Res Cogitans escreveu:NadaSei escreveu:Entre os muitos elementos comuns, Deus é um deles, ao menos nas três religiões citadas, bem como em outras não citadas.
Nos seus sonhos talvez. Em qualquer análise sã as coisas são bem diferentes.
Em um debate, afirmações vazias não são argumentos.
Eu demonstrei minha analise e argumentei sobre ela, ou refute ou apresente essa tal "analise sã", do contrario, só posso achar que você fala sem nem ao menos conhecer essas religiões citadas, fala com base em achismos de algo que não conhece.
Res Cogitans escreveu:“Absoluto” é só mais um adjetivo que crentes usam para seu Deus, isso sequer significa que tenham noção das implicações que isso acarretaria.
E quem disse que não tem?
Res Cogitans escreveu:Voltando a sua argumentação tem uma analogia que talvez compreenda melhor:
Fulano tem uma camisa verde.
Cicrano tem uma camisa verde.
Bertrano tem uma camisa verde.
LOGO TODOS TÊM A MESMA CAMISA.
É o mesmo erro que você comete.
Falácia da falsa analogia.
Você está comparando duas coisas sem observar as diferenças significativas.
Na religião bem como em minha argumentação, não foi apresentado apenas o atributo "verde".
Eu demonstrei como as três religiões falam sobre Deus ser uno ao todo a nossa volta, isso já demonstra que o todo o "a nossa volta" é o mesmo nas três religiões e que isso é apontado como parte de Deus, depois nas três religiões falam sobre a união do homem com esse todo uno (Deus), mais um atributo em comum.
Depois eu argumentei que na própria religião (nesse caso o hinduísmo), falam sobre a impossibilidade demonstrar o todo em palavras e, que por isso, criam-se conceitos relativos para se falar de diferentes características de Deus, o que inclui conceitos de Deus pessoal, impessoal e interior, ainda mostrei que esses conceitos diferentes são encontrados no cristianismo, que também afirma que o Deus pessoal apresentado e o impessoal, são partes da mesma unidade.
Isso por si só, já demonstra que eles tem noção do que implica o "absoluto", bem como demonstra que estão falando da mesma coisa.
Eu não dei UMA característica, e forcei a barra dizendo que é a mesma coisa, dei diversas características que são iguais nas três religiões, bem como demonstrei os motivos para diferenças de certos conceitos e demonstrei que isso é conhecido em uma dessas religiões, é explicado e ainda cai como uma luva no que é dito em outra religião sobre Deus.
Você é quem está ignorando isso tudo e apelando para comparações esdrúxulas como "camisa verde".
Res Cogitans escreveu:Na verdade estou usando bases muito mais simples e fortes, o princípio da não-contradição. Um Deus não ser A e ~A na mesma relação.
Você apenas afirma que isso é contraditório, mas sem demonstrar.
Res Cogitans escreveu:Você continua desconsiderando toda especificidade das religiões na descrição de seus Deuses. Você só trabalha com um atributo, aquele que lhe convém e varre todo o resto pra debaixo do tapete.
Quem está fazendo isso é você.
Eu dei vários atributos de Deus que são iguais nessas religiões, de fato, dei os principais atributos.
Quanto as diferenças eu expliquei seus motivos segundo o que é dito em uma dessas religiões (coisa obvia, visto que o absoluto só pode ser descrito em palavras usando diversos conceitos relativos).
Além disso, demonstrei como o que é dito nessa religião sobre a "relatividade" dos conceitos, se encaixa perfeitamente na apresentação de Deus, dada pela outra religião.
Res Cogitans escreveu: Para corroborar sua tese você teria simplesmente que mostar que A=A, ou seja, que o Deus de uma religião é igual ao outro em todos os seus atributos.
Eu já fiz isso.
Fiz com uma ressalva, a partir do momento que o absoluto não pode ser apresentado pro completo em palavras relativas, algumas diferentes conceito surgem e isso é explicado por eles, assim como as descrições se encaixam nessa explicação.
Nem uma pessoa pode ser descrita por dois indivíduos diferentes, da mesma forma, pois cada um vai falar sobre diferentes características... e isso falando sobre uma pessoa, quem dirá ao falarem sobre o absoluto.
No entanto, as características apresentadas que são comum as três religiões, já são suficiente para demonstrar que falam sobre a mesma coisa, e isso você simplesmente ignora.
Res Cogitans escreveu: De aspectos da personalidade (vingador, ciumento, amoroso...) a sua relação 'histórica' com os homens (pacto com um povo, destruição de cidades, enviar um filho...).
Aqui nós entramos em discussões sobre diversos pontos de cada religião, analise da mitologia, analise da pessoa de Krisnha, Cristo e Lao Tsé, bem como o contexto em que se enquadram na religião.
Nada disso invalida a idéia apresentada, nem contraria os atributos já descritos, bem como os motivos para diferentes atributos já explicados.
Res Cogitans escreveu:NadaSei escreveu:Engano seu, falam sobre "partes" diferentes, da mesma coisa.
É como psicólogos falando sobre a mente humana, um pode falar sobre inconsciente e personalidade, enquanto o outro fala sobre self e super-ego.
Isso já foi muito bem explicado, eles descrevem o mesmo Deus UNO, apenas falam sobre diferentes partes desse uno. O hinduísmo inclusive diz isso claramente.
O Cristianismo não fala sobre o Deus pessoal e sobre o espirito santo? Não diz que são partes da mesma unidade?
Não sou eu que igualo os Deuses pessoais e impessoal, são eles que dizem que são partes da mesma unidade.
Lá vai o principio da não-contradição pelo ralo novamente.
Só na sua cabeça, onde está a contradição em uma religião apontar dois conceitos de Deus, um pessoal e outro impessoal e dizer que são unos?
Res Cogitans escreveu:De maneira alguma, caso fosse verdade só poderia haver uma religião a partir do mesmo texto. Além disso, o texto religioso em si é contextualizado no momento histórico em que foi escrito, se você fizer uma leitura histórica de um texto terá uma dimensão bastante diferente da leitura atual do mesmo texto. Ou seja, o que o autor escreveu já faz muito tempo que não representa a religião que eventualmente ele possa ter fundado.
A linguagem, as analogias. mitologias, etc... tudo isso é contextualizado, mas a idéia central permanece a mesma.
Você se esquece que a religião tem em seu centro, conteúdo filosófico e ideologico, contém determidas idéias apresentadas por escrito, que não podem ser "mudadas" por contexto histórico algum, sem contar, que fala sobre determinados fatos que independem de contexto.
Seria o mesmo que achar que a idéia de Platão sobre a ciência, descrita em seu mito da caverna, hoje representa outra coisa, afinal, estamos em um contexto histórico diferente...
A unica confusão que se pode fazer é com o uso da palavra "ciência", mas basta saber que ela é sinônimo de conhecimento e é sobre isso que ele falava.
Res Cogitans escreveu:Se Cristo existiu não importa, o que importa são as palavras atribuídas a ele, pois foram escritas por alguém com conhecimento do assunto.
Com conhecimento sobre oq?
Sobre a realidade a nossa volta, Deus, religião e principalmente sobre a mente humana.
Res Cogitans escreveu:Isso da uma base melhor, é como estudar filosofia.
Descartes
A opinião dos crentes e seitas é o que menos importa, apesar de servir como base para estudo.
PQP! Se você não sabe diferenciar a natureza de um texto religioso e a de um texto filosófico é melhor pararmos por aqui.
Textos religiosos não são tratados filosóficos, são repletos de linguagem simbólica, poética, ambigüidades, devaneios sem sentido etc. Por isso dão margem a tantas interpretações. Tanto que vários estudiosos da religião trabalham com uma abordagem NÃO-COGNITIVA da linguagem religiosa (JH Randall, R.B. Braithwaite...).
Os textos religiosos em algumas partes contém diferenças de linguagem, muitas analogias, parábolas, mitos, assim como em outras partes os textos tão claros e filosóficos, quanto qualquer tratado filosófico.
O melhor da religião e, isso você parece não entender, é que diferente da filosofia, as analogias usadas são para falar de coisas que não conhecemos e essas analogias e idéias que são discutidas em algumas religiões de forma bem semelhante a tratados filosóficos, não ficam apenas no campo do "questionamento" e da intelectualidade.
A pratica do que é ensinado e discutido, nos leva a observação direta do que é discutido através das palavras e apresentado através de parábolas e analogias.
Se por um lado você tem pontos no cristianismo onde certos assuntos são abordados de forma muito "interpretativa", por usarem descrições em parábolas, analogia e linguagem simbólica, por outro lado você encontra em outras religiões, esse mesmo ponto e tema sendo abordados de forma bastante filosófica, por isso a importância de consultar outras fontes que falam sobre o mesmo tema, além de ter a pratica como apoio, a observação empírica do que está sendo dito.
Nesse ponto a religião vai além de meros "questionamentos" filosóficos, pois o empirismo permite a correção de muitos erros de raciocínio.