DIABO no zoroastrismo
- O ENCOSTO
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DIABO no zoroastrismo
A Boa Religião não admite a existência de um ser decaído que se estabeleça eternamente contra Deus, o contrário, o inimigo. Tal mito é a mais perversa das impossibilidades. Se existisse um ser assim Deus teria fracassado, deixado de ser Deus, o que logicamente implicaria que nunca houvesse existido. Crer na existência do diabo é ser ateu.
Deus não admite contradições. Tudo o que o ser humano possa conceber como Deus ou deuses e deusas é a sua percepção de Deus, é Deus. Por isso, a Boa Religião não é monoteísta e nem politeísta, ela vê que Deus é Deus e em Deus todas as percepções humanas de Deus se resolvem.
Nesse contexto, o diabo seria a negação de Deus, como se de Deus fosse rompida uma parte que se tornasse má, o que faria a Divindade perder a si mesmo.
O mito do diabo é, na verdade, um instrumento no jogo de poder humano, um fruto da desorganização das mentes humanas. Num exercício extremo de sua liberdade, o ser humano concebeu uma desculpa para a sua desorganização e um destino para seus inimigos, o diabo. No correr da história, esse mito provou-se multifuncional, tornando-se a arma por excelência da chantagem e do terrorismo espiritual. A careta que coíbe a liberdade do outro, o ferrão que leva a manada para o curral, o controle social mais eficaz para os menos instruídos.
Tal instrumento tornou-se tão importante para algumas religiões que elas tornaram-se diabocêntricas. Negar a existência de Deus para essas religiões não é tão grave quanto negar a existência do diabo. Toda a sua teologia gira ao redor da figura do diabo. A sua história sagrada começa com uma vitória do diabo na queda do ser humano e termina com outra vitória ainda maior, quando depois de colocar em cena um apocalipse terrível, fica com a maioria dos seres humanos como companhia de sua danação eterna. Essa visão faz Deus fracassar no começo e depois, lutar fracamente ao longo da história para não ficar sem nada e por fim, ter que se contentar com uma ínfima minoria, embora ainda tenha o poder de torturar todo mundo pela eternidade.
Tão grande é o fracasso de Deus nessa teologia, que mesmo “querendo” a “salvação” de todos e “podendo” fazer isso, por algum motivo misterioso e maligno, por implicar no sofrimento eterno da maioria de sua criação no Planeta Terra, não o faz. Segundo os próprios ensinamentos desse Deus “fracassado”, quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado. Não seria, então, o caso de se concluir que esse Deus que podendo fazer o bem, salvar a humanidade, que permitiu perder-se, não o faz, comete “pecado” e conseqüentemente não é Deus??
Ora, a figura do diabo só faz sentido nesse desarranjo teológico que inventou um Deus que não é Deus.
Deus não admite contradições. Tudo o que o ser humano possa conceber como Deus ou deuses e deusas é a sua percepção de Deus, é Deus. Por isso, a Boa Religião não é monoteísta e nem politeísta, ela vê que Deus é Deus e em Deus todas as percepções humanas de Deus se resolvem.
Nesse contexto, o diabo seria a negação de Deus, como se de Deus fosse rompida uma parte que se tornasse má, o que faria a Divindade perder a si mesmo.
O mito do diabo é, na verdade, um instrumento no jogo de poder humano, um fruto da desorganização das mentes humanas. Num exercício extremo de sua liberdade, o ser humano concebeu uma desculpa para a sua desorganização e um destino para seus inimigos, o diabo. No correr da história, esse mito provou-se multifuncional, tornando-se a arma por excelência da chantagem e do terrorismo espiritual. A careta que coíbe a liberdade do outro, o ferrão que leva a manada para o curral, o controle social mais eficaz para os menos instruídos.
Tal instrumento tornou-se tão importante para algumas religiões que elas tornaram-se diabocêntricas. Negar a existência de Deus para essas religiões não é tão grave quanto negar a existência do diabo. Toda a sua teologia gira ao redor da figura do diabo. A sua história sagrada começa com uma vitória do diabo na queda do ser humano e termina com outra vitória ainda maior, quando depois de colocar em cena um apocalipse terrível, fica com a maioria dos seres humanos como companhia de sua danação eterna. Essa visão faz Deus fracassar no começo e depois, lutar fracamente ao longo da história para não ficar sem nada e por fim, ter que se contentar com uma ínfima minoria, embora ainda tenha o poder de torturar todo mundo pela eternidade.
Tão grande é o fracasso de Deus nessa teologia, que mesmo “querendo” a “salvação” de todos e “podendo” fazer isso, por algum motivo misterioso e maligno, por implicar no sofrimento eterno da maioria de sua criação no Planeta Terra, não o faz. Segundo os próprios ensinamentos desse Deus “fracassado”, quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado. Não seria, então, o caso de se concluir que esse Deus que podendo fazer o bem, salvar a humanidade, que permitiu perder-se, não o faz, comete “pecado” e conseqüentemente não é Deus??
Ora, a figura do diabo só faz sentido nesse desarranjo teológico que inventou um Deus que não é Deus.
O ENCOSTO
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re.: DIABO no zoroastrismo
Por isso, a Boa Religião não é monoteísta e nem politeísta, ela vê que Deus é Deus e em Deus todas as percepções humanas de Deus se resolvem.
Isso é ser monoteísta. Na verdade o zoroastricismo é a primeira religião monoteísta que se tem notícia.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re.: DIABO no zoroastrismo
Crer na existência do diabo é ser ateu.

- O ENCOSTO
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Re: Re.: DIABO no zoroastrismo
DIG escreveu:Crer na existência do diabo é ser ateu.
Todo ateu é satanista. Você não é?
O ENCOSTO
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Re.: DIABO no zoroastrismo
Mas é claro
!!

- Fernando Silva
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Re.: DIABO no zoroastrismo
O zoroastrismo tradicional tem uma forma de diabo, Angra Mainiu (Arimã), que se opõe a Spenta Mainiu (o espírito bom). Ambos foram criados por Aura Mazda, mas Arimã se voltou para o mal.
Como Deus (Aura Mazda) não faz contacto direto conosco, nós temos que escolher um deles, ou seja, o mal ou o bem. Entretanto, Arimã não é o Senhor das Trevas, poderoso, como o diabo cristão. Ele é apenas um modelo a ser seguido ou não.
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