Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou

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Ilovefoxes
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Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou

Mensagem por Ilovefoxes »

O cristianismo se baseia no princípio do sentimento de culpa.
A história de Jesus é a de um homem que sofreu e morreu por nós, logo devemos confiar nele e adorá-lo.

O momento onde as pessoas estão mais fracas é quando tem o sentimento de culpa, e é por isso que o cristianismo e adoração a Jesus vingou: transformar as pessoas em cordeiros sem dono, e depois manipulá-las.
Como podem ver, por trás de uma das histórias que mais comovem as pessoas, há uma das táticas mais nojentas que existem.
Editado pela última vez por Ilovefoxes em 15 Ago 2007, 19:58, em um total de 1 vez.

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Acauan
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Re.: Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou

Mensagem por Acauan »

Por que o cristianismo vingou?
Postado originalmente em 24/2/2003 19:23:59

Por Acauan


Os religiosos cristãos responderão que vingou porque tinha que vingar, uma vez que Jesus era o Messias, filho de Deus, nada mais óbvio do que a religião por ele lançada tenha sobrevivido e se expandido universalmente.

Esta resposta é insatisfatória por um motivo básico, dentre outros possíveis.

Jesus de Nazaré em pessoa converteu muito pouca gente. Na palestina onde ele viveu e pregou, os judeus continuaram judeus. Atribuir o sucesso do cristianismo ao testemunho dos milagres ou outros eventos divinos atribuídos ao nazareno esbarra neste fato.

A tradição confere a Pedro e Paulo a iniciativa de levar a mensagem de seu mestre ao coração do Império Romano. Roma convertida - Império convertido, cristianismo vitorioso.

Mas por que os romanos se converteram ao cristianismo?
Pedro e Paulo, por mais convincentes que fossem, eram dotados de recursos mínimos e disputavam espaço com muitos concorrentes que tinham tanta certeza de estarem pregando a verdadeira fé quanto os proselitistas cristãos.

O fato é que Pedro e Paulo conseguiram. Roma se tornou cristã, o Império Romano se tornou cristão e o Ocidente se tornou cristão - mas de novo, por quê?

O cristianismo primitivo era muito diferente do conhecido hoje, desprovido do requinte teológico que lhe foi conferido ao longo de dois milênios.
Assim, a pregação de Pedro e Paulo deveria soar como tolices simplórias e piegas nos ouvidos dos romanos instruídos na tradição dos clássicos gregos e da poesia de Virgílio.

Se é difícil supor que um romano culto desse atenção a pregadores judeus que falavam da divindade de seu rabino morto, é muito possível aceitar que tal resistência não ocorreu entre as camadas pobres e incultas da população romana livre (lembrando que parcela significativa dos habitantes de Roma era composta de escravos, que não possuíam qualquer identidade política, social ou religiosa).

Pobres e incultos eram numerosos na Roma Imperial, mas pouco influentes para mudar os destinos da Cidade Eterna exceto por uma característica: Era nesta população pobre e inculta que Roma recrutava seus legionários, se a mensagem cristã penetrasse entre os soldados, ela seria levada diretamente para todo o corpo das legiões do Império.

Quando a voz do cristãos passou a ser ouvida não mais das catacumbas, mas dos acampamentos militares, tornou-se claro que o sucesso do cristianismo seria questão de tempo.

É certo que muitos fatores contribuíram para que o cristianismo chegasse à condição de religião oficial de Roma. A própria e tão falada decadência dos valores romanos abriram uma brecha por onde a mensagem de Pedro e Paulo - mais do que a de Jesus - pode penetrar.

Mas é interessante considerar que os mesmos legionários que crucificaram Cristo foram, tempos depois, os personagens decisivos para consolidar a religião que ele criou e levá-la à posição que possui hoje no mundo ocidental.
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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Triunfo da Vontade*
Postado originalmente em 8/8/2003 17:51:39

por Acauan


Quando uma vontade muito forte encontra muitas vontades fracas, surge um novo líder;
Quando uma crença muito forte encontra muitas crenças fracas, surge uma nova fé;
Quando estes dois encontros ocorrem simultaneamente, surge uma nova religião.

ACAUAN DOS TUPIS


Cristianismo e Islamismo nasceram e se desenvolveram em ambientes históricos e sociais muito diferentes, mas a consolidação de ambos como religiões hegemônicas em seus respectivos mundos deve-se em grande parte a pontos que têm em comum:

a) O surgimento de uma liderança carismática;
b) A fragmentação e fraqueza das religiões até então dominantes;
c) A obstinada decisão dos seguidores da nova religião de propagá-la pelo mundo.

Os cristãos primitivos possivelmente eram vistos pelos romanos cultos como um grupo exótico e insignificante. Os Patrícios deveriam considerar loucura a decisão fanática deles de conquistar o Império Romano e promover a chegada do dia em que mesmo César se ajoelharia diante de seu obscuro líder, um infame qualquer que foi crucificado nas províncias do oriente.

Séculos depois da chegada do cristianismo a Roma, na península arábica, um auto-proclamado profeta e seus seguidores, uns poucos parentes e pessoas próximas, iniciam sua jornada para destruir a idolatria e implantar o monoteísmo entre os árabes. Expulsos de sua cidade natal, refugiam-se em outra, centenas de quilômetros distante, decididos a converter seus anfitriões à sua nova religião e retornar triunfantes à sua terra de origem para convertê-la também.

O final destas duas histórias é conhecido, as várias explicações de como o contexto histórico-social favoreceu estes desfechos também.
O problema é que é fácil para um historiador, centenas e centenas de anos depois, analisar o contexto histórico e concluir que ele era favorável.
Outra coisa é alguém com uma idéia considerada maluca pela maioria, juntar meia dúzia de gatos pingados, desafiar um sistema incomensuravelmente mais forte do que eles e sair vitorioso.

Quem quiser achar que Deus deu uma mãozinha que ache, mas se ele favoreceu igualmente Cristianismo e Islamismo, deve ter algum tipo de distúrbio dissociativo da identidade, já que estas doutrinas são excludentes entre si.

Seja lá o que for, no centro dos acontecimentos que decidiram os rumos de duas civilizações estava a vontade dos protagonistas. Homens que ignoraram todos os sinais de que sua missão era fadada ao fracasso, desafiaram a História e construíram um destino considerado impossível.

Ironicamente, da vitória das grandes religiões destaca-se não o triunfo da vontade de Deus, e sim o triunfo da vontade humana.



* n.A. (nota do Acauan): "TRIUNFO DA VONTADE" é o título do filme de Leni Riefenstahl, que documentou o encontro do Partido Nacional-Socialista, em Nuremberg, em 1934.
Execrado como propaganda nazista, o filme até hoje pode ser visto como um assustador alerta de como uma vontade poderosa consegue manipular as massas, para o bem, ou como no caso daqueles retratados por Leni, para o mais sinistro dos males.
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DIG
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Re.: Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou

Mensagem por DIG »

[cristão]O vingar do cristianismo é a prova de que Deus existe![/cristão]

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