André escreveu:1)Enorme. Aliás eu não consigo nem ver a relação que vc fez.
São dois seres sem consciência que se nada for feito, terão consciência e que não podem viver por si próprios.
André escreveu:2)Mais comparações que não tem relação. Além do que foge do tema. Eu vou começar a ser repetitivo, pelo simples fato de vc não concordar com um paradigma, e as razoes que eu dei.
As razões, que a mulher deve ter controle sobre seu aparelho reprodutivo e decidir sobre ele, podem não fazer sentido para vc, mas fazem para milhões, como mostra o fato de diversos países terem adotado. Isso não faz deles certos ou errados, ilustra que os argumentos foram pesados e esses que não fazem sentido para vc foram vitoriosos.
O caso da aids talvez, mas e a questão do embrião não ser parte do corpo dela, sendo um outro ser vivo?
E a questão do procedimento abortivo em si, lidar com a eliminação de um ser vivo e estar completamente desvinculado da questão de posse dos órgãos da mulher?
A mulher como dona de seu corpo, pode evitar a gravidez.
O aborto como uma pratica que elimina um ser vivo, pode ser proibido, em que isso elimina um direito da mulher sobre os próprios órgãos?
Um embrião faz parte do aparelho reprodutivo da mulher?
André escreveu:3) Para mim somente é vida quando tem consciência.
Dai a pergunta sobre o rapaz inconsciente ligado ao aparelho.
Nos dois casos trata-se de um ser que está para tornar-se consciente se nada for feito para impedir isso.
Qual a diferença?
André escreveu:Sendo que dizer que é de terceiros é uma descaracterização, se a mulher quiser parar a gravidez no inicio nada vai a impedir, e não venham com aquelas comparações toscas de roubo, pq esse tipo de coisa pode sim ser impedido. Logo o instrumento é apenas punitivo de mulheres e médicos, e nas mulheres pune as mais pobres.
A punição é uma das formas de se impedir isso... o nome disso é repressão.
Outra é a prevenção e o fechamento das clinicas clandestinas, controle sobre remédios abortivos, etc...
A desobediência da lei, não é argumento para sua revogação.
Existem diversos exemplos que podemos citar, que sejam semelhantes ao do aborto e até de maior dificuldade para se impedir. Ainda assim, a pratica não justifica legalizar.
André escreveu:E sugiro as pessoas no debate aprender a entender o ponto de vista do outro. Ou pelo menos tentar.
Eu também acho e também entendo os dois pontos.
Só que não concordo, por esse motivo, pergunto justamente os pontos chave de minha discordância.
Principalmente em um caso onde pontos de vista subjetivos tentam definir o que é ou não vida e quem tem ou não direito a ela.
Eu vejo a vida como uma questão de "potencial" para vivencia, pois pensando friamente, não existe diferença entre matar um ser que ainda não é consciente e um que já é.
Ao tentar justificar isso segundo certos parâmetros, como o dá consciência, acabamos legitimando que a mesma regra se aplique a outras situações.