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PSP detido por ter ficado com 510 euros de traficante
Sexta-feira, 29 de Junho de 2007
Um agente do Grupo Operacional Cinotécnico (GOC) do Corpo de Intervenção da PSP de Lisboa foi detido por agentes da Esquadra de Investigação Criminal (EIC) de Beja, por suspeita de apropriação indevida de 510 euros apreendidos numa operação no Alentejo.
O agente do GOC estava incluído num grupo de reforço da EIC da PSP de Beja para actuar numa operação de combate ao tráfico de estupefacientes nas localidades de Salvada e Neves, em Beja.
Segundo apurou o JN, junto, durante a busca efectuada em Salvada, que ocorreu cerca das 10.30 horas de anteontem, o polícia ter-se-á apoderado de 510 euros ao indivíduo que foi alvo de uma busca ao seu domicílio. Na esquadra de Beja, o indivíduo, de 39 anos, com antecedentes criminais, acusou o agente da PSP de se ter apossado do "seu" dinheiro durante a "rusga".
Os agentes bejenses da Investigação Criminal participaram o caso ao Comando Distrital, que chamou o agente. Ele terá negado os factos, e nada lhe foi encontrado de suspeito após uma primeira revista. Porem, desconfiados com o comportamento do colega, os agentes revistaram a viatura onde ele se fazia transportar e, debaixo de um dos tapetes do automóvel, encontraram os 510 euros. De imediato, foi-lhe dada voz de prisão.
O agente passou a noite nos calabouços da esquadra de Beja, na companhia de um dos detidos na operação. Ontem, cerca das 14 horas, o JN esteve no Governo Civil, onde funciona o Comando de Polícia, e presenciou a saída do comissário Pacheco, comandante do GOC, que foi a Beja tomar conhecimento oficial dos factos e da acusação ao seu subordinado.
Ao que foi possível apurar esta foi a primeira detenção de um agente feita pela PSP de Beja. Além da possível condenação judicial, o polícia será alvo de um processo de averiguações interno, arriscando a expulsão da corporação.
Quanto aos indivíduos detidos na operação, o mais velho, de 39 anos, é natural e residente em Salvada e está referenciado pela PSP pela sua ligação ao "mundo da droga" e, ainda, a um "dealer" regional especialista na receptação de artigos em ouro. Chegou mesmo a cumprir uma pena de sete anos por esse motivo.
Em sua casa foram apreendidas 2200 doses individuais de haxixe, 210 euros, dois telemóveis e 3 facas. Ao outro homem, de 32 anos, que vivia num monte perto de Neves, foram confiscadas 250 doses de haxixe, 100 euros, uma faca e um telemóvel. Teixeira Correia
António Ramos, Correspondente em Joanesburgo,com Lusa
Dina Rodrigues, a lusodescendente que em Junho de 2005 contratou quatro homens para assassinarem uma criança de seis meses, foi ontem condenada a prisão perpétua pelo Supremo Tribunal da Cidade do Cabo, África do Sul.
Três dos co-arguidos de Rodrigues - Sipho Mfazwe, Mongezi Bobotyane e Zanethemba Gwada - foram igualmente condenados a prisão perpétua, enquanto o quarto co-arguido, Bonginkosi Sigenu, que era menor de idade à data do crime, foi condenado a 15 anos de prisão.
Dina Rodrigues,hoje com 26 anos, foi considerada culpada pelo tribunal de ter oferecido 10 mil randes (cerca de 1040 euros) aos quatro homens que com ela se sentaram no banco dos réus para que simulassem um furto na residência da vítima com o objectivo de a matarem.
Jordan-Leigh Norton, de apenas seis meses de idade, foi morta com uma facada na garganta depois de os assaltantes terem convencido uma empregada doméstica a abrir a porta da residência com o pretexto de entregarem uma encomenda postal. A encomenda e a carta de porte foram também, segundo o Ministério Público, preparadas por Dina Rodrigues, tendo nelas sido encontradas as suas impressões digitais e identificada a sua caligrafia.
O motivo do crime teria sido o de libertar o pai da criança, então namorado de Dina Rodrigues, da obrigação de pagar uma pensão de alimentos à filha, que tinha nascido de uma anterior ligação sentimental.
O pai da vítima garantiu que nunca tinha pedido qualquer tipo de favores a Dina Rodrigues, tendo testemunhado contra ela em tribunal.
Algumas das provas que contra ela apresentou, designadamente mensagens de telemóvel nas quais Dina confessava ter "resolvido o seu problema", foram peças importantes para a acusação.
Dina, que é filha de portugueses oriundos da Madeira, poderá apenas requerer libertação condicional após cumprir 25 anos de prisão.
O juiz do caso classificou o crime de "hediondo e diabólico", assinalando o facto de Dina Rodrigues ter contratado os assassinos de uma criança indefesa.
Nos argumentos finais, o advogado de defesa de Dina Rodrigues pediu uma pena apropriada para a sua cliente que, referiu o causídico, "foi uma criança nascida tardiamente de pais idosos, imatura e que vivia na altura do crime" em casa dos pais.
O advogado anunciou, mais tarde, que vai recorrer da sentença, com base no facto de a arguida ter sido alegadamente identificada apenas por um dos arguidos, o mais novo. Este apenas indicou ter sido contratado "por uma mulher muito bonita", não tendo reconhecido Dina Rodrigues durante o testestemunho em tribunal.
Dina Rodrigues optou potr manter o silêncio durante todo o julgamento.
No final da leitura, na sala do tribunal ouviram-se palmas do público, que acompanhou apaixonadamente este caso.
Os alegados autores de vários furtos, sobretudo de chocalhos, em quintas de Penamacor, que chegaram a sequestrar, com recurso a arma de fogo, um pastor para lhe roubar dezena e meia de campainhas, foram detidos pela Directoria de Coimbra da Polícia Judiciária (PJ). Os três irmãos, de 18, 21 e 29 anos, residentes na zona de Sabugal, actuavam em quintas isoladas, procurando essencialmente chocalhos. Mas de algumas propriedades terão também levado cabras e ovelhas.
Um dos últimos roubos, e que motivou a intervenção da PJ atendendo a que o crime em causa é da sua competência reservada, ocorreu na noite de 28 para 29 de Maio. Entraram numa quinta isolada, em Penamacor, e quando se preparavam para furtar chocalhos e outros utensílios ligados à pastorícia, surgiu o proprietário. O pastor, de 60 anos, foi, então, ameaçado com uma arma de fogo, chegando um dos suspeitos a fazer um disparo para o ar, e sequestrado. De acordo com fonte da PJ, a vítima foi fechada num barracão da própria quinta, tendo os indivíduos amarrado a porta pelo exterior, levando da propriedade cerca de uma dezena e meia de campainhas. Ao fim de algumas horas, o pastor conseguiu libertar-se e alertou as autoridades.
Alguns dos chocalhos roubados nesta quinta, e outros utensílios ligados à pastorícia, foram, entretanto, recuperados pela PJ na quinta dos detidos, no concelho de Sabugal, onde a sua mãe é também proprietária de um rebanho.
A PJ contou, nesta investigação, com a colaboração da GNR de Penamacor, que, para além daquele caso, tem registo de muitos outros furtos com as mesmas características, em toda a região, sendo atribuída a autoria dos crimes aos três irmãos. Segundo fonte da GNR, de todas as quintas assaltadas eram levados chocalhos, de preferência antigos, mas também carroças e, em alguns casos, até parte do rebanho. Mas, de acordo com as queixas apresentadas pelas vítimas dos furtos, a sua preferência ia mesmo para as campainhas que chegavam a retirar do pescoço dos animais.
Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo um deles (o mais velho) ficado em prisão preventiva e os restantes sujeitos a apresentações periódicas às autoridades.