Deixando de lado as pressuposições espíritas da coisa, ou nem tanto:
Essa informação só foi comprovada pela ciência em 1991, quando um estudo realizado em conjunto por cientistas americanos e israelenses demonstrou que uma substância produzida pelo óvulo ou por suas células vizinhas era a responsável pela seleção do espermatozóide mais apto. Tal descoberta provocou uma mudança significativa nos estudos sobre fertilidade, uma vez que, até então, acreditava-se que o espermatozóide “vencedor” seria o mais rápido.
Esses testes comprovaram uma "seletividade" do óvulo com relação ao conteúdo genético de cada espermatozóide? Acho que não, o espermatozóide, tanto quanto sei, não tem qualquer diferenciação fenotípica decorrente dos genes que porta, e acho que o único modo de ocorrer um reconhecimento de genes específicos é através de sua expressão. Se tem outro, desconheço.
Não estou dizendo que não é nada nem parecido com isso, e o que vale é o que chega primeiro. Acho que na verdade sabe-se que não é simplesmente o primeiro espermatozóide a chegar que fecunda há mais tempo, mas o fato deles ficarem todos amontoados tentando fecundar, e só um deles de fato fecundar não significa que tenha havido qualquer tipo de seleção de espermatozóide no sentido que foi aí sugerido, pode e deve ser simplesmente um mecanismo de limitação de quantos espermatozóides realizam a fecundação, totalmente cego aos genes trazidos pelos espermatozóides.