O “demônio” e seus servos estariam eliminando as fronteiras nacionais e levando embora a soberania do país. A afirmação, publicada no Daily Herald, foi de Don Larsen, presidente do Distrito Legislativo do Partido Republicano daquele condado.
O discurso de Don Larsen continha frases como “os imigrantes ilegais odeiam os americanos” e “estão determinados a destruir este país”. O político disse ainda que os imigrantes ilegais estão no controle da mídia. “Em parceria com os Democratas, eles estão tentando ‘destruir a América Cristã’ e substituí-la por ‘um novo mundo ateu’ – e isto não é extremismo, isto é fato”.
Choro, vaias e deboches
O político chorou ao final do discurso, afirmando que os imigrantes ilegais estão promovendo uma verdadeira invasão aos Estados Unidos, tentando destruir o país. O Senador Howard Stephenson discursou contra a resolução, dizendo que Don Larsen estava constrangendo o Partido Republicano. “Parte da linguagem da resolução cria discórdia. Isto só fomenta a mídia liberal a dar atenção negativa ao Partido Republicano”.
As declarações de Joel Wright, membro da câmara de vereadores de Cedar Hills, renderam vaias e deboches. Ele disse que se opõe à resolução, e que o benefício econômico dos imigrantes ilegais supera as desvantagens. “Esta pode ser a medida mais divisora no Partido Republicano”, disse Joel, complementando que os republicanos da Califórnia “se mataram” ao assumir uma postura hostil em relação aos imigrantes ilegais.
Bandeira e demônio
Autorizado a falar, o público não poupou declarações rudes aos imigrantes ilegais. “Os imigrantes ilegais não deveriam estar aqui. Eles não vão se tornar Republicanos, nem parar de agitar sua bandeira...Se querem se tornar americanos, devem aprender inglês e agitar sua bandeira da mesma maneira que fazemos”, disse uma mulher, que não se identificou. “Os imigrantes são Marxistas e estão sob a influência do demônio”, disse um homem, identificado como Joe.
Não ficaram pessoas suficientes para votar a resolução, apesar dos pedidos de membros do Partido Republicano.
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Ainda bem que eu moro no primeiro mundo
