Botanico escreveu:Portanto, acho que a minha fé tem mais fundamentos que a sua.
Judas escreveu:Só VOCÊ tem fé no experimento feito no escuro , eu não.
Não é bem fé. Uma hipótese ou experimento só são descartados quando provados falhos ou insuficientes. NÃO SÃO ACEITOS: apenas NÃO HÁ MOTIVOS PARA REJEITÁ-LOS, caso não sejam provados falhos ou insuficientes.
E é o caso em questão, pois não vejo como UMA SIMPLES ESCURIDÃO permitiria fraudar o experimento, AINDA MAIS QUANDO NÃO ME APRESENTAM OS MODOS DE COMO ESSA FRAUDE PODERIA SER FEITA. O Ade até fez um pouco melhor, mas você, invoca a escuridão tal como um evangélico invoca o Cristo...
Botanico escreveu:
Mas que respostas você quer?
Judas escreveu:Nenhuma, eu te disse que você se esquiva das respostas que RECEBE.
Se elas não respondem a questão, então declaro-me insatisfeito com elas. Pergunto-lhe por que a escuridão permitiria a fraude e QUE FRAUDE teria sido feita então e você me responde que só a escuridão basta. Fazer o que se você tem tanta FÉ no poder mágico da escuridão...
Botanico escreveu:Você critica o escuro, mas não me diz porquê o escuro possibilitaria ao médium fazer coisas que na claridade não seria possível. Como na escuridão seria possível não interromper o circuito do galvanômetro? As sugestões apresentadas até agora têm os seus furos. A simples tentativa de troca já faria o galvanômetro oscilar. Um resistor ficaria suspeitosamente fixo. A retomada do circuito também faria o sistema oscilar. Ou seja, não daria para burlar o controle. Mas se você insiste que a escuridão daria ao médium poderes excepcionais que a claridade roubaria, então me diga o por que. Mas se não vai dizer, então não se queixe de eu me esquivar de responder alguma coisa
Judas escreveu:O escuro Bôtânico, permite muitos tipos de possibilidades de fraudes.
Que tal desfiar esses muitos tipos de possibilidades DENTRO DO EXPERIMENTO EM QUESTÃO? Sim, pois até agora não vi você apresentar nenhuma.
Judas escreveu:Além das que o Ade já mencionou, pode também existir a possibilidade do PRÒPRIO galvanômetro ter sido fraudado, mas ai vai demandar conhecimentos em eletrônica que eu honestamente não possuo.
Fraudado como? Note bem que o que o Ade propõe, SÓ PODERIA SER FEITO COM A PARTICIPAÇÃO DE CROOKES NA FRAUDE. Aí nem precisa se explicar tanto. Mas partindo do pressuposto de que ele NÃO ESTAVA METIDO NELA, então só pode ter sido ENGANADO. Mas aí vem todo o problema: não havia como a médium enganar nesse experimento:
1) Não havia como fraudar o galvanômetro (qualquer coisa que substituísse o corpo da médium teria de ter a mesma resistência do corpo dela e oscilar levemente, conforme visto nos marcadores)
2) Não tinha como colocar esse resistor SEM QUE O INDICADOR ACUSASSE A TROCA.
3) Pelo que li em alguns textos da época (e ao que parece no próprio texto do Colin Brooke-Smith) naqueles tempos NÃO HAVIA OS RESISTORES ELETRÔNICOS HOJE CONHECIDOS. Quem tentava defender essa hipótese de resistor, só poderia contar com os arames fabricados na época. Mas o mais indicado deles, para ter a resistência do corpo humano, precisava ter uns 100 metros de comprimento (coisa fácil de ocultar, que não faz barulho e é muito leve _ um cético DEVE acreditar nisso, certo?)
4) O fantasma produzido deu livros a pessoas as quais a médium só conhecia de nome e a outras que nunca viu antes, que foram convidadas aquela noite e os livros tinham a ver com autoria e gostos dos convidados. Como a médium saberia disso?
5) Também apareceu um objeto que não estava na biblioteca antes e que estaria em outro aposento, no qual a médium nunca esteve sozinha. Explicação?
6) Não está no relatório, mas como eu disse antes, Sergeant Cox ENTROU NA BIBLIOTECA durante a sessão e viu DUAS PESSOAS LÁ DENTRO: a médium e a fantasma. Com as portas e janelas lacradas, como essa outra pessoa entrou lá?
Enfim, são VÁRIOS OS FATORES A SEREM CONSIDERADOS E NÃO APENAS UM, QUE POR ALGUM MILAGRE, CONDUZISSE AUTOMATICAMENTE AOS OUTROS.
Judas escreveu:Mas poderia perfeitamnete, através de um circuito alternativo, usar diferentes resistores até mesmo para produzir o efeito de oscilação da resistência.
E como seria o circuito alternativo? O único possível seria o que tentaram: colocar um meio condutor entre as manoplas, mas os testes já haviam mostrado que NA BAMBA NÃO TINHA COMO ACERTAR O VALOR EXATO DA RESISTÊNCIA. Qualquer tentativa de fazer isso seria percebido, pois o indicador do galvanômetro oscilaria. Portanto o PERFEITAMENTE aqui não está nada perfeito.
Judas escreveu:"-Mas como acionar o circuito alternativo sem ninguém perceber?"
Resposta:
O ESCURO.
Esse escuro só ajudaria se o galvanômetro estivesse DESLIGADO. E além disso os colegas de Crookes inspecionaram o aparelho e as condições. Não iriam eles achar o tal "circuito alternativo"?
Judas escreveu:É muito bôbo este debate, quanto mais gente vir aqui mais alternativas de fraude e também argumentos contra ela vão surgir.
É por esse motivo que eu digo que as alternativas de fraudes DEVEM ESTAR CONSISTENTES COM O RELATÓRIO OU RELATO FEITO. Se as ditas alternativas só funcionam se falar de um aspecto, mas esconder todos os outros, então ela é só cortina de fumaça para alegrar os crentes (céticos). É o que o Massimo Polidoro fez: disse que os amigos mais céticos do que o Crookes tentaram experimentar um lenço molhado para fechar o circuito das manoplas e então mandaram afastá-las mais para além do tamanho de um lenço... Mas como Polidoro observa: eram tão burros os caras que nem imaginaram que a médium podia vir com um pano maior... Só que se ler o relatório, verá que o teste feito mostrou que ERA IMPOSSÍVEL A MÉDIUM ACERTAR NA BAMBA O VALOR EXATO DA RESISTÊNCIA DO SEU CORPO. Mas isso não interessou ao Polidoro mencionar, pois aí estragaria a exposição que pretendia fazer. Certo?
Judas escreveu:Para mim o certo é que sejam feitos NOVOS EXPERIMENTOS COM NOVAS FORMAS DE SE RELATÁ-LOS, as quais eu já disse um milhão de vezes.
Mas isto significaria
MÉTODO CIÊNNTIFICO, coisa inútil no meio espírita.
E pelo jeito é inútil no meio cético também, pois ao proporem as hipóteses de fraudes, ELAS DEVERIAM TAMBÉM SER TESTADAS e não apenas teorizadas, na esperança de que ninguém leia os relatórios originais e aí fique acreditando na grande sabedoria dos céticos.
É isso.