
Com relação ao vítor e ao Botãnico, eles se esforçam muito para validar aquelas experiências, usam de todos os argumentos possíveis, chega a ser infantil a tese q eles apresentam para demonstrar q materializações são mais raras hoje q antigamente.
Otília Diogo foi presa com aqueles trapos brancos, florence foi agarrada descaradamente, e mesmo sonâmbula fugiu conscientemente para o seu gabinete.
Essas histórias, verificadas detalhadamente são cheias de esquisitices e depoimentos contraditórios entre si, além do mirabolante flagrante fenômeno.
O que me deixa encucado é a presença da cortina ou coisa similar na maioria dessas sessões, por quê? me respondam por favor. Por que o ectoplasma não se manifesta ali, na presença de todos sem a cortina ou coisa parecida? Parece contraditório.
11 exemplos de Efeitos Físicos sob a Luz
André Luis N. Soares
Embora seja reincidente a alegação de que os efeitos tidos por realizados através de entidades espirituais sejam obtidos apenas em ambientes de escuridão completa, tal assertiva não corresponde a realidade e só pode encontrar encontrar origem ou na ignorância dos detalhes das chamadas séances (sessões mediúnicas) ou numa crença dogmática e peseudocética que faz o autor de tal afirmação separar dos diversos experimentos paranormais trechos que asseverem somente a sua posição, não obstante o arrazoado não consubstancie a realidade do conteúdo geral. Esta prática é muito comum, principalmente nos dias atuais em que os meios de expressão são potencializados pelo avanço tecnológico, muitos argumentos não subsumidos aos fatos são tidos como verdades para milhares de mentes que não tiveram a oportunidade de se ocupar com as minúcias do assunto. Com as pesquisas psíquicas não é diferente.
Basta uma análise um pouco mais acurada dos relatórios de experiências paranormais para se concluir que nas sessões físicas a luz intensa parece afetar, de alguma forma, a saúde do médium. Não se sabe a causa, embora teorias sejam esboçadas como a que incute que toda lesão ao ectoplasma é prejudicial a integridade física do sensitivo quando da sua restituição ao organismo do psíquico. O ectoplasma parece ser fotosensível.
Entretanto, não realizar uma sessão sob luz intensa é bem diferente de realizar em total escuridão. É certo que muitos fenômenos são muito mais fáceis de serem executados na ausência de luz. Tudo leva a crer que o ectoplasma é mais manipulável nesta situação. Todavia, o obscurantismo visual seria sempre um argumento contra a autenticidade dos fenômenos. Com esta preocupação, diversos pesquisadores ao analisar os médiuns a eles submetidos tentavam de algum jeito sintetizar metodologia prática capaz de conciliar a luz e os prodígios já carreados. Deste modo, desde a iluminação à vela e a jato de gás para a elétrica avermelhada ou testes à luz do dia foi então possível produzir-se visualmente novas evidências em prol da sobrevivência.
William Crookes em seu relatório sobre o médium Daniel Dunglas Home expressamente declarou captar ocorrências sob o amparo de iluminação:
(...) “Minhas experiências foram feitas em minha própria casa, à noite, num amplo espaço iluminado à luz de gás. Os aparelhos preparados com a finalidade de constatar os movimentos do acordeão consistiam em uma gaiola, formada por dois arcos de madeira, respectivamente de diâmetro de um pé e dez polegadas (55,86 cm) e de dois pés (60, 96 cm), reunidos por doze ripas estreitadas, cada uma de um pé e dez polegadas de comprimento, de modo a formar a estrutura de uma espécie de tambor aberto em cima e em baixo. Ao redor, 50 metros e fios de cobre, isolados, que foram enrolados em 24 voltas; cada uma dessas voltas encontrando-se a menos de uma polegada de distância uma da outra” (...).
Com a médium Florence Cook o ínsigne cientista não agiu diferente:
“Entrei no quarto com precauções, estava escuro, e foi às apalpadelas que procurei a Srta. Cook. Encontrei-a agachada no soalho. Ajoelhando-me, deixei o ar penetrar na lâmpada e, à sua luz, vi essa moça vestida de veludo negro, como ela estava no começo da sessão, e conservando toda a aparência de completa insensibilidade. Ela não se moveu quando lhe peguei na mão, segurando a lâmpada bem perto do seu rosto, mas continuou a respirar calmamente. Elevando a lâmpada em torno de mim e vi Katie de pé, muito alva e flutuante, como já a tínhamos visto durante a sessão (...).
(...) “Prendendo nas minhas uma das mãos da Srta. Cook, ajoelhando-se outra vez, ergui e abaixei a lâmpada, não só para iluminar a figura de Katie, como para plenamente convencer-me de que eu estava realmente vendo a verdadeira Katie que eu havia apertado em meus braços alguns minutos antes, e não o fantasma de cérebro enfermo. Ela não falou, mas moveu a cabeça em sinal de reconhecimento. Por três vezes diferentes, examinei cuidadosamente a Srta. Cook agachada diante de mim, para certificar-me que a mão que eu segurava era a de uma mulher viva, e, por três vezes diferentes, voltei a lâmpada para Katie, a fim de examiná-la com firme atenção, até que não me restasse a mínima dúvida de que ela estava ali na minha frente” (...).
Nas 17 sessões celebradas em Milão, em 1892, com Aksakof, Richet, Giorgio Finzi, Ermacora, Brofferio, Gerosa, Schiaparelli e Du Prel em torno da médium Eusápia Paladino a luz também fez-se presente como bem elucida Cesare Lombroso:
“Assim, pois, todos os maravilhosos fenômenos que tínhamos observado em completa ou quase completa escuridade (cadeiras puxadas com força, com a pessoa sentada, contacto de mãos, luzes, marcas de dedos, etc), obtivemo-los afinal sem perder de vista, por um instante, a médium.
Por isto, a sessão de 6 de Outubro foi, para nós, a constatação evidente e absoluta da justeza de nossas impressões anteriores na escuridade; foi a prova incontestável de que, para explicar os fenômenos na completa escuridade, não é necessário supor fraude da médium, nem ilusão de nossa parte; foi prova de que estes fenômenos podem resultar das mesmas causas dos produzidos quando a médium é visível, com luz suficiente para lhe controlar a posição e os movimentos.
Ao tornar público este breve e incompleto resumo das nossas experiências, devemos ainda expressar estas nossas convicções:
1º) — Que, nas circunstâncias dadas, nenhum dos fenômenos obtidos com luz, mais ou menos intensa, poderia ser produzido por qualquer artifício;
2º) — Que a mesma convicção pode ser afirmada para a maioria dos fenômenos na completa escuridade. Para uma certa parte destes últimos, podemos reconhecer, no máximo, a possibilidade de imitá-los por meio de algum hábil artifício da médium; todavia, depois disto que dissemos, é evidente que esta hipótese seria não só IMPROVÁVEL, mas também INÚTIL em nosso caso pois que, com o admiti-la, o conjunto dos fatos não seria de modo algum comprometido (Seguem-se as assinaturas.)”(...).
Nas Sessões com Mme. d'Esperance a luminosidade e a observação visual foi igualmente factível para todos os presentes:
(...) "A primeira forma materializada foi parcial e Elizabeth e os assistentes, viram o rosto do homem que sorriu para eles na luz da luminária de gás; Elizabeth de repente percebeu que era Walter. Depois desta experiência, mais pessoas foram selecionadas para juntar-se o círculo e testemunhar os eventos que aconteceram; no dia, eles eram conduzidos com alguma luz à janela superior, e à noite, existia iluminar de jatos de gás" (...).
O mesmo se seguiu com a séance de Arnold Clare:
(...) "A luz que abastecia fez possível ver objetos quatro pés de distância; por ela, assistentes podiam observar os trompetes, e ver a materialização. William E. Harrison proveu uma conta detalhada de sua experiência de mediunidade de Arnold na sessão que começou em 1939. No primeiro destas, com o médium preso com firmeza a uma cadeira, existiu o movimento de trompetes e outros objetos (..).
E Jack Webber:
(...) "No caso da levitação que aconteceu durante a sessão, esta necessitou forte ectoplasmia; estas foram vistas por assistentes quando a sessão não era realizada em escuridão absoluta, ou artigos luminosos forneceram a iluminação exigida. Em relação às vozes manifestadas, fotografias foram tiradas onde podia ser visto que uma forma ectoplasma tinha sido produzida e que facilitou a fala dos comunicadores [entidades]. Também foi observado que em ocasiões, mais de uma voz era ouvida, isto é não só um guia falava por Jack Webber, mas um Comunicador, simultaneamente" (...).
As experiências de efeitos físicos no Brasil também seguiram o método e abarcaram a presença de luminosidade para dar força probante aos eventos ocorridos. E, muito embora haja certo preconceito com a qualidade de nossas pesquisas, principalmente por parte de cientistas europeus, parece ser fato que aqui se encontra uma boa disposição de sensitivos capaz de servirem de veículos para os fenômenos psíquicos deste porte.
Com Carlos Mirabelli a paranormalidade se reproduziu tanto sob a luz do dia quanto a luz artificial, quando noite:
(...) "A investigação que foi conduzida na mediunidade de Carlos Mirabelli por volta de trezentas e noventa e duas reuniões para tipos diferentes de fenômenos, e em sessenta e três destes, fenômenos físicos foram produzidos: as reuniões foram realizadas em luz do dia, ou com iluminação artificial brilhante. Em uma, Carlos fora levitado e permanecia por alguns minutos; além disso, em um quarto fechado hermeticamente, batidas eram ouvidas junto com uma voz que era reconhecida por Dr Souza, um dos investigadores como sendo de sua filha que recentemente morreu. Se isto não foi suficiente, a menina materializou e abraçou seu pai. Sua pulsação foi sentida por um doutor que era um dos assistentes, e ela respondeu a perguntas pedidas; além disso, ela foi fotografada com seu pai antes dela desmaterializar na frente dos dez investigadores que estavam lá. Durante este tempo, Carlos, 'deitado como se morto estivesse em sua cadeira" (...).
No escândalo da revista O Cruzeiro, onde a verdade tardou a chegar, Jorge Rizzini, presente à Sessão, descreveu a presença de luz vermelha durante a manifestação dos efeitos físicos da médium Otília Diogo que teve, tempos depois, a mediunidade suspensa o que prova cada vez mais que se os fenômenos fossem unicamente oriundos do psiquismo ou psicofisiologia do sensitivo a decaída deles não seria abrupta, como de fato ocorreu com Otília, ou desvinculados de algum tratamento psicológico. A balança aqui pesa muito para o fato que Harold Anson alertou:
“médiuns que iniciaram sendo completamente honrados, porém vendo aquela mediunidade como sua fonte de renda, gradualmente acostumaram eles mesmos a fingir(…)”.
Jorge Rizzini assim declarou:
(...) "Que estava por suceder? E, imediatamente, mãos invisíveis puseram em movimento a vitrola localizada fora da Jaula e, ato contínuo, sob a luz de uma pequenina lâmpada vermelha, diante dos dezenove médicos surgiu a materialização total do espírito de Irmã Josefa: magnífica, toda vestida de branco, com roupa de freira. Trazia uma luz na fronte e no tórax" (...).
Toda a bibliografia então parece confirmar a imperiosidade de ser cauteloso durante uma Sessão de efeitos físicos. O Médium não é nenhuma cobaia de laboratório e não obstante se coloque muitas vezes em situações humilhantes para dar lidimidade à pesquisa, imprescindível que, no mínimo, haja cuidado com seu bem estar. Destarte, o que aconteceu no passado, repete-se no presente. Médiuns atuais, na fiscalização de método usando luz elétrica modulada, repetem materializações, aportes, levitações e todos os demais efeitos da literatura supernormal. Como exemplificação, pode-se citar:
a) Stewart Alexander:
(...) "Quando a luz vermelha foi ligada para guiar a assistente de volta a seu lugar, na mesa nós podíamos ver que Walter também amarrou as outras 2 correias sobressalentes e laçou-as juntas. Ele pediu a Ron Gilkes que aceitasse o presente como uma recompensa do mundo dos Espíritos. Stewart foi então retirado de transe por seus amigos espirituais de forma que ele também podia testemunhar os fenômenos de trompete. Os assistentes tinham muito prazer em poder ver 2 trompetes sendo separadamente manipulados, suavemente tocando algum dos assistentes e também voando até o teto (...)".
b) Sessão de Warren Caylor:
(...) "Ela seguiu o mesmo procedimento que antes, pedindo Ron lentamente para aumentar a intensidade da luz vermelha até as pessoas poderem ver uma as outras pela sala. A música estava tocando e pela segunda vez a assistencia testemunhou o desenvolvimento gradual de um brillhante branco, quase luminoso, no formato do tamanho de uma cabeça, mas isto continuou por um mais longo período, claramente à vista de todos antes dele desaparecer" (...).
c) Sessão de David Thompson:
(...) "A luz era controlada por Paul que se sentou ao meu lado, enquanto o player de música estava sob a responsabilidade de Bianca, que teve que fazer freqüentes na música e no volume, na ordem de espíritos comunicadores. Ambas as mãos de Paul estavam seguras na minha mão direita ao longo da sessão, exceto para mais ou menos cinco minutos quando eram necessário ligar e manobrar a luz durante o curto período que as expulsões do ectoplasma estavam sendo mostradas"(...).
Conclusão
Os onze exemplos acima são apenas uma pequena amostra de que a alegação de ausência de iluminação nas pesquisas psíquicas em Sessões de efeitos físicos não corresponde a verdade.
Jeanioz escreveu:
No caso de uberaba, havia escuridão total, ouviu-se gemidos, flim-flam o espírito apareceu, agora com as luzes acesas todos poderam ver o milagre. Não seria mais fácil o espírito se desmaterializasse na frente de todos os reporteres, não foi o que aconteceu, as luzes foram apagadas e o espírito sumiu. Não seria mais fácil q espírito se desmaterializasse na frente de todos, com as luzes acesas, já q a luz clara e forte desmaterializaria o ectoplasma? São questões não respondidas.
Já há um grande histórico que sugere que a luz intensa pode prejudicar a integridade do sensitivo. Portanto não há motivo para querer arriscar expondo-o há algo que previamente tomamos nota de ser um método lesivo a sua saúde, mesmo que isto fosse falso. E, a fim de coadunar a exigência de reprodução sob luz e a segurança do psíquico, busca-se um ponto médio entre as duas imposições: que haja luz na intensidade ideal para se observar visualmente a composição dos fenômenos sem supostamente danificar o organismo do experimentando. E isto claramente foi e é seguido, sendo completamente falsa a idéia de que os eventos paranormais não foram ou não são observados visualmente dentro de uma Sessão.
Jeanioz escreveu:
Por favor respondam objetivamente, sem sofismas. Entre um homem mentir e um fantasma voar pelos céus, fico com a primeira opção. Sobre doutrina, não me interesso, o q me interessa são esses fatos estranhos q os espíritas alegam serem provas da vida pós morte.
Com referência a possibilidade de provar a fraude, isso é muito difícil, haja vista a dificuldade de se provar uma tramóia ou testemunhos mentirosos. Uma das provas é q hoje ninguém gravou ou fotografou por completo uma materialização, sempre são fotos incompletas, com alguém com pedaço de pano na boca, e depois o espírito completo, isso não é estranho?
Falso, totalmente falso. Vá em http://paginas.terra.com.br/educacao/espirito/ e veja as fotos no link "Materialisation Extraordinary" de Jay Strong (19 de Nov)
Jeanioz escreveu:
Alguém pode postar um texto detalhado da sessão em q o comelão do Crooks vê o espírito e a mádim juntas, mas tem de ser o detalhe da sessão inteirinha, pelo menos até o momento do aparecimento das juntas (tentem não omitir nada, viu). Como podemos observar, essas experiências não são dignas de credibilidade, portanto não provam nada.........
http://www.ippb.org.br/modules.php?op=m ... e&sid=3675
Na narração de Crookes: “[...1 Voltando ao meu posto de observação, Katie apareceu de novo e disse que pensava poder mostrar-se a mim ao mesmo tempo que a sua médium. Abaixou-se o gás e ela pediu-me a lâmpada fluorescente. Depois de ter se mostrado à claridade durante alguns segundos, restitui-me, dizendo: ‘Agora entre e venha ver a minha médium’. Acompanhei-a de perto à minha biblioteca e, à claridade da lâmpada, vi a srta. Cook estendida no canapé, exatamente como eu a tinha deixado; olhei em tomo de mim para ver Katie, porém ela havia desaparecido...”
Em outra ocasião, ele também teve oportunidade de ver a materialização e a médium ao mesmo tempo, e teve permissão para abraçar Katie King. Ao escrever sobre esse momento no The Spiritualist, Crookes disse que “[...] O sr. Volckman ficará satisfeito ao saber que posso corroborar a sua asserção de que o 'fantasma' (que, afinal, não fez nenhuma resistência) era um ser tão material quanto a própria srta. Cook”.
Nenhum ataque que Crookes sofreu ao longo de sua vida resultou em qualquer alteração em seus pontos de vista, uma vez que ele estava certo de ter realizado as experiências com a abordagem e os controles científicos corretos. Em 1898, ele escreveu que, apesar de terem se passado trinta anos desde que realizou e publicou os resultados de suas primeiras experiências, ele não tinha nada de que se retratar, e nada que alterar.
Ver também
http://www.paginaespirita.com.br/ultima ... atie_k.htm